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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os destaques do ano

Mesmo em um ano tão doloroso, com tantas perdas e crises, foi possível elaborar uma lista de destaques do ano. A vacinação ajudou a retomar os trabalhos, mesmo que aos poucos, e no segundo semestre já há várias produções inéditas no ar. O streaming foi um mercado que cresceu muito no segundo ano de pandemia, enquanto a audiência da televisão aberta caiu com tantas reprises. Vamos para a última retrospectiva do blog: 





"BBB 21": 

Beneficiado pelo intenso período de confinamento em virtude da pandemia do novo coronavírus e por uma escalação repleta de perfis atrativos, a vigésima primeira edição do "Big Brother Brasil" foi um sucesso estrondoso. Logo na primeira semana o reality já caiu na boca do povo com toda a polêmica envolvendo Lucas Penteado e Karol Conká, que acabou virando a grande vilã da edição. O favoritismo de Juliette Freire só cresceu ao longo das semanas e a participante foi a vencedora com a maior porcentagem da história do reality: mais de 90% de preferência popular em uma final tripla. Tiago Leifert fez um discurso marcante para a campeã, que realmente foi um fenômeno, saindo com mais de 24 milhões de seguidores no Instagram (hoje já com mais de 33 milhões). Segundo dados divulgados por Boninho, 163 milhões de brasileiros estiveram em algum momento de olho nos brothers. Foi o "BBB" que mais faturou: R$ 550 milhões, 50% a mais que o do ano passado. Vale destacar ainda outros participantes que protagonizaram a edição, para o bem ou para o mal, como Gil do Vigor, Sarah, Viih Tube, Camilla de Lucas, Lumena, Carla Diaz, Projota, entre tantos. O êxito do programa foi tão grande que a Globoplay explorou até onde deu, vide os documentários de Karol Conká --- "A Vida Depois do Tombo" ---, Juliette --- "Você Nunca Esteve Sozinha" e agora no final do ano o de Gil do Vigor --- "Gil na Califórnia". 


"Salve-se Quem Puder":

O encurtamento da novela das sete da Globo, por conta da pandemia do novo coronavírus, fez muito bem para o enredo de Daniel Ortiz. A retomada da produção expôs uma história mais ágil e sem enrolações. A saga das atrapalhadas Luna, Alexia e Kyra foi divertida e destacou o talento de Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada, que transbordaram sintonia. A trama tinha um quê infantil e agradou o público. A reta final foi repleta de cenas de ação e emocionantes, como o 'reencontro' de Luna com sua mãe, Helena (Flávia Alessandra). O autor só tropeçou feio no excesso de triângulos amorosos com desfecho que se arrastaram até o último capítulo, o que implicou em problemas evidentes de desenvolvimento. Mas o saldo geral foi positivo e uma espécie de volta por cima de Ortiz após a fraca e criticada "Haja Coração". 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

 Como já mencionado na retrospectiva anterior, ano de 2021 foi o segundo com pandemia. Após o caos mundial instaurado pelo novo coronavírus em 2020, gravações foram interrompidas e o setor audiovisual foi um dos mais afetados. As reprises viraram as protagonistas da programação. A esperança veio com a chegada da vacina e o avanço da vacinação causou um impacto positivo. Embora os protocolos ainda sejam necessários, os trabalhos vão sendo retomados pouco a pouco. A Globo conseguiu finalizar as novelas interrompidas ano passado e está com três inéditas no ar no segundo semestre. A Record conseguiu produzir uma novela dividida em várias fases ao longo do ano. Vamos então aos eleitos melhores intérpretes: 





Melhores Atrizes: 





1- Regina Casé.

A Lurdes foi o maior acerto de "Amor de Mãe". Tanto que foi a única personagem que se manteve na memória do público. Tirando a procura desesperada da mãe pelo filho Domênico, quase  ninguém lembra mais do restante do enredo. Isso é fruto do carisma da personagem e do talento da atriz, que compôs uma mãe crível e de fácil identificação. Regina despertou risos e lágrimas com grande facilidade no enredo de Manuela Dias. 


 

2- Marjorie Estiano.

Uma atriz que brilha em todo papel. E Carolina segue como uma de suas mais densas personagens. Marjorie continuou emocionando na pele da médica na quarta temporada de "Sob Pressão" e protagonizou várias cenas ótimas com Julio Andrade e Ana Flávia Cavalcanti. A temática central da fase de 2021 foi a disputa pela guarda do filho de Evandro e sua companheira teve vital importância durante todo o processo, o que valorizou a atriz. 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: as melhores cenas do ano

No segundo ano de pandemia, as produções no setor da teledramaturgia seguiram em passos lentos. Reprises dominando a programação no primeiro semestre e novas tramas gravadas em ritmo cuidadoso. No entanto, os folhetins interrompidos em 2020 por conta da pausa nos trabalhos foram finalizados e tiveram seus desfechos exibidos. Novos produtos também foram gravados e agora, no segundo semestre, a Globo já conseguiu estar com três novelas inéditas no ar. A Record conseguiu manter a inédita "Gênesis" no ar durante quase todo o ano, mas atualmente precisou apelar para a reprise da mesma trama antes de produzir a nova. Vamos então para a lista de melhores cenas do ano: 







Eva chora a morte do filho em "Gênesis":
A primeira fase da novela bíblica da Record retratou a conhecida história de Adão e Eva. O sucesso de audiência foi grande e Juliana Boller foi um acerto do elenco. A atriz brilhou como Eva e sua cena mais emocionante foi a morte de Abel (Caio Manhente), assassinado pelo irmão Caim (Eduardo Speroni). A dor daquela mãe com a perda de seu filho foi passada com muita entrega pela intérprete. 



Animais vão para a Arca de Noé em "Gênesis":
A segunda fase da novela bíblica da Record abordou a mais atrativa trama da Bíblia. E os efeitos especiais dos animais correndo para a arca construída por Noé (Oscar Magrini) ficaram muito bem feitos. A sequência emocionou e teve uma dose de adrenalina que fez toda a diferença. 


terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os melhores casais do ano

 No segundo ano de pandemia, as produções dramatúrgicas seguiram com sérias dificuldades. As reprises seguiram dominando as programações. Porém, as novelas interrompidas no início de 2020 tiveram suas gravações retomadas e finalizadas. E as novas foram gravadas com todos os protocolos sanitários, estreando no segundo semestre. Embora com um número mais modesto, a lista de casais do ano, sempre elaborada na leva de retrospectivas deste blog, conseguiu ser feita. 





Luna e Téo ("Salve-se Quem Puder"):

Pouco antes de ser interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus, a novela de Daniel Ortiz já tinha formado o melhor casal do enredo. Toda a construção do romance entre a sofredora Luna e Téo, rapaz que a salvou de um furacão no México, foi muito bem desenvolvida pelo autor. Ainda utilizou um clichê infalível para conquistar o telespectador: ele precisava ser operado para não perder os movimentos da perna e ela era fisioterapeuta. Juliana Paiva e Felipe Simas estiveram em plena sintonia e a retomada da produção, em 2021, manteve a essência do casal, ainda que o autor tenha forçado uma dúvida na reta final que só prejudicou o roteiro. 



Alan e Kyra ("Salve-se Quem Puder"):

A babá que se apaixona por um viúvo assim que começa a trabalhar como cuidadora dos filhos dele. Um clássico dramatúrgico. E Daniel Ortiz usou do clichê para aproveitar a boa sintonia entre Vitória Strada, pela primeira vez vivendo um perfil cômico, e Thiago Fragoso, na pele de mais um advogado íntegro em sua carreira de ator. Os dois protagonizaram sequências românticas e divertidas. Arrebataram o público. O sucesso foi tanto que o autor estendeu até o final o suspense a respeito do destino da personagem. A música tema do casal "You & me", de James TW, era a melhor da novela. 

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Apesar dos problemas, "Salve-se Quem Puder" foi a melhor novela de Daniel Ortiz

 Daniel Ortiz ainda pode ser considerado um autor 'novato'. Afinal, "Salve-se Quem Puder" foi sua primeira novela autoral, de fato. As duas anteriores foram criadas por outros escritores. A sua estreia como autor solo foi com a despretensiosa "Alto Astral", em 2014, baseada na sinopse da saudosa Andrea Maltarolli, falecida em 2009. Foi um começo bem-sucedido. Já a fraca "Haja Coração", de 2016, era um remake de "Sassaricando" (1988), de Silvio de Abreu, escritor veterano que o lançou. E a produção que chegou ao fim nesta sexta-feira, uma obra original, já pode ser considerada o melhor trabalho de Ortiz. 

A premissa de "Salve-se Quem Puder" tinha tudo para cair no absurdo e no ridículo, mesmo na faixa leve das 19h. Mas funcionou. Os sonhos das protagonistas Luna (Juliana), Alexia (Deborah) e Kyra (Vitória) são interrompidos quando elas presenciam a execução de um juiz (vivido por Ailton Graça) e são obrigadas a viver sob custódia do Programa de Proteção à Testemunha. Para sobreviver, elas mudam o nome, a aparência, o estilo de vida e vão morar na fictícia Judas do Norte, no interior de São Paulo, depois que são dadas como mortas. Luna assumia o nome de Fiona, Alexia virava Josimara e Kyra era Cleyde, novas pessoas com um padrão de vida bem diferente. Mas tudo deu errado e o trio acaba voltando para São Paulo. 

O início da novela tem um clima de superprodução. Isso porque abusaram dos efeitos especiais para a reprodução de um furacão no México, bem no dia que as protagonistas testemunham o assassinato que transforma suas vidas. E valeu a pena o esforço da produção. Foram 17 dias de filmagem. Os efeitos convenceram e não ficaram devendo aos filmes que utilizam os recursos em enredos com catástrofes naturais.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

"Salve-se Quem Puder" provou que é necessário um cuidado na escalação do elenco infantil

Não é fácil escalar um elenco e essa dificuldade duplica quando se trata de atores mirins. Embora exista muita procura, em virtude da necessidade dos personagens terem filhos, a oferta nem sempre condiz com a expectativa. Muitas vezes a profissão nem é o sonho da criança, mas uma ambição dos pais. Acaba sendo mais complicado achar pequenos que tenham desenvoltura diante das câmeras. Todavia, há muitos talentos revelados e exemplos não faltam. Mas o problema da seleção salta aos olhos em "Salve-se Quem Puder".


Alice Palmar e Ygor Marçal interpretam Queen e Mosquito, filhos adotivos de Alan (Thiago Fragoso). As crianças têm uma grande importância para o núcleo protagonizado pelo advogado. Afinal, é por causa da indisciplina dos pequenos que o personagem acaba contratando Kyra (Vitória Strada), chamada de Cleide, como babá. É o caso do patrão que se apaixona pela cuidadora de seus herdeiros, típico clichê visto inúmeras vezes em outras novelas, livros, peças teatrais e filmes. Ou seja, um cuidado maior na escalação era fundamental.

As crianças ainda não estavam prontas para tamanho desafio. O autor Daniel Ortiz escreve muitas falas para os personagens e os dois falam tudo decoradinho, parecendo um jogral. Não há emoção ou verdade em praticamente nada do que é dito.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Elenco negro não foi valorizado em "Salve-se Quem Puder"

 A novela das sete se encaminha para o final e a trama de Daniel Ortiz merece elogios. O autor conseguiu criar uma trama com traços bastante infantis que conquistou o público e acertou na escalação de grande parte do elenco. Todavia, "Salve-se Quem Puder" também teve problemas visíveis e um deles foi a pouca valorização do elenco negro. 

Inicialmente, causou a melhor das impressões a escolha de vários intérpretes negros que não estavam na condição de empregados ou pobres ---- estereótipo corriqueiro nas novelas. Todos tinham uma boa condição e pareciam ter boas tramas. Mas só parecia. Ao longo dos meses foi ficando visível a função de quase todos eles: serem 'escada' ou antagonistas dos brancos. Caso tivessem um bom destaque, até valeria a intenção. Só que não foi o caso. 

Renatinha (Juliana Alves) e Úrsula (Aline Dias) são os maiores exemplos. As duas agiram como vilãs em quase toda a história e só apresentaram uma 'redenção' na reta final. A primeira é ex-namorada e secretária de Rafael (Bruno Ferrari), por quem nutria uma paixão obsessiva.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Único triângulo amoroso consistente de "Salve-se Quem Puder" é o formado por Rafael, Kyra e Alan

 A atual novela das sete vai caminhando para seu final e ficou claro que Daniel Ortiz usou e abusou dos triângulos amorosos. O autor já tinha usado bastante o recurso em "Haja Coração", sua novela anterior, e aproveitou bem mais o recurso em "Salve-se Quem Puder". As três protagonistas estão envolvidas em dilemas amorosos e vários outros personagens também não escapam da situação. Mas, analisando friamente o roteiro, o único triângulo que apresenta consistência é o formado por Kyra (Vitória Strada), Rafael (Bruno Ferrari) e Alan (Thiago Fragoso). 

Logo no início da trama, houve uma bonita construção do relacionamento de Kyra e Rafael. O pedido de casamento que o íntegro personagem fez para a atrapalhada companheira, durante um engarrafamento e em meio a um temporal, foi bonito e engraçado, além da química dos atores  ---- vista em "Tempo de Amar", de 2017 ---- ter sobressaído. Era aquele momento da apresentação dos perfis individuais, que acabou somado com a relação 'Kyrael'. Foram poucas cenas porque na mesma semana a protagonista acabou dada como morta, após ter presenciado um crime em Cancún, no México, no meio de um furacão. Ainda assim houve um envolvimento do público. 

Já quando Kyra precisou usar o nome falso de Cleide, diante das condições do serviço de Proteção à Testemunha, foi trabalhar como babá na casa de um advogado, viúvo, pai de duas crianças adotadas. No caso, primo de Alexia (Deborah Secco), sua então nova companheira de 'fuga'.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Juliana Paiva e Flávia Alessandra emocionam na cena mais aguardada de "Salve-se Quem Puder"

 Demorou, mas veio. E valeu a longa espera. O aguardado momento em que a mocinha, Luna (Juliana Paiva), revela para a mãe, Helena (Flávia Alessandra), que é sua filha resultou na cena mais emocionante do folhetim das sete da Globo. "Salve-se Quem Puder" estreou em janeiro de 2020 e teve suas gravações interrompidas em março do mesmo ano por conta da pandemia do novo coronavírus. Só teve seus trabalhos retomados em agosto e a novela voltou ao ar apenas em maio de 2021, após uma reprise da parte exibida ano passado. Ou seja, demorou um ano e quatro meses para o público ver uma das maiores catarses do enredo.

A personagem interpretada pela sempre entregue Juliana Paiva sempre foi a protagonista com o melhor enredo. Luna presenciou um assassinato ao lado das amigas e precisou entrar para o Serviço de Proteção a Testemunhas. A mocinha, porém, antes de cair no meio da trama policial, já tinha um objetivo: procurar a mãe. Isso porque Luna e o pai, Mário (Murilo Rosa), juravam que tinham sido abandonados pela mulher sem qualquer explicação. Mas na verdade Helena foi vítima de uma armação de Hugo (Leopoldo Pacheco), que se aproveitou de um momento de desespero da uma pessoa que resolveu se arriscar como 'mula' de traficantes. Denunciada pelo vilão, acabou presa e ainda recebeu a falsa notícia de que filha e marido tinham morrido. Para culminar, Hugo é o chefe da organização que cometeu o  crime presenciado pelas três protagonistas. 

O dramalhão mexicano não é por acaso. Tanto que Luna tem nacionalidade metade brasileira e metade mexicana. Os três viviam no México anos atrás. A mocinha passou a novela inteira infiltrada na empresa da mãe para investigar o motivo do abandono, em vão. Durante o percurso, ainda se apaixonou pelo enteado de Helena, o sofrido Teo (Felipe Simas), e nunca desconfiou da periculosidade de Hugo.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada honram o protagonismo de "Salve-se Quem Puder"

 A novela das sete de Daniel Ortiz vem apresentando uma 'segunda parte' muito melhor que a primeira, interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus. "Salve-se Quem Puder" já era uma novela agradável e despretensiosa, mas agora, com o inevitável corte de capítulos, a trama ficou mais ágil e quase toda focada na saga do trio central. Além de se tornar mais atrativa, a trama também expôs o acerto na escolha de Juliana Paiva, Vitória Strada e Deborah Secco para os principais papeis. 


Luna, Alexia e Kyra formam um trio que se aventura em várias confusões e não por acaso parece oriundo de qualquer filme transmitido pela Globo na "Sessão da Tarde". As três são claramente inspiradas em "As Panteras" ---- série de sucesso da década de 70 que resultou no conhecido filme de 2003 ----, mas com um tom mais farsesco. E a proposta da produção do autor, dirigida por Fred Mayrink, seria um fiasco se as atrizes selecionadas não tivessem talento ou falhassem na sintonia em cena, o que felizmente não aconteceu.

Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada tiveram química logo no início, quando as personagens se  conheceram e pouco tempo depois testemunharam um assassinato, virando alvos de um grupo criminoso e entrando para o Serviço de Proteção a Testemunhas. Ao longo dos capítulos, a sintonia foi aumentando e as cenas do trio ficam cada vez melhores.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Casal 'Alyra' cai nas graças do público em "Salve-se Quem Puder"

 A retomada de "Salve-se Quem Puder" tem sido uma grata surpresa. A novela de Daniel Ortiz já era agradável antes da interrupção das gravações por conta da pandemia no novo coronavírus, mas a chamada 'segunda parte' está muito melhor. Mais objetiva, em virtude do corte de capítulos, a trama está repleta de bons acontecimentos e um dos trunfos tem sido a construção do casal Alan e Kyra, perfis interpretados por Vitória Strada e Thiago Fragoso. 


O par 'Alyra' sempre foi baseado em um dos maiores clichês dramatúrgicos: o patrão viúvo que contrata e se apaixona pela babá de seus filhos. Mas no caso há um enredo policial por trás. Kyra se apresenta a Alan com o nome de Cleide porque presenciou um assassinato, foi dada como morta e entrou para o serviço de Proteção a Testemunhas. Esse emprego também é um disfarce. Já ele é um advogado íntegro, amoroso e acolhedor. Seu avô, Ignácio (Otávio Augusto), sofre do Mal de Alzheimer, e só aceita tomar os remédios por causa da nova babá. Ou seja, é um contexto que desperta atenção.

Na primeira parte da trama, em 2020, a aproximação de Kyra e Alan vinha sendo desenvolvida aos poucos e sempre por conta de alguma trapalhada protagonizada pela babá, que é um desastre ambulante. Mas o beijo nunca saiu. Sempre ficou no quase. Isso porque Kyra, antes de 'morrer', tinha um noivo: o carinhoso Rafael (Bruno Ferrari).

sexta-feira, 21 de maio de 2021

"Salve-se Quem Puder" volta com bom ritmo e virada promissora

 A novela de Daniel Ortiz estreou no dia 27 de janeiro de 2020 e acabou interrompida em 28 de março por conta da pandemia no novo coronavírus. Foram 54 capítulos exibidos. "Salve-se Quem Puder" vinha se mostrando uma produção leve e despretensiosa. A ótima audiência de "Bom Sucesso", folhetim anterior, estava sendo mantida, ainda que um pouco menor. A parte inédita da história só retornou nesta segunda-feira, dia 17 de maio, mais de um ano depois. 

O autor tinha conseguido encerrar a chamada "primeira parte" com um gancho de tirar o fôlego: Luna (Juliana Paiva) sendo descoberta por Dominique (Guilhermina Guinle). O público demorou longos meses para ver a continuação da cena, mas a espera valeu a pena. A novela teve um retorno com o pé direito e o lado positivo de tanto contratempo foi a aceleração do enredo central. Isso porque Daniel contou que esse flagra da vilã só aconteceria depois do capítulo 90 e acabou obrigado a antecipar para deixar os telespectadores ansiosos pela "segunda parte". 

Pois a estratégia funcionou. A sequência em que Luna sofreu um sequestro e depois conseguiu escapar da vilã, roubando até a arma de Dominique, se mostrou muito bem realizada pela equipe de Fred Mayrink e o diretor disfarçou muito bem todas as limitações impostas pelos novos protocolos sanitários nas gravações.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

No ar em quatro novelas, Rafael Cardoso domina a grade da Globo

 A Globo precisou apelar para as reprises em virtude da pandemia do novo coronavírus, que ainda está longe de acabar. Não só ela. Todos os canais estão reexibindo várias novelas enquanto as gravações das inéditas ainda não podem ser normalizadas. Mas ao menos a líder tinha um pouco de preocupação a respeito do desgaste da imagem dos atores, ainda que a regra tenha diminuído nos últimos anos por conta da não renovação de vários contratos de atores. Agora a missão ficou impossível e a maior prova é Rafael Cardoso. 


O ator está no ar em todas as novelas da Globo. A única exceção é "Malhação Sonhos", que não é considerada um folhetim e, sim, uma série de várias temporadas. Antes da interrupção das produções inéditas, Rafael estava em "Salve-se Quem Puder", no horário das 19h, na pele do dúbio Renzo. Após duas reprises ("Totalmente Demais" e "Haja Coração"), a emissora reprisou a trama de Daniel Ortiz desde o primeiro capítulo até entrar a parte final nesta segunda-feira (17/05), toda inédita, com 53 capítulos. 

Na faixa das seis, o intérprete está no ar com um de seus mais marcantes papéis: o Rodrigo, de "A Vida da Gente" (2011). Foi a primeira grande oportunidade de Rafael na Globo e soube aproveitar. Lícia Manzo escreveu muitas cenas dramáticas intensas e difíceis para um profissional mais limitado.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Tudo sobre a coletiva online da volta de "Salve-se Quem Puder"

 A Globo promoveu na terça-feira passada (11/05) a coletiva online sobre o retorno dos capítulos de "Salve-se Quem Puder". A novela de Daniel Ortiz, dirigida por Fred Mayrink, precisou ser interrompida em virtude da pandemia do novo coronavírus. Ao contrário da já encerrada "Amor de Mãe", o folhetim não estava na reta final. Ainda nem tinha chegado na metade do enredo. A trama precisou ser encurtada, mas foram gravados 53 capítulos que começarão a ir ao ar a partir desta segunda (17/05). 

Um misto de orgulho e alívio. A sensação de dever cumprido, experimentada por toda equipe e elenco da trama das 19h, toma proporções ainda maiores agora que se aproxima a estreia da fase inédita. A produção retornou à grade praticamente após um ano e com a reexibição desde o primeiro capítulo. Uma estratégia inteligente da Globo para evitar a reprise de outra novela, caso as gravações da próxima história --- "Quanto mais vida melhor" --- atrasem por conta dos imprevistos que uma pandemia fora de controle pode causar. 

"Salve-se Quem Puder" será a única novela da Globo inédita no ar. O esforço de equipe, direção, elenco e do autor para entregar aos telespectadores o desfecho da trama é comemorado por todos. A saga e os desafios do trio formado por Alexia (Deborah Secco), Kyra (Vitória Strada) e Luna (Juliana Paiva) são o fio condutor desta reta final.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

 Todo ano, a retrospectiva de melhores intérpretes fica gigantesca neste blog. Normalmente, em torno de 160 nomes. Mas 2020 foi um ano atípico. A pandemia do novo coronavírus interrompeu as gravações de todas as novelas e séries. Nacionais e internacionais. As reprises viraram as protagonistas do entretenimento. Mas, ainda assim, alguns nomes merecem entrar na lista por produções encerradas no primeiro semestre ou então breves especiais gravados com todos os protocolos de segurança para presentear o telespectador com cultura de qualidade. Vamos a eles. 


Melhores Atrizes:



1- Marjorie Estiano.
Foram apenas dois episódios de "Sob Pressão - Plantão Covid". Mas o especial valeu por uma temporada inteira somente pela entrega do elenco. E a principal foi Marjorie. Magnífica como sempre, a atriz deu um show de emoção em todas as difíceis cenas de Carolina fazendo de tudo para salvar os vários pacientes da covid-19. A cena mais emblemática do especial foi o momento em que a médica precisou tirar a máscara e sorrir para a foto de seu crachá do hospital de campanha. Um rosto cheio de marcas, os olhos vermelhos de tanto chorar e um sorriso que pareceu um pedido de socorro. Marjorie não precisou nem falar. Que cena! 


2- Fernanda Montenegro.
Elogiar Fernandona é chover no molhado. E a veterana esteve em dois especiais gravados em plena pandemia (pela sua própria família). A ranzinza Gilda foi brilhantemente interpretada tanto em "Amor e Sorte" quanto em "Gilda, Lúcia e o Bode", exibido na noite de Natal. A atriz mesclou momentos cômicos e dramáticos com a maestria que só alguém de seu talento consegue. A personagem é tão boa que vale a dica para a Globo fixar a série em sua grade. 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020: os melhores casais do ano

 A pandemia do novo coronavírus, como já mencionado nas postagens anteriores, implicou na interrupção de todas as gravações da teledramaturgia. A programação das emissoras ficou repleta de reprises. E as reexibições ainda dominam as grades. Por conta deste fato, a lista de melhores casais da ficção de 2020 é composta, em grande parte, por pares de tramas que chegaram ao fim ou foram interrompidas no primeiro semestre. Vamos a eles. 



Marcos e Paloma ("Bom Sucesso"):
Rosane Svartman e Paulo Halm foram muito inteligentes. Nada de declarações apaixonadas no primeiro capítulo ou casamento na segunda semana. Marcos e Paloma tiveram um amor construído aos poucos. Ele era um galinha convicto, enquanto ela tentava retomar um relacionamento do passado. Os dois foram se encantando um pelo outro até o amor se instaurar de vez. A química entre Rômulo Estrela e Grazi Massafera se mostrou avassaladora e os atores foram ótimos na deliciosa novela das sete de sucesso. 


Lola e Afonso ("Éramos Seis"):
O quinto remake do romance de Maria José Dupré foi o único que teve um final feliz para a protagonista. A novela, adaptada por Angela Chaves, chegou ao fim em 27 de março, dias antes da pandemia se instaurar no país. As gravações finais tiveram adaptações pela ausência de beijos, mas Dona Lola terminou ao lado de Seu Afonso e a química entre Glória Pires e Cássio Gabus Mendes, parceiros de vários trabalhos, foi um dos trunfos da produção. O casal caiu no gosto do público e foi um alento vê-los juntos no fim. 

terça-feira, 7 de julho de 2020

Vale a pena retomar as gravações de "Salve-se Quem Puder" em 2020?

A novela das sete de Daniel Ortiz ainda estava em seu início, mas os índices de audiência eram ótimos e a trama agradava. Mas "Salve-se Quem Puder" (assim como todas as produções de entretenimento) teve suas gravações interrompidas por conta da pandemia do novo coronavírus e o folhetim saiu do ar no dia 28 de março. A reprise de "Totalmente Demais", escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, foi a substituta escolhida. O Brasil segue com quase mil mortes diárias e a irresponsabilidade dos governantes e de parte da população adia cada vez mais uma possibilidade de melhora. Mas a Globo já vem estudando medidas para um retorno do setor de teledramaturgia para final de julho.


Apesar das notícias a respeito da possível volta, não há nada oficial e muito menos sobre a exibição dos novos capítulos. O mesmo vale para "Amor de Mãe". O caso da novela das 21h, de Manuela Dias, no entanto, é um pouco menos complicado. Faltava pouco mais de um mês para o término da história quando as gravações foram interrompidas e a autora já estava arrastando o enredo de todas as formas. Não há muito o que mostrar além do aguardado encontro de Lurdes (Regina Casé) e Domênico (Chay Suede). Situação totalmente diferente de "Salve-se Quem Puder", que nem chegou perto da metade. E as informações sobre o possível retorno desanimam em virtude de mutilação do roteiro.

A primeira "bomba" foi a saída de José Condessa da trama. O ator português já tinha um compromisso firmado para protagonizar um folhetim em Portugal assim que a trama das sete acabasse. Mas a pandemia implicou em uma escolha e o intérprete preferiu abandonar a produção brasileira, muito provavelmente porque seu personagem, o mexicano Juan, tinha pouca relevância.

segunda-feira, 30 de março de 2020

"Salve-se Quem Puder" apresenta ótimo gancho para a segunda parte da trama

A pandemia do corona vírus provocou um caos mundial. A melhor recomendação a ser seguida por toda a população é ficar em casa para evitar a multiplicação do vírus. A Globo, maior emissora do país e segunda do mundo, foi a primeira a tomar uma atitude drástica: interromper as gravações de todas as suas novelas visando a segurança de seus funcionários. Como consequência, dois folhetins foram afetados: "Salve-se Quem Puder" e "Amor de Mãe". "Malhação" teve seu final antecipado e "Éramos Seis" foi finalizada lindamente, sem maiores problemas. E a produção das 19h apresentou um gancho de tirar o fôlego.


Daniel Ortiz foi pego de surpresa com o encerramento brusco de sua história, assim como o próprio público, e precisou pensar em um final de capítulo impactante para prender o telespectador até o retorno da normalidade ---- que ninguém sabe ainda quando será. E conseguiu ousar com um desdobramento digno de final de temporada de ótimas séries internacionais. O autor deixou o besteirol, que norteia o enredo, um pouco de lado e destacou mais todo o contexto envolvendo a até então grande vilã Dominique (Guilhermina Guinle). Para isso, desvendou um dos maiores mistérios do roteiro e ainda proporcionou uma boa virada.

A bandida que assassinou um juiz que investigava corruptos na primeira semana de novela não teve um grande destaque até o momento. Houve uma preocupação em desenvolver mais o lado leve de "Salve-se Quem Puder".

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Trama de Luna é a melhor estruturada de "Salve-se Quem Puder"

A nova novela das sete da Globo está há pouco mais de um mês no ar e já ficou claro que se trata de um besteirol. É uma história bobinha, onde o humor farsesco se faz presente em vários momentos. O objetivo é conquistar o público infantil e há uma parcela da audiência que não tem paciência para esse tipo de linguagem. No entanto, "Salve-se Quem Puder", até o momento, vem se mostrando agradável e despretensiosa. É gostoso assistir. E a trama melhor estruturada é a de Luna (Juliana Paiva), uma das três protagonistas.


A menina é fisioterapeuta recém-formada. Mexicana, é filha de brasileiros e voltou ao Brasil após ter testemunhado um assassinato com outras duas mulheres até então desconhecidas. Luna, Alexia (Deborah Secco) e Kyra (Vitória Strada) viram um juiz ser morto no México e o trio entrou para o serviço de proteção à testemunha. Enquanto o enredo das outras duas ainda caminha com algumas deficiências, o da personagem vivida por Juliana Paiva já desperta atenção, tanto pelo mistério envolvendo seu passado quanto pelo futuro possível romance que viverá.

O enigma envolvendo o abandono da mãe de Luna é bem interessante e desperta teorias. Helena (Flávia Alessandra) nunca superou o trauma da "perda da filha" e não esconde o pavor que sente quando escuta qualquer assunto referente ao México.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

"Salve-se Quem Puder" estreia com humor farsesco e trama despretensiosa

O termo "Um furacão passou pela minha vida" costuma ser muito usado pelas pessoas na hora do perrengue. É aquele momento em que sua rotina vira de cabeça para baixo e fica até difícil pensar no futuro. O autor Daniel Ortiz resolveu colocar a famosa expressão de forma literal em "Salve-se Quem Puder", nova novela das sete da Globo, dirigida por Fred Mayrink, que estreou nesta segunda-feira (27/01) com a difícil missão de manter os altíssimos índices da primorosa "Bom Sucesso".


A trama central tem uma virada marcada por um assassinato, mas a essência será de uma comédia farsesca e até infantil. A estreia provou. É a primeira vez que Daniel escreve uma produção de sua autoria ---- "Alto Astral" era baseada na sinopse da saudosa autora Andrea Maltarolli e "Haja Coração" um remake de "Sassaricando", de 1987. Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada são as protagonistas da nova novela e o trio promete protagonizar muitas cenas engraçadas ao longo dos meses, embora virem fugitivas de uma assassina chefe de quadrilha. Há um quê de "Três Patetas", onde uma é a mais burra, a outra a mal-humorada e a última a inteligente.

Os sonhos de Luna (Juliana), Alexia (Deborah) e Kyra (Vitória) são interrompidos quando elas presenciam a execução de um juiz (vivido por Ailton Graça) e são obrigadas a viver sob custódia do Programa de Proteção à Testemunha. Para sobreviver, elas mudam o nome, a aparência, o estilo de vida e vão morar na fictícia Judas do Norte, no interior de São Paulo, depois que são dadas como mortas. Luna assume o nome de Fiona, Alexia vira Josimara e Kyra é Cleyde, novas pessoas com um padrão de vida bem diferente.