sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os destaques do ano

Mesmo em um ano tão doloroso, com tantas perdas e crises, foi possível elaborar uma lista de destaques do ano. A vacinação ajudou a retomar os trabalhos, mesmo que aos poucos, e no segundo semestre já há várias produções inéditas no ar. O streaming foi um mercado que cresceu muito no segundo ano de pandemia, enquanto a audiência da televisão aberta caiu com tantas reprises. Vamos para a última retrospectiva do blog: 





"BBB 21": 

Beneficiado pelo intenso período de confinamento em virtude da pandemia do novo coronavírus e por uma escalação repleta de perfis atrativos, a vigésima primeira edição do "Big Brother Brasil" foi um sucesso estrondoso. Logo na primeira semana o reality já caiu na boca do povo com toda a polêmica envolvendo Lucas Penteado e Karol Conká, que acabou virando a grande vilã da edição. O favoritismo de Juliette Freire só cresceu ao longo das semanas e a participante foi a vencedora com a maior porcentagem da história do reality: mais de 90% de preferência popular em uma final tripla. Tiago Leifert fez um discurso marcante para a campeã, que realmente foi um fenômeno, saindo com mais de 24 milhões de seguidores no Instagram (hoje já com mais de 33 milhões). Segundo dados divulgados por Boninho, 163 milhões de brasileiros estiveram em algum momento de olho nos brothers. Foi o "BBB" que mais faturou: R$ 550 milhões, 50% a mais que o do ano passado. Vale destacar ainda outros participantes que protagonizaram a edição, para o bem ou para o mal, como Gil do Vigor, Sarah, Viih Tube, Camilla de Lucas, Lumena, Carla Diaz, Projota, entre tantos. O êxito do programa foi tão grande que a Globoplay explorou até onde deu, vide os documentários de Karol Conká --- "A Vida Depois do Tombo" ---, Juliette --- "Você Nunca Esteve Sozinha" e agora no final do ano o de Gil do Vigor --- "Gil na Califórnia". 


"Salve-se Quem Puder":

O encurtamento da novela das sete da Globo, por conta da pandemia do novo coronavírus, fez muito bem para o enredo de Daniel Ortiz. A retomada da produção expôs uma história mais ágil e sem enrolações. A saga das atrapalhadas Luna, Alexia e Kyra foi divertida e destacou o talento de Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada, que transbordaram sintonia. A trama tinha um quê infantil e agradou o público. A reta final foi repleta de cenas de ação e emocionantes, como o 'reencontro' de Luna com sua mãe, Helena (Flávia Alessandra). O autor só tropeçou feio no excesso de triângulos amorosos com desfecho que se arrastaram até o último capítulo, o que implicou em problemas evidentes de desenvolvimento. Mas o saldo geral foi positivo e uma espécie de volta por cima de Ortiz após a fraca e criticada "Haja Coração". 


Reprise de "A Vida da Gente":

A melhor escolha de reprise do ano. Era uma das novelas mais queridas do público e mais pedidas para uma reexibição. A Globo finalmente atendeu o pedido e deu gosto constatar que todas as qualidades vistas na primorosa obra de Lícia Manzo, dirigida por Jayme Monjardim, em 2011, se mantiveram após dez anos. A autora conseguiu criar uma envolvente e emocionante história onde o grande protagonista era o amor das irmãs Ana e Manuela. Fernanda Vasconcellos e Marjorie Estiano foram os grandes destaques da produção e valeu a pena rever cada cena das duas. Ainda foi um alento para o telespectador matar um pouco da saudades da maravilhosa Nicette Bruno em seu último grande papel na televisão, onde deu um show na pele da carismática Iná. Ana Beatriz Nogueira, Thiago Lacerda, Rafael Cardoso, Jesuela Moro e Stênio Garcia foram alguns outros que engrandeceram o elenco. 


"The Masked Singer Brasil":

A versão brasileira do formato sul-coreano "King of Mask Singer", até então desconhecido do grande público, estreou cercado de desconfianças. Afinal, as chamadas beiravam o ridículo com pessoas cantando atrás de fantasias. Mas a impressão se mostrou equivocada logo no primeiro programa. A atração se mostrou divertida, despretensiosa e uma delícia de acompanhar. Não demorou para o festival de palpites se proliferar nas redes sociais sobre a identidade de cada cantor e toda eliminação era repleta de emoção, mesmo algumas pessoas sendo facilmente identificadas pela voz. Ivete Sangalo esteve segura na apresentação e o júri ---- composto por Taís Araújo, Rodrigo Lombardi, Edu Sterblitch e Simone ---- demonstrou um ótimo entrosamento. O sucesso de audiência, crítica e repercussão já garantiu uma nova temporada para janeiro de 2022. 


"Dom": 

A série da Amazon Prime Vídeo sobre a vida do bandido Pedro Dom, um dos mais procurados do Rio de Janeiro na década de 90, que se especializava em assaltas residências de luxo, esbanjou qualidades. Gabriel Leone brilhou na pele do protagonista, enquanto Flávio Tolezani emocionou como Victor Dantas, o pai do bandido. A série teve elementos folhetinescos clássicos, como o heroísmo do pai de Dom em toda a bem realizada construção da vida do personagem no passado, através de cenas protagonizadas por Filipe Bragança, intérprete de Victor jovem. Isabella Santoni viveu seu melhor momento como a sensual Viviane e ainda vale destacar Raquel Villar (Jasmin), Laila Garin (Marisa), Ramon Francisco (Lico) e Digão Ribeiro (Armário). O sucesso rendeu a garantia da segunda temporada em 2022. 


"Gênesis":

A Record ousou com uma novela de longa duração, dividida em várias fases, começando com a saga de Adão e Eva, passando pela trama da Arca de Noé, indo para Torre de Babel, depois Jornada de Abraão e terminando com o período de escravidão do povo hebreu no Egito. Escrita por Camilo Pellegrini, Sthephanie Ribeiro e Raphaela Castro, com direção de Edgar Miranda, a trama conseguiu se manter na vice-liderança isolada e por um bom tempo foi a única produção dramatúrgica inédita no ar.  



Mion na Globo: 

Desde que teve seu contrato rompido pela Record que o apresentador ganhou a torcida do público pela sua contratação na Globo. E realmente aconteceu. Toda a saga de Mion conhecendo a emissora e expondo a sua felicidade na nova casa foi muito divertida. Aquela pessoa que não se envergonha de dizer que sonhava em trabalhar na Globo, sim. Qual o problema? E valeu a pena o sonho. Marcos foi colocado temporariamente para substituir Luciano Huck no comando do "Caldeirão", mas o sucesso foi tanto que o apresentador acabou fixado na função. Era a melhor medida a ser tomada. Ele deixou o programa leve e muito gostoso de acompanhar. Em 2022, já será possível deixá-lo mais com a cara de Mion. 


Adriane Galisteu na Record: 

Após anos afastada da televisão, Adriane Galisteu finalmente voltou ao ar e para a apresentação do "Power Couple Brasil". O reality de casais da Record foi um fracasso, mas serviu para a apresentadora mostrar seu talento. Tanto que ganhou a vaga deixada pela saída de Marcos Mion e assumiu o comando de "A Fazenda 13". Depois de um início inseguro e tentando imitar o colega por conta do texto pronto da produção, Adriane se soltou e conseguiu se firmar na função. 


"Masterchef BR":

O reality culinário da Band está desgastado, é fato. No entanto, a temporada de 2021 está entre as melhores. A seleção dos competidores foi muito acertada e de alto nível. Todas as rodadas estão disputadas e com participantes competitivos. Tanto que foi a primeira temporada que contou com uma final tripla: Isabela, Eduardo e Kelyn. Três merecedores. A vitória de Isa Scherer consagrou a melhor e mais estável competidora. Vale destacar o êxito na contratação de Helena Rizzo como substituta de Paola Carosella. 


"Onde Está Meu Coração?": 

A série de George Moura e Sérgio Goldenberg, exclusiva da Globoplay, destaca a vida repleta de instabilidades de uma médica viciada em crack. Letícia Colin está irretocável na pele da protagonista e há outros nomes de peso no elenco, como Fábio Assunção e Mariana Lima. 



"Verdades Secretas 2":

É verdade que a crítica especializada detestou a continuação do sucesso de 2015, mas nada muito diferente do que costuma acontecer com as obras de Walcyr Carrasco. É raro a crítica gostar de algo que ele faça. Mas o público sempre vai na contramão dos especialistas. O autor mais uma vez emplacou um imenso sucesso para chamar de seu. A produção exclusiva da Globoplay rendeu 50 milhões de horas consumidas ---- 2/3 do catálogo inteiro que o serviço de streaming da Globo consegue atrair em um mês normal. Um fenômeno. Mas também é inegável que a continuação de "Verdades Secretas" não manteve a qualidade da trama exibida há seis anos. Toda a investigação em torno do assassinato de Alex (Rodrigo Lombardi) beirou o ridículo e toda a trama envolvendo Angel (Camila Queiroz) e Percy (Gabriel Braga Nunes) caiu na repetição. A estupidez do investigador Cristiano (Romulo Estrela) virou piada e a correria na trama de Laila (Érika Januza ótima) prejudicou um enredo que parecia promissor. A direção de Amora Mautner pecou no excesso de led e cenas escuras por um lado, mas teve êxito nas passagens de cena por cima dos prédios de São Paulo, como se o telespectador fosse um voyeur. A produção também contou com uma polêmica no último dia de gravação, quando Camila Queiroz impôs condições para uma renovação de contrato de alguns dias, o que implicou no seu desligamento da emissora. A situação rende até agora. Ainda assim, a trama teve acertos, como o desenvolvimento do plot do sedutor Matheus (Bruno Montaleone), o destaque de Visky (Raine Cadete), a saga de Lara (Julia Byrro) e o inesperado romance entre Giovanna (Agatha Moreira) e Angel na reta final, algo subentendido ao longo da temporada, que fez as pesquisas no Google sobre a novela dispararem com um crescimento de 1000%, segundo dados da própria empresa. 


Reprise de "Paraíso Tropical" no Viva: 

A única boa novela da parceria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares merecia ter sido reprisada pela Globo no lugar de "Império". Mas o Canal Viva saiu na frente e acertou em cheio com a reexibição, que ainda serviu para comprovar que o conjunto da trama, dirigida por Dennis Carvalho, é muito bem desenvolvido. Erra quem pensa até hoje que somente o casal Bebel e Olavo foi o acerto da história. Camila Pitanga e Wagner Moura realmente roubaram a cena com todo mérito, mas os autores conseguiram desdobrar o enredo com brilhantismo, destacando todos os núcleos em um esquema de rodízio. Tem sido um prazer revê-la. 

"Lady Night": 

A pandemia impediu que o talk show de Tatá Werneck tivesse plateia e brincadeiras que exigem muita proximidade com seus convidados. Isso poderia ter sido fatal para o formato. Mas não foi. Tatá conseguiu se virar muito bem e a plateia virtual funcionou, sem parecer artificial, como ocorreu em quase todos os programas de auditório. A temporada de 2021 conseguiu ser ainda melhor que a de 2020, mesmo com os protocolos. As entrevistas seguiram impagáveis e deliciosas. As conversas com Marcos Mion, Juliette, Lília Cabral, Ary Fontoura, Rafael Portugal, Leandro Hassim e Edu Sterblitch foram os pontos altos da temporada. Nem a falta de educação e o desrespeito do Fiuk, que nunca soube aceitar uma brincadeira, atrapalharam. 



Estreia de "Um Lugar ao Sol":

A novela de Lícia Manzo enfrentou uma verdadeira saga até estrear. Quando finalmente iria ao ar, em março de 2020, veio a pandemia do novo coronavírus. A produção, dirigida por Maurício Farias, foi retomada com os protocolos sanitários necessários meses depois e já foi toda gravada. Estreou pronta, sem possibilidade de alterações. Mas nem precisa. A autora vem presenteando o telespectador com um roteiro arrebatador e envolvente, repleto de personagens humanos e cheios de defeitos. Após o êxito de "A Vida da Gente" e "Sete Vidas" na faixa das seis, a escritora emplaca uma terceira obra merecedora de muitos elogios. O elenco é repleto de ótimos atores e a direção tem conseguido expor o melhor de cada um. Uma pena a audiência estar tão baixa. O telespectador que não está acompanhando a saga de Christian/Renato (Cauã Reymond) e todos os dramas que o cercam tem perdido um novelão da melhor qualidade. 



Estreia de "Quanto Mais Vida, Melhor!":

Mauro Wilson estreou como novelista solo da melhor forma possível. Ao menos por enquanto. Sua trama, dirigida por Allan Fiterman, vem se mostrando uma história despretensiosa, divertida e recheada de personagens carismáticos. A premissa que o autor usou para iniciar sua história também merece reconhecimento pela ousadia: os quatro protagonistas se veem de cara com a Morte e todos ganham uma nova chance de viver. Porém, um morrerá mesmo dentro de um ano. Giovanna Antonelli, Mateus Solano, Vladimir Brichta e Valentina Herszage estão com uma deliciosa sintonia e honram o protagonismo. É um típico folhetim das sete. Merecia uma audiência bem mais alta. 



"70 Anos esta Noite": 

As novelas brasileiras completaram 70 anos no dia 21 de dezembro. E nada melhor do que uma justa homenagem. A Globo fez. O especial contou com a presença de várias estrelas da emissora e foram muitos momentos emocionantes sobre um pouco da história da teledramaturgia nacional. A emissora ainda acertou quando não focou apenas em suas obras e fez questão de exibir trechos de "Chiquititas", do SBT, e "Os Dez Mandamentos", da Record. Foi um programa muito bonito. Uma pena que optaram por apenas um programa. Setenta anos mereciam ao menos um especial de cinco episódios ou mais. 



"Passaporte Para Liberdade": 

Um luxo jogado na grade da Globo nas duas últimas semanas do ano. A minissérie de oito capítulos, escrita por Mário Teixeira e dirigida por Jayme Monjardim, esbanjou capricho e merecia um maior prestígio da emissora, fruto de sua primeira parceria com a Sony Pictures. Toda gravada em inglês, a trama conta a história de Aracy de Carvalho, brasileira corajosa que trabalhava no consulado em Hamburgo e conseguia vistos para judeus escaparem do regime nazista em plena Segunda Guerra Mundial. O desenvolvimento da produção impressiona e o elenco é repleto de bons atores, alguns brasileiros, outros alemães e ingleses. Sophie Charlotte emociona na pele da protagonista e sua química com Rodrigo Lombardi, intérprete de João Guimarães Rosa, é um dos pontos altos. Há um forte potencial para o Emmy Internacional. 





O ano de 2021 foi repleto de tristeza. O Brasil teve mais de 600 mil mortes pelo novo coronavírus, uma crise econômica gigante e muitas famílias despedaçadas. O setor cultural foi o mais afetado pela covid-19, pois se sustenta com base nas aglomerações, proibidas por razões sanitárias. Ao menos a chegada das vacinas serviu como um sopro de esperança. Com o avanço da vacinação, as produções tiveram suas gravações retomadas, ainda que aos poucos. Mas mesmo com tantos perçalços, a cultura segue viva e com muitos destaques positivos, vide a última retrospectiva do blog. Desejo a todos os leitores um 2022 de muita paz, alegrias e saúde. Muita saúde para todos e vacina no braço. Que seja um ano minimamente melhor porque está todo mundo necessitando de um respiro. Feliz ano novo! 


21 comentários:

Anônimo disse...

Concordo, Sérgio. Tenha um lindo 2022!

Anônimo disse...

So discordo de Salve-se quem puder, mas de resto endosso. A crítica detestou Verdades 2 mesmo mas Walcyr foi o único autor que fez sucesso em 2021. Todas as novelas atuais da Globo inéditas são um fracasso. Ele sabe pegar o povão com ou sem crise de audiência.

Olímpia Menezes disse...

Queria ter visto Passaporte para liberdade, mas era muito tarde.

Anônimo disse...

E assim se encerra mais um ano com o melhor (e o pior também, risos) do que as emissoras de TV podem apresentar sobretudo em termos de teledramaturgia. Feliz Ano Novo, Sérgio, com muitas bênçãos, saúde, paz, sucesso, alegria, esperança, felicidade, e por que não, muitas análises das mais diversas atrações televisivas, no melhor blog do melhor criador! Abração!

Guilherme

Unknown disse...

Inves de por Genêsis no destaque do ano o Zamenza coloca essa porcaria de Verdades que 2 ,evidencia a bajulação que o colunista do blog tem pelo Walcyr Devasso.

Pedrita disse...

amei q juliette ganhou. masket singer foi uma surpresa. não ia ver nem amarrada, e depois não queria parar. estou amando rever paraíso tropical. e amo um lugar ao sol, q novela inteligente. queria capítulos e capítulos de 70 anos de novelas. q 2022 seja um ano melhor. beijos, pedrita

FABIOTV disse...

Olá, tudo bem? Na minha opinião, BBB21 foi inferior ao BBB20, mas funcionou. Aproveito a oportunidade para desejar um ótimo 2022! Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

Fernanda Mendes disse...

Só acho que Verdades Secretas 2 não deveria estar nesse texto visto que teve mais erros que acertos

Igor disse...

Senti falta de Verdades Secretas 2 no post de atores, Sérgio. Apesar de ter sido repleta de erros, ela teve ótimos atores, como você bem disse aqui. Bruno Montaleone merecia muito mais estar naquele post do que o Rafael Cardoso, por exemplo.

Anônimo disse...

realidade = tao ruim quanto verdades secretas 2

Sérgio Santos disse...

Pra vc tb, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Pois é, anonimo.

Sérgio Santos disse...

O horário foi pessimo mesmo, Olimpia.

Sérgio Santos disse...

Muito obrigado pelo carinho de mais um ano, Guilherme.

Sérgio Santos disse...

Eu coloquei Genesis, anonimo. Walcyr devasso? Vc é a favor da moral e dos bons costumes, ne. Típico.

Sérgio Santos disse...

Amem, Pedrita.

Sérgio Santos disse...

Pra vc tb, Fabio.

Sérgio Santos disse...

Concordo, Fernanda, mas incontestavelmente foi um destaque. 50 milhões de horas consumidas é algo impressionante.

Sérgio Santos disse...

Igor, se voce reparar eu só coloquei atores da televisão e não do streaming. Pq se fosse botar de streaming também ficaria uma lista interminável. Tanto que nao botei ninguem do elenco. abçs

Jovem Jornalista disse...

Deliciosa essa retrospectiva! Adorei!

Boa semana e Feliz Ano Novo!


Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia

Sérgio Santos disse...

Que bom, Emerson.