quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Marjorie Estiano impressiona com sua entrega em "Sob Pressão"

As qualidades de "Sob Pressão" são inúmeras e todas já foram detalhadas neste blog. A trama de Jorge Furtado, escrita por Lucas Paraizo e equipe, dirigida por Andrucha Waddington, é a melhor série da Globo em anos. O elenco repleto de talentos e com participações especiais luxuosas expõe a preocupação em engrandecer o enredo com atuações admiráveis. E Marjorie Estiano é um dos maiores destaques.


A atriz, ao lado do seu colega Júlio Andrade (Dr. Evandro), protagonizava o longa homônimo, baseado no livro "Sob Pressão - A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro", escrito por Márcio Maranhão. Ela e Júlio deram um show na pele do casal principal. Mas a série, que estreou em 2017, proporcionou um aprofundamento dos personagens bastante necessário para a compreensão em torno da difícil vida daqueles médicos tão íntegros. E o drama pessoal de Carolina serviu para extrair o melhor de sua intérprete.

Aos poucos, o público foi descobrindo que o trauma que implicava nas automutilações da doutora era a sua relação com o pai. José Luis (Luis Melo) abusava da filha e Carolina cresceu com essa ferida nunca cicatrizada. Com o intuito de "se punir", a personagem sempre acaba se machucando com um canivete (ou qualquer objeto cortante) depois que passa por qualquer tipo de estresse acima do "normal".

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Entrada de Renata Sorrah é o único ponto positivo da reta final de "Segundo Sol"

A trama de João Emanuel Carneiro está finalmente chegando ao fim e os defeitos do enredo são inúmeros. Tanto que a reta final de "Segundo Sol" vem apresentando poucas cenas atrativas e o contexto continua andando em círculos, por incrível que pareça --- vide, por exemplo, a pateta Luzia (Giovanna Antonelli) continuar presa e sem importância alguma para o folhetim. Todavia, o autor conseguiu um ponto positivo quando escalou Renata Sorrah para viver a mãe de Laureta (Adriana Esteves).


Dulce é uma senhora esquizofrênica que vive em uma casa imunda, cheia de lixo e repleta de galinhas tratadas como filhas. A mulher enlouqueceu depois que foi abandonada por Nestor (Francisco Cuoco), quando o então marido a traiu com Naná (Arlete Salles). Apesar do contexto totalmente inverossímil ---- afinal, se Laureta sempre odiou tanto assim a família de Naná não fez o menor sentido ter transformado Beto (Emílio Dantas) em ídolo e enriquecido todos que o cercavam ----, a personagem é ótima.

A entrada de Renata nem chegou a movimentar o enredo, entretanto, implicou no destaque da dupla Remy (Vladimir Brichta) e Laureta. A casa de Dulce serviu de esconderijo para os vilões e todas as cenas protagonizadas pelo trio são muito boas. Não chega a ser uma surpresa, afinal, são atores que esbanjam talento.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Solange Couto e Bia Montez formam uma ótima dupla em "O Tempo Não Para"

A atual novela das sete vem conseguindo agradar o público com um enredo leve e que rende inusitadas situações em torno da família de 1886 que descongelou em 2018. É verdade que "O Tempo Não Para" tem pecado pela ausência de bons conflitos e Mário Teixeira parece sem rumo em torno dos acontecimentos de sua história. A falta de ritmo já está incomodando. Porém, o folhetim ainda é agradável de se acompanhar e um dos êxitos do autor é dupla formada por Coronela e Januza, duas personagens que pareciam irrelevantes no começo.


Solange Couto e Bia Montez foram escalações certeiras. As duas logo demonstraram um entrosamento cênico e não demorou para a dupla protagonizar momentos engraçadíssimos. Embora se odeiem, uma não vive sem a outra e amam fofocar sobre a vida dos outros. Sempre falando mal, é claro. A equipe de cenografia, inclusive, merece elogios pela ótima ideia de colocar uma janela na cozinha, bem em frente ao refeitório dos clientes da pensão, remetendo aos velhos tempos das vizinhas futriqueiras.

Aliás, Coronela é dona da modesta pensão em São Paulo e Januza trabalha como escrava para a patroa, que lhe deve vários ordenados. A dona do estabelecimento se considera uma pessoa muito requintada e ama dinheiro. Tanto que faz de tudo para se aproveitar dos outros, como, por exemplo, vender lixo reciclável para Eliseu (Milton Gonçalves).

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Mocinha em "Sol Nascente" e "Segundo Sol", Giovanna Antonelli não merecia dois papéis tão ruins seguidos

O Sol do título não é a única similaridade entre "Sol Nascente" e "Segundo Sol" ---- a novela das seis encerrada em março de 2017 e o atual folhetim das nove em plena reta final. As duas tramas se mostraram enfadonhas, desinteressantes, repletas de personagens mal construídos e mocinhos sem química. Para o azar de Giovanna Antonelli, a atriz protagonizou as duas produções. Infelizmente, ganhou péssimas mocinhas em sequência.


A intérprete já é uma profissional consagrada e tem vários trabalhos elogiados em seu currículo. Não precisa mais provar nada a ninguém. Porém, é uma pena que tenha sido tão desvalorizada nas duas novelas citadas. E causa até estanhamento falar em subaproveitamento, afinal, são duas heroínas. O problema é que Alice e Luzia representaram absolutamente tudo o que não se espera de uma boa mocinha de novela: passividade, burrice, pouca importância para o andamento do roteiro e falta de química com seus pares.

Ironicamente, as duas ainda enfrentaram outro problema: a inverossimilhança a respeito de sua origem. A protagonista de "Sol Nascente" era filha adotiva de uma família japonesa, cujo patriarca era Kazuo, vivido por Luis Melo, que nunca foi japonês. Embora tenham reforçado várias vezes que a personagem era adotada, houve uma avalanche de críticas em torno da escalação dos atores. O mesmo ocorreu em "Segundo Sol", uma vez que uma inexistente Bahia majoritariamente branca acabou representada pela novela de João Emanuel Carneiro.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Marcos Mion é o primeiro apresentador de "A Fazenda"

A décima edição de "A Fazenda" estreou em 18 de setembro e novamente o público se viu diante de um elenco de subcelebridades que enfrentava o ostracismo e agora busca um retorno financeiro e midiático. A direção controversa de Rodrigo Carelli também segue a mesma. Nada de novo. Porém, a única novidade do reality foi justamente a grata surpresa do programa em 2018: a apresentação de Marcos Mion.


A primeira temporada teve seu início em maio de 2009 e contou com Britto Júnior como apresentador e o objetivo da Record era copiar a Globo, que havia colocado Pedro Bial para comandar o "Big Brother Brasil". Ou seja, o canal dos bispos resolveu fixar um jornalista da casa como elemento de ''prestígio'' para o reality show. Mas nunca funcionou. Engessado e artificial, o responsável em colocar "ordem" na bagunça era um péssimo condutor. E nem conseguia disfarçar o cronograma que era obrigado a seguir pelo diretor.

Britto comandou a atração por sete temporadas. E nunca se saiu bem. Também jamais conquistou o respeito dos participantes, que raramente obedeciam suas ordens ou se calavam diante de alguma bronca. Sua saída do reality, em 2014, não foi amistosa.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

"Espelho da Vida" atrai pelos enigmas da trama central

Há praticamente um mês no ar, "Espelho da Vida" vem sendo desenvolvida de forma bem lenta por Elizabeth Jhin. Ao contrário da trama anterior, "Orgulho e Paixão", marcada pela agilidade e dinamismo, a atual tem como marca o ritmo mais arrastado. Pelo menos até o momento. Todavia, apesar da ausência de maiores acontecimentos, o enredo da autora --- dirigido com competência por Pedro Vasconcelos --- tem despertado atenção por sua história central, repleta de mistérios e enigmas.


O folhetim é uma mistura de fantasia, espiritismo e dramalhão. A escritora já abordou a reencarnação em todas as suas obras anteriores e repete a dose na atual. A diferença é que agora ela também aposta na viagem no tempo. O título da trama, por sinal, faz menção ao objeto responsável pela maior licença poética do roteiro. O espelho antigo presente na mansão abandonada que foi de Júlia Castelo, em 1930, é uma espécie de portal que faz a mocinha voltar para sua vida passada. Mas Cris (Vitória Strada) não retorna com a consciência de Júlia e, sim, como ela mesma na vida de sua outra encarnação. É meio confuso.

Mas é justamente essa 'confusão' que provoca curiosidade em acompanhar os futuros desdobramentos dessa aventura nada convencional. A atriz Cris Valência começou na trama feliz ao lado do namorado cineasta (Alain/João Vicente de Castro) e viu sua rotina mudar completamente quando foi parar em Rosa Branca, cidade fictícia de Minas Gerais, por causa do falecimento do avô de Alain, Vicente (Reginaldo Faria), que, antes de morrer, pediu ao neto para gravar um filme sobre Júlia Castelo no local.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

"Segundo Sol" expõe a necessidade de João Emanuel Carneiro se renovar

A vida de um autor de novelas não é fácil, embora muito bem recompensada com gordos salários. Enquanto estão com alguma produção no ar, a vida dos escritores é voltada exclusivamente para a elaboração de capítulos e mais capítulos de trama. E, obviamente, quanto mais folhetins no currículo, maior a chance de ocorrer repetições de histórias. Até porque a tentação de usar novamente um recurso que funcionou anteriormente é imensa. Portanto, todos os autores acabam se repetindo. Inevitável. Mas o caso de João Emanuel Carneiro em "Segundo Sol" desperta uma certa preocupação. Afinal, ele tem ''apenas'' cinco novelas no currículo. Um pouco cedo para tamanha falta de criatividade.


Várias situações na atual novela das nove da Globo, dirigida por Dennis Carvalho e Maria de Médicis, são parecidíssimas com outras produções do escritor e muitas com seu maior sucesso: o fenômeno "Avenida Brasil", de 2012. Mas com um impacto infinitamente menor. Tanto que todas as reviravoltas do folhetim até então não deixaram marcas ou promoveram cenas memoráveis. Pelo contrário, evidenciaram a falta de originalidade de João e a deficiência do enredo, que anda em círculos através de situações repetidas exaustivamente. A tradicional virada do capítulo 100 (ocorrida, na verdade, no 103) foi uma das principais 'provas'.

Luzia (Giovanna Antonelli), para não sair da rotina, caiu em outra armação dos vilões e foi se encontrar com Remy (Vladimir Brichta) para tentar descobrir o paradeiro da filha (que na verdade é filho). Ela acabou sendo vítima do famigerado golpe do "Boa noite Cinderela" e acordou ao lado do corpo do vilão, todo ensanguentado, e segurando uma faca banhada em sangue. A mocinha entrou em desespero e logo depois chegou Beto (Emílio Dantas), flagrando a cena macabra.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

"Amor e Sexo" se tornou um programa importante na grade da Globo

A décima primeira temporada do "Amor e Sexo" estreou fazendo barulho e não foi uma novidade. O programa comandado por Fernanda Lima tem na boa repercussão um de seus grandes êxitos. Tanto que já tentou sair do ar e não conseguiu. A "última temporada" chegou a ser anunciada várias vezes e a promessa nunca foi cumprida. O formato entrou na grade da Globo pela primeira vez em 2009, não foi exibido em 2010, teve três temporadas em 2011 e duas em 2012. Em 2015 não foi ao ar, mas desde 2016 tem mantido o padrão de uma temporada por ano.


O início dessa nova saga, na última terça-feira (09/10), se mostra importantíssima em virtude do atual momento do Brasil. Em meio a eleições movidas pelo ódio entre os eleitores e uma grande onda conservadora, o programa faz questão de tocar ainda mais em temas que despertam discussão, como machismo, racismo, homofobia, objetificação da mulher, enfim... Questões que viraram alvo de pessoas reacionárias 'defensoras da família'.

É verdade que a identidade do formato se perdeu há alguns anos. A temática em torno do sexo e as brincadeiras que eram feitas sobre o assunto acabaram perdendo a importância, cedendo lugar para ativismos. Ainda há algum tipo de diversão, mas não preenche nem dez minutos de programa.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Impactante, "Assédio" é uma produção de grande qualidade

A Globo já está há um certo tempo investindo no seu serviço de streaming com o intuito de concorrer com a popular Netflix. Claro que ainda falta para se equiparar com a rival que vem apostando cada vez mais no mercado brasileiro, contratando, inclusive, atores da emissora, como Marco Pigossi, por exemplo. No entanto, é visível o empenho da líder em engrandecer a Globo Play com produções de qualidade inquestionável. A mais recente foi "Assédio", série de dez episódios que foi disponibilizada no aplicativo no dia 21 de setembro e teve o primeiro episódio exibido nesta segunda-feira (15/10) antes da "Tela Quente".


O objetivo da Globo, claro, foi estimular a curiosidade do público e fazê-lo assinar a Globo Play. Estratégia parecida com a exibição de "The Good Doctor", série americana disponível também no aplicativo da emissora, que teve seus dois primeiros episódios exibidos na televisão. E a emissora fez muito bem. A produção baseada no livro "A Clínica: A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih, de Vicente Viladarga, é um primor e despertou um grande burburinho mesmo estando disponível apenas na internet. Imagine agora que teve seu início exibido para milhões de pessoas. O número de assinaturas certamente aumentará.

Escrita por Maria Camargo, mesma autora que adaptou lindamente o livro "Dois Irmãos", em 2017, e dirigida por Amora Mautner, a trama impacta do início ao fim. A história é conhecida e praticamente todos os brasileiros sabem sobre o escândalo do médico especialista em reprodução humana que abusou sexualmente de inúmeras pacientes.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

"Os Melhores Anos das Nossas Vidas" faz ótima mistura de nostalgia e diversão

A Globo estreou uma nova atração nesta quinta-feira (11/10), logo após a retomada da temporada de "Carcereiros", interrompida pela Copa do Mundo. "Os Melhores Anos das Nossas Vidas" teve uma divulgação discreta e pouco se sabia sobre o formato e os apresentadores. A única informação noticiada pela imprensa foi a desistência de Juliana Paes em virtude de um problema nas cordas vocais. Lázaro Ramos, até então, era o único confirmado no comando. As chamadas só foram ao ar na última semana e aí sim foi possível entender a essência da produção: a memória afetiva.


Claro que o longo título já dava a dica, mas, ainda assim, havia uma curiosidade a respeito da forma como a nostalgia seria explorada. E a surpresa foi positiva. Apresentado por Lázaro, o formato é classificado como um game-show em cima da disputa entre décadas, mas se enquadra bem mais no clássico programa de auditório. Isso porque pouco importa quem ganha ou não no final de cada programa, o que vale é a sucessão de boas lembranças através de imagens antigas, musicais e depoimentos.

As décadas de 60, 70, 80, 90 e 2000 são as protagonistas da atração. Lúcio Mauro Filho é o representante dos anos 80, enquanto Ingrid Guimarães defende os anos 90. Eles se enfrentaram no primeiro programa e ela saiu ganhando. Marcos Veras representa os anos 60, Marco Luque os 70 e Rafa Brittes os anos 2000.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Após início promissor em "Segundo Sol", Rosa foi destruída por João Emanuel Carneiro

O início de "Segundo Sol" foi atrativo e parecia que João Emanuel Carneiro tinha criado um novelão dos bons. Um dos grandes destaques da trama era Rosa, uma menina que não levava desaforo para casa, interpretada brilhantemente por Letícia Colin. A personagem era um natural centro das atenções em qualquer cena que aparecia. Não demorou para a atriz virar um dos maiores destaques do folhetim e ofuscar Luzia (Giovanna Antonelli) ---- mocinha medrosa, burra e passiva ---, além de Beto Falcão (Emílio Dantas), mocinho que só teve destaque no primeiro capítulo.


A quantidade de conflitos que Rosa protagonizava enriquecia o roteiro, principalmente em virtude da complexidade do papel. Afinal, a garota virou prostituta de Laureta (Adriana Esteves) com o intuito de subir de vida e dar uma melhor condição para Nice (Kelzy Ecard), a sua sofrida mãe que era proibida de trabalhar pelo marido machista. Ela, por sinal, nunca teve medo do pai e sempre o enfrentou com deboche. Sua bonita relação com Maura (Nanda Costa) também se sobressaía, principalmente quando apoiou o relacionamento homossexual da irmã.

O romance com o marrento Ícaro (Chay Suede) era outro atrativo. A química entre os atores ficou explícita logo na primeira cena e as transas quentes dos personagens impulsionaram uma grande torcida pelo casal. Até mesmo as discussões eram interessantes, pois expunham a explosão de dois temperamentos fortes.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Segunda temporada de "Sob Pressão" promete ser tão boa quanto a primeira

A primeira temporada de "Sob Pressão", exibida no ano passado, causou a melhor das impressões. A possível desconfiança a respeito de uma série baseada no filme homônimo, por sua vez produzido em cima do livro "Sob Pressão - A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro", escrito por Márcio Maranhão, foi logo dissipada quando a trama foi ao ar. E não demorou para a produção televisiva superar o longa. Tanto que foi o melhor seriado da Globo em 2018. A estreia da segunda temporada, exibida nesta terça-feira (09/10), mostrou que a potência do enredo segue igual.


Logo no começo do primeiro episódio, o telespectador foi surpreendido com uma perseguição de tirar o fôlego entre bandidos de facções rivais em uma favela. Quando um dos marginais acabou baleado, a trama de fato se iniciou. O Hospital Luis Carlos Macedo segue em estado deplorável e Samuel (Stepan Nercessian) se viu obrigado a aceitar o oportunismo de um deputado para receber a doação de uma ambulância nova. O objetivo, claro, é ajudar a eleição do prefeito e a temática não poderia ter vindo em momento mais oportuno. Evandro (Júlio Andrade) não escondeu o incômodo, assim como Carolina (Marjorie Estiano).

É impressionante ver o talento de Lucas Paraizo, redator final, e Andrucha Waddington, diretor, na amarração das tramas da série de Jorge Furtado que vão surgindo ao longo de cada episódio, sem deixar que nenhuma fique rasa. São sempre três ou quatro conflitos inseridos e todos envolventes.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Claudia Di Moura e Kelzy Ecard são gratas revelações de "Segundo Sol"

Normalmente, a primeira associação que surge quando se fala de revelação em alguma novela é a de um ator ou atriz jovem. Afinal, é o primeiro trabalho do intérprete na televisão. Porém, nem sempre a questão da idade prevalece. Há vários casos de profissionais com larga carreira no teatro que estreiam na tevê muito tempo depois de já ter um currículo sólido. É o caso de Claudia Di Moura e Kelzy Ecard em "Segundo Sol".


As intérpretes das sofridas Zefa e Nice, respectivamente, se destacaram assim que surgiram em cena e desde então vêm protagonizando momentos de intensa carga dramática, emocionando o público. São perfis aparentemente sem muito importância, mas cresceram graças ao talento dessa dupla de respeito. Ambas já participaram de várias peças teatrais, mas a oportunidade de mostrar o quão são competentes na televisão, alcançando um maior número de pessoas, ainda não havia chegado. Finalmente a chance veio.

Claudia é uma atriz baiana e chegou a dizer em uma entrevista que não sairia da Bahia se a Globo não fosse buscá-la. O diretor Dennis Carvalho conseguiu trazê-la para o Rio de Janeiro, sede da emissora e local dos Estúdios (antigo Projac), e João Emanuel Carneiro criou a subserviente Zefa. A empregada da família de Severo Athayde (Odilon Wagner) é uma espécie de porto seguro de um núcleo familiar dilacerado, mas nunca recebeu um tratamento diferenciado por isso.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Coletiva de "Sob Pressão" aborda vários temas importantes da segunda temporada

A segunda temporada de "Sob Pressão" estreia na próxima terça, dia 9 de outubro. E, para promover o lançamento da continuação da melhor série da Globo de 2017, a emissora reuniu elenco e direção no Cine Odeon, na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. Ainda houve uma bela parceria com o Hemorio para a doação de sangue ----- Marjorie Estiano, Júlio Andrade, Fernanda Torres e Humberto Carrão doaram pouco antes da coletiva de imprensa, em um ônibus estacionado no local para a coleta.


Eu fui convidado para o evento e praticamente todo o elenco estava presente, assim como o diretor Andrucha Wadington e Lucas Paraizo, roteirista que virou o redator final da série, após bem-sucedidos trabalhos em "A Teia" (2014), "O Caçador" (2014), "O Rebu" (2015) e "Justiça" (2016). Como o primeiro episódio ficou disponível na Globo Play um dia antes, Andrucha decidiu exibir para a imprensa o quarto episódio, que representa a virada da temporada. E esse episódio foi muito bem escolhido por várias razões.

A trama fala com propriedade de transfobia e a história de Anderson, um rapaz que se enxerga como mulher, emociona. Ele acaba no Hospital Luis Carlos Macedo por causa de uma infecção generalizada provocada pela implantação de silicone industrial.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Thaís Melchior não tem culpa da solução rasa do SBT em "As Aventuras de Poliana"

A atual novela infantil do canal de Silvio Santos é um fenômeno de audiência. A trama é um sucesso absoluto desde a sua estreia, em 16 de maio, e até hoje nunca perdeu a vice-liderança no horário, marcando sempre por volta dos 15 pontos. Nem mesmo a tentativa de Record de retomar o segundo lugar com "Jesus" funcionou. E a produção merece o êxito. Íris Abravanel vem apresentando uma novelinha simpática e que agrada em cheio o público alvo. Tanto que a previsão é que acabe somente no fim de 2019. Porém, uma polêmica se deu no folhetim: a saída de uma atriz e a entrada de outra para viver uma das principais personagens.


A amargurada Luísa começou sendo interpretada pela talentosa Milena Toscano e a atriz caiu nas graças dos telespectadores em virtude da complexidade da personagem, que no início da novela parecia uma vilã sem sentimentos até se mostrar uma mulher fragilizada pelas feridas do passado. A personagem, aliás, é muito importante no livro "Pollyanna" (1913), best-seller de Eleanor Porter, clássico da literatura infanto-juvenil, cujo enredo é a base do folhetim do SBT. A poderosa mulher é tia de Poliana (Sophia Valverde) e se viu "obrigada" a cuidar da sobrinha quando os pais da menina faleceram.

O que parecia um fardo, acabou virando uma bênção para a ranzinza ricaça. Aos poucos, as duas foram se aproximando e firmando um laço afetivo até então inesperado. A convivência com a alegria constante de Poliana, que ama usar o "Jogo do Contente" para enxergar o lado bom da vida, foi amolecendo o coração da tia Luísa, embora no começo a irritasse bastante. Todavia, Milena Toscano engravidou logo no início das gravações da novela.