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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2019 foi marcado por tragédias. Muitos famosos morreram de forma totalmente inesperada e até chocante. Acidentes de carro, queda de avião e de helicóptero, acidente doméstico, enfim... O Brasil ficou de luto em várias ocasiões e foi difícil encarar tantas perdas. É hora de lembrar e homenagear essas pessoas.





Ricardo Boechat (1952 - 2019):
O respeitado e querido jornalista faleceu em um trágico acidente de helicóptero. Amado pelos ouvintes da Band News, era uma companhia constante para os motoristas que saiam para trabalhar. Também brilhava como âncora do "Jornal da Band". Sua morte deixou o país em choque e todas as emissoras homenagearam o colega. Faleceu em fevereiro. Tinha 67 anos.



Caio Junqueira (1976 - 2019):
O talentoso ator não resistiu ao forte impacto de seu carro em uma árvore. Caio dirigia pelo Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e perdeu o controle do veículo. O acidente ceifou a vida do intérprete, que tinha apenas 43 anos e trabalhava na Record, após muitas novelas na Globo. Nos deixou em fevereiro.




segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Jorge Fernando era o retrato da alegria de viver

O Brasil perdeu Jorge Fernando. O diretor faleceu às 20h deste domingo, vítima de uma parada cardíaca, no hospital Copa Star, em Copacabana. Ele lutava para superar as consequências do AVC que sofreu em 2017 e tinha conseguido retomar a carreira em 2019 com "Verão 90", novela das sete encerrada em julho, escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral. Sempre extrovertido e de bem com a vida, o multifacetado profissional era muito conhecido e querido pelo grande público.


O diretor iniciou sua carreira na televisão como ator na série "Ciranda Cirandinha", em 1978, mas descobriu sua vocação para o trabalho por trás das câmeras em 1981, quando dirigiu "Jogo da Vida", folhetim de Silvio de Abreu e Janete Clair. Desde então nunca mais deixou a função e se firmou na área. Virou um grande parceiro de Silvio e dirigiu inúmeras novelas do autor, entre elas a clássica "Guerra dos Sexos" (1984) ---- e seu remake em 2012. "Cambalacho" (1986), "Rainha da Sucata" (1990), "Deus  nos Acuda" (1992), "A Próxima Vítima" (1995) e "As Filhas da Mãe" (2001) foram outras tramas do autor que contaram com o talento de Jorginho.

Mas Jorge Fernando também virou um companheiro inseparável de Walcyr Carrasco. Foi com o escritor que colecionou vários sucessos inesquecíveis, onde também chegou a atuar em alguns momentos.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Repleta de tramas bobas, "Verão 90" foi uma novela descartável

Izabel de Oliveira e Paula Amaral vinham de dois extremos. As autoras experimentaram o sucesso com o fenômeno "Cheias de Charme", em 2012, e enfrentaram o imenso fracasso com "Geração Brasil" (2014) --- até hoje a pior audiência da faixa das 19h. Izabel, no caso dividiu a autoria das duas tramas com Filipe Miguez. Paula era colaboradora de ambas. Agora experimentaram um trabalho realmente juntas com "Verão 90", que chegou ao fim nesta sexta-feira (26/07). E infelizmente o saldo não foi nada positivo.


É verdade que para a Globo não houve problema algum. Afinal, a novela teve uma boa audiência, embora tenha passado longe de um fenômeno. A média geral foi de 26 pontos, a mesma de "Deus Salve o Rei" e "Rock Story", dois folhetins com desempenhos medianos em nível de repercussão. Mas ultrapassou a média de "O Tempo Não Para", que a antecedeu, em dois pontos. Pena que os números não refletiram a qualidade da produção. A dupla apelou para o saudosismo do público através de referências aos anos 90 (muitas delas equivocadas e mais propícias aos anos 80, vale lembrar) com o intuito de disfarçar a ausência de enredo.

"Verão 90" iniciou apresentando a história de três crianças que fizeram um imenso sucesso com o grupo "Patotinha Mágica" e acabaram se separando por brigas familiares. O trio central era Manuzita (Isabelle Drummnd), João (Rafael Vitti) e Jerônimo (Jesuíta Barbosa). João e Manu sempre foram apaixonados, enquanto Jerônimo tinha sérios desvios de caráter e nutria uma inveja do irmão. A premissa do folhetim era essa, mas as autoras não conseguiram sustentar o contexto nem por um mês.

terça-feira, 23 de abril de 2019

"Verão 90" é uma novela sem história

A atual novela das sete da Globo está há quase três meses no ar. "Verão 90" estreou com uma avalanche de nostalgia através de várias imagens de shows e costumes dos anos 90. Quem era criança ou adolescente na época tem um carinho especial, embora uma parcela dos 'adultos' (ou maduros) daquele tempo despreze um pouco esse conjunto em virtude da moda mais cafona e dos exageros. Porém, Izabel de Oliveira e Paula Amaral não podiam se apoiar apenas no contexto para contar uma história. Era preciso enredo também. E, infelizmente, o que tem sido visto é uma ausência de história.


Logo no primeiro capítulo ficou perceptível uma correria das autoras. A primeira fase, com o trio  protagonista ainda na infância (na década de 80 em uma clima inspirado no auge do "Balão Mágico"), durou apenas um bloco e logo a trama migrou para 1990. A pressa resultou na construção rasa do romance dos mocinhos, Manu (Isabelle Drummond) e João (Rafael Vitti). O próprio conflito em torno do término traumático da Patotinha Mágica soou raso para quase seis meses de folhetim.

No entanto, Izabel e Paula tinham uma carta na manga: a armação de Jerônimo (Jesuíta Barbosa) para incriminar João pela morte acidental de Nicole (Bárbara França) e com isso conseguir se infiltrar na poderosa família Ferreira Lima.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

"Verão 90" tem estreia nostálgica e corrida

A novela que mesclou passado e presente através de uma família de 1886 descongelada em 2018 saiu de cena. Agora o intuito da Globo é apresentar um folhetim que vai mexer com a memória afetiva do público relembrando moda, músicas e costumes dos anos 90, período nunca antes abordado em uma trama. Afinal, é uma época nem tão distante assim e muitas histórias clássicas, como o remake de "Mulheres de Areia" (1993), "Quatro por Quatro" (1994) e "A Próxima Vítima" (1995), foram exibidas naquela década. "Verão 90", dirigida por Jorge Fernando, é uma produção claramente nostálgica.


Escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral (que trabalharam juntas com Filipe Miguez no fenômeno "Cheias de Charme" e no fracasso "Geração Brasil"), a nova história das sete traz João (João Bravo/Rafael Vitti), Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond) e Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa) como protagonistas. O trio estourou como a Patotinha Mágica, grupo infantil que era febre nos anos 80 e se apresentava em vários programas. No entanto, tudo naufragou por conta de um escândalo (João desmaiou no palco e a mãe foi acusada de negligência) e cada um seguiu seu rumo. É a partir dessa nova ''saga'' que o folhetim se inicia de fato. 

A estreia teve como principal objetivo prender o público através de várias imagens de programas dos anos 80/90 e músicas de sucesso que até hoje se mantêm na memória do espectador. "Batman & Robin" e "Cassino do Chacrinha", por exemplo, marcaram presença, assim como canções icônicas, vide "Do Leme ao Pontal", "Freak Le Boom Boom" e "Nós vamos invadir sua praia".

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

"Verão 90": o que esperar da próxima novela das sete?

A substituta de "O Tempo Não Para" terá uma linguagem parecida com a trama de Mário Teixeira: muita comédia e situações voltadas para um clima leve. No entanto, a história de "Verão 90" será bem mais musical e a trilha sonora promete ser uma personagem à parte. O grande atrativo das primeiras chamadas, inclusive, é a seleção repleta de músicas que marcaram os anos 90 e até hoje mexem com quem viveu um tempo não tão distante assim. É até estranho chamar um enredo ambientado em 1993 como "de época".


Escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral, a história, dirigida por Jorge Fernando, vai trazer como protagonistas o trio João (João Bravo/Rafael Vitti), Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond) e Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa). O grupo infantil Patotinha Mágica (claramente inspirado nos icônicos "Balão Mágico" e "Trem da Alegria") fará muito sucesso nos anos 80 e, com a separação, os três voltam a se encontrar somente nos anos 90, já adultos e com muitos sentimentos mal resolvidos. O enredo se baseia na trajetória desses três personagens, que formarão um triângulo amoroso com direito a mocinhos e um vilão.

Na infância, Manuzita era a menina mais amada do Brasil. E quando os irmãos Guerreiro, João e Jerônimo, se juntaram a ela, a "Patotinha Mágica" virou sinônimo de sucesso. Mas aquele sonho não durou muito e o fim do grupo se deu em meados dos anos 80. Já em 1990, João é um universitário que comanda um programa de rádio para o público jovem.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Tudo sobre a primeira apresentação de "Verão 90", próxima novela das sete

A primeira coletiva para a apresentação de "Verão 90", próxima novela das sete da Globo, que estreia no final de janeiro de 2019, foi realizada na última sexta-feira (30/11), em um hotel no Leblon, Rio de Janeiro. As autoras Izabel de Oliveira e Paula Amaral estiveram presentes, assim como os diretores Jorge Fernando e Marcelo Zambelli, e os atores Isabelle Drummond, Rafael Vitti, Jesuíta Barbosa, Cláudia Raia e Dira Paes.


O apresentador Zeca Camargo também participou, mas apenas para contar um pouco sobre os anos 90, época do auge da MTV, onde esteve presente por muitos anos. Como o novo folhetim terá a década de 90 como ambiente para o enredo e focará bastante no meio musical, a presença de Zeca fez bastante sentido. Fui um dos convidados da coletiva e a animação pelo projeto era visível no rosto de todos. A expectativa é alta e realmente parece que teremos uma boa novela logo no início do ano que vem.

O diretor Jorge Fernando fez questão de descontrair os convidados e mostrou que está plenamente recuperado do AVC que sofreu há dois anos. Os colegas também fizeram questão de homenageá-lo em vários momentos. Ele, aliás, deixou claro que o intuito da novela é brincar com os anos 90 e não fazer um retrato fiel do período.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Fenômeno de audiência, "Êta Mundo Bom!" trouxe otimismo e a essência de Walcyr Carrasco no horário das seis

A missão de "Êta Mundo Bom!" não era simples, afinal, tinha a 'obrigação' de manter a qualidade da faixa das seis, que vinha de duas novelas anteriores primorosas: "Sete Vidas" e "Além do Tempo". Mas, ao voltar para o horário que o consagrou, Walcyr Carrasco tinha noção da responsabilidade e conseguiu cumprir o objetivo com louvor. Ainda superou as expectativas no quesito audiência, pois a sua trama saiu de cena com uma média geral de 27 pontos (sete a mais que a anterior), atingindo índices expressivos ao longo dos meses ---- sempre acima dos 30 pontos (chegou até a 36 de média) ----, alcançando marcas não obtidas na faixa desde o remake de "O Profeta", em 2006 ---- coincidentemente, um folhetim que contou com sua supervisão.


Foi o próprio autor que pediu para voltar ao horário das seis e, após o fenômeno "Verdades Secretas", teve o pedido atendido pela Globo. Após os imensos sucessos "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea", Walcyr trouxe de volta para a faixa absolutamente tudo o que deu certo nessa trinca, deixando de lado qualquer tipo de 'novidade' ou 'surpresa'. Ou seja, o objetivo dele era justamente reutilizar o que o público tinha amado: muita guerra de comida, quedas no chiqueiro, um núcleo de caipiras vivendo em uma fazenda, vilões maniqueístas e situações dramáticas sendo mescladas com humor pueril. Pois funcionou de novo, confirmando um fato incontestável: o telespectador estava com saudades de acompanhar uma história do escritor às 18h.

A novela, ambientada na década de 40, estreou no dia 18 de janeiro e teve seu último capítulo exibido no dia 26 de agosto, ou seja, ficou quase oito meses no ar. Foram 190 capítulos, sendo uma das produções das seis mais longas, levando em consideração a diminuição da duração das obras dessa faixa nos últimos anos. As Olimpíadas influenciaram o esticamento, pois a Globo já havia pedido para o autor desenvolver um folhetim maior para não estrear nada durante os jogos, cujos horários ficam tomados de competições e variações na grade.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

"Êta Mundo Bom!" tem estreia promissora e traz de volta o humor rasgado ao horário das seis

Após a mediana "Sete Pecados",  a popular "Caras & Bocas" e o universo de dinossauros e robôs em "Morde & Assopra" no horário das sete; a estreia bem-sucedida no horário nobre com a eternizada "Amor à Vida"; o ótimo remake de "Gabriela" e o fenômeno "Verdades Secretas" na faixa das onze, Walcyr Carrasco voltou para o horário das seis, que o consagrou na Globo com os sucessos "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea". "Êta Mundo Bom!", sua nova produção, estreou nesta segunda-feira (18/01), substituindo a excelente "Além do Tempo", de Elizabeth Jhin.


A missão do autor não é nada simples, afinal, ele precisa manter a qualidade da faixa, após a impecável "Sete Vidas" e a elogiada trama recém terminada, que ousou com uma passagem de tempo de 120 anos. Porém, Walcyr tem boas chances de manter o nível, principalmente depois do ótimo e envolvente primeiro capítulo apresentado. Com a direção de Jorge Fernando e um elenco repleto de bons nomes, a nova novela teve um início movimentado e seu enredo está repleto de situações clássicas de um bom folhetim.

Ambientada na capital e no interior de São Paulo, em 1940, a história é inspirada no conhecido conto "Cândido ou o otimismo", de Voltaire, e na versão do clássico para o cinema brasileiro, cujo título foi "Candinho", protagonizado pelo grande e saudoso Mazzaropi, em 1954. O tom caipira da trama vem justamente dessa homenagem do autor.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

"Êta Mundo Bom!": o que esperar da próxima novela das seis?

A nova novela das seis terá a missão de manter a qualidade da faixa depois da excelente "Além do Tempo", que também herdou essa responsabilidade, pois entrou no lugar da impecável "Sete Vidas". Com o título de "Êta Mundo Bom!", a novela de Walcyr Carrasco tem boas chances de manter o nível, apresentando para o público uma história bem humorada, leve e com boas doses de drama. Pelo menos as chamadas se mostram bem promissoras, assim como o clipe de 16 minutos --- que você pode conferir aqui.


O autor foi consagrado como o 'Rei das 18h'. Afinal, foi o responsável pelos maiores sucessos relativamente recentes da faixa, vide "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea". E o novo folhetim de Walcyr tem todos os elementos já vistos nessas três produções citadas, incluindo vários atores que fizeram parte das mesmas. Após ousar com o fenômeno "Verdades Secretas", às 23h, exibida em 2015, o escritor resolveu voltar ao gênero que tanto se especializou. Repetindo ainda a bem-sucedida parceria com Jorge Fernando, diretor que coordenou várias novelas suas.

A nova trama é inspirada no filme "Candinho" (o título do folhetim inicialmente seria esse, inclusive), estrelado por Mazzaropi, cujo roteiro é baseado no conto "Cândido" (ou "O Otimismo"), de Voltaire ----- a maior citação da obra é "Tudo o que acontece é para o melhor nesse melhor dos mundos".

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Canal Viva acerta com a reprise de "Cambalacho", uma das marcantes novelas de Silvio de Abreu

Exibida entre 10 de março e 3 de outubro de 1986, "Cambalacho" foi uma das novelas das sete mais marcantes da Globo. Sucesso de Silvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando, a trama marcou época, mesclou a comédia rasgada e o drama com maestria e ainda apresentou uma legião de personagens cativantes. Reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" em 1991, o folhetim começou a ser reexibido pelo Canal Viva em agosto de 2015.


A história é protagonizada por dois trambiqueiros natos: Leonarda Furtado, a Naná (Fernanda Montenegro), e Jerônimo Machado, o Gegê (saudoso Gianfrancesco Guarnieri). Os dois sobrevivem dos cambalachos (expressão que se popularizou na época) que fazem e ela ainda custeia os estudos da filha (Daniela - Cristina Pereira) no exterior. Naná, inclusive, recolhe crianças das ruas para aliviar sua culpa pelos trambiques. Já o seu comparsa é mais 'prático' e bem menos sentimental.

Apesar dos golpes que praticam, os protagonistas são pessoas bacanas e de bom coração. Fernanda e Gianfrancesco formaram uma dupla maravilhosa na trama e esbanjaram sintonia. Os perfis eram uma espécie de mocinhos às avessas.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Com muitos clichês e despretensiosa história, "Alto Astral" conquistou a audiência e cumpriu sua missão

O objetivo do estreante Daniel Ortiz era bem complicado: reerguer o horário das sete, afundado pelo fracasso "Geração Brasil", que conseguiu piorar ainda mais a audiência da faixa após a problemática "Além do Horizonte". O autor, supervisionado por Silvio de Abreu, resolveu apostar em uma trama simples para conquistar o público e, com a sua trama encerrada depois de seis meses no ar ---- cujo último capítulo foi exibido nesta sexta (08/05) ----, pode-se afirmar com convicção que a missão foi devidamente cumprida.


A novela foi baseada na sinopse original da saudosa Andrea Maltarolli (falecida em 2009) e mesclou muito bem espiritismo, comédia e drama. Ao contrário das duas obras anteriores, a trama não tinha pretensão alguma, tanto que apostou no folhetim tradicional que lembrou bastante, inclusive, as produções das 19h da década de 90. A história tinha a cara da faixa e não demorou muito para a audiência crescer, aumentando os índices preocupantes do horário ---- a reta final, aliás, elevou ainda mais os números, chegando a surpreendentes picos acima dos 30 pontos, marcando algumas vezes uma maior média que "Babilônia".

Uma estratégia inteligente do autor foi a inserção espaçada de novos personagens, já anunciados como presentes na trama nos créditos da abertura. Alguns, inclusive, tiveram a entrada antecipada em virtude da cobrança do público. Todos, de uma forma ou de outra, provocaram viradas na trama.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

"Rainha da Sucata": o primeiro sucesso de Silvio de Abreu no horário nobre da Globo

Exibida entre 2 de abril e 26 de outubro de 1990, "Rainha da Sucata" foi a estreia de Silvio de Abreu no horário nobre da Globo. Com o objetivo de substituir o fenômeno "Tieta", a novela teve um início turbulento e sofreu com a repercussão de "Pantanal", estrondoso sucesso da Rede Manchete, escrito por Benedito Ruy Barbosa --- vale lembrar que as tramas não concorriam diretamente. A forte linguagem cômica não foi muito bem aceita e o enredo ganhou alguns elementos mais dramáticos. Aos poucos, a trama foi se acertando e conquistando o público.


Reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" em 1994 e no Canal Viva em 2013, a história abordava a ascensão dos novos ricos e a decadência da elite paulistana, através da rivalidade entre a emergente Maria do Carmo (interpretada pela sempre ótima Regina Duarte) e a socialite falida Laurinha Figueiroa (magistral Glória Menezes). A mocinha e a vilã, respectivamente, honraram o destaque que tinham e as atrizes até hoje são lembradas pelo grande desempenho neste folhetim.

Como acontece em todas as obras do autor, a trama tinha fortes elementos cômicos e uma boa dose de tensão. Maria do Carmo enriquece com os negócios do pai (Onofre - Lima Duarte -, vendedor de um ferro velho) e se torna uma rica empresária, apesar de manter os costumes e hábitos da época que era pobre.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

"Alto Astral" vem se mostrando uma novela agradável, despretensiosa e bem construída

Passado mais de um mês de sua estreia, já é possível constatar com maior tranquilidade que "Alto Astral" é uma novela que consegue reunir todos os elementos de uma tradicional trama das sete com muita competência. Despretensiosa, a história tem apresentado várias situações cômicas e românticas de uma forma simples e agradável, fazendo uma mistura bem harmônica.


Os capítulos vêm sendo muito bem construídos, apresentando bons ganchos a cada bloco e destacando todos os personagens de forma igualitária. Um bom facilitador é o elenco enxuto. O autor Daniel Ortiz foi inteligente ao optar por um número reduzido de atores no começo da trama para não provocar um excesso de informação, dispersando a atenção do público. Tanto que há vários perfis que aparecerão ao longo do folhetim. Aos poucos, novos tipos entrarão na história, aumentando os conflitos da novela, entre eles perfis interpretados por Maitê Proença, Mônica Iozzi e Totia Meirelles (que entrou recentemente).

Mas, neste início, o foco é praticamente voltado para o romance do casal protagonista e os conflitos individuais de Laura (Nathalia Dill) e Caíque (Sérgio Guizé), que implicam diretamente nos demais núcleos da trama, como o da picareta Samantha (Cláudia Raia), o do hospital do vilão Marcos (Thiago Lacerda) e o da família barraqueira de Tina (Elizabeth Savalla).

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Apostando na mistura de sensibilidade e comicidade, "Alto Astral" estreia repleta de atrativos

Uma comédia romântica que aborda o espiritismo, mas não de forma doutrinária. Um rapaz que desenha o rosto da mulher amada desde criança e conta com a ajuda de um espírito para encontrá-la. Dois irmãos rivais e apaixonados pela mesma mulher. Situações engraçadas inseridas em um enredo que toca pela sensibilidade. Baseado neste conjunto, Daniel Ortiz estreou, nesta segunda-feira (03/11),"Alto Astral", nova novela das sete, dirigida por Jorge Fernando, cuja missão será conquistar o público, após o fracasso de "Geração Brasil".


Baseada na sinopse da saudosa Andrea Maltarolli, a história começou com uma cena de impressionar: um avião caindo em uma estrada, atingindo um carro e um caminhão. Os efeitos especiais não ficaram devendo em nada aos filmes estrangeiros e provocaram espanto pelo realismo do acidente. Na sequência, Maria Inês (Christiane Torloni) está com os dois filhos na aeronave e se assusta ao achar que Caíque ficou preso após a queda. Mas o menino é salvo por Dr. Castilho (Marcelo Médici), espírito que só ele é capaz de ver.

Muitos anos se passaram e a história inicialmente fez questão de focar nas figuras principais. O vilão Marcos (Thiago Lacerda), irmão do mocinho, já mostrou que é preconceituoso e ganancioso administrando o hospital da família. Ele, embora seja noivo da jornalista Laura (Nathalia Dill), tem um caso com sua secretária, a ambiciosa e sedutora Sueli (Débora Nascimento).

terça-feira, 28 de outubro de 2014

"Alto Astral": o que esperar da próxima novela das sete?

Andréa Maltarolli só conseguiu escrever uma novela: a divertida "Beleza Pura", que foi ao ar em 2008 no horário das sete. A autora faleceu no dia 22 de setembro de 2009, em virtude de um câncer, interrompendo uma trajetória que tinha tudo para ser promissora. Mas ela deixou uma sinopse de um novo folhetim. Sinopse esta que passou para as mãos de Daniel Ortiz, colaborador de Silvio de Abreu, que estreará "Alto Astral" no próximo dia 3 de novembro.


A autora falecida tinha colocado o nome de "Quatro Estações" neste projeto que estava desenvolvendo. Inicialmente, a história seria assumida por Maria Adelaide Amaral, mas a Globo optou pelo lançamento de um novo autor, com a supervisão de outro mais experiente, no caso Silvio de Abreu. Portanto, a nova novela das sete passou por um longo período de construção antes de finalmente ficar pronta para o telespectador.

Dirigida por Jorge Fernando, a trama mesclará espiritismo com drama e comédia. Mas Daniel Ortiz faz questão de colocar que a história não pregará a religião, como ocorreu no fenômeno "A Viagem", por exemplo.

terça-feira, 24 de junho de 2014

"Caras & Bocas": um sucesso em 2009 e um sucesso em 2014

Exibida no horário das sete, na Globo, entre 13 de abril de 2009 e 8 de janeiro de 2010 ----- depois do fracasso "Três Irmãs e sendo substituída pelo fracasso "Tempos Modernos" ------, "Caras & Bocas" foi mais uma novela de imenso sucesso escrita por Walcyr Carrasco. A partir de 13 de janeiro de 2014, começou a ser reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" e vem obtendo bons índices de audiência. É, inclusive, a única novela da emissora no ar que conseguiu um bom retorno do Ibope, em meio a um período nada favorável, onde todas as tramas inéditas ----- "Joia Rara"/"Meu Pedacinho de Chão", "Além do Horizonte"/"Geração Brasil" e "Em Família" ----- fracassaram nos números, com exceção de "Amor à Vida" (do mesmo Walcyr). A reprise (que em alguns momentos chegou a ter mais audiência que a novela das seis e das sete) já está perto do fim e será substituída pela igualmente ótima "Cobras & Lagartos", do talentoso João Emanuel Carneiro.


O êxito do folhetim de Walcyr não é muito difícil de ser explicado, afinal, a história foi ótima, repleta de bons personagens, ágil, com várias reviravoltas e um elenco muito bem escalado. O casal central da novela era formado por Dafne (Flávia Alessandra) e Gabriel (Malvino Salvador), que foram separados na adolescência por causa do avô milionário da garota (Jacques - Ary Fontoura). Trama folhetinesca bem comum. Porém, o tema principal era voltado para o mundo das artes e a hipocrisia que reina no mercado.

Tanto que o protagonista na novela era um macaco. Isso porque o primata amava brincar com tintas e fazia vários rabiscos nas telas de Denis (Marcos Pasquim), um pintor fracassado de paisagens, que não conseguia vender seus quadros na rua, onde costumava trabalhar. Quando Xico ---- que fugiu de um circo, onde sofria maus tratos ---- começou a ser cuidado por Espeto (David Lucas), filho do homem que

terça-feira, 1 de abril de 2014

"Divertics" não conseguiu divertir

A Globo tentou apresentar uma nova proposta com o "Divertics", que se encerrou no último domingo (30/03), após 18 programas. A ideia era exibir esquetes de humor mescladas com apresentações circenses, interação da plateia e improvisos dos atores. Sem dúvida foi uma proposta promissora, entretanto, o resultado não foi o esperado.


A plateia, por vezes, soava forçada, várias esquetes deixaram a desejar e, apesar do grande elenco escalado, o riso não vinha fácil. Era perceptível que algumas situações apresentavam um humor mais característico de internet (vide o canal "Porta dos Fundos") e outras apelavam para o estilo mais popularesco. Ou seja, tentaram unir todos os tipos de público em uma só atração; atitude mais do que válida, só que infelizmente sem causar o efeito desejado.

Rafael Infante, Maria Clara Gueiros, Roberta Rodrigues, Nando Cunha, Luis Fernando Guimarães, Ellen Roche, David Lucas e Marianna Armellini são ótimos e fizeram bem o que era proposto, ainda que várias esquetes não tenham funcionado. Mas quem se destacou mesmo foi Leandro Hassum. O humorista conseguiu divertir até mesmo em situações sem um pingo de comicidade graças ao seu talento

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Apesar do ótimo elenco e da tentativa de sair da mesmice, "Divertics" mostra que precisa de ajustes para honrar seu título

Para ocupar o lugar de mais uma bem-sucedida temporada do "Esquenta!" (que agora se fixou na grade), a Globo lançou um programa de humor que ficará no ar por 18 domingos: "Divertics". Dirigido por Jorge Fernando e com roteiro de Cláudio Torres Gonzaga, o formato apresenta várias esquetes, intercaladas com alguns números acrobáticos para trocas de cenário, e conta com um ótimo elenco, que atua tendo uma espécie de galpão como palco.


Marianna Armellini, Ellen Roche, Nando Cunha, Roberta Rodrigues, Luis Fernando Guimarães, Maria Clara Gueiros, David Lucas, Leandro Hassum e Rafael Infante protagonizam o humorístico, que é quase um ensaio aberto. O diretor (Jorge Fernando) dá várias ordens e tudo é visto pelo público. Ele ainda leva várias broncas da mãe (Hilda Rebelo, mais uma vez trabalhando com o filho), que reclama de várias situações. E de acordo com a premissa da atração, todos os atores podem e devem improvisar diante de cenas que surgem, embora sigam um roteiro pré-determinado.

Entretanto, o único que usou e abusou do improviso foi Leandro Hassum. Ele, aliás, é um ator que sabe improvisar e desconcertar seus colegas de elenco. Justamente por isso, foi o grande protagonista da estreia e provavelmente continuará se destacando nos demais episódios. Maria Clara Gueiros e Luis Fernando

sábado, 27 de abril de 2013

Embora rejeitada pelo público e pela crítica, Guerra dos Sexos termina com mais acertos do que erros

Chegou ao fim, nessa sexta-feira (24/09), o remake de "Guerra dos Sexos". Escrita por Silvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando (os mesmos envolvidos na obra original), a novela estreou cercada de expectativas. Afinal, todos que acompanharam a primeira versão em 1983 gostariam de ver a nova roupagem da obra, assim como todos que não tiveram a oportunidade de assistir na época, queriam conhecer mais a história que revolucionou a teledramaturgia na década de 80. Entretanto, depois de alguns capítulos exibidos, a decepção foi grande. O público rejeitou, a crítica massacrou e o ibope foi muito baixo.


Pouco tempo depois de ter estreado, muitas críticas surgiram em cima da temática da novela. A guerra entre homens e mulheres foi considerada ultrapassada e muitos questionaram as poucas mudanças que o autor fez na trama. Vários atores também desagradaram pelo tom exagerado que colocaram nos personagens. Enfim, no início tudo parecia uma imensa catástrofe. Mas a verdade é que houve uma grande injustiça em cima desse remake. 

Silvio de Abreu realmente errou ao não inserir nenhum novo personagem na novela. E nas semanas iniciais a trama andava em círculos, não saía do lugar e cansava o público. Se em 1983 havia um ritmo mais moderado na teledramaturgia, o mesmo não se pode dizer nos tempos atuais. Agilidade agora é tudo na ficção. Porém,