quarta-feira, 31 de outubro de 2012

"A Fazenda de Verão": uma Fazenda com toques de Big Brother Brasil

Com o crescimento do SBT, a Record já não almeja mais a liderança e, sim, se manter na vice-colocação. A emissora de Silvio Santos tem conseguido ocupar o segundo lugar em vários momentos e a estreia do remake de "Carrossel" ajudou muito. Como reação, a concorrente resolveu lançar mais uma versão de "A Fazenda", com o intuito de brecar o sucesso da novelinha infantil. Assim, estreou nessa quarta-feira (31/10) "A Fazenda de Verão".


O formato do reality show é praticamente o mesmo. As alterações ficam por conta dos animais presentes --- agora são apenas aves e coelhos, em pequeno número --- e na ausência da figura do Fazendeiro, que indicava alguém para a eliminação e dava ordens na casa. Os participantes também não farão mais trabalhos rurais e sim atividades domésticas. 

Já no aspecto geral, as mudanças são maiores: Rodrigo Faro é o apresentador e os candidatos ao prêmio não são subcelebridades. Logo na estreia ficou nítido o quanto que Rodrigo é melhor que Britto Júnior --- além de ter todo o carisma que o anterior não tem, o novo comandante do reality é bem mais desenvolto e simpático. Entretanto, é preciso dizer

"Louco por Elas" volta com a mesma qualidade de sempre, mas não apresenta novidades

A série escrita e dirigida por João Falcão voltou ao ar na tela da Globo nesta terça-feira, ocupando novamente a grade que havia sido preenchida por "Gabriela". Pelo que se viu no primeiro dia da segunda temporada, não há novidades: a abertura é a mesma e todas as situações e personagens que fizeram sucesso no início do ano continuam presentes.


Logo no início do episódio, Leonardo (Eduardo Moscovis) está preparando uma festa para receber a ex e as filhas --- no final da fase passada, o trio viajou. Porém, assim que vai receber suas mulheres, Léo se choca ao ver Giovana (Deborah Secco) chegando com um outro homem (Bruno Garcia). E quando descobre que a ex está casada com esse cara, o protagonista resolve se vingar e pede uma ex-namorada (Ana Furtado) em casamento. Em meio a toda essa situação, ainda vimos Violeta (Glória Menezes) fazendo sucesso com um vídeo no You Tube (onde fez um clipe cantando "O Tempo Não Para", de Cazuza, com várias amigas e ex-namorados), indo parar até no "Domingão do Faustão". Pouco antes de terminar a reestreia da série, Léo e Giovana decidem fugir juntos, mas os parceiros também resolvem fugir deles. Em suma: o casal está novamente junto (ou não).

João Falcão continua inspirado na direção e o texto manteve o humor característico, marcado pelos diálogos sarcásticos, fugindo da obviedade. Aliás, pode-se dizer que as melhores frases são proferidas por Violeta, que acaba protagonizando conversas geniais e muitas vezes sem o menor sentido, fazendo daí a graça da

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Juliana Paiva e Alice Wegmann se destacam na vigésima temporada de Malhação

A nova "Malhação" está ótima. Após a interessante fase de 2010 (escrita por Emanuel Jacobina) e a fracassada história de 2011 (escrita por Ingrid Zavarezzi), a Globo acertou ao nomear Rosane Svartman para comandar a vigésima temporada. A autora sabe retratar o universo adolescente com propriedade e não fez sucesso por acaso ao escrever o filme "Desenrola" --- longa-metragem que apresentou justamente esse mundo para o público. A nova fase é leve, agradável e apresenta uma história de fácil identificação com universo jovem. Mas entre tantos pontos positivos, é preciso destacar duas atrizes que estão merecendo muitos elogios: Juliana Paiva e Alice Wegmann.


Fatinha e Lia são carismáticas e não foi surpresa a paixão que ambas despertam no público. A periguete e a roqueira protagonizam cenas ótimas e são personagens muito bem escritas, com tramas atraentes. Fica claro que ambas centralizam a maioria dos conflitos da novelinha, o que pode não ser um mero acaso, uma vez que as atrizes escolhidas são as adolescentes mais 'experientes' da trama.

Juliana Paiva e Alice Wegmann entraram na "Malhação" após algumas participações. Juliana esteve no elenco de apoio em "Cama de Gato", participou do filme "Desenrola" e conquistou um papel de relativo destaque em "Ti ti ti", onde viveu a mimada Valquíria. Já Alice estreou na décima-oitava temporada da mesma "Malhação" (2010), estando presente justamente na

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Laço de amizade entre Laura e Isabel: um dos acertos de Lado a Lado

Falta pouco para que "Lado a Lado" inicie sua segunda fase. A novela de João Ximenes Braga e Cláudia Lage é primorosa e dá gosto de assistir. Entre os muitos acertos, pode-se dizer que a criação das duas protagonistas foi o maior deles, só perdendo para o casal Laura e Edgar. São duas jovens guerreiras, fortes,   destemidas, amigas, sofredoras e que caminham à frente do seu tempo. Laura e Isabel não ocupam o núcleo central da trama por acaso; não estão lá sem ter nada de interessante para mostrar, muito pelo contrário. O telespectador se interessa pela história de vida delas.


Laura é uma jovem professora que luta pelos direitos dos mais fracos, apesar de ser filha de poderosos, representantes da elite conservadora. É totalmente avessa aos preconceitos da época (que ainda estão presentes nos dias de hoje, infelizmente) e mantém uma forte amizade com Isabel; esta iniciada após um conturbado encontro na igreja, onde ambas se casariam com seus respectivos noivos. Já Isabel tem características muito semelhantes às da melhor amiga: gosta de trabalhar, luta pela independência financeira e não abaixa a cabeça para os preconceituosos.

No atual momento da novela, o telespectador está podendo acompanhar o calvário das duas. O título "Lado a Lado" nunca esteve tão apropriado. Enquanto Isabel sofre ao achar que perdeu seu filho com Albertinho no parto, Laura entra em desespero ao descobrir que Edgar tem uma filha com outra mulher. Se anteriormente Laura enfrentava um

sábado, 27 de outubro de 2012

Gabriela chega ao fim e mostra que Walcyr Carrasco está apto a estrear no horário nobre

A nova adaptação de "Gabriela" terminou na noite dessa sexta-feira (26/10) e encerrou com chave de ouro mais um sucesso de Walcyr Carrasco. Com um último capítulo onde Coronel Ramiro Bastos (Antônio Fagundes) morre no meio da praça; Mundinho (Mateus Solano) e Gerusa (Luiza Valdetaro) finalmente se casam; uma nova política chega em Ilhéus e Nacib (Humberto Martins) perdoa Gabriela (Juliana Paes); o telespectador pôde se emocionar com os finais felizes e não se arrependeu de ter acompanhado esse remake desde a estreia.


O autor modificou a história em vários aspectos e deu uma nova roupagem à obra de Jorge Amado. Ao inserir personagens cativantes como Lindinalva (Giovanna Lancellotti), Dona Dorotéia (Laura Cardoso), Juvenal (Marco Pigossi) e Berto (Rodrigo Andrade), por exemplo, Walcyr aumentou as possibilidades da novela, o que gerou uma resposta imediata do público: o núcleo acabou virando um dos mais queridos e os atores foram excelentes. Outro acerto foi aumentar o destaque de Coronel Jesuíno, que mal aparecia no livro, e acabou tendo uma grande importância na novela, presenteando o telespectador com o show de José Wilker. Vanessa Giácomo, mais uma talento, fez uma Malvina  revolucionária e apaixonante --- pena que não tenha aparecido  no último capítulo. Já Fabiana Karla surpreendeu ao compor sua Olga e convenceu. Gero Camilo fez um Miss Pirangi sarcástico e foi ótimo ver acompanhar o mistério sobre o misterioso par do 'invertido' ---  Coronel Amâncio (Genésio de Barros),  filho de Dorotéia, um sujeito hipócrita e machista, mas que se redimiu no fim.

No entanto, nem tudo foram flores. A protagonista da trama não emplacou e Juliana Paes, apesar de ser uma boa atriz, acabou não convencendo ao viver Gabriela. Tinha momentos onde a personagem não aparentava inocência, mesclada com sensualidade, e sim que tinha problemas mentais. O excesso de sorrisos também prejudicou. Outro que errou feio foi

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

José Wilker e Laura Cardoso: os grandiosos destaques de "Gabriela"

A nova versão de "Gabriela", escrita por Walcyr Carrasco, entra em sua última semana de exibição. O telespectador já sente o final se aproximando e começa a se despedir dos personagens presentes na obra de Jorge Amado. Muitos se destacaram, outros se apagaram e alguns nem serão lembrados. Mas entre os muitos atores que brilharam, dois foram os grandes destaques e protagonizaram um festival de cenas ótimas nessa nova adaptação: José Wilker e Laura Cardoso. 


Coronel Jesuíno e Dona Dorotéia já mostraram que se destacariam logo na primeira cena. José Wilker e Laura Cardoso são dois atores consagrados e já fizeram inúmeros trabalhos na televisão, teatro e cinema. Ou seja, estão em um patamar muito elevado e não precisavam provar mais nada para ninguém; no entanto, ambos conseguiram surpreender o telespectador a cada cena que era exibida.

Embora o livro não tenha destacado muito a história de Jesuíno, na novela essa situação foi alterada, dando novos rumos e ocorrendo exatamente o contrário: o personagem cresceu e o público pôde acompanhar a atuação magnífica de José Wilker; que conseguiu compor um sujeito machista, violento, frio e intolerante da forma mais genial possível. A sequência em que o Coronel flagra sua esposa, Dona Sinhazinha, nos braços do amante, acabou sendo uma

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Salve Jorge estreia com clima de "vale a pena ver de novo"

Estreou nessa segunda-feira (22/10), escrita por Glória Perez e dirigida por Marcos Schechtman, a nova novela do horário nobre: "Salve Jorge". Embora digam exatamente o contrário, é muito pior para os autores estrearem um trabalho após um estrondoso sucesso; uma vez que após um fracasso, pode até ser difícil recuperar a audiência, mas a aceitação acaba sendo bem mais rápida. E substituir o fenômeno "Avenida Brasil" será complicado, embora Glória já esteja acostumada a esses desafios --- "Caminho das Índias" foi ao ar logo após "A Favorita", sucesso de público e crítica, também escrita por João Emanuel Carneiro.


A nova trama começou apresentando belas imagens, através de um voo panorâmico sobre a Turquia. Logo após, o telespectador  já pôde conhecer Morena, a protagonista. A personagem estava sendo leiloada e vários homens endinheirados disputavam seu passe. Um  interessado ofereceu 3.500 euros pela moça.  Após sair do foco das atenções e ser substituída por outra garota, esta muito à vontade, Morena foge e sai correndo pelas ruas gritando por socorro. Cortam a cena e exibem o aviso: 'Oito meses antes'. A partir daí  o público começa a acompanhar a retomada do Complexo do Alemão pelas Forças de Pacificação do Rio de Janeiro, fato que realmente aconteceu pouco tempo atrás.

Ao apresentar logo no início da novela uma história que ainda irá acontecer, além de ter sido uma medida louvável e criativa, acabou instigando o telespectador a querer saber como a mocinha foi parar naquela situação no mínimo estranha. Enquanto ocorre o processo de pacificação, alguns personagens começam a ser

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Avenida Brasil: a novela que congelou o país e consagrou João Emanuel Carneiro

Há alguns anos atrás, quase todas as novelas do horário nobre da Rede Globo conseguiam parar o Brasil e gerar índices absurdos de audiência. Mas os tempos mudaram e a queda dos índices ficaram nítidas. O que não significa que o país está vendo menos televisão, longe disso. Só que graças à internet, televisão no celular e à possibilidade de assistir ao seu programa predileto no horário que bem entender, fez com que o telespectador não se visse mais preso à tevê. Antigamente, a média mínima que a emissora exigia era: 30 pontos às 18h, 35 pontos às 19h e 45 pontos às 21h. Hoje os números mínimos passaram para: 25, 30 e 40, respectivamente, demonstrando uma menor exigência da empresa. Entretanto, deixando o passado de lado, podemos dizer que "Avenida Brasil" foi uma novela que fez o Brasil voltar no tempo. A correria para chegar em casa e assistir ao último capítulo estava de novo presente e o desfecho da trama congelou o público, deixando ruas vazias na hora do aguardado final.


A novela obteve 52 pontos no último capítulo, índice superior ao de "Fina Estampa", que conseguiu 47 no dia de seu desfecho. Porém, se levar em consideração a quantidade de gente que viu a trama em um mesmo local, reunidas com amigos, família, ou até mesmo em bares, cinemas e teatros; esse índice ultrapassaria os 60 pontos facilmente. O país esteve diante de um sucesso de repercussão. É inegável, até mesmo para os poucos críticos, que "Avenida Brasil" foi uma novela que conquistou o público e fez até telespectador que não via novela há anos, voltasse a acompanhar uma história por meses a fio.

Foi um verdadeiro conjunto de acertos. Um elenco reduzido, onde todos os atores tiveram a chance de brilhar; uma trama central densa e instigante; núcleos paralelos que despertaram a simpatia de todos; personagens carismáticos; grandes profissionais envolvidos; direção primorosa; ganchos impactantes e uma agilidade invejável. Foram muitas as qualidades de "Avenida Brasil".

domingo, 21 de outubro de 2012

Avenida Brasil: oito fatos que comprovam que Jorginho matou Max, demonstrando a genialidade de João Emanuel Carneiro

Todos os sites, jornais, revistas, enfim, toda a imprensa televisiva se vangloriou por ter conseguido descobrir antecipadamente que Carminha era a assassina de Max. Porém, embora ainda muito se discuta sobre isso e haja algumas discordâncias, ficou claro que João Emanuel Carneiro conseguiu ousar e apresentar um desfecho genial para o 'quem matou?". Mas muitos não se deram conta do verdadeiro criminoso: Jorginho. O mocinho foi o responsável pela morte do próprio pai e o autor deixou vários fios soltos para que o público pudesse juntá-los no último capítulo.


1- Por que Jorginho ficou tão incomodado com as investigações de Nina a respeito do assassinato? Por que o rapaz exigiu que a namorada parasse de tocar no assunto? Por que estava tão conformado em ver a mãe do lixão assumir o crime mesmo sabendo que ela não seria capaz de tal ato? Simples, porque se Mãe Lucinda fosse inocentada, Nina voltaria a ser a principal suspeita e correria o risco de ser presa no lugar do namorado.

2- Quando Nina está sendo coagida por Max, ela grita por Jorginho e leva a primeira pancada na cabeça, esta dada por Max. Ou seja, o rapaz ouve o chamado da mocinha e vai até lá para salvá-la.

3- Após Max dar a primeira pancada em Nina, Lúcio chega e luta com  Max, mas acaba levando a pior e desmaia. Logo depois, Ivana chega ao local dá um coronhada nele e sai correndo. O vilão a persegue e dá de cara com Janaína. A empregada pega uma faca, tenta matá-lo, mas não consegue e foge. Max volta, com a faca em mãos, para o local onde

sábado, 20 de outubro de 2012

Com um final ousado e emocionante, Avenida Brasil fecha seu ciclo como um dos maiores fenômenos do horário nobre

Chegou ao fim a melhor novela dos últimos anos. "Avenida Brasil" mobilizou todo o país e seu último capítulo foi tão aguardado quanto  final da Copa do Mundo. Não, isso não é um exagero e nem fanatismo, a novela de João Emanuel Carneiro conseguiu o que jamais era esperado em tempos de internet e novas mídias: fazer todos correrem para assistir ao desfecho da história. Bares, restaurantes, o próprio aconchego do lar e até teatro; não foram poucos os lugares escolhidos para acompanhar o final de Carminha e cia.


Apesar da quantidade absurda de spoilers, o que acabou prejudicando toda a surpresa que o autor havia planejado, "Avenida Brasil" apresentou um último capítulo marcado pela emoção e finalização da vingança de Nina. Logo no início do capítulo, o telespectador viu Carminha arrancar a arma das mãos do pai e enfrentá-lo, protegendo, quem diria, Nina e Tufão, as pessoas que ela mais prejudicou na trama. A parte mais marcante da sequência foi o momento em que a vilã dá a arma para a rival, e a manda acabar logo com sua vingança. Adriana Esteves e Débora Falabella brilharam mais uma vez. Já após o fim do sequestro, sem enrolação, foi desvendado (?) o mistério dessa reta final.

A descoberta do assassino de Max foi primorosa. Conseguiram ousar até mesmo no clichê no 'quem matou'. Toda a construção da morte foi admirável. Max deu uma paulada em Nina, brigou com Lúcio, levou uma coronhada de Ivana e Janaína ainda tentou esfaqueá-lo. Quase todos os suspeitos acabaram contribuindo para o trágico desfecho do malandro. Carminha pegou a enxada e ainda deu a ele a chance de fugir, que foi prontamente recusada. O vilão tentou enfiar uma faca na ex-amante, mas levou uma enxadada na cabeça, o matando na hora. Não, não foi Carminha a autora do crime como pareceu. A enxada da

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Penúltimo capítulo transborda a tensão que sempre esteve presente em Avenida Brasil

Nesta quinta-feira (18/10), o público assistiu ao penúltimo dia de "Avenida Brasil". Sendo um pouco mais longo que o habitual --- só terminou às 22h40m ---, o capítulo apresentou um clima tenso do início ao fim com o sequestro de Tufão e obteve 48 pontos de média em SP. Claro que sequestro em reta final de qualquer novela é puro clichê (assim como o 'quem matou?"), entretanto, João Emanuel Carneiro tem conseguido manobrar as obviedades e surpreender o público até mesmo com os artifícios mais tradicionais da teledramaturgia. O suspense atingiu seu ápice no congelamento final --- com Carminha em choque e Santiago apontando uma arma para Tufão e Nina, deixando o Brasil hipnotizado ao perguntar para a filha: "Quem deve morrer primeiro? A dama ou o cavalheiro?"


Ficou claro que o penúltimo capítulo apenas enfatizou uma das principais características de "Avenida Brasil" e que se manteve presente desde a estreia da novela: a tensão. Foram muitas as sequências que deixaram o telespectador sem ar, o prendendo diante da tela. Se tem uma coisa que o João Emanuel soube fazer foi inserir terror em sua história. Assim ocorreu logo no primeiro capítulo, com Rita descobrindo tudo sobre Carminha e depois tendo que fugir da madrasta; durante os meses de exibição, com o sequestro de Suellen, susto de Nilo em Débora, diversas brigas, derrocada da vilã, assassinato de Max e Nilo; e se repetiu agora, quando o Tufão é sequestrado por Santiago.

Quem esperava assistir a várias cenas grandiosas na quinta-feira, não se decepcionou. Entre os muitos destaques, é preciso citar a emocionante sequência em que Nina conta para Mãe Lucinda que a coitada nunca matou ninguém e passou anos presa por um crime que não cometeu. Vera Holtz teve uma atuação digna de todos os elogios possíveis. Mesclando emoção com ação, ainda vimos uma perseguição eletrizante, onde Santiago consegue

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Um trio que cresceu e apareceu em Avenida Brasil

Eles começaram como meros figurantes e quase não tinham relevância para a história. Poucas falas e aparentemente deslocados --- estas eram as principais características de Janaína, Zezé e Adauto. Entretanto, com o passar dos capítulos, o autor foi percebendo a capacidade dos atores. As três figuras foram crescendo, caindo do gosto popular e suas respectivas participações foram aumentadas significativamente. A novela de João Emanuel Carneiro está cada vez mais perto do fim. Mas antes que "Avenida Brasil" saia de cena, é necessário elogiar um trio de muito talento e que conquistou o carinho dos telespectadores. 


Cláudia Missura, Cacau Protásio e Juliano Cazarré jamais puderam imaginar que fariam tanto sucesso. Janaína, Zezé e Adauto eram quase figurantes, passaram a coadjuvantes e , muitas vezes, chegaram a ser até protagonistas, sem qualquer exagero. Os três atores agarraram a oportunidade com unhas e dentes e não têm do que se arrepender. O festival de pérolas proferidas pelo ex de Muricy divertiram, servindo para quebrar o clima tenso de "Avenida Brasil" e da mansão de Tufão --- sempre marcada pelas discussões familiares. A empregada, que sentia uma inveja incontrolável de Nina, foi a responsável pela maior quantidade de cenas hilárias, tanto ao lado de Jana, quanto de Carminha e do próprio Adauto. Já Janaína teve mais sequências fortes --- quando enfrentava o filho mau-caráter, por exemplo ---, mas também tinha seus momentos engraçados, principalmente quando se juntava com Zezé  (eterna parceira de fofocas), ou na hora que humilhava sua empregada, imitando a vilã histérica.

É impossível citar todas as cenas marcantes e os respectivos diálogos deste trio de talento, mas os últimos momentos de maior destaque todos sabem. Primeiramente foi a curtíssima sequência em que Zezé canta "Eu quero ver tu me chamar de amendoim", segurando um aspirador e rebolando sem medo de ser feliz, sendo flagrada por Tufão e Leleco. Houve um verdadeiro fenômeno nas

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Santiago se revela na reta final de Avenida Brasil e Juca de Oliveira cresce em cena

Ele era um velhinho bondoso e transbordava ternura. Entrou na história pouco depois do centésimo capítulo. Tinha uma oficina que consertava brinquedos, principalmente bonecas. Formava um lindo par com Lucinda e demonstrava preocupação com as maldades de Carminha, sua filha. Assim como a mãe do lixão e Nilo, guardava um mistério que só seria descoberto nos momentos finais. Este era o perfil de Santiago, o personagem que, nos últimos dias, surpreendeu a todos e revelou ser o maior vilão de "Avenida Brasil", responsável pelas maiores atrocidades da novela.


Juca de Oliveira foi presenteado pela segunda vez com um personagem que inicia bonzinho, mas no final mostra a verdadeira face demoníaca. O primeiro foi Otto, da excelente série "A Cura", também escrita por João Emanuel Carneiro, onde o telespectador pôde acompanhar uma história fascinante e enigmática, que só ficou clara nos últimos episódios. Agora, com Santiago, o ator consegue mostrar sua grandiosidade no horário nobre, ao interpretar um tipo que parecia um mero figurante, mas que acabou virando um dos pilares da novela.

Santiago é um sujeito frio, pérfido, que aterrorizou a vida da filha e de todos que o cercaram. Após muito tempo apresentando poucas pistas, João Emanuel Carneiro começou a apresentar para o público a história que desencadeou o início de tudo. Carminha teve a quem puxar e perto do pai a vilã parece até uma mera aprendiz. Ao que tudo indica, a ex de Tufão era abusada sexualmente na infância e

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Verônica: uma personagem sarcástica que despertou a simpatia do público em Avenida Brasil

Embora tenha apresentado uma nítida melhora e ter se transformado em um dos núcleos mais engraçados de "Avenida Brasil", a trama do Cadinho (Alexandre Borges) sempre foi muito marcada pela críticas. O telespectador não tinha a mínima paciência em ficar assistindo o mulherengo com suas três mulheres, enquanto Nina e Carminha não apareciam na telinha. Porém, uma personagem sempre teve carinho do público: a debochada Verônica.


Vivida brilhantemente pela Débora Bloch, a perua é o retrato da ironia fina. Todos os preconceitos possíveis e inimagináveis estão presentes no perfil da personagem, e acaba sendo difícil não se divertir quando Verônica começa a destilar seu veneno em cima de todo mundo que vê pela frente. Foram muitas as pérolas já ditas pela ex-ricaça. Dentre alguma temos: "Depois de namorar o jogador de time de segundo turno, você vai na morar com o filho da cabeleireira?" (ao descobrir que sua filha Débora estava se interessando por Iran); "Um pouquinho nervosa, Carlos Eduardo? Um pouquinho nervosa eu fico quando o 'valet' demora pra trazer meu carro no restaurante!" (quando descobriu que foi traída); "Agora vou ter que aguentar pagodão no play?" (quando soube que Monalisa se mudaria para seu condomínio); "Este país está virando um grande camelódromo, um grande churrascão na laje!"; "Quer feijão, Cadinho? Lambe o teto porque a panela de pressão explodiu!" (na atual fase pobre da família); enfim, são inúmeras frases e que só melhoraram após a falência do empresário, ao levar o trio de mulheres para o Divino.

João Emanuel Carneiro, que não é bobo, viu a boa aceitação da mãe de Débora e aumentou a participação da personagem, chegando ao ponto do Cadinho servir de escada para a mulher. Das três 'esposas' do galinha, sem dúvida, há uma protagonista e esta atente pelo nome de Verônica. Assim como quase tudo nesta novela, houve

domingo, 14 de outubro de 2012

Débora Falabella e Adriana Esteves: quando o desgaste mistura ficção e realidade

Faltam cinco capítulos para "Avenida Brasil" se despedir do horário nobre. Nesta reta final, a trama está apresentando uma sucessão de acontecimentos e muitos mistérios começam a ser revelados. Os telespectadores estão ansiosos pelo desfecho ao mesmo tempo que tristes pelo término. Muitos serão os pontos positivos que a novela irá deixar, no entanto, a entrega do elenco é uma das qualidades desta obra. Murilo Benício recentemente deu uma entrevista ao "Fantástico", onde falou sobre a exaustão de todos com o ritmo de gravações e que esta novela exigiu muito. O desgaste é incontestável, uma vez que, além do excesso de cenas tensas, houve muito mais trabalho para este vitorioso time, pois João Emanuel Carneiro resolveu, acertadamente, escalar poucos atores. E as maiores 'sofredoras' atendem pelos nomes de Débora Falabella e Adriana Esteves.


Foram muitos os desafios para estas grandes atrizes. Além da dificuldade de interpretarem as personagens mais importantes de "Avenida Brasil", Débora e Adriana, ao protagonizarem embates antológicos, ainda foram presenteadas com as melhores cenas da novela. E não foram poucas; ambas honraram o posto de protagonistas. O telespectador presenciou atuações admiráveis e muitas vezes até surpreendentes. Afinal, viver uma mocinha que sofreu vários traumas na infância e uma vilã que dissimula o tempo todo não é nada tranquilo e exige muita entrega.

Débora Falabella conseguiu acabar com as desconfianças causadas após a talentosa Mel Maia ter vivido Rita quando criança. A atriz interpretou, com muita competência, uma personagem extremamente infeliz e que só conseguia fugir dos seus planos de vingança quando estava com Jorginho, seu amor de infância. O público vibrou quando a mocinha --- nada convencional e que usou métodos nada politicamente corretos para enfrentar sua algoz --- se vingou da vilã, a fazendo passar por diversos tipos de humilhações. Já Adriana Esteves viveu uma antagonista que com certeza marcará a

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

É suspense? É terror? É drama? É apenas o capítulo 172 de um sucesso chamado Avenida Brasil!

Embora pareça, "Avenida Brasil" não irá terminar nesta semana. Há mais alguns dias de novela, para a alegria do público que a prestigia diariamente. E João Emanuel Carneiro não se cansa de surpreender o telespectador. O que poderia ser apenas mais um clichê com o famigerado 'quem matou?', acabou virando uma das mais impressionantes cenas da novela e, quiçá, de toda a história da teledramaturgia, sem exageros.  O esperado assassinato de Max hipnotizou a todos que acompanharam o capítulo 172 da trama que parou o país.


A tensão se fez presente o tempo todo e não parecia que havia uma novela sendo exibida, e sim um longa-metragem de suspense da melhor qualidade. Max (Marcello Novaes) mantinha Carminha (Adriana Esteves), Nina (Débora Falabella), Jorginho (Cauã Reymond), Mãe Lucinda (Vera Holtz) e Nilo (José de Abreu) presos na casa da mãe do lixão. O terror psicológico, uma das principais marcas de João Emanuel Carneiro, dominava a cena, onde estavam os principais personagens da trama. Mais uma vez é necessário rasgar elogios ao minucioso trabalho da direção, que transmitia um nível elevadíssimo, com imagens rapidamente cortadas, focalização no pânico de todos os envolvidos e uma edição acertada. Amora Mautner, Ricardo Waddington, José Luiz Villamarim e toda a equipe responsável são geniais. E, claro, a atuação do elenco foi maravilhosa, como de costume.

As sequências em que Max se descontrolava e ateava fogo na casa, causando um desespero em todos os presentes, foram grandiosas e ainda é preciso destacar a trilha de tensão da novela, que foi um dos pontos altos de "Avenida Brasil" desde o início. A chegada, aos poucos, de cada um dos futuros suspeitos aumentou o clima de mistério, ao mesmo tempo que

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dona Dorotéia, Quinquina e Florzinha: as lobas em pele de cordeiro que se destacam em "Gabriela"

A novela das onze, que se encaminha para o final, já apresentou uma série de acontecimentos. Paixões, assassinatos, disputa política, situações hilárias, ameaças, surras, estupro, traições, golpes e até castração. Em meios a tantos conflitos, o telespectador observou que a maioria dos fatos trágicos, e que resultaram em infelicidade e tristeza, só ocorreram por culpa de três senhoras nada gentis e muito sonsas. Elas atentem pelos nomes de Dorotéia, Quinquina e Florzinha; as fofoqueiras de "Gabriela".


Sempre defendendo a moral e os bons costumes, este trio de invejosas funciona como uma espécie de 'câmera de vigilância' da cidade de Ilhéus. Não há quem consiga escapar do olhar atento das víboras que se fazem de santas. A primeira vítima foi Dona Sinhazinha (Maitê Proença). Após ter sua traição delatada pela chefe da equipe --- Dona Dorotéia, que só descobriu quando mandou surrarem a empregada Néia ---, acabou sendo assassinada junto com o amante por Coronel Jesuíno (José Wilker), seu marido. A próxima vítima foi Lindinalva (Giovanna Lancelloti): como se não bastasse ter sido renegada pela sogra depois de ser violentada por Berto (Rodrigo Andrade), ainda foi alvo de sua fúria quando a velha descobriu que a menina estava tendo um romance com seu outro neto, Juvenal (Marco Pigossi). Não pensou duas vezes ao mandar espancarem a menina.

Apesar de Florzinha e Quiquina serem fiéis escudeiras de Dorotéia, ambas começaram a ter uma participação maior na fofoca quando descobriram a respeito do romance proibido entre Mundinho Falcão (Mateus Solano) e Gerusa (Luiza Valdetaro). Muito desconfiadas, as três fizeram questão de ir até a igreja para ouvir o plano de fuga dos pombinhos. Resultado: foram correndo

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Um talento chamado Murilo Benício

O capítulo desta segunda-feira de "Avenida Brasil" mostrou a derrocada de Carminha, momento muito esperado por todos os telespectadores da novela. Quem viu, presenciou um festival de grandiosas atuações, diálogos com direito a muitos xingamentos, além de tensão do início ao fim. E muita gente assistiu: a trama quebrou seu próprio recorde de audiência, alcançando 48 pontos de média, com mais de 50 de pico, índice superior aos 46 pontos obtidos por "Fina Estampa" em seu último dia de exibição. Adriana Esteves novamente impressionou; Eliane Giardini, Marcos Caruso, Heloísa Périssé, Juliano Cazarré e Letícia Isnard também se destacaram, tendo grandes desempenhos. Mas, sem dúvida, a queda da vilã serviu de palanque para um ator que vem amadurecendo e brilhando cada vez mais: Murilo Benício.


Murilo estreou em "Fera Ferida" (1993), mas foi em 1995, vivendo o Juca Cipó, no remake de "Irmãos Coragem", que o ator mostrou a vida longa que teria na televisão. O personagem foi marcante e até hoje é lembrado pelos saudosistas. Em "Por Amor", houve outro desafio na carreira: interpretar um rapaz rejeitado pela própria mãe, se submetendo a todo tipo de humilhação --- este era o Leonardo, filho da pérfida Branca Letícia de Barros Motta, vivida por Susana Vieira. Mais uma vez o telespectador viu que aquele rapaz tinha talento. Após alguns trabalhos sem muito destaque, Murilo ganhou uma difícil missão, mas que foi responsável pelo grande salto de seu currículo profissional: viver os gêmeos Lucas e Diogo, além do clone Léo, no megassucesso "O Clone", de Glória Perez. O ator apresentou facetas que ainda não eram conhecidas do grande público e emocionou a todos com os dramas de seus três papéis --- embora Diogo tenha morrido logo no início da história.

Depois do sucesso em pleno horário nobre, surgiu a chance de fazer comédia com o Danilo, protagonista de "Chocolate com Pimenta", sucesso de Walcyr Carrasco no horário das seis. Na divertida trama, foi difícil não rir com os trejeitos criados pelo ator. Após viver um lindo casal com Giovanna Antonelli (Jade) na obra anterior, conseguiu repetir a boa sintonia

domingo, 7 de outubro de 2012

Em plena reta final, Avenida Brasil exibe uma sucessão de cenas impactantes e tira o fôlego do telespectador

Faltando pouco para seu fim, "Avenida Brasil" tem deixado o público em êxtase. Atuações magistrais, capítulos impactantes, cenas grandiosas, reviravoltas que nunca cessam e uma direção caprichada têm sido a tônica dos últimos capítulos. Mas o telespectador viu este conjunto desde o início da obra. Em menos de duas semanas, Nina e Jorginho caíram, se levantaram, Tufão foi investigando sua mulher, Carminha começou a sentir o chão se abrir, tentou matar Max, que foi salvo por Mãe Lucinda, que voltou pra mansão, assustou a vilã, finalmente mostrou as fotos comprometedoras, que chocou Ivana e que desmascarou a vilã perante toda a família de Tufão. Não por acaso, a audiência tem explodido e os cinco últimos capítulos ultrapassaram os 40 pontos com facilidade. Levando-se em conta que o Horário Eleitoral só terminou na quarta-feira e ainda temos duas semanas de novela.


De todas as cenas mais recentes, é preciso ressaltar o momento em que Carminha ludibria Max no barco, aceitando fugir com seu amante antes que todos descubram seus podres. Além dos desempenhos excepcionais de Adriana Esteves e Marcello Novaes e do grande texto do autor, o telespectador viu uma direção impecável. Enquanto ambos conversavam, o foco foi no olhar de cada um, ignorando até mesmo a boca dos atores em diversos momentos. Ainda havia uma música romântica tocando no ambiente, esta colocada por Max para comemorar a fuga e o romance do casal. Sequência de um brilhantismo impressionante. Ricardo Waddington, Amora Mautner e José Luiz Villamarim são diretores admiráveis e merecem todo e qualquer reconhecimento.

Elogiar Adriana Esteves já virou uma rotina, mas não se pode ignorar seu desempenho, principalmente quando Carminha demonstra remorso e angústia no momento que decide eliminar seu comparsa. A vilã realmente sofreu com sua própria atitude e isto pôde ser visto no olhar da personagem; tanto no instante que o enganou, quanto na

sábado, 6 de outubro de 2012

Sessão de Terapia: um conjunto de acertos

Já há uns anos, que alguns canais a cabo resolveram produzir séries nacionais. HBO, por exemplo, exibiu "Alice" e "Filhos do Carnaval", duas produções que fizeram sucesso. No ano passado, o Multishow produziu a excelente "Oscar Freire 279", que gerou um festival de merecidos elogios para a série e uma segunda temporada está prevista para 2013. Agora, chegou a vez do GNT apresentar uma produção de qualidade: "Sessão de Terapia", versão brasileira de "BeTipul", série criada em 2005 pelo israelense Hagai Levi e que já gerou mais de 30 versões pelo mundo.


A história gira em torno de Theo (Zécarlos Machado), um renomado terapeuta que recebe seus pacientes em um consultório, localizado em Higienópolis, São Paulo, anexado à sua casa. De segunda a quinta, o telespectador acompanha quatro consultas, enquanto que na sexta, é o próprio protagonista que vira paciente e desabafa sobre os problemas que enfrenta com sua mulher (Clarice - Maria Luiza Mendonça). Cada consulta dura meia hora, o tempo exato de cada episódio, que não é interrompido por intervalos comerciais.

Na segunda-feira, Maria Fernanda Cândido interpreta Júlia, uma linda mulher que enfrenta problemas com seu namorado --- que cobra um compromisso mais sério ---, e acaba se apaixonando por seu terapeuta. Na terça, Breno (Sergio Guinzé) é um atirador de elite, arrogante, que matou um bandido, mas ao acertar seu alvo, acabou matando também uma criança que estava escondida em uma escola. Além de

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Balacobaco estreia confusa, com muitas caricaturas e poucas histórias

Em plena quinta-feira, estreou "Balacobaco", a nova novela da Record, que enfrenta a difícil missão de substituir um dos maiores fracassos da emissora, "Máscaras". Começar uma novela quase terminando uma semana é tão estranho quanto foi a apresentação da trama de Gisele Joras. O telespectador tinha a clara sensação de estar assistindo ao quinquagésimo capítulo e não ao de uma estreia. Os diálogos, as situações, o desenvolvimento dos núcleos, enfim, a junção de todos estes fatores transmitia a ideia de continuidade e não de começo.


Os exageros ficaram evidentes assim que a história se iniciou. Cenários cafonas, personagens caricatos ao extremo e situações escritas para despertar o riso, mas que apenas constrangeram. Fugindo totalmente do estilo da trama fracassada anterior, "Balacobaco" mirou exclusivamente na linguagem popular, incluindo a trilha sonora. A novela, ao menos, deveria ir ao ar no lugar de "Rebelde", que teve seu término antecipado para 12 de outubro. A história mais parece uma novela das sete do que das dez.

Sem ter havido a preocupação de apresentar o fio condutor da trama, coube ao público tentar adivinhar do que se tratava. Pelo que se observou, uma das principais histórias é a tentativa de assalto ou sequestro que a protagonista (Isabel - Juliana Silveira) sofreu nas mãos de duas marginais, mas o carro capotou, o que acabou levando as meliantes para a prisão. E as ladras

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O Maior Brasileiro de Todos os Tempos: um programa marcado pelo constrangimento

A atração que tinha como objetivo eleger a maior personalidade do país terminou nesta última quarta-feira  (4/10). "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos", baseado no formato britânico "100 Greatest Britons", da BBC, foi tratado com pompa e circunstância pelo SBT e demorou bastante para ser lançado. As votações eram constantemente anunciadas nos intervalos da programação, mas o programa nunca estreava. Quando finalmente foi ao ar, o resultado causou constrangimento em quem havia se prestado a assistir.


Enquanto o telespectador via Carlos Nascimento totalmente inexpressivo como apresentador, percebendo um claro equívoco da emissora em escolhê-lo para esta triste missão, acompanhava indicações totalmente estapafúrdias para a disputa do tal 'maior brasileiro'. Nomes como Luan Santana, Roberto Justus, Romário, Joelma, Ronaldinho Gaúcho, Rodrigo Faro, Luciano Huck, Datena, Michel Teló, Gugu, Tiririca, Ivete Sangalo, Xuxa, Lua Blanco, dentre outros, causaram espanto e acabaram transformando o programa em um deboche. Ainda houve a presença de políticos na lista, como Lula, Dilma, Fernando Henrique Cardoso e, vejam só, Fernando Collor. Os pastores evangélicos também não ficaram de fora, como Missionário RR Soares, Silas Malafaia, Apóstolo Valdemiro Santiago e Bispo Edir Macedo. Alguma destas pessoas merecia disputar o posto de "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos"? E, mudando a pergunta, mereciam entrar em uma listagem de cem melhores? Para piorar, o apresentador ainda fazia questão de perguntar para as pessoas da platéia quem elas queriam na lista. As respostas eram tão absurdas quanto a maior parte da lista.

Claro que merecedores também entraram no grupo --- Oswaldo Cruz, Carlos Drummond de Andrade, Carlos Chagas, Chico Xavier, Luis Carlos Prestes, Duque de Caxias, Marechal Rondon, Tom Jobim, Vital Brasil, Monteiro Lobato, dentre outros ---, porém, com este nível de participantes, acabou sendo deprimente vê-los misturados com esta 'turma'. Com o passar das

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Máscaras: terminou um dos maiores fracassos da Rede Record

Nesta terça-feira (2/10), foi exibido o último capítulo da problemática novela da Record.  Muito provavelmente a trama que será a última do grande Lauro César Muniz, "Máscaras", saiu de cena sendo um dos maiores fracassos da emissora, tendo derrubado a audiência do horário e obtendo uma média geral de 6 pontos no Ibope.


Assim que estreou, o telespectador pôde notar que a história contada não seria fácil de ser compreendida. Apresentando um primeiro capítulo marcado pela ousadia --- afinal, foi praticamente voltado exclusivamente para uma única personagem, que sofria de bipolaridade ---, "Máscaras" prometia muita inovação, mas não conseguiu o principal: manter o interesse do público. Contar uma história cheia de mistérios é muito atraente, mas demorar para informar a respeito do que está se passando é fatal. Além da lentidão inicial em explicar, pelo menos um pouco, os fatos da novela, foram perceptíveis os erros de direção, exageros dos atores e cenas artificiais.

Lauro César Muniz se decepcionou ao perceber que, além do ibope não ter reagido, o diretor não estava compreendendo o que ele queria passar. Resultado, com a crise instaurada e o desespero pela baixa audiência sentida, saiu Ignácio Coqueiro e entrou Edgar Miranda na direção. Para piorar,

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Guerra dos Sexos: a guerra vai começar e a diversão está garantida

Em 1983, a primeira versão de "Guerra dos Sexos" estreava enfrentando os resquícios da ditadura e o início da democracia, um período de transição, e o conflito entre os sexos era algo bem mais natural do que nos dias atuais. Afinal, era uma outra época, a mulher ainda não havia conquistado a independência e muito menos havia uma presidente no país. No entanto, neste segunda -feira (1/10/2012), estreou o remake deste grande sucesso, repetindo a parceria entre Silvio de Abreu (autor) e Jorge Fernando (diretor). Pelo que foi visto no primeiro capítulo, a diversão do telespectador novamente está garantida.


Foi inevitável o clima de saudosismo em todos que viram a primeira versão, uma vez que o autor fez questão de praticamente escrever as mesmas cenas de 29 anos atrás. Porém, Silvio deixa claro que esta sua história não é um remake, portanto, provavelmente irá modificar todas as situações nos próximos capítulos. E a ideia  de colocar como protagonistas os sobrinhos de Charlô (Fernanda Montenegro) e Otávio (Paulo Autran) foi excelente. Assim, há liberdade para Irene Ravache e Tony Ramos diversificarem nas composições e tirar a pressão do elenco de ' tentar imitar' os personagens de 1983.

O primeiro capítulo mostrou que a classe A estava fazendo falta nas novelas. Após várias tramas mirarem exclusivamente na classe C e fazerem muito sucesso, o autor ousou ao optar em escrever um remake que tem como base os ricos de São Paulo. Outro ponto positivo foi a trilha sonora, com hits tocados na obra original e, portanto, sendo um oposto ao