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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Elenco engrandeceu primeira fase de "Renascer"

 O remake do grande sucesso de Benedito Ruy Barbosa estreou na segunda-feira passada, dia 22, e vem impressionando pela qualidade artística da obra agora adaptada por Bruno Luperi e dirigida por Gustavo Fernandez. As imagens estão belíssimas, assim como a fotografia e a captação de cenas. No entanto, o que mais engrandeceu a primeira fase da história, que chega ao fim neste sábado (03/02), foi o elenco. 

Logo no primeiro capítulo, o público foi presenteado com a volta de Maria Fernanda Cândido aos folhetins, ainda que em uma participação relâmpago. A atriz estava afastada da teledramaturgia desde "A Força do Querer", exibida em 2017, e ganhou uma personagem que não existia na versão original e foi escrita especialmente para ela: Cândida. A viúva protagonizou um ótimo embate com outro personagem que também foi criado apenas para a primeira fase do remake: Firmino. Interpretado por Enrique Diaz, o coronel tinha um quê de breguice em seu visual, mas metia medo. 

A dona da fazenda enfrentava um período de quase falência e ainda assim não aceitou vender suas terras ao rival, responsável pela morte de seu marido. Pouco tempo depois, a personagem encontrou José Inocêncio (Humberto Carrão) jogado em sua fazenda e muito ferido.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Antônio Calloni e Enrique Diaz farão falta no remake de "Renascer"

 O capítulo desta segunda-feira (29/01) fechou o ciclo de dois excelentes personagens da primeira fase de "Renascer", interpretados por atores magníficos. O trágico fim de Firmino e Belarmino resultou em duas sequências de tirar o fôlego, onde a direção somada ao trabalho irretocável dos intérpretes deu o tom necessário para o adeus de dois vilões sanguinários.

O personagem vivido por Enrique Diaz não existiu na versão original de 1993, o que só comprovou o quanto Bruno Luperi poderia melhorar a trama de Benedito Ruy Barbosa se realmente quisesse. Um remake não tem a obrigação de ser 100% fiel ao enredo original e mudanças são necessárias, tanto em cima da atualização de termos hoje em dia questionáveis no texto, quanto no dinamismo da história. Mas voltando ao Firmino, o coronel foi um ótimo vilão e protagonizou uma rivalidade com Belarmino que fez toda diferença. 

O vilão protagonizou um embate com Cândida (Maria Fernanda Cândido), outra personagem que não existia há 31 anos, no primeiro capítulo e ficou claro que aquele tipo seria um trunfo para a primeira fase da trama. E realmente foi. Firmino logo rivalizou com Berlarmino e pouco tempo depois virou inimigo de José Inocêncio (Humberto Carrão).

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Tudo sobre a coletiva online da primeira fase de "Renascer", próxima novela das nove

 A Globo promoveu no dia 12 de dezembro, uma terça-feira, a coletiva online da primeira fase do remake de "Renascer", próxima novela das nove que estreia no final de janeiro de 2024. Participaram o autor Bruno Luperi, o diretor Gustavo Fernandez e os atores Gabriel Sater, Antônio Calloni, Juliana Paes, Duda Santos, Adanilo, Uiliana Lima, Belize Pombal, Julia Lemos, Evaldo Macarrão, Fábio Lago, Edvana Carvalho, Quitéria Kelly, Enrique Diaz e Humberto Carrão. Fui um dos convidados e conto sobre o que rolou no bate-papo. 


Gustavo Fernandez começou falando sobre o desafio de dirigir o remake: "Desde que fui convidado foi muito impressionante ver que Renascer foi a novela da vida de muitas pessoas. E quando souberam que eu ia dirigir muitos atores me ligaram querendo participar. O convite de José Luiz Villamarim abriu a garrafinha do cramulhão pra mim. Eu fiz 'Pantanal', 'Justiça 2' e recebi o convite para 'Renascer'. O certo era eu dar uma parada, mas tinha que fazer. Minha parceria com o Luperi vem desde 'Velho Chico'", relembrou.

Bruno Luperi comentou sobre fazer mais um remake: "Cada novela é diferente e é como um filho. Se compara a 'Pantanal', mas é outro sentimento. É a novela que mais me toca porque tinha 5 anos quando ela foi ao ar e a gente via as coisas saindo do papel e ganhando vida. As duas novelas que são o maior marco na carreira do meu avô.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

 Com mais de cento e setenta cenas na retrospectiva de melhores cenas da televisão, obviamente não faltou ator talentoso na telinha. Portanto, chegou a hora de listar as melhores atrizes e os melhores atores do ano que está perto do fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas, séries e minisséries. Vamos a eles.


Melhores Atrizes: 


1- Alinne Moraes. 

 Bárbara foi uma das personagens mais complexas de "Um Lugar ao Sol". Embora algumas atitudes parecessem de uma vilã, a patricinha vivia uma avalanche de sentimentos e tinha uma relação tóxica com Christian/Renato. Alinne esteve irretocável em cena e sua parceria com Cauã Reymond, Ana Beatriz Nogueira e Ana Baird foi incrível. 



2- Alanis Guillen.

A Juma Marruá do remake de "Pantanal" tinha que ser dela. A atriz teve um trabalho de composição fantástico e fugiu do elevado risco de cair na caricatura. A menina-onça que vivia com 'reiva' foi defendida com brilhantismo e a atriz saiu gigante da novela. Um reconhecimento que estava merecendo desde sua estreia na última temporada de "Malhação"

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Antônio Calloni se destaca como Matias em "Além da Ilusão"

 A novela das seis da Globo carrega todos os bons clichês de um folhetim. Não por acaso tem sido tão gostoso acompanhar "Além da Ilusão". E os personagens, em sua maioria, são bem construídos. Há um em especial que desperta uma avalanche de sentimentos em quem assiste: Matias. É um tipo de papel que fracassaria nas mãos de um ator medíocre. Mas não é o caso. Antônio Calloni está irretocável. 


No início da história, Matias era um juiz que tinha adoração por Elisa (Larissa Manoela), sua filha mais velha. Até então, era apenas um pai enérgico que não aceitava ver a herdeira namorando um mágico sem futuro. No entanto, aquele sujeito foi ficando cada vez mais obsessivo até chegar ao ponto de assassinar a própria filha acidentalmente. Isso porque queria matar Davi (Rafael Vitti), seu futuro genro. Minutos depois do crime, já planejou e botou em prática uma estratégia para incriminar o mocinho. Conseguiu. Para culminar, ainda culpou a filha caçula, Dorinha (Sofia Budke), uma criança, pela morte da irmã. 

Pelo conjunto de atrocidades relatadas ficaria impossível sentir qualquer compaixão por Matias. Porém, o peso na consciência pelo crime cometido foi tão avassalador que o personagem desenvolveu esquizofrenia, doença que até hoje não tem cura, mas que na época, entre 1934 e 1944, tinha ainda menos recursos disponíveis para um tratamento digno.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Tudo sobre a terceira coletiva online de "Além da Ilusão", próxima novela das seis

 A Globo promoveu na quinta-feira passada, dia 27, a terceira coletiva online de "Além da Ilusão". Participaram a autora Alessandra Poggi, o diretor Luiz Henrique Rios, e os atores: Antônio Calloni, Malu Galli, Alexandra Richter, Mariah da Penha, Olívia Araújo, Marcello Novaes, Gaby Amarantos, Eriberto Leão, Bárbara Paz e Paloma Duarte. Fui um dos convidados e conto agora tudo sobre o bate-papo. 

"Minha personagem não se permite nenhum tipo de felicidade na vida dela. Demora muito a ceder ao amor de Leônidas. Todos nós trabalhamos muito na preparação do elenco e a gente percebe isso logo no primeiro capítulo. Acredito que todo mundo vai curtir muito. É uma novela acolchoada de afeto. E eu ando arreganhando os dentes em tudo quanto é canto. Botaram minha família em cena. Dividir uma personagem com minha filha (Clara Duarte, que vive Heloísa na fase jovem) e pela primeira vez contracenar com meu avô (Lima Duarte). Agora vou falar um pouco da Heloísa. Essa novela fala de tantos temas importantes. Ela me dá uma oportunidade, uma voz, muito emocionante ao falar sobre ter uma filha que vou arrancada de mim e entregue para doação. Isso acontece tanto, tanta menina passa por isso. E o quanto isso transforma e deforma a alma de um ser humano", contou Paloma Duarte. 

"Essa atração do Leônidas por Heloísa explica um pouco do passado dele que será revelado ao longo da história. E meu personagem tem uma devoção pelo Matias. Ele tenta ajudá-lo a se 'curar' em virtude do que passou com a filha assassinada.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Antônio Calloni abrilhantou "Éramos Seis"

O remake de "Éramos Seis", na Globo, vem presenteando o telespectador com uma versão bastante fiel ao do até hoje lembrado e elogiado produto do SBT, exibido em 1994, baseado no livro de Maria José Dupré. A história, bem conduzida por Ângela Chaves, está com uma produção caprichada e ótimo elenco. Vários conseguem destaque. Infelizmente, um dos grandes nomes do talentoso time se despediu da trama e deixará saudades: Antônio Calloni.


Júlio era um tipo que despertava uma avalanche de sentimentos no público. Em alguns momentos provocava ódio, em outros pena e até empatia. Um personagem que passou longe do maniqueísmo. O patriarca da família Lemos, que norteia o enredo, teve um início parecido com um quase vilão. Vivia bêbado e não se importava com situações vexatórias que protagonizava. Muitas vezes era extremamente rígido com os filhos e os agredia fisicamente, principalmente Carlos (Xande Valois) e Alfredo (Pedro Sol).

O marido de Lola (Glória Pires) também a traía em muitas noites com Marion (Ellen Rocche) e o remorso pela espera da esposa em casa era nulo. Todavia, Júlio realmente amava a mãe de seus filhos e seu carinho pelos herdeiros existia. Ele só não sabia como demonstrar o seu lado mais sereno.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

"Assédio" é uma série forte e necessária

A Globo já está há um certo tempo investindo no seu serviço de streaming com o intuito de concorrer com a popular Netflix. Claro que ainda falta para se equiparar com a rival que vem apostando cada vez mais no mercado brasileiro, contratando, inclusive, atores da emissora, como Marco Pigossi e Emanuelle Araújo, por exemplo. No entanto, é visível o empenho da líder em engrandecer a Globo Play com produções de qualidade inquestionável. Uma delas foi "Assédio", série de dez episódios que foi disponibilizada no aplicativo no dia 21 de setembro de 2018 e teve o primeiro episódio exibido em outubro na tevê aberta com o intuito de estimular o público a seguir vendo na internet. Menos de um ano depois, a emissora começou a exibi-la a partir do dia 3 de maio, após o "Globo Repórter".


A produção baseada no livro "A Clínica: A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih, de Vicente Viladarga, é um primor e despertou um grande burburinho mesmo estando disponível apenas na internet. Portanto, era mesmo uma questão de tempo a Globo colocá-la em sua grade. E como pela primeira vez ---- desde que começou a exibir (em 2011) novelas que viraram "superséries" ----, não houve produção de uma trama na faixa das 23h ---- em virtude do mau planejamento de Silvio de Abreu, responsável pelo setor de teledramaturgia ----, o canal aproveitou a qualidade desse produto para disponibilizá-lo para o grande público. Resolveu um problema sem precisar de investimento.

Escrita por Maria Camargo, mesma autora que adaptou lindamente o livro "Dois Irmãos", em 2017, e dirigida por Amora Mautner, a trama impacta do início ao fim. A história é conhecida e praticamente todos os brasileiros sabem sobre o escândalo do médico especialista em reprodução humana que abusou sexualmente de inúmeras pacientes.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Morte de Egídio promove ótimas cenas em "O Sétimo Guardião

A nova novela das nove ainda está em seu início e nem completou um mês no ar. Após um primeiro capítulo eletrizante e repleto de acontecimentos, Aguinaldo Silva tirou o pé do acelerador e deixou sua trama fluir mais lentamente. Foram duas semanas sem momentos muito interessantes. A sensação de ritmo arrastado se fez presente, não dá para negar. No entanto, o autor promoveu uma boa virada em seu enredo com a morte de Egídio (Antônio Calloni), logo no dia seguinte da chegada de Valentina Marsalla (Lília Cabral) a Serro Azul.


O reencontro do guardião-mor da fonte mágica com a sua ex-noiva resultou na ótima atuação de Antônio Calloni e Lília Cabral. Os experientes atores imprimiram o tom dramático que a cena exigia e fica até difícil encarar Valentina como uma grande vilã depois de tudo o que sofreu no passado. A discussão entre eles deixou claro que a poderosa mulher nunca superou o abandono de seu amor, principalmente pela ausência total de maiores explicações. Ela ainda contou que Gabriel (Bruno Gagliasso) era filho deles, para o choque de Egídio, que se arrependeu imediatamente de ter atendido ao "pedido" do gato Léon para ser um dos guardiões anos atrás.

O bom, embora breve, embate era apenas a primeira cena merecedora de elogios do capítulo. Sampaio (Marcello Novaes, muito bem como vilão) também estava na casa e ajudou Valentina a ir atrás do pai de seu filho e a vilã acabou descobrindo a fonte na passagem secreta. Desesperado com o flagra da ex, Egídio subiu a escadaria e a impediu de descer.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Impactante, "Assédio" é uma produção de grande qualidade

A Globo já está há um certo tempo investindo no seu serviço de streaming com o intuito de concorrer com a popular Netflix. Claro que ainda falta para se equiparar com a rival que vem apostando cada vez mais no mercado brasileiro, contratando, inclusive, atores da emissora, como Marco Pigossi, por exemplo. No entanto, é visível o empenho da líder em engrandecer a Globo Play com produções de qualidade inquestionável. A mais recente foi "Assédio", série de dez episódios que foi disponibilizada no aplicativo no dia 21 de setembro e teve o primeiro episódio exibido nesta segunda-feira (15/10) antes da "Tela Quente".


O objetivo da Globo, claro, foi estimular a curiosidade do público e fazê-lo assinar a Globo Play. Estratégia parecida com a exibição de "The Good Doctor", série americana disponível também no aplicativo da emissora, que teve seus dois primeiros episódios exibidos na televisão. E a emissora fez muito bem. A produção baseada no livro "A Clínica: A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih, de Vicente Viladarga, é um primor e despertou um grande burburinho mesmo estando disponível apenas na internet. Imagine agora que teve seu início exibido para milhões de pessoas. O número de assinaturas certamente aumentará.

Escrita por Maria Camargo, mesma autora que adaptou lindamente o livro "Dois Irmãos", em 2017, e dirigida por Amora Mautner, a trama impacta do início ao fim. A história é conhecida e praticamente todos os brasileiros sabem sobre o escândalo do médico especialista em reprodução humana que abusou sexualmente de inúmeras pacientes.

terça-feira, 18 de abril de 2017

"Os Dias Eram Assim" tem estreia despretensiosa e promissora

"O que a história separou só o amor pode unir de novo". A nova novela das onze, agora chamada de "supersérie", representa bem a frase dita no teaser da produção: um amor entre dois jovens sendo atingido o tempo todo por um doloroso contexto histórico. "Os Dias Eram Assim" estreou nesta segunda-feira (17/04) com um capítulo despretensioso e que retratou muito bem (em apenas 40 minutos) tudo o que o enredo irá abordar ao longo dos próximos meses. Um romance clássico norteia o roteiro, cujo foco é a Ditadura Militar e todos os processos enfrentados pelo Brasil nas décadas de 70, 80 e 90. Ficção e a realidade que muitos viveram sendo mesclados.


Prevista inicialmente para ser um folhetim das seis, a produção foi transferida para o horário das onze e acabou beneficiada, pois a faixa permite uma exploração bem maior em torno das torturas, crimes e momentos mais fortes envolvendo o regime militar. Angela Chaves e Alessandra Poggi estreiam a primeira novela delas como autoras principais, após anos trabalhando como colaboradoras. A Globo vem investindo cada vez mais em escritores novos e a atitude é mais do que válida. A exibição do primeiro capítulo (disponível uma semana antes pelo aplicativo Globo Play) mostrou um enredo bem estruturado e dramas bastante convidativos.

A trama começou exibindo imagens reais de manifestações a favor da constituição, dos militares revistando pessoas nas ruas e capas de jornal a respeito do "AI-5" (o Ato Institucional mais duro do governo militar), do anúncio dos Gorilas de um golpe contra Jango, entre outras matérias. E toda essa compilação era embalada pela marcante música "Deus Lhe Pague", cantada pela saudosa Elis Regina.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Atuação visceral do elenco e produção de arte primorosa engrandeceram "Dois Irmãos"

Foram dez capítulos de muito capricho estético, dramas pesados, tons operísticos e completa entrega dos atores. "Dois Irmãos" chegou ao fim nesta sexta-feira (20/01) colhendo inúmeros elogios merecidos e apresentando um último capítulo emocionante. A minissérie, baseada no romance homônimo de Milton Hatoum e adaptada por Maria Camargo, teve a forte marca do diretor Luiz Fernando Carvalho e sua principal qualidade foi a atuação visceral do elenco, além da produção de arte primorosa.


A escalação acertada ficou evidente nas três fases da produção. A começar pela semelhança física dos intérpretes, deixando as passagens de tempo bastante críveis. E, claro, o talento dos atores ainda coroou o êxito do diretor, que conseguiu explorar o máximo de cada um, como costuma fazer sempre no seu método de trabalho (incluindo meses de preparação em um galpão criado exclusivamente para isso). O grau de dramaticidade foi alto (beirando o exagero) em todos os períodos da história, destacando a capacidade cênica do time escolhido para dar vida a perfis repletos de camadas.

A minissérie adotou a não linearidade, sendo fiel ao livro e provocando um certo estranhamento com as idas e vindas no tempo. Luiz Fernando iniciou a trama partindo do princípio de que todos os telespectadores leram o livro, o que foi um risco. E realmente o resultado no primeiro capítulo não foi bom. O longo flashback para contar como Halim (Bruno Anacleto) e Zana (Gabriella Mustafá) se apaixonaram foi modorrento e cheio de cenas desnecessárias, apesar da ótima química e do talento dos atores.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

"Dois Irmãos" estreia caprichada e com a forte marca de Luiz Fernando Carvalho

A Globo estrear uma minissérie caprichada no início do ano já virou um costume nos últimos anos. "O Canto da Sereia" (2013), "Amores Roubados" (2014), "Felizes para sempre?" (2015) e "Ligações Perigosas" (2016) são a prova disso. Agora, em 2017, a emissora resolveu lançar uma produção adiada por dois anos. "Dois Irmãos" foi gravada no final de 2014/início de 2015 e sua estreia era prevista para o ano seguinte, mas acabou adiada duas vezes. Porém, a espera finalmente acabou. A obra estreou nesta segunda-feira (09/01), logo após "A Lei do Amor", com um capítulo longo (quase uma hora e vinte de duração).


Livremente inspirada no romance homônimo de Milton Hatoum, a trama é escrita por Maria Camargo e dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Por sinal, a direção de Luiz já pôde ser notada logo nas primeiras sequências, valorizando as expressões faciais e corporais dos atores, a luz ambiente e os cenários caprichados. O toque de poesia é constante, o que virou uma marca nas produções comandadas por ele ao longo dos anos. Há também uma teatralização em vários momentos, evidenciando mais uma característica do trabalho do diretor, que costuma explorar o máximo do seu elenco.

A história é ambientada em Manaus, entre 1920 e 1980, e conta a trajetória de uma família de libaneses através de Nael (Theo Kasper/Ryan Soares/Irandhir Santos), filho da índia Domingas (Sandra Paramim/Zahy Guajajara/Silvia Nobre), que narra a trama. O foco principal é a relação conflituosa dos gêmeos Omar e Yaqub (Enrico Rocha/Matheus Abreu/Cauã Reymond), que crescem vivendo uma rivalidade cada dia pior.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Elenco bem escalado é um dos muitos êxitos de "Justiça"

"Justiça" tem se mostrado uma produção de altíssima qualidade, fazendo jus ao conjunto que vinha sendo apresentado nas caprichadas chamadas. A minissérie de Manuela Dias, dirigida com extremo brilhantismo por José Luiz Villamarim, é uma das melhores produções de 2016, honrando cada elogio recebido ao longo das quatro semanas de exibição. E o elenco estelar é uma das razões para o êxito dessa trama tão real e arrebatadora.


O cuidado na escalação ficou perceptível e não há equívocos, pois os atores foram muito bem selecionados e a distribuição dos papéis se mostrou acertada. Todos têm oportunidade de destaque e até mesmo os perfis 'menos importantes' são densos, valorizando o conjunto. Os protagonistas têm uma carga dramática intensa, expondo o talento dos intérpretes, que dominaram a cena logo no início. Até mesmo as curtas participações especiais deixaram uma marca forte na minissérie.

Débora Bloch (Elisa), Jesuíta Barbosa (Vicente), Adriana Esteves (Fátima), Leandra Leal (Kellen), Vladimir Brichta (Celso), Enrique Diaz (Douglas), Jéssica Ellen (Rose), Luisa Arraes (Débora) e Cauã Reymond (Maurício) são os principais da trama, honrando a posição que se encontram.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

"Terra Nostra": um sucesso que marcou época

Exibida entre 20 de setembro de 1999 e 2 de junho de 2000, "Terra Nostra" foi mais um fenômeno de audiência de Benedito Ruy Barbosa, depois do autor ter colhido os frutos do imenso sucesso de "O Rei do Gado" em 1996. A novela ----- reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" em 2004 ---- foi dirigida por Jayme Monjardim e teve o romance de Matteo e Giuliana como foco central de uma trama que contou um pouco sobre a imigração italiana no Brasil.


Ambientada entre o final do século XIX e início do século XX, a maior parte da história se passa nas fazendas de café do interior de São Paulo, locais cobiçados por vários italianos que vêm ao Brasil procurando melhores condições de trabalho. O enredo focou na importância da imigração na formação da sociedade brasileira através do casal interpretado por Ana Paula Arósio e Thiago Lacerda, que precisou enfrentar inúmeros obstáculos e várias adversidades para ficar junto.

A trama foi iniciada em 1894 com o navio Andrea I deixando o porto de Gênova, na Itália, e cruzando o Oceano Atlântico, transportando várias camponeses italianos que fugiam da crise econômica do seu país para tentar a sorte em terras brasileiras. Afinal, os fazendeiros estavam precisando de mão de obra nas plantações de café depois da libertação dos escravos.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os melhores atores e as melhores atrizes do ano

O ano de 2014 foi repleto de grandes atuações e foram muitos os atores e as atrizes que se destacaram positivamente. Em 2013, coloquei todos estes grandes profissionais das artes cênicas na lista dos destaques do ano. Porém, para não misturar muitas categorias e deixar a postagem longa demais, optei em dividir, deixando um texto para citar os atores/atrizes e outro somente para as produções. Cabe ao leitor concordar, discordar ou acrescentar mais nomes.





Melhor Atriz (1): Patrícia Pillar.
A atriz impressionou com sua atuação na minissérie "Amores Roubados", onde interpretou a problemática Isabel Favais, e brilhou protagonizando o remake de "O Rebu". A sofisticada empresária Angela Mahler foi lindamente vivida pela atriz e a complexa personagem proporcionou para Patrícia cenas fortes e intensas. Ela se destacou do início ao fim, fez uma ótima parceria com Sophie Charlotte e ainda foi a protagonista da cena mais surpreendente do último capítulo: a sequência onde Angela é assassinada enquanto está sozinha e deprimida em sua mansão. 




Melhor Atriz (2): Sophie Charlotte.
Depois de ter se destacado em 2013, na pele da dúbia Amora Campana, em "Sangue Bom", a atriz ganhou mais uma ótima personagem em "O Rebu". A controversa Duda ganhou uma intérprete à sua altura e Sophie brilhou logo na estreia, quando a menina canta Sua Estupidez, enquanto chora a dor da perda do seu 'amado'. Ela ainda foi muito exigida na reta final, uma vez que foi a sua personagem que bateu na cabeça de Bruno e o trancou no freezer. Esta foi uma das cenas mais fortes do remake e a atriz se entregou por completo. E para fechar o ano com chave de ouro, cantou a mesma música no especial de fim de ano do Roberto Carlos, emocionando o público.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Com início decepcionante e final empolgante, "Além do Horizonte" era uma história certa no formato errado

Para o alívio da Globo, a novela dos estreantes Carlos Gregório e Marcos Bernstein fechou seu ciclo nesta sexta-feira (02/05). Em mais uma tentativa de sair da mesmice e ousar para apresentar algo diferente ao telespectador, a emissora aprovou a sinopse da dupla de autores que resolveu contar uma história bem diferente das comédias românticas do horário das sete. Mas lamentavelmente a ideia não funcionou e nada saiu como o esperado. O resultado foi um conjunto de erros que prejudicou o desenvolvimento da trama, ainda que tenha sido amenizado após algumas mudanças ao longo dos meses.


A premissa da história era o mistério que envolvia o desaparecimento de várias pessoas, que sumiam após a busca de um suposto caminho para a felicidade. Paralelamente a isso, havia Tapiré, uma cidade interiorana (vizinha da Comunidade onde habitavam todos os 'desaparecidos'), dominada por uma espécie de milícia, liderada por Kleber (Marcello Novaes), que amedrontava o povo espalhando boatos de uma 'besta' que vivia na mata e assassinava todos que iam até a floresta. Mas a tal besta era ele, um sujeito que não tinha pena de eliminar suas vítimas.

Ou seja, o enredo principal da novela não era nada leve e muito menos cômico, como o público do horário estava acostumado. Portanto, para prender a atenção e conquistar novos telespectadores, a história precisava envolver quem assistia através de vários conflitos, bom ritmo e ganchos interessantes. Porém, não foi o que aconteceu.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Reviravoltas e ótimas sequências marcam reta final de "Além do Horizonte"

A novela de Carlos Gregório e Marcos Bernstein está em sua última semana e a Globo com certeza está aliviada, uma vez que a novela dos estreantes autores foi repleta de problemas e amargou uma baixíssima audiência. No entanto, "Além do Horizonte" apresentou significativos sinais de melhora já há alguns meses e sua reta final está empolgante. Os capítulos das duas últimas semanas estão repletos de adrenalina e reviravoltas atraentes.


O núcleo da Comunidade passou a ser o foco central e é justamente esta situação que tem mobilizado a história. Desde a estreia da novela, ficou claro que os mistérios envolvendo a tal organização de LC (Antônio Calloni) eram o grande atrativo do enredo. Portanto, não chega a ser uma surpresa que a reta final esteja voltada exclusivamente para esta situação. 

Os autores tiveram uma grande sacada quando resolveram colocar todos os personagens de maior importância viajando para Tapiré, com o intuito de salvar Lili (Juliana Paiva), Marlon (Rodrigo Simas) e os demais que estão presos na Comunidade. Heloísa (Flávia Alessandra), Thomaz (Alexandre Borges), Inês (Maria Luisa Mendonça), Jorge (Cássio Gabus Mendes), Priscila (Laila Zaid), Marcelo (Igor Angelkorte),

sexta-feira, 7 de março de 2014

Na pele do perverso LC, Antônio Calloni se destaca em "Além do Horizonte"

O melhor personagem de "Além do Horizonte" atende pelo nome de LC. O grande idealizador da Comunidade, que aparentemente tem como objetivo 'buscar a felicidade', é um vilão muito bem construído pelos autores Carlos Gregório e Marcos Bernstein e está sendo brilhantemente interpretado por Antônio Calloni.


Inicialmente, LC parecia uma boa pessoa e o telespectador foi induzido a achar que ele na verdade estava sendo enganado por Hermes e Tereza (Alexandre Nero e Carolina Ferraz ótimos), dois vilões clássicos que só pensam em dinheiro. Mas ao longo dos capítulos, foi sendo mostrado que Luis Carlos Barcelos era um sujeito ambicioso, frio e extremamente calculista.

A tal máquina da felicidade é na verdade um aparelho que provoca uma lavagem cerebral nas pessoas, que são transformadas em bobas e ficam sem personalidade. LC usa quase todos que ficam presos na Comunidade