quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os destaques do ano

O ano de 2014 teve equívocos, mas os acertos foram muitos. Várias produções se destacaram neste ano e mereceram uma sucessão de elogios. A audiência nem sempre correspondeu, o que foi uma lástima, entretanto, números e qualidade muitas vezes não andam juntos. Vale a pena relembrar todos os destaques e novamente aplaudir o trabalho que foi apresentado ao público.





"O Rebu": A melhor novela de 2014. George Moura e Sérgio Goldenberg fizeram um remake repleto de qualidades e conseguiram impressionar. Dirigida brilhantemente por José Luiz Villamarim e com primorosa fotografia de Walter Carvalho, a trama contou com um elenco estelar e personagens que transbordaram complexidades e dubiedades. A história ---- que teve um ótimo texto e uma trilha sonora impecável ---- em torno do assassinato de Bruno Ferraz se mostrou muito bem amarrada e a grande quantidade de cenas densas norteou o folhetim de apenas 36 capítulos, que era apresentado em três tempos (noite da festa, manhã do dia seguinte e flashbacks). O suspense esteve presente do início ao fim.



"Amores Roubados": Antes de impressionar com o remake de "O Rebu", a mesma equipe apresentou uma microssérie primorosa. Escrita por George Moura e dirigida por José Luiz Villamarim, a trama teve dez capítulos e prendeu o público com um enredo cheio de suspense e romance. O elenco repleto de grandes nomes deu vida a vários personagens muito bem delineados e a história era baseada no livro "A Emparedada da Rua Nova". Depois de terem apresentado a maravilhosa "O Canto da Sereia" em 2013, o autor, o diretor e a equipe conseguiram novamente fazer uma produção de alto nível. O ano televisivo de 2014 foi iniciado em grande estilo.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os melhores atores e as melhores atrizes do ano

O ano de 2014 foi repleto de grandes atuações e foram muitos os atores e as atrizes que se destacaram positivamente. Em 2013, coloquei todos estes grandes profissionais das artes cênicas na lista dos destaques do ano. Porém, para não misturar muitas categorias e deixar a postagem longa demais, optei em dividir, deixando um texto para citar os atores/atrizes e outro somente para as produções. Cabe ao leitor concordar, discordar ou acrescentar mais nomes.





Melhor Atriz (1): Patrícia Pillar.
A atriz impressionou com sua atuação na minissérie "Amores Roubados", onde interpretou a problemática Isabel Favais, e brilhou protagonizando o remake de "O Rebu". A sofisticada empresária Angela Mahler foi lindamente vivida pela atriz e a complexa personagem proporcionou para Patrícia cenas fortes e intensas. Ela se destacou do início ao fim, fez uma ótima parceria com Sophie Charlotte e ainda foi a protagonista da cena mais surpreendente do último capítulo: a sequência onde Angela é assassinada enquanto está sozinha e deprimida em sua mansão. 




Melhor Atriz (2): Sophie Charlotte.
Depois de ter se destacado em 2013, na pele da dúbia Amora Campana, em "Sangue Bom", a atriz ganhou mais uma ótima personagem em "O Rebu". A controversa Duda ganhou uma intérprete à sua altura e Sophie brilhou logo na estreia, quando a menina canta Sua Estupidez, enquanto chora a dor da perda do seu 'amado'. Ela ainda foi muito exigida na reta final, uma vez que foi a sua personagem que bateu na cabeça de Bruno e o trancou no freezer. Esta foi uma das cenas mais fortes do remake e a atriz se entregou por completo. E para fechar o ano com chave de ouro, cantou a mesma música no especial de fim de ano do Roberto Carlos, emocionando o público.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os melhores casais do ano

O ano de 2014 não foi muito feliz para as novelas. O número de fracassos foi maior que o número de êxitos ----- situação bem semelhante ocorreu em 2013, vale lembrar. Porém, os pares românticos, como não poderia deixar de ser, estiveram presentes em várias delas e muitos conquistaram o público. Alguns, inclusive, ainda estão no ar e repletos de cenas românticas para evidenciar bastante a boa química existente entre eles. Assim como ocorreu no ano passado, fiz uma seleção dos melhores casais da ficção.





Pedro e Karina ("Malhação Sonhos"):
A atual temporada está repleta de ótimos casais e este é um deles. Rafael Vitti e Isabella Santoni são gratas revelações e a química que têm em cena é nítida. O Exibido e a Esquentadinha formam um par apaixonante e a relação é claramente inspirada na ' A Megera Domada', que também serviu de inspiração para Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina (Adrina Esteves) em "O Cravo e a Rosa". Karina sofre de problemas de autoestima e Pedro é um verdadeiro trapalhão. Os dois combinam muito e fazem um sucesso merecido.



Gina e Ferdinando ("Meu Pedacinho de Chão"):
O improvável casal foi ganhando destaque no remake de Benedito Ruy Barbosa, e o mundo encantado criado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho fez este par parecer com os contos da Disney. Entretanto, Gina era uma mulher briguenta e nada parecida com as princesas clássicas. Mas no final da história, ela acabou sendo conquistada de vez pelo seu 'príncipe' Nando e se desarmou por completo. Johnny Massaro e Paula Barbosa formaram um lindo casal e os atores brilharam.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Edição de 2014 do "Melhores do Ano" foi marcada pela ausência de muitos destaques

A última edição do "Melhores do Ano" foi em março deste ano. Em virtude das comemorações dos 50 anos que a Globo completará em 2015, a premiação do "Domingão do Faustão" de 2014 foi adiantada para dezembro. E no último domingo, dia 28, o público pôde conhecer os vitoriosos das várias categorias em um programa já previamente gravado ----- tanto que as informações já haviam sido vazadas dias antes.


As indicações deste ano foi uma das mais injustas do "Melhores do Ano". Muitos nomes foram lamentavelmente esquecidos e outros, que não mereciam tanto, foram colocados no lugar. Entretanto, muitas vitórias foram justas. Na categoria de Melhor Ator ganhou o ótimo Alexandre Nero, que está impecável na pele do comendador José Alfredo em "Império". Ele concorreu com Murilo Benício e Osmar Prado, que também brilharam em "Geração Brasil" e "Meu Pedacinho de Chão". Mas, o esquecimento de Tony Ramos (que deu um show em "O Rebu" e completou 50 anos de carreira em 2014) foi lamentável.

Na categoria de Melhor Atriz quem ganhou foi Cláudia Abreu. A atriz é sempre maravilhosa, entretanto, Pâmela Parker, de "Geração Brasil", está longe de ser uma de suas melhores personagens, pelo contrário. Mas este troféu acabou sendo uma justiça tardia, afinal, ela brilhou absoluta como Chayene, em "Geração Brasil", e acabou não ganhando prêmio algum na época por causa do fenômeno "Avenida Brasil", que destinou todas as estatuetas para Adriana Esteves (merecidamente).

sábado, 27 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os piores do ano

Mais um ano vai chegando ao fim e as tradicionais retrospectivas são praticamente uma obrigação. Assim como tem ocorrido todos os anos, este blog fará uma lista com os piores e melhores de 2014. Primeiramente, os piores produtos televisivos serão listados. Curiosamente, alguns dos selecionados em 2013 continuam na lista deste ano, o que apenas comprova que os problemas vistos anteriormente não foram resolvidos. Porém, algumas 'novidades' surgiram para incrementar esta triste seleção. Cabe ao leitor concordar, discordar ou acrescentar mais produções.




"Em Família": A última novela de Manoel Carlos foi uma grande decepção e um fracasso de audiência (pior ibope do horário nobre). Excesso de personagens sem função, atores que foram escalados e nem entraram, ritmo arrastado, ausência de bons conflitos, trama cansativa, clima tenso nos bastidores, enfim, não faltaram problemas na história. O folhetim ainda enfrentou duras críticas em virtude da discrepância na idade dos personagens, como por exemplo, Natália do Vale ser mãe de Júlia Lemmertz sem nem ao menos passar por um processo de envelhecimento. A novela ainda pecou pela falta de bons pares românticos e pela ausência de um bom vilão, uma vez que a ferina Shirley (Vivianne Pasmanter) ficou apenas na promessa. Infelizmente, Maneco (um novelista que já escreveu inúmeros sucessos) se despediu da pior forma possível.



"Geração Brasil": Após o sucesso de "Cheias de Charme", a expectativa era alta para a nova novela de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Mas após um começo promissor, a trama dos autores foi se perdendo gradativamente, até virar um completo equívoco. A história envolvendo tecnologia tinha uma boa premissa, porém, com o tempo, foi ficando nítido que não havia um fio condutor e nem conflitos atrativos. Os personagens ficaram sem rumo, vários casais foram mal desenvolvidos, atores foram subaproveitados e a novela que parecia ótima na verdade se revelou uma produção fraquíssima. A rejeição do público foi tão alta que a média geral conseguiu ficar um ponto abaixo de "Além do Horizonte", até então considerada o menor índice do horário. Um folhetim para ser esquecido.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

"The Voice Brasil" não empolgou e terceira temporada deixou muito a desejar

Após um início promissor, a terceira temporada do "The Voice Brasil" chegou ao fim sendo considerada a mais fraca, em comparação com as ótimas duas anteriores. A competição iniciou apresentando novidades interessantes, como a 'Segunda Chance' (quando um candidato reprovado anteriormente volta) e a 'Audição às cegas' (quando uma cortina impedia o público de ver o participante se apresentando), mas ao longo das semanas o baixo nível da disputa enfraqueceu a atração.


Foram poucos os candidatos que conseguiram atrair alguma atenção por causa do talento vocal ou da performance no palco. A grande maioria representava um 'mais do mesmo' que deixava a competição entediante e pouco atrativa. Tanto que pela primeira vez não houve o surgimento de favoritos. E poderia ser até um ponto a favor, afinal, não ter ideia de quem vai ganhar é sempre bom. Porém, isso só ocorreu por causa dos vários candidatos que não conseguiram cativar. Foi uma grande quantidade.

Claro que muitos cantores talentosos fizeram parte desta edição, porém, os que se sobressaíram perante dos demais foram poucos. Em meio a tantos perfis parecidos e sem maiores atrativos, pode-se dizer que a drag queen Deena Love, a adolescente Nonô Lellis, o talentoso Lui Medeiros e o deficiente visual Edu Camargo se destacaram e foram as gratas surpresas da temporada.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

"Roberto Carlos Especial" consegue sair da mesmice e participação de Sophie Charlotte emociona

O tradicional "Roberto Carlos Especial" completou 40 anos de Globo em 2014. E para quem estava cansado do festival de mesmice que virou o show do rei, não teve do que reclamar do especial deste ano. Várias músicas que não costumam fazer parte do repertório do cantor estiveram presentes e os convidados deixaram o show ainda melhor. E em meio a todas as participações, uma em especial se destacou fazendo uma linda apresentação: Sophie Charlotte.


Convidada por Roberto Carlos, a atriz fez um lindo dueto com ele e foi o momento mais tocante do show. Tudo começou quando Sophie ligou para o rei e pediu a sua autorização para cantar 'Sua Estupidez' no primeiro capítulo de "O Rebu", o que foi imediatamente aceito. O resultado foi uma linda cena na estreia do impecável remake de George Moura e Sérgio Goldenberg, onde Duda canta a música e se emociona diante dos convidados da festa. Somente no final foi descoberto que tudo aquilo tinha um porquê; afinal, era ela a responsável pela pancada na cabeça do namorado (Bruno - Daniel de Oliveira) e ainda o trancou no freezer depois da agressão, pensando que tinha assassinado o rapaz.

E esta ótima sequência da novela resultou no convite para Sophie participar do especial. Roberto Carlos cantou 'Sua Estupidez' com a atriz, que arrebatou a plateia com sua linda voz. Os dois emocionaram e foi um dos pontos altos do show.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Feliz Natal


Feliz Natal a todos os leitores que me acompanham! Aos que sempre fazem questão de presentear este blog com ótimos comentários e aos que preferem apenas ler as postagens, sem comentar. Que todos tenham muita paz, saúde, alegrias e realizações. Obrigado pela companhia diária e tudo de melhor para vocês!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

"Alto Astral" vem se mostrando uma novela agradável, despretensiosa e bem construída

Passado mais de um mês de sua estreia, já é possível constatar com maior tranquilidade que "Alto Astral" é uma novela que consegue reunir todos os elementos de uma tradicional trama das sete com muita competência. Despretensiosa, a história tem apresentado várias situações cômicas e românticas de uma forma simples e agradável, fazendo uma mistura bem harmônica.


Os capítulos vêm sendo muito bem construídos, apresentando bons ganchos a cada bloco e destacando todos os personagens de forma igualitária. Um bom facilitador é o elenco enxuto. O autor Daniel Ortiz foi inteligente ao optar por um número reduzido de atores no começo da trama para não provocar um excesso de informação, dispersando a atenção do público. Tanto que há vários perfis que aparecerão ao longo do folhetim. Aos poucos, novos tipos entrarão na história, aumentando os conflitos da novela, entre eles perfis interpretados por Maitê Proença, Mônica Iozzi e Totia Meirelles (que entrou recentemente).

Mas, neste início, o foco é praticamente voltado para o romance do casal protagonista e os conflitos individuais de Laura (Nathalia Dill) e Caíque (Sérgio Guizé), que implicam diretamente nos demais núcleos da trama, como o da picareta Samantha (Cláudia Raia), o do hospital do vilão Marcos (Thiago Lacerda) e o da família barraqueira de Tina (Elizabeth Savalla).

sábado, 20 de dezembro de 2014

"Dupla Identidade" foi uma excelente série de Glória Perez e destacou o talento de Bruno Gagliasso

Foram três meses de muita tensão, cenas fortes, ótimas interpretações e uma história de suspense da melhor qualidade. "Dupla Identidade" presenteou o telespectador com uma trama muito bem escrita por Glória Perez e dirigida brilhantemente por Mauro Mendonça Filho. A série chegou ao fim nesta sexta-feira (19/12), encerrando a sequência de assassinatos cruéis, cometidos pelo temido serial killer que protagonizou a história.


Ao longo dos episódios, o público foi vendo toda a trajetória de Edu (Bruno Gagliasso) e como o frio psicopata seduzia as mulheres para matá-las com requintes de crueldade. Paralelamente a isso, eram exibidas as investigações da polícia ---- encabeçadas por Dias (Marcello Novaes) e Vera (Luana Piovani) ----, a estratégia de um senador canalha (Oto - Aderbal Freire Filho) para se manter no poder e o amor doentio que Ray (Débora Falabella) tinha pelo assassino. Todas as situações estavam diretamente entrelaçadas, fazendo com que todas as peças da série se encaixassem.

Bruno Gagliasso interpretou com maestria o maníaco Eduardo Borges, um homem inteligente, acima de qualquer suspeita, que era formado em direito, estudante de psicologia, braço direito de Oto, e ainda trabalhava como voluntário em um grupo de apoio à vida. Foi, sem dúvida alguma, o seu melhor personagem em toda carreira e a dedicação que ele teve neste trabalho foi perceptível do primeiro ao último episódio da série.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

"Amor & Sexo" mais uma vez conseguiu debater, brincar e entreter sem pudores

O que deveria ser a última temporada do "Amor & Sexo" chegou ao fim nesta quinta (18/12). Isso porque teoricamente a atração comandada por Fernanda Lima não passaria de 2014. Afinal, este ano já representa a sobrevida do programa que fecharia de vez seu ciclo em 2013. Porém, mais uma vez os índices de audiência foram satisfatórios, assim como a repercussão positiva. Ou seja, a nona temporada, ao que tudo indica, já está a caminho para 2015.


O "Amor & Sexo" novamente conseguiu divertir através de muitas situações hilárias e bate-papos descontraídos sobre vários temas atuais, sem nenhum tipo de pudor com assunto algum. Aliás, a oitava temporada foi muito mais voltada para as brincadeiras do que para os debates. Fernanda Lima colocou os convidados em várias provas um tanto quanto inusitadas, para não dizer constrangedoras, e eles encararam sem problemas. 

Os integrantes da bancada mais uma vez foram os responsáveis pelo desenvolvimento dos assuntos e pela interatividade com os convidados. E eles, como sempre, participaram das brincadeiras, principalmente Otaviano Costa e José Loreto, embora Mariana Santos e Xico Sá também tenham se aventurado nos desafios propostos pela apresentadora.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

"Sexo e as Negas" não mereceu as acusações de racismo, mas foi uma série desinteressante e esquecível

Foram três meses no ar e muitas acusações. "Sexo e as Negas" chegou ao fim nesta terça-feira (16/12) e ficará marcada como a produção responsável por uma sucessão de ataques injustos ao autor Miguel Falabella. Isso porque a história escrita por ele, e dirigida por Cininha de Paula, foi acusada por vários grupos e organizações de ser racista e tratar os negros de forma pejorativa. Mas quem viu a trama pôde constatar o quanto que estas acusações foram infundadas.


A história era uma espécie de paródia do conhecido seriado americano "Sexy and the City" e contou a história de quatro mulheres negras, moradoras da Cidade Alta, em Cordovil, que batalhavam para ganhar a vida e enfrentavam vários dilemas amorosos. As protagonistas Lia, Tilde, Zulma e Soraia foram muito bem interpretadas por Lilian Valeska, Corina Sabbas, Karin Hills e Maria Bia, que além de atuar também tinham que cantar, sempre nos finais dos episódios. As quatro se saíram muito bem. 

O elenco era predominantemente negro e foi ótimo ver tantos atores que precisavam desta oportunidade valorizados pelo autor. Aliás, Miguel sempre costuma escalar muitos negros para suas novelas e séries, o que apenas reforça a injustiça das acusações feitas contra ele. Na série, houve uma preocupação em retratar vários problemas enfrentados por mulheres independentes e negras.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

"MasterChef": o maior êxito da Band em 2014

A Band comprou um formato que faz sucesso em muitos países e estreou a versão nacional do "MasterChef" (formato originalmente britânico) no dia 3 de setembro. O alto investimento da emissora na produção ficou claro logo no primeiro programa e o começo da competição agradou. Ao longo das semanas, a disputa foi ficando mais interessante e atrativa. Agora, após 17 episódios e pouco mais de três meses no ar, pode-se dizer que este programa foi o maior êxito de 2014 do canal.


Comandado por Ana Paula Padrão, a competição de culinária apresentou várias provas muito bem elaboradas e os participantes selecionados foram ganhando torcida, graças aos diferentes tipos de temperamento, o que é vital em qualquer bom reality. Houve brigas, amizades bacanas, momentos de emoção, eliminações dolorosas, classificações sofridas, enfim, todos os ingredientes de uma boa disputa estiveram presentes do início ao fim da atração.

A argentina Paola Carosella, o brasileiro Henrique Fogaça e o francês Erick Jacquin começaram pecando pelo exagero nas broncas, mas ao longo do programa, os três foram se enturmando e os jurados se transformaram em um dos muitos pontos altos do "MasterChef" nacional.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

"Amores Roubados", "O Caçador", "O Rebu" e "Dupla Identidade" enriqueceram a faixa das 23h da Globo

Com o ano de 2014 perto de seu fim, é possível constatar que a Globo conseguiu engrandecer sua faixa das 23h com produções que foram verdadeiros presentes para o público. Logo no início do ano, em janeiro, a emissora exibiu a elogiada "Amores Roubados", que deu um bom retorno na audiência. Depois, estreou a ótima série policial "O Caçador", que saiu do ar cedendo lugar para a impecável novela "O Rebu", exibida quatro dias por semana. E, agora, "Dupla Identidade" fecha este ciclo de tramas tão bem elaboradas.


"Amores Roubados" começou sendo exibida logo após a novela das nove, mas com a estreia do "Big Brother Brasil", passou a ir ao ar depois das 23h. Com isso, obviamente, os números do Ibope sofreram uma queda, mas a qualidade não. Escrita por George Moura e dirigida por José Luiz Villamarim, a história de um rapaz que se apaixonava pela filha de um homem poderoso conseguiu prender a atenção e ainda retratou muito bem um lado do nordeste pouco conhecido: o dos ricos empreendedores, através do empresário Jaime Favais (Murilo Benício).

Ambientada em Pernambuco e inspirada no livro "A Emparedada da Rua Nova", a produção contou com um elenco enxuto e de muita qualidade ----- Isis Valverde, Patrícia Pillar, Osmar Prado, Irandhir Santos, Dira Paes, entre outros.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A saída de Drica Moraes, o talento de Marjorie Estiano e a polêmica substituição em "Império"

A equipe de "Império" passou por um momento tenso na primeira semana de dezembro. O terror de todo novelista aconteceu com Aguinaldo Silva: uma de suas principais atrizes precisou se afastar da novela por problemas de saúde. A grande Drica Moraes --- que já havia desmaiado algumas semanas antes nas gravações --- precisou ser afastada após apresentar um quadro de labirintite e quando voltou a trabalhar estava afônica, sem poder gravar. O médico, então, recomendou o seu afastamento e todos, obviamente, concordaram. Mas para evitar um desastre na novela, o autor resolveu rapidamente o problema trazendo Marjorie Estiano de volta.


A intérprete da Cora na primeira fase de "Império" foi chamada às pressas pela produção e topou na hora. Só pediu para enviarem os capítulos. O resultado de todo este imbróglio foi a gravação de uma cena em tempo recorde, onde a atriz conseguiu decorar o texto em menos de 24h e ainda incorporou a vilã com todos os trejeitos de Drica Moraes. Marjorie conseguiu o que parecia impossível: apagar completamente a personagem que viveu nos primeiros capítulos da trama e imprimir um novo tom interpretativo, muito mais condizente com o que a sua parceira estava fazendo até se afastar das gravações.

O resultado ficou impecável e a cena onde Cora se humilha pelo amor de José Alfredo (Alexandre Nero) foi brilhantemente defendida pela atriz. Suas expressões faciais e corporais, tanto na hora que Cora tira o véu que cobria seu rosto, quanto no momento que bebe e se insinua para o comendador, foram precisas e evidenciaram o imenso talento desta profissional, que foi elogiada por Aguinaldo e Rogério Gomes.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

"A Fazenda" termina sua sétima temporada com um vencedor inesperado e sem motivos para comemorar

Após ter ficado praticamente quatro meses no ar, chegou ao fim, nesta quarta-feira (10/12), a sétima edição de "A Fazenda". O reality da Record, que sempre conta com a presença de inúmeras subcelebridades, apresentou desta vez vários participantes que eram ainda menos 'conhecidos'. O intuito era justamente colocar gente que não tinha uma imagem a zelar para aumentar as chances dos barracos. E a estratégia deu certo, havendo uma divisão entre 'vilões' e 'mocinhos'.


A guerra entre os participantes movimentou a edição e serviu para entreter quem gosta deste tipo de programa. Lorena Bueri e Diego Cristo foram, sem dúvida, os responsáveis pelas maiores brigas e discussões. Os dois, inclusive, muitas vezes tentavam imitar alguns participantes polêmicos das edições passadas, vide Andressa Urach e Theo Becker. Mas o casal ---- eles chegaram até a se envolver ---- serviu para tirar o reality do marasmo.

Bruna Tang e Felipeh Campos foram outros 'polêmicos' que provocaram muitos barracos. Considerados 'vilões', eles formaram uma dupla que destilava veneno sobre tudo e todos. Felipeh, aliás, provocou um grande mal-estar ao demonstrar um claro preconceito contra Pepê e Neném, tanto social quanto envolvendo a sexualidade delas ---- sendo que ele é gay.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

"Laços de Família": a envolvente e dramática novela de Manoel Carlos

Após o sucesso de "Por Amor", Manoel Carlos precisava encarar dois difíceis desafios: emplacar uma outra grande novela no horário nobre e ainda substituir o fenômeno "Terra Nostra", de Benedito Ruy Barbosa, que estava no ar até o final de maio. Mas a missão foi cumprida com louvor através da envolvente e bem escrita "Laços de Família", folhetim que estreou no dia 5 de junho e ficou no ar até dia 2 de fevereiro de 2001, tendo 209 capítulos.


Dirigida por Ricardo Waddington, a novela conta a história do amor incondicional que uma mãe tem por sua filha. Esta mãe é, claro, mais uma Helena do autor e foi interpretada muito bem por Vera Fisher. Já a filha, a mimada Camila, foi vivida por Carolina Dieckmann. A trama, ambientada no bairro do Leblon, começa às vésperas do Réveillon de 2000, com um pequeno acidente de trânsito envolvendo a protagonista e Edu (Reynaldo Gianecchini estreando na televisão), um médico recém-formado. Os dois têm uma discussão, mas depois acabam vivendo um intenso romance, que sofreu forte rejeição da tia do rapaz (Alma - Marieta Severo) por causa da diferença de idade ---- ele era vinte anos mais novo que ela.

Helena é uma empresária bem-sucedida, de 45 anos --- que tem outro filho além de Camila (um rapaz íntegro chamado Fred - Luigi Barricelli) ---, sócia de uma clínica de estética, e tem a fiel escudeira Yvete (Soraya Ravenle) como melhor amiga e confidente.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Com "Amores Roubados" e "O Rebu" se destacando, 58ª edição da "APCA" faz justiça na premiação dos melhores de 2014

Na primeira segunda feira de dezembro (dia 1º), foi realizada a tradicional assembleia da Associação Paulista de Críticos de Artes, mais conhecida como "APCA", que reuniu mais de 50 críticos do Sindicado dos Jornalistas do Estado de São Paulo para escolher os melhores em várias categorias, como Arquitetura, Cinema, Artes Visuais, Música Popular, Literatura, Dança, Rádio, Teatro, Teatro Infantil e Televisão.


E na categoria Televisão (sem excluir as demais, vale ressaltar), tanto os finalistas quanto os vencedores foram merecidos. A 58ª edição da "APCA" honrou as qualidades de várias produções e o trabalho de talentosos atores que brilharam em 2014. "Amores Roubados" e "O Rebu" foram as grandes premiadas e, curiosamente, ambas foram encabeçadas pela mesma equipe, que inclusive contou com a participação de alguns atores nas duas produções.

"Amores Roubados" ganhou na categoria "Dramaturgia" e o troféu foi muito justo. A minissérie de George Moura, com direção de José Luiz Villamarim, fez um grande sucesso e arrebatou público e crítica com uma história que mesclava suspense e muito drama.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

"Hora Um" se torna uma ótima opção de telejornal para o início das manhãs

Com o intuito de aumentar a audiência da faixa, que andava em baixa com o "Globo Rural" ---- que agora passa a ir ao ar somente aos domingos ----, a Globo estreou o "Hora Um", no dia 1º de dezembro, das 5h da manhã às 6h. O novo telejornal da emissora tem uma hora de duração e seu principal objetivo, como o próprio slogan diz, é informar os brasileiros que estão acordando da vez mais cedo para trabalhar.


Apresentado por Monalisa Perrone, o telejornal faz um apanhado das notícias já exibidas nos jornais noturnos do dia anterior, mas apresenta também novas informações, além de cobrir o trânsito, muitas vezes ainda sem grandes engarrafamentos em virtude do horário. A âncora também lê as manchetes dos principais jornais do país, fazendo lembrar o que sempre costuma ocorrer nas rádios, com o locutor lendo para os ouvintes os assuntos do dia.

A repetição de notícias é uma das características do "Hora Um", até mesmo em virtude do tempo que fica no ar. A cada 15 ou 20 minutos, a jornalista noticia e faz um resumo rápido de tudo o que foi apresentado no jornal, sem esconder do público que aquilo já foi exibido.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Mas tinha que ser o Chaves?

O responsável pelo sorriso de milhares de pessoas se foi na última sexta-feira, dia 28 de novembro. Roberto Gómez  Bolaños faleceu no México, aos 85 anos, vítima de uma parada cardíaca. O criador dos fenômenos "Chaves" e "Chapolin" sofria de insuficiência respiratória, que vinha se agravando desde 2009. Após várias longas internações, o comediante, escritor, ator, compositor, dramaturgo e diretor pôde descansar em paz.


Roberto morreu em casa, em Cancún, para onde se mudou há poucos anos, já que a altitude elevada da Cidade do México agravava seu problema de saúde. Ele deixou 6 filhos e uma legião de fãs. Era casado com Florinda Meza (intérprete da inesquecível Dona Florinda) e, assim como todos os atores do seriado "Chaves", tinha um carinho enorme pelo Brasil. Tanto que, por ironia do destino, seu último tweet em sua conta no Twitter foi para uma fã brasileira dizendo 'Todo mi amor para Brasil.'.

Conhecido como 'Chespirito' (pequeno Shakespeare em espanhol) ---- apelido dado a ele pelo diretor de cinema Agustín P. Delgado -----, Roberto Bolaños criou o atrapalhado herói Chapolin Colorado (El Chapulín Colorado) em 1970, que era apresentando dentro do seu programa (Programa do Chespirito).

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Record acertou com a série "Conselho Tutelar"

Após a ótima "Plano Alto", minissérie que apresentou uma atrativa trama política, a Record estreou, nesta segunda (1/12), uma série que narra o cotidiano de profissionais que lidam com situações onde as crianças são as vítimas. "Conselho Tutelar" é uma produção que usa uma ideia aparentemente simples para atrair o telespectador através de dramas inspirados em casos reais.


Protagonizada por Sereno (Roberto Bomtempo) ----- um conselheiro tutelar experiente, íntegro e dedicado, que precisa lidar com as puxadas jornadas de trabalho e suas funções de pai (um clichê) ---- e César (Paulo Vilela) ---- conselheiro recém-eleito que passa a formar uma dupla com Sereno ----, a série gira em torno da luta que estes dois enfrentam diariamente para salvar crianças que precisam de ajuda e ainda driblar os empecilhos que a justiça coloca em seus caminhos, através das figuras de um juiz (Brito - Paulo Gorgulho) e de um promotor (André - Petrônio Gontijo).

Os dois protagonistas trabalham em um escritório improvisado, de estrutura precária, e ainda têm como colegas de trabalho a solícita psicóloga Esther (Andrea Neves) e a preguiçosa assistente social Lidia (Gaby Haviaras). A intenção da história é claramente tratar os conselheiros como verdadeiros heróis (pecando pelo exagero), defensores dos fracos e oprimidos, enquanto o judiciário é colocado como o 'inimigo'.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

"Quatro por Quatro": o sucesso mais lembrado de Carlos Lombardi

No dia 24 de outubro de 2014, a estreia de "Quatro por Quatro" completou vinte anos. A novela das sete que conquistou o público ficou marcada como uma das melhores tramas do horário e é a produção mais lembrada de Carlos Lombardi. A história, repleta de tiradas sarcásticas e sexuais ----- uma das marcas registradas do autor -----, apresentou 233 capítulos (o folhetim foi esticado pela Globo devido ao êxito) e fez um imenso sucesso do início ao fim, ficando nove meses no ar.


A missão da novela não era fácil. Afinal, estava substituindo o fenômeno "A Viagem", um folhetim que entrou na lista das melhores produções da Globo e foi um sucesso absoluto de audiência. Mas a bem escrita história de Carlos Lombardi soube conquistar o telespectador justamente através da comédia, gênero que foi pouco abordado na obra anterior. Com personagens populares e uma típica trama de vingança, a produção apresentou um conjunto de acertos.

As quatro protagonistas ------ brilhantemente interpretadas por Betty Lago, Elizabeth Savalla, Letícia Spiller e Cristiana Oliveira ----- tinham como objetivo a revanche. Humilhadas pelos seus respectivos homens, as mulheres se unem utilizando o lema 'Uma por todas, todas por uma".

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

"Eu que amo tanto" foi uma excelente produção no formato errado

Chegou ao fim neste domingo, "Eu que amo tanto", produção de quatro episódios, que retratou a vida de quatro mulheres que amavam demais. A série, exibida no "Fantástico" e dirigida por Amora Mautner e Joana Jabace, teve clima se superprodução e foi baseada no livro homônimo de Marília Gabriela. O último episódio, protagonizado por Carolina Dieckmann, fechou em grande estilo um ciclo de histórias que tiveram como principal ingrediente a passionalidade.


Escrita por Euclydes Marinho (autor da minissérie "Felizes para Sempre", que estreia em janeiro de 2015), a série foi repleta de qualidades e todas as quatro histórias foram ricas. O capítulo de estreia, estrelado por Mariana Ximenes, contou o drama de Leididai, uma mulher que se apaixonou por um violento presidiário (Osmarino - Márcio Garcia) e perdeu o controle de sua vida. A trama abusou das cenas pesadas, vide o momento que a personagem é revistada nua no presídio, e contou com uma atuação exemplar da atriz, que mais uma vez arrancou merecidos elogios pelo seu trabalho.

O segundo episódio exibiu a trágica vida de Sandra, uma viúva que não se lembrava mais do amor até conhecer Miguel (Tarcísio Filho), um fotógrafo que tem um tórrido envolvimento com ela, mas passa a desprezá-la após constatar seu ciúme doentio. O desfecho desta trama surpreendeu, uma vez que a protagonista mata o rapaz com uma tesourada na barriga em plena delegacia e acaba presa em flagrante.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Justa vitória de Marcello Melo Jr. marca a final da décima primeira edição da "Dança dos Famosos"

Neste último domingo de novembro (30/11), foi exibida a grande final da "Dança dos Famosos" no "Domingão do Faustão". Após muitas rodadas e várias eliminações, a competição chegou ao fim com a merecida vitória de Marcello Melo Jr., o franco favorito desde a primeira apresentação. A décima primeira edição, em relação ao nível dos participantes, foi inferior a de 2013, que consagrou merecidamente Carol Castro. Neste ano, foram poucos os que conseguiram se sobressair com grandes apresentações. Mas ainda assim, o quadro novamente conseguiu despertar atenção.


Anderson Di Rizzi, Anitta, Bruno Gissoni, Giba, Giovanna Ewbank, Juliana Paiva, Lucas Lucco, Lucélia Santos, Marcello Melo Jr., Miele, Paloma Bernardi e Vanessa Gerbelli foram os escolhidos da edição de 2014, que começou a ser exibida no dia 27 de julho, ficando quatro meses no ar. Logo de início foi possível constatar a superioridade de Marcello, que já mostrava um incrível domínio para a dança. Enquanto os adversários enfrentavam uma natural dificuldade nas primeiras apresentações, ele ia crescendo a cada rodada. 

A atriz Lucélia Santos foi uma grata surpresa e sua desenvoltura divertia os jurados e o público. Ela foi a terceira eliminada, mas sua participação marcou. O mesmo não pode-se dizer do grande Miele (o segundo eliminado ---- saiu porque sofreu uma fratura nos treinos), que enfrentou muitas dificuldades e não conseguiu dançar bem.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Morte de Alan emociona, proporciona grandes cenas e promove uma ótima virada em "Malhação Sonhos"

A atual temporada de "Malhação" estreou de forma promissora e a boa impressão se manteve ao longo dos meses. A história escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida por Luis Henrique Rios, consegue mesclar todos os bons elementos de uma produção de qualidade e a boa aceitação que a trama vem tendo é mais do que merecida. Após presentear o público com vários conflitos atrativos e muito romance, a novelinha passou a focar mais no suspense e sofreu uma grande virada no capítulo 95 (exibido na última segunda-feira - 24/11), que foi responsável por uma sucessão de ótimas cenas.


Todo o mistério em torno da volta de Alan (Diego Amaral), irmão de Duca (Arthur Aguiar) que todos acreditavam estar morto, começou a ser aprofundado, mergulhando a história central em um clima de tensão bastante ousado para o horário. O rapaz se fingiu de morto para reunir um dossiê contra Lobão (Marcelo Faria) e Heideguer (Odilon Wagner) e voltou com o intuito de denunciá-los. Os meandros desta trama foram sendo exibidos aos poucos até resultarem no ápice da adrenalina vista no capítulo da virada.

Após chantagear Nat (Maria Joana), ex de Alan, Heideguer consegue pistas do local onde Duca e o irmão iriam se encontrar. O vilão arma um plano para pegar os dois, mas Lobão acaba descobrindo a verdadeira identidade de Natália, sua então namorada ----- ao ver as mensagens que ela trocou com o neto de Dona Dalva (Iná de Carvalho) ----- e faz questão de também ir ao lugar do encontro para se vingar do rapaz.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

"As Meninas do Jô": um quadro que debate política de forma descontraída e informativa

O "Programa do Jô", por ser um talk-show (o primeiro formato nacional, vale lembrar ----- que acabou sendo o precursor dos atuais "Agora é Tarde" e "The Noite"), não tem como se inovar. Portanto, é perfeitamente compreensível que a atração comandada há mais de vinte anos (incluindo o "Jô Soares Onze e Meia, do SBT) não tenha sofrido grandes mudanças. Porém, o quadro semanal apelidado de "As Meninas do Jô" foi uma excelente ideia e engrandeceu o formato.


O intuito nada mais é do que debater sobre política e os rumos do país. Cristiana Lôbo, Lilian Witte Fibe, Ana Maria Tahan e Cristina Serra entendem do assunto e expõem seus respectivos pontos de vista com competência, assim como o próprio Jô, que participa ativamente da conversa. Já a inteligente Lúcia Hippólito havia se afastado do programa por causa de uma grave de doença que afetou muito sua saúde (Síndrome de Guillain-Barré); porém, a jornalista ----- ainda em recuperação, mas bem melhor ---- voltou ao quadro, engrandecendo o time.

Aliás, Lúcia retornou junto com o quadro, que precisou ser interrompido durante o período eleitoral. Infelizmente, há uma lei no país que proíbe que se fale dos candidatos em programas de entretenimento nos canais abertos em época de eleições.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

"Senhora do Destino": o último grande sucesso de Aguinaldo Silva

Exibida entre 28 de junho de 2004 e 11 de março de 2005, "Senhora do Destino" foi um fenômeno de audiência e arrebatou o público com uma história tipicamente folhetinesca. A missão de Aguinaldo Silva não era nada fácil: substituir "Celebridade", sucesso de Gilberto Braga no horário nobre da Globo. Mas o autor não só manteve os bons índices, como também lançou personagens tão marcantes quanto os da produção de seu colega e terminou sua obra com números elevadíssimos no Ibope.


Dividida em duas fases, a história começa em 1968, período da ditadura militar.  Nesta primeira parte, a trama se resumiu na vida de três mulheres: a corajosa jornalista Josefa (Marília Gabriela) ---- inimiga mortal da ditadura, que sofre perseguição da censura ----, a lutadora Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) ---- nordestina que vem para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor para seus cinco filhos ----- e Nazaré Tedesco (Adriana Esteves) ---- prostituta gananciosa que procura mudar sua vida a qualquer custo.

A trama se desenrola em torno do sequestro do bebê da protagonista. Justamente no dia da decretação do AI-5, Maria do Carmo, assim que chega ao Rio, se vê no centro de uma imensa confusão que ocorria nas ruas do Centro da Cidade, com militares agredindo manifestantes e invadindo sedes de jornais oposicionistas, como o Diário de Notícias, chefiado por Josefa.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Totalmente entregue, Marjorie Estiano expõe o seu já conhecido talento em "Eu que amo tanto"

Após se destacar na primeira fase de "Império", interpretando magnificamente a então diabólica Cora, Marjorie Estiano voltou a brilhar em mais um trabalho na televisão. No terceiro episódio de "Eu que amo tanto", série do Fantástico, a atriz esbanjou o seu já conhecido talento na pele da destemperada Angélica, uma oficial do Corpo de Bombeiros que larga o marido e os dois filhos para viver uma relação homossexual.


Na história, a personagem tinha um casamento estável, morno e cômodo. Ao largar tudo para mergulhar em uma relação com uma outra mulher, Angélica se arrisca e ao mesmo tempo teme perder a sua nova parceira, no caso Cristiane, uma motorista de ônibus interpretada por Paula Burlamaqui. E é este temor que faz surgir um ciúme doentio e incontrolável, que deixa a protagonista completamente descompensada e agressiva.

A trama foi muito bem elaborada e a entrega de Marjorie Estiano impressionou. Todas as cenas de briga foram brilhantemente interpretadas por ela, que se doou por completo. Logo no início do episódio, já houve uma cena da personagem surtando no supermercado.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Performance no comando do "Mais Você" comprovou que a saída de André Marques do "Vídeo Show" foi um erro

Ana Maria Braga se ausentou do "Mais Você" no início do mês. Ela levou parte da produção para gravar matérias no Walt Disney World, em Orlando (EUA), em comemoração aos 15 anos de programa. Para não exibir reprises, a apresentadora escolheu André Marques para substituí-la. E foi esta substituição a responsável pela comprovação da competência do ex-apresentador do "Vídeo Show". Ele ficou no comando da atração por duas semanas e não fez feio.


Mesmo ficando com a responsabilidade de apresentar um programa voltado para o público feminino e abordando temas que não domina, André Marques conseguiu se sair muito bem na função. Desenvolto e simpático, ele não procurou 'imitar' o modo de falar da Ana Maria e muito menos repetir os seus bordões (como "Acorda, menina!"). Apesar do natural nervosismo, apresentou bem as matérias e deixou os convidados à vontade, sem ser forçado.

Durante o período que comandou o "Mais Você", André entrevistou Cláudia Raia, Carmo Dalla Vechia e Andreia Horta. Mesmo precisando enfrentar muitas vezes temas bobos (no caso da Andreia teve que falar de 'joelhos'), o apresentador se mostrou seguro e soube lidar com imprevistos, comuns em atrações 'ao vivo'.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Na pele do poderoso José Alfredo, Alexandre Nero honra o posto de protagonista de "Império"

A estreia de Alexandre Nero na televisão foi tardia. Com 38 anos, em 2008, o ator caiu nas graças do público logo em sua primeira novela. Na pele do humilde verdureiro Vanderlei, Alexandre se destacou vivendo um dos personagens de menor importância de "A Favorita", primeira novela de João Emanuel Carneiro no horário nobre. Pois seis anos se passaram e hoje ele brilha vivendo o protagonista de "Império", na trama de Aguinaldo Silva.


José Alfredo é um personagem bem complexo e engrandecedor para qualquer ator. Após se apaixonar pela mulher do irmão, viu sua vida entrar em desgraça e acabou caindo nas armações de Cora (Marjorie Estiano), que fez de tudo para vê-lo longe da irmã e da casa de seu cunhado. Ao cair nas graças de um senhor milionário, o jovem viu seu destino mudar e enriqueceu ---- devido ao mercado negro de pedras preciosas ----, formando uma família que vive às voltas com o poder de seu tão cobiçado império.

O homem carinhoso da primeira fase deu origem a um sujeito amargo e agressivo, que foge do passado a qualquer custo. Tudo por causa da dor de um amor que não conseguiu se concretizar. Com a entrada de Cristina (Leandra Leal) em sua vida ---- filha dele com Eliane (Vanessa Giácomo/Malu Galli) ----, o rico empresário entra em conflito consigo mesmo, uma vez que demonstra uma simpatia pela moça, enquanto enfrenta dificuldades de encarar todo o sofrimento que a figura daquela mulher representa.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Apesar dos erros pontuais, Canal Viva acerta com a volta do "Globo de Ouro"

O "Globo de Ouro" foi ao ar pela primeira vez em dezembro de 1972. O programa tinha o objetivo de trazer para a televisão bandas e cantores que dominavam as paradas de sucesso e contou com vários apresentadores. A atração acabou dando muito certo e, entre mudanças no horário de exibição e algumas pequenas pausas, o formato permaneceu no ar até dezembro de 1990 ---- totalizando 18 anos de exibição. Para matar a saudade do telespectador saudoso, o Canal Viva resolveu fazer uma reedição deste produto, que começou a ir ao ar nesta segunda (17/11).


Chamado de "Globo de Ouro Palco Viva", a atração estreou no dia 17 de novembro e ficará no ar até o dia 28 do mesmo mês. São dez programas que mesclam clássicos da época com músicas atuais, cantados por cantores que fizeram parte da história do programa, como Kátia Cega e Sidney Magal, e também por profissionais do atual mercado musical, como Anitta e Preta Gil, por exemplo.

As edições foram gravadas no Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e a nova versão foi gravada em onze dias. A plateia tinha capacidade para 150 pessoas e o palco foi decorado com 40 bolas de acrílico (de gosto duvidoso, diga-se), penduradas por fios de nailon.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

"Vale Tudo": uma novela que entrou para a história da teledramaturgia

Dirigida por Dennis Carvalho e escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Brassères, "Vale Tudo" estreou no dia 16 de maio de 1988 e foi ao ar até 6 de janeiro de 1989. A novela substituiu "Mandala" e foi substituída por "O Salvador da Pátria", duas tramas que ainda são lembradas. Mas este folhetim escrito pelos três autores citados foi um verdadeiro fenômeno de popularidade e um marco na história da teledramaturgia ----- reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" em 1992.


A história abordou vários assuntos interessantes e ainda colocou o dedo nas questões morais do Brasil, expondo esta ferida para todos os telespectadores. A conturbada relação de Raquel Accioli (Regina Duarte) e Maria de Fátima (Glória Pires) era um dos principais focos da trama, que começou a se desenrolar a partir de um golpe que a filha mau-caráter deu na própria mãe. O único bem das duas era a casa do pai de Raquel (deixada por ele no nome da neta), localizada em Foz do Iguaçu, no Paraná. Mas Maria de Fátima vende o imóvel para tentar a vida como modelo no Rio de Janeiro.

Ao se estabelecer no RJ, a vilã se envolve com César Ribeiro (Carlos Alberto Ricceli), um ex-modelo que atua como garoto de programa e tão ambicioso quanto ela. Já Raquel, após descobrir que foi enganada pela filha, chega ao Rio para ir atrás dela.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Joana Fomm volta em "Boogie Oogie" e mata a saudade dos telespectadores

Afastada das novelas há nove anos (o último folhetim que contou com sua luxuosa participação do início ao fim foi "Bang Bang", em 2005), Joana Fomm voltou em "Boogie Oogie", na pele da enigmática e ferina Tia Odete, mulher que chegou para movimentar a novela das seis de Rui Vilhena. A atriz estava fazendo muita falta na televisão e é um prazer vê-la de volta.


Joana sofreu alguns percalços antes de retornar à telinha. Em 2007, o autor Gilberto Braga chegou a convidá-la para interpretar a picareta Marion em "Paraíso Tropical", mas a atriz se viu obrigada a recusar o convite em virtude da descoberta de um câncer de mama (a doença a obrigou a fazer cinco cirurgias para corrigir os seios mastectomizados) ---- a personagem acabou ficando com a ótima Vera Holtz. Já em 2010, foi escalada pelo mesmo autor para o elenco de "Insensato Coração", mas novamente um problema de saúde a afastou: desta vez foi a Disautonomia, doença que afeta o sistema nervoso e compromete os movimentos, descoberta por ela justamente quando o tratamento contra o câncer tinha chegado ao fim.

Como esta enfermidade não tem cura, a atriz precisa se cuidar constantemente. Enquanto enfrentava o novo problema, Joana fez apenas algumas aparições na televisão. Vide suas participações em "Casos & Acasos" e "Dicas de um Sedutor" (ambas em 2008). Já em 2010, Daniel Filho a convidou para uma participação na série "As Cariocas" e ela aceitou desde que gravasse sentada, pois seus movimentos ainda estavam muito limitados.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Com episódios repletos de tensão e ótimo elenco, "Dupla Identidade" segue prendendo a atenção do público

A estreia de "Dupla Identidade" agradou e a primeira impressão foi a melhor possível. Após algumas semanas de exibição e ótimos episódios no ar, pode-se constatar que a série de Glória Perez, dirigida por Mauro Mendonça Filho, é uma produção merecedora de uma sucessão de elogios. A história do serial killer tem prendido cada vez mais a atenção e os desdobramentos da trama estão repletos de adrenalina.


Os episódios estão cada vez melhores e a tensão aumenta a cada semana. Desde que Edu (Bruno Gagliasso) passou a provocar os policiais Dias (Marcello Novaes) e Vera (Luana Piovani), iniciando uma espécie de jogo de gato e rato, a série ganhou uma nova dinâmica. Os assassinatos cometidos pelo psicopata, agora, além de servirem para satisfazer o prazer mórbido do rapaz, são utilizados também para aguçar os investigadores que estão cada vez mais desesperados em busca do criminoso.

Ao mesmo tempo que o cerco em cima de Eduardo Borges vai se fechando, a audácia do personagem vai aumentando. Isso porque ele é tão seguro de si que se orgulha dos cadáveres que 'produz' e entra em estado de êxtase ao observar a dificuldade que a polícia tem de encontrá-lo.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Merecida homenagem a Fernanda Montenegro foi o ponto alto do "Prêmio Extra" de 2014

A edição de 2014 do "Prêmio Extra" aconteceu nesta terça-feira (11/11), no Vivo Rio, local que já virou o ambiente oficial da premiação. O evento foi apresentado por Tiago Leifert e Fernanda Paes Leme e ocorreu sem maiores problemas, bem diferente do que aconteceu no ano passado --- cheio de problemas técnicos ----, quando Marieta Severo e Marco Nanini apresentaram. Tudo foi transmitido pelo site do jornal e o ponto alto da noite foi a justa homenagem a Fernanda Montenegro.


A maior atriz deste país foi homenageada através de belos depoimentos (quase declarações de amor e admiração) lidos por Edney Silvestre, Fernando Eiras, Nathalia Timberg e Artele Salles (recuperada de um câncer). Todos leram alguns trechos de frases da própria atriz e ainda a reverenciaram. Fernandona agradeceu a todos, falou do seu amor pelas artes cênicas e ainda pediu que Mauro Mendonça e Rosamaria Murtinho (também presentes no evento) subissem no palco e ficassem ao seu lado. Foi um momento emocionante.

Os homenageados de 2012 foram Glória Menezes e Tarcísio Meira, enquanto que Tony Ramos foi o agraciado em 2013. Em 2014, foi a vez da Fernanda Montenegro ser aplaudida pelos colegas de profissão e pelo público presente. A atriz ---- que brilhou neste ano na deliciosa série "Doce de Mãe" -----, inclusive, estará em "Rio Babilônia", nova novela das nove, e fará par com a extraordinária Nathalia Timberg, sua grande amiga.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

"O Cravo e a Rosa": um inesquecível sucesso das seis

A estreia de Walcyr Carrasco na Globo foi com o pé direito. Sua primeira novela na emissora foi "O Cravo e a Rosa", um sucesso estrondoso que marcou o horário das seis e foi reprisado duas vezes no "Vale a Pena Ver de Novo" ----- entre 13  de janeiro e 1 de agosto de 2003 e entre 5 de agosto de 2013 e 17 de janeiro de 2014 -----, repetindo o êxito da primeira exibição.


A história era baseada na peça "A Megera Domada", de William Shakespeare, e com algumas referências das novelas "A Indomável", de Ivani Ribeiro, e "O Machão", de Sérgio Jockman. Dirigida pelo saudoso Walter Avancini, a trama era uma comédia romântica da melhor qualidade e ambientada em São Paulo, no ano de 1920; portanto, de época, que sempre foi uma especialidade do autor.

A novela exibiu o tumultuado romance entre Petruchio, um caipira rude e dono de uma fazenda produtora de queijo, e Catarina, filha de um poderoso banqueiro (Nicanor Batista - Luis Melo), que tinha ideias feministas e era extremamente geniosa ----- colocava todos seus pretendentes para correr.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Mariana Ximenes brilha na estreia de "Eu que amo tanto", nova série do "Fantástico"

Neste domingo (09/11), estreou "Eu que amo tanto", nova série do "Fantástico". Escrita por Euclydes Marinho e adaptada do livro homônimo de Marília Gabriela, a produção é dirigida por Amora Mautner e conta com quatro episódios de quase 10 minutos. Mariana Ximenes, Carolina Dieckmann, Marjorie Estiano e Susana Vieira foram as escolhidas para protagonizá-los, topando o desafio de encarar cenas de nudez e sequências sem um pingo de maquiagem. E a estreia confirmou a boa impressão causada nas chamadas, com direito a um show de Mariana.


A trama é baseada em histórias reais de mulheres que levaram seu amor ao extremo e mostra como este sentimento pode ser destruidor e doentio ----- muitos dos depoimentos foram obtidos no grupo de autoajuda MADA (Mulheres que Amam Demais). A proposta inicial era ser uma série semanal, mas optaram pelo formato mais curto, em um quadro do "Fantástico". O primeiro episódio foi sobre Leididai, uma mulher que se envolve com um presidiário, o agressivo Osmarino (Márcio Garcia).

A frase "Foi dentro da prisão que encontrei a liberdade de ser o que sou" iniciou a história, marcada pelas cenas quentes. Isso porque as sequências de sexo foram intensas, com momentos de nudez, e exigiram muita entrega da atriz.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Silvio Santos mais uma vez rouba a cena no "Teleton" e diverte o telespectador

Mais uma edição do "Teleton" foi ao ar em prol das crianças com deficiência ajudadas pela AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). Assim como o "Criança Esperança", o formato não permite muitas mudanças e tudo se resume a apresentações musicais no palco e artistas pedindo doações para o telespectador. Porém, mais uma vez uma pessoa roubou a cena e mostrou a razão de ser considerado o maior apresentador do país: Silvio Santos.


Como é de praxe, Silvio abriu a maratona na sexta-feira (07/11) e comandou as últimas horas de programa na noite de sábado. E é justamente no encerramento que ele se solta e mostra o grande comunicador que sempre foi. Completamente à vontade no palco, o apresentador solta inúmeras pérolas e mescla suas piadas impagáveis com pedidos de doações.

Neste ano, assim como ocorreu nos dois anos anteriores, Silvio Santos dividiu o palco com sua filha Patrícia Abravanel e com seu neto Tiago Abravanel, contratado da Globo e liberado pela emissora para participar da atração. Ele brincou com ambos o tempo todo e não perdeu uma oportunidade sequer de soltar suas características tiradas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Duca, Bianca, Pedro e Karina: um quarteto que honra o protagonismo de "Malhação Sonhos"

Não tem sido uma missão fácil escalar os personagens principais de "Malhação" nos últimos anos. Os problemas acabaram surgindo nos mais recentes perfis centrais, afetando o eixo das histórias, provocando rejeição do público. Em "Malhação Conectados", citando apenas alguns exemplos, a mocinha (Cristal - Thaís Melchior), como não deu certo, acabou virando vilã. Já na "Malhação Intensa", o mocinho Dinho (Guilherme Prates) precisou ser trocado pelo Vitor (Guilherme Leicam). E em "Malhação Casa Cheia", o casal principal (Ben e Anita) era infantilizado e os atores não convenceram. Porém, contrariando esta 'regra' presente nas últimas temporadas, "Malhação Sonhos" acertou em cheio com seus protagonistas.


Duca, Bianca, Karina e Pedro são personagens muito bem construídos pelos autores e Arthur Aguiar, Bruna Hamu, Isabella Santoni e Rafael Vitti estão honrando o posto de protagonistas da temporada. O quarteto central move a história escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm e os intérpretes são muito exigidos, pois os perfis estão presentes em todos principais os núcleos da trama. Ou seja, se os atores fossem fracos ou os papéis rasos, a credibilidade do roteiro seria facilmente afetada.

Porém, a equipe responsável pela escalação e pela construção dos personagens estava inspirada. O resultado é a completa sintonia vista entre os intérpretes e a química presente nas relações ficcionais. Duca é um mocinho íntegro, mas que passa longe de qualquer tipo de pedantismo.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Giovanna Rispoli se destaca na pele da vilãzinha Cláudia em "Boogie Oogie"

Foi possível perceber que Giovanna Rispoli tinha talento assim que a menina apareceu na televisão na primeira fase da novela "Em Família", interpretando a malvada Shirley ----- vivida posteriormente por Alice Wegmann e Vivianne Pasmanter. Agora, aos 12 anos, a atriz-mirim está se destacando positivamente como a dissimulada e interesseira Cláudia, em "Boogie Oogie".


A filha caçula de Elisio (Daniel Dantas) e Beatriz (Heloísa Périssé) é uma verdadeira peste e não mede esforços para conseguir o que quer. Sonsa e arrogante, a garota manipula o irmão Otávio (José Victor Pires) constantemente e não tem medo da bronca dos pais. Desde o primeiro capítulo já foi possível observar que aquela menina seria responsável por várias sequências atrativas e nada compatíveis com a sua idade, afinal, é apenas uma criança.

Em meio ao período do 'politicamente correto', é um avanço e tanto uma novela ter uma vilã-mirim, principalmente levando em consideração que Manoel Carlos não conseguiu atingir este objetivo na época de "Viver a Vida". Em 2010, o autor tentou emplacar uma criança má na sua história através da Rafaela (Klara Castanho), filha de Dora (Giovanna Antonelli).

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

"O Clone": o maior êxito de Glória Perez

Entre 1 de outubro de 2001 e 14 de junho de 2002, a Globo exibiu "O Clone", um de seus maiores sucessos, que ainda conseguiu emplacar em vários países, consolidando seu êxito. A novela de Glória Perez foi seu melhor trabalho da carreira e a autora foi muito feliz na construção desta história tão rica e repleta de personagens atraentes. A produção foi reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" entre 10 de janeiro e 9 de setembro de 2011, repetindo a boa aceitação que teve na época.


Protagonizada por Giovanna Antonelli e Murilo Benício, o folhetim estreou pouco depois do atentado às Torres Gêmeas, tragédia que abalou os Estados Unidos e chocou o mundo. Houve até um certo desconforto inicial, uma vez que parte da trama era ambientada em Marrocos, na cidade de Fez, onde viviam vários muçulmanos. Mas a polêmica não durou muito tempo e os costumes daquele povo caíram no gosto popular, comprovando que o núcleo foi um dos muitos acertos da produção.

A novela abordou vários temas polêmicos e soube explorá-los com competência. Dividida em duas fase, a história começa em 1983, apresentando a vida de Leônidas (Reginaldo Faria), rico empresário, pai de gêmeos idênticos (Lucas e Diogo, vividos por Murilo), que não tem muito tempo para os filhos.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Apostando na mistura de sensibilidade e comicidade, "Alto Astral" estreia repleta de atrativos

Uma comédia romântica que aborda o espiritismo, mas não de forma doutrinária. Um rapaz que desenha o rosto da mulher amada desde criança e conta com a ajuda de um espírito para encontrá-la. Dois irmãos rivais e apaixonados pela mesma mulher. Situações engraçadas inseridas em um enredo que toca pela sensibilidade. Baseado neste conjunto, Daniel Ortiz estreou, nesta segunda-feira (03/11),"Alto Astral", nova novela das sete, dirigida por Jorge Fernando, cuja missão será conquistar o público, após o fracasso de "Geração Brasil".


Baseada na sinopse da saudosa Andrea Maltarolli, a história começou com uma cena de impressionar: um avião caindo em uma estrada, atingindo um carro e um caminhão. Os efeitos especiais não ficaram devendo em nada aos filmes estrangeiros e provocaram espanto pelo realismo do acidente. Na sequência, Maria Inês (Christiane Torloni) está com os dois filhos na aeronave e se assusta ao achar que Caíque ficou preso após a queda. Mas o menino é salvo por Dr. Castilho (Marcelo Médici), espírito que só ele é capaz de ver.

Muitos anos se passaram e a história inicialmente fez questão de focar nas figuras principais. O vilão Marcos (Thiago Lacerda), irmão do mocinho, já mostrou que é preconceituoso e ganancioso administrando o hospital da família. Ele, embora seja noivo da jornalista Laura (Nathalia Dill), tem um caso com sua secretária, a ambiciosa e sedutora Sueli (Débora Nascimento).

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Elenco subaproveitado, história equivocada e perda de rumo marcaram "Geração Brasil"

Após o sucesso de "Cheias de Charme", Filipe Miguez e Izabel de Oliveira amargaram um grande fracasso com "Geração Brasil", novela que chegou ao fim nesta sexta-feira (31/10) de forma decepcionante e sem cumprir tudo o que havia prometido em seu primeiro mês de exibição. Cercada de expectativas, a trama decepcionou, entrou para a lista das piores do horário das sete e impressionou a forma como a história foi se perdendo ao longo dos meses.


A segunda novela da dupla de autores parecia promissora e a estreia foi em grande estilo, com um capítulo engraçado, história interessante, grande elenco e repleta de personagens populares. E esta boa primeira impressão foi mantida nas primeiras semanas. A ideia de apresentar um enredo que tinha tecnologia como tema central era arriscada (vide o fracasso de "Tempos Modernos"), mas os núcleos cômicos atraentes e o drama central convincente faziam uma boa mescla com o mundo dos computadores.

No entanto, Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, mirando no êxito da mistura de ficção com internet de "Cheias de Charme", se preocuparam mais em focar na interação com o público do que com a história. O concurso feito logo no começo da trama para a escolha do novo Jonas Marra tinha o objetivo de mesclar reality show com teledramaturgia e inicialmente funcionou.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

"Animal" ousou e cumpriu seu objetivo

Foram praticamente três meses no ar. O GNT estreou "Animal" no dia 6 de agosto e a série chegou ao fim nesta quarta-feira (29/10), cumprindo o objetivo de apresentar para o telespectador uma história que fugia do comum, repleta de enigmas que foram sendo desenvolvidos ao longo dos episódios. O projeto foi uma inédita parceria do canal a cabo com a Globo, que cedeu os direitos da produção por não ter tido um espaço para colocá-la em sua grade este ano.


A história de João Paulo Gil, biólogo que sofre de teriantropia e busca incessantemente uma cura para sua doença ---- espécie de esquizofrenia onde o enfermo apresenta surtos, se comportando feito um animal, no caso um puma ----- foi desenvolvida de forma interessante e conseguiu despertar a atenção. Além da saga do protagonista, a série apresentou várias outras subtramas envolvendo os misteriosos e enigmáticos personagens da fictícia cidade de Monte Alegre.

Todo episódio tinha algum crime ou passado podre para o Doutor Gil descobrir, o que automaticamente implicava no afastamento do seu principal objetivo de encontrar sua cura. Mas ele fez várias amizades no pitoresco local ----- como Dr. Estácio (Clemente Viscaíno), Felipe (Leonardo Machado) e Lia (Fernanda Moro) -----, incluindo um grande amor: Mariana (Cristiana Oliveira), ex-delegada e prefeita da cidade, casada com um político corrupto e mau-caráter.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

"Por Amor": um grande sucesso de Manoel Carlos no horário nobre

No dia 13 de outubro de 1997, Manoel Carlos emplacava na Globo sua segunda novela de grande sucesso no horário nobre, dezesseis anos depois de "Baila Comigo" (1981). Era "Por Amor", folhetim que entrou para a galeria de grandes sucessos do autor e apresentou uma história que conquistou o público, provocando polêmica em cima do amor incondicional e inconsequente que uma mãe tem por sua filha.


Helena (Regina Duarte) é mãe de Maria Eduarda (Gabriela Duarte) e as duas têm uma relação de muita amizade. Mimada e arrogante, a garota é perdidamente apaixonada pelo mauricinho Marcelo (Fábio Assunção), o filho predileto da esnobe Branca Letícia de Barros Motta (Susana Vieira), que trocou a mau-caráter Laura (Vivianne Pasmanter) pela filha da protagonista da história de Maneco.

Por ironia do destino, Helena se apaixona por Atílio (Antônio Fagundes), homem íntegro, que tem um caso com Isabel (Cássia Kiss), melhor amiga de Branca, que por sua vez sente uma paixão platônica por ele há anos.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

"Alto Astral": o que esperar da próxima novela das sete?

Andréa Maltarolli só conseguiu escrever uma novela: a divertida "Beleza Pura", que foi ao ar em 2008 no horário das sete. A autora faleceu no dia 22 de setembro de 2009, em virtude de um câncer, interrompendo uma trajetória que tinha tudo para ser promissora. Mas ela deixou uma sinopse de um novo folhetim. Sinopse esta que passou para as mãos de Daniel Ortiz, colaborador de Silvio de Abreu, que estreará "Alto Astral" no próximo dia 3 de novembro.


A autora falecida tinha colocado o nome de "Quatro Estações" neste projeto que estava desenvolvendo. Inicialmente, a história seria assumida por Maria Adelaide Amaral, mas a Globo optou pelo lançamento de um novo autor, com a supervisão de outro mais experiente, no caso Silvio de Abreu. Portanto, a nova novela das sete passou por um longo período de construção antes de finalmente ficar pronta para o telespectador.

Dirigida por Jorge Fernando, a trama mesclará espiritismo com drama e comédia. Mas Daniel Ortiz faz questão de colocar que a história não pregará a religião, como ocorreu no fenômeno "A Viagem", por exemplo.