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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Início corrido e desperdício de personagens prejudicaram trajetória de "Amor Perfeito"

 A novela das seis da Globo teve um primeiro capítulo repleto de acontecimentos e um telespectador mais desatento deixou passar várias situações importantes que foram simplesmente jogadas sem maiores explicações. Mas o ritmo seguiu frenético por duas semanas, onde o enredo central acabou quase totalmente desmembrado com uma virada atrás da outra, todas sem qualquer impacto. O resultado a médio prazo da estratégia dos autores Duca Rachid, Júlio Fisher e Elísio Lopes Jr era previsível: a perda de fôlego da trama. E foi o que aconteceu com "Amor Perfeito", que chegou ao fim nesta sexta-feira (22/09), após meses sem história e muitos personagens desperdiçados. 


A novela simplesmente não teve mais o que apresentar ao público depois das duas primeiras semanas. A produção é inspirada no livro "Marcelino Pão e Vinho" e várias adaptações foram necessárias porque o clássico não daria um folhetim com meses no ar. Mas parece que, os mesmos autores que se preocuparam com a criação de novos conflitos, se esqueceram que não bastava criá-los, era preciso também saber desenvolvê-los. Tudo o que aconteceu com a protagonista em duas semanas destruiu a saga da mocinha e por uma explicação óbvia: não houve tempo para o telespectador conhecer e se envolver com aquilo que foi mostrado a toque de caixa. 

O pai de Marê (Camila Queiroz) foi "assassinado" logo na estreia pela vilã, que não pensou duas vezes em incriminar a enteada. Logo no segundo capítulo, a mocinha foi acusada pelo crime e pouco tempo depois acabou presa por conta de armações bastante frágeis de Gilda (Mariana Ximenes). Até o julgamento foi em tempo recorde, algo bem peculiar em se tratando de Brasil.

segunda-feira, 10 de abril de 2023

"Amor Perfeito" parece uma novela 'TikTok'

 A atual novela das seis está em sua quarta semana de exibição. Praticamente um mês no ar. Mas não parece. "Amor Perfeito" aparenta estar em plena reta final a ponto do telespectador pensar qual será a produção substituta da Globo na faixa das 18h. Exagero? Infelizmente, não é o caso. A história, dirigida por André Câmara, teve um primeiro capítulo atropelado de acontecimentos e o equívoco da correria se mantém até hoje inexplicavelmente. 


É incompreensível o método que Duca Rachid, Júlio Fisher e Elisio Lopes Jr. têm utilizado para contar uma história que desperta a atenção por ser baseada em um livro tão querido e conhecido ---- "Marcelino Pão e Vinho", escrito pelo espanhol José María Sanchez Silva, publicado em 1950 e que foi transformado em filme em 1955. O livro em si não daria uma novela, então, claro que novos núcleos e personagens foram criados, incluindo o enredo dos mocinhos, já que na história original Marê (Camila Queiroz) está morta. 

Os autores têm corrido tanto com a narrativa que todas as catarses que provocariam viradas de impacto foram destruídas em três semanas. É vital para qualquer folhetim que os personagens cativem o público para, assim, despertarem empatia, torcida e envolvimento. E isso só ocorre com uma boa construção, o que não está acontecendo na atual produção. Como já mencionado na crítica anterior, a estreia apresentou uma quantidade de acontecimentos que preencheriam uns 20 capítulos com certa tranquilidade e com um bom dinamismo, sem implicar em um ritmo arrastado.

segunda-feira, 20 de março de 2023

"Amor Perfeito": o que esperar da nova novela das seis?

 A nova novela das seis marca uma parceria inédita de Duca Rachid. A autora tinha uma parceira inseparável: Thelma Guedes. As duas escreveram as ótimas "Cama de Gato" e "Cordel Encantado" e as fracas "Joia Rara" e "Órfãos da Terra". Agora Duca inicia uma nova história ao lado de dois outros autores: Júlio Fisher e Elisio Lopes Jr. "Amor Perfeito" estreou nesta segunda-feira, dia 20, com direção artística de André Câmara, substituindo "Mar do Sertão". A trama tem um estilo totalmente oposto ao do folhetim anterior e promete emocionar o público. 


É através do pequeno Marcelino (Levi Asaf) e sua busca pela mãe, que o público mergulhará em "Amor Perfeito", escrita também com a colaboração de Dora Castellar, Duba Elia e Mariani Ferreira. A direção é de Alexandre Macedo, Lúcio Tavares, Joana Antonaccio e Larissa Fernandes. A produção é de Isabel Ribeiro e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. A nova novela apresenta uma história sobre o mais sublime dos sentimentos – o amor e suas diferentes manifestações. Uma trama com personagens motivados pelos seus sonhos, que preservam um olhar otimista e amoroso para a vida, mesmo em meio às dificuldades de uma realidade que, por vezes, pode ser dura. E que pretende ser contada de maneira leve, bem-humorada, cheia de reviravoltas e, sobretudo, muita emoção.

A novela retrata um Brasil carregado nas cores de sua maior riqueza: a diversidade de raças e culturas em histórias e personagens plurais. Foi em São Paulo, com locações na Estação da Luz, Parque da Independência e Edifício Martinelli; nas cidades mineiras de Caxambu, Baependi e São Lourenço; e no Rio de Janeiro, com gravações no centro da capital, que a novela iniciou suas gravações. A trama se passa nas décadas de 1930 e 1940 em Águas de São Jacinto, uma fictícia cidade do interior de Minas Gerais, e é livremente inspirada na obra “Marcelino Pão e Vinho”, de José María Sánchez Silva, publicada pela primeira vez no começo dos anos 50.

segunda-feira, 13 de março de 2023

Tudo sobre a segunda coletiva online de "Amor Perfeito", a próxima novela das seis

 A Globo promoveu na sexta-feira passada, dia 10, a segunda coletiva online de "Amor Perfeito", a próxima novela das seis, escrita por Duca Rachid, Júlio Fisher e Elisio Lopes Jr, dirigida por André Câmara. Participaram os três autores e os atores: Paulo Gorgulho, Mariana Ximenes, Carol Castro, Zezé Polessa, Thiago Lacerda, Maria Gal, Isabel Fillardis, Juliana Alves, Allan Souza Lima e Mestre Ivamar. Fui um dos convidados e conto como foi o bate-papo. 

Duca Rachid esclareceu sobre a premissa de sua nova história ser repleta de clichês: "Todas as histórias são antigas, todas são velhas. Depende da maneira como você aborda. É uma história que parte da estrutura do melodrama, do conto de fadas até. Mas é um pretexto para falarmos de coisas muito atuais. O machismo está presente na nossa história em muitos núcleos. A homofobia também está presente, além da relação entre pais e filhos e como se confira na sociedade. Fala ainda de diversidade, principalmente. Nosso elenco é 50% negro. Vamos mostrar uma elite negra que sempre existiu no Brasil.", reforçou a autora.

Júlio Fisher complementou a colega: "A gente abraça o melodrama, mas tenta fazer esse melodrama com camadas. Nossos herois têm suas falhas, nossa vilã é pérfida, mas tem um motivo.", observou o autor. Elisio Lopes Jr. também acrescentou: "A gente está contando essa história sem medo de se emocionar. Algumas novelas têm medo de fazer emocionar.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Tudo sobre a primeira coletiva online de "Amor Perfeito", a próxima novela das seis

 A Globo promoveu nesta terça-feira, dia 7, a primeira coletiva online de "Amor Perfeito", a próxima novela das seis, escrita por Duca Rachid, Júlio Fisher e Elisio Lopes Jr., dirigida por André Câmara. Participaram os três autores, o diretor e os atores: Camila Queiroz, Diogo Almeida, Babu Santana, Bernardo Berro, Ana Cecília Costa, Lucy Ramos, Bruno Montaleone, Iza Moreira, Chico Pelúcio e Carmo Dalla Vechia. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 

Júlio Fisher comentou sobre o ponto de partida para a criação do enredo: "A primeira ideia da novela foi o livro "Marcelino Pão e Vinho", porém, só o livro, assim como o filme, não tem estrutura de folhetim. Então a partir desta semente criamos um folhetim. Fizemos a mãe do Marcelino e tudo o que cerca essa mãe. No livro, ele sabe que a mãe dele morreu. E nós decidimos não fazer por aí. Deixamos a mãe viva. É como se a gente encontrasse um fóssil de dinossauro e fosse reconstruindo. A irmandade e o Grande Hotel funcionam como os grandes polos. O hotel carrega o glamour da década de 40 e vai ser o foco de disputa entre a Marê (Camila Queiroz) e a Gilda (Mariana Ximenes). O hotel atrai a elite da época que vai para se aproveitar da natureza com suas águas termais. O ano de 1942, que ambienta a novela, é muito feliz porque o Brasil ainda não entrou ativamente na Segunda Guerra. A gente vai tentar transmitir a pulsação dessa época.", adiantou o autor.

 Duca Rachid complementou o colega: "A ideia inicial foi puramente afetiva porque 'Marcelino Pão e Vinho' foi o primeiro filme que vi e com a minha avó, que era analfabeta. Isso me marcou muito. Enxerguei um potencial dramatúrgico também. Eu li o livro acho que com sete ou oito anos. Todas as minhas histórias passam por escolhas afetivas. E é um projeto antigo que eu e o Júlio fizemos quando ainda estávamos escrevendo 'O Sítio do Pica-Pau Amarelo', em 2003.

terça-feira, 21 de março de 2017

Sem emoção e esquecível, "Sol Nascente" teve poucas qualidades

Foram praticamente sete meses no ar. "Sol Nascente" chega ao fim nesta terça, após longos meses apresentando um roteiro raso, repleto de equívocos e modorrento. A novela de Walther Negrão, Suzana Pires e Júlio Fisher, dirigida por Leonardo Nogueira, foi fraca do início ao fim e já não empolgava desde as primeiras chamadas. Portanto, o roteiro decepcionante não chegou a ser uma surpresa, principalmente ao analisar os últimos folhetins repetitivos de Negrão.


Embora não tenha participado ativamente da escrita dessa novela em virtude de problemas de saúde, a sinopse era do autor e ele supervisionou a obra durante todo o período de exibição. A maior prova disso era a quantidade de semelhanças com outros trabalhos do escritor, principalmente envolvendo o vilão e os mocinhos. A audiência da produção foi satisfatória (teve média de 21 pontos), embora tenha derrubado os índices do fenômeno "Êta Mundo Bom!". Entretanto, os números não refletiram a qualidade da trama e muito menos a repercussão, que foi nula.

A novela começou com belíssimas imagens, mas pouca história. E, lamentavelmente, a primeira impressão acabou se firmando ao longo dos meses. Recheada de personagens desinteressantes e conflitos bobos, a produção não se sustentou nem por dois meses. Antes mesmo de chegar na metade, já havia ficado claro que o enredo não teria estrutura para ficar no ar por sete meses.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Insossa e com conflitos simplórios, "Sol Nascente" é uma novela sem atrativos

A atual novela das seis estreou no final de agosto (dia 29), ou seja, está há pouco mais de um mês no ar. A trama começou com belíssimas imagens e pouca história. Poderia ter sido apenas uma impressão inicial, revertida ao longo dos capítulos. Entretanto, não foi. Pelo contrário. Tudo o que havia sido observado no início se confirmou com o tempo, lamentavelmente. O folhetim escrito por Walther Negrão, Suzana Pires e Júlio Fisher ---- dirigido por Leo Nogueira ----, resumindo em apenas uma palavra, é entediante.


O enredo é fraquíssimo e não há atrativos que provoquem interesse em acompanhar a trama. O núcleo central é baseado no romance bobinho protagonizado por Mário (Bruno Gagliasso) e Alice (Giovanna Antonelli). A história do casal seria limitada até mesmo se fosse correspondente a um par coadjuvante, quanto mais protagonistas. Nunca houve empecilho para os dois ficarem juntos. Os dois são amigos desde a infância e só agora o rapaz se descobriu apaixonado. Ele se declarou, mas ela recuou, não querendo estragar a amizade. Passaram-se dois anos e a mocinha acabou se envolvendo com o vilão César (Rafael Cardoso), que deseja dar um golpe na família dela.

A situação já se esgotou com um mês de novela no ar. Não há elementos possíveis para se manter até março de 2017. Mário, nas primeiras semanas, se mostrou um sujeito quase obcecado e as cenas do personagem se lamuriando por amor foram constrangedoras. Nem mesmo os adolescentes da "Malhação" fariam algo parecido.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

"Sol Nascente" estreia com belas imagens e pouca história

A estreia de "Sol Nascente" --- o primeiro capítulo foi ao ar nesta segunda-feira (29/08), substituindo o fenômeno "Êta Mundo Bom!" --- apresentou um conjunto de imagens paradisíacas, tendo a beleza da fotografia como elemento principal. As gravações foram feitas em Búzios e Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, proporcionando um festival de momentos solares logo no início. No entanto, ao menos neste começo, ficou faltando história, reiterando a impressão causada pelas chamadas, onde havia uma clara ausência de conflitos convidativos.


A novela de Walther Negrão, escrita em parceria com Júlio Fisher e Suzana Pires, traz de volta ao horário das seis o clima praiano presente em vários folhetins do autor, vide "Tropicaliente" (1994), "Como uma Onda" (2004) e "Flor do Caribe" (no caso, a última produção escrita por ele, exibida em 2013). A trama é dirigida por Leonardo Nogueira, que sabe aproveitar bem as paisagens, embelezando os capítulos, e tem como foco central o amor de dois amigos de infância, interpretados por Bruno Gagliasso e Giovanna Antonelli.

O amor de Mário e Alice já pôde ser observado na estreia, mas só por parte dele. Ela deixa claro em todos os momentos (demasiadamente) que os dois são amigos, cuja cumplicidade é observada em todos os instantes deles juntos. Houve até uma cena bonitinha dos personagens crianças, quando Mário confortou Alice na época que a mãe da menina tinha falecido.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

"Sol Nascente": o que esperar da próxima novela das seis?

A missão da nova novela das seis será complicada: substituir o fenômeno "Êta Mundo Bom!", cuja audiência estrondosa não era obtida desde "O Profeta", remake exibido em 2006. Para culminar, a nova produção precisará manter a qualidade da faixa, que apresentou três excelentes novelas em sequência ---- além do êxito de Walcyr Carrasco, Lícia Manzo com "Sete Vidas" e Elizabeth Jhin com "Além do Tempo" presentearam o público com grandiosas tramas. Portanto, a responsabilidade de Walther Negrão (que escreve juntamente com Suzana Pires e Júlio Fisher) com "Sol Nascente" é alta.


Porém, o autor é experiente no horário, pois quase todas as suas novelas na Globo foram exibidas na faixa das 18h. Vide "Direito de Amar", "Despedida de Solteiro", "Tropicaliente", a lembrada "Fera Radical", "Era uma vez...", "Como uma onda", "Araguaia" e "Flor do Caribe" (sua última trama). O escritor já deixou evidente em folhetins anteriores que gosta de um clima praiano e repetirá a dose em "Sol Nascente", como é possível observar nas chamadas da nova produção, dirigida por Leonardo Nogueira.

Ambientada na fictícia Arraial do Sol Nascente, a história terá imagens paradisíacas como pano de fundo, lembrando muito "Flor do Caribe" e "Como uma onda". O enredo será sobre o amor improvável dos grandes amigos Alice e Mário, interpretados por Giovanna Antonelli e Bruno Gagliasso.