sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Elenco primoroso: uma das muitas qualidades de "Doce de Mãe"

Como já era de se esperar, "Doce de Mãe" entrou na grade da Globo honrando todas as qualidades do tele-filme exibido em 2012. O texto levemente cômico e melancólico na boca dos cativantes personagens entretém o telespectador, que não sente o tempo passar enquanto o episódio está no ar. E entre tantos pontos positivos, incluindo a deliciosa história, há o elenco escalado.


Todos os atores estão impecáveis, sem exceção. Não é fácil escalar um time onde todos estão à vontade em cena e totalmente entregues. Normalmente, há sempre alguns que destoam do restante. Mas a série tem uma turma de peso e o público é presenteado todas as quintas-feiras com grandes atuações e inspiradas cenas. A escalação feita para o tele-filme já havia sido primorosa, mas conseguiram melhorar ainda mais o elenco da série com a entrada de novos personagens.

Drica Moraes, Camila Amado e Emiliano Queiroz engrandeceram a série com suas participações. Após superar um câncer e retornar às novelas em "Guerra dos Sexos", na pele da divertida Nieta, Drica ganhou a Rosalinda, filha que o marido de Dona Picucha (Fernando Montenegro) teve fora do casamento.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O talento de Ana Lucia Torre

Ela é uma das melhores atrizes do país, embora não receba o devido valor. Sua carreira televisiva foi iniciada em 1977, na novela "Dona Xepa", quando viveu Glorita Camargo, uma perua falida. A partir desse trabalho, emendou várias outras tramas, como "Sinhazinha Flô" (1977), "Marron Glacê" (1979), "As Três Marias" (1980), "Ciranda de Pedra" (1981), "Corpo a Corpo" (1984), "Tieta" (1989), "Renascer" (1993), entre tantas mais. A profissional em questão é Ana Lucia Torre, que atualmente tem brilhado na pele da governanta Gertrude, em "Joia Rara".


A atriz não tinha muito destaque no início, mas sua participação foi crescendo na trama de Duca Rachid e Thelma Guedes. Ana sabe aproveitar todas as oportunidades e se destaca sempre que aparece. A governanta virou cúmplice das maldades do filho Manfred (Carmo Dalla Vechia), que virou o grande vilão da história, e assumiu o posto de 'vice-vilã'. Apesar da história andar em círculos e das autoras terem perdido o rumo de várias situações, elas souberam valorizar essa personagem, aproveitando o talento da intérprete.

E Ana Lucia Torre sabe interpretar vilãs como poucas. Seu melhor papel na carreira foi a víbora Débora, em "Alma Gêmea" (2005). A interesseira mulher era mãe de Cristina (Flávia Alessandra), a grande vilã da obra de Walcyr Carrasco, e ajudava a filha em todos os seus planos maquiavélicos. A parceria

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Micaela e Martin: um casal que deu certo em "Malhação"

Além de ter uma história infantilizada e desinteressante, a atual temporada de "Malhação" errou no casal central. Anita (Bianca Salgueiro) e Ben (Gabriel Falcão) não convencem, os atores estão fracos e o par esbanja pieguice. No entanto, apesar de ser uma trama equivocada em vários aspectos e dos protagonistas insossos, as autoras (Ana Maria e Patrícia Moretzsohn) acertaram com o par Micaela (Laís Pinho) e Martin (Hugo Bonemer).


O casal se sobressai em meio a tantos equívocos da atual temporada. Micaela era o 'patinho feio' da escola e vivia sendo humilhada por todos, até que ganhou uma repaginada no visual graças ao plano de Flaviana (Anna Rita Cerqueira), que queria usá-la para se vingar de Martin. Porém, o plano não deu certo e a menina acabou se apaixonando de verdade pelo objeto da vingança. Mas, por causa da timidez, não falava de seus sentimentos e o que de início era apenas uma armação, acabou virando uma forte amizade. Um clichê, mas que sempre agrada em novelas e filmes.

A cena do primeiro beijo foi outro clássico de qualquer comédia romântica: os dois conversam sobre sentimentos, Martin a provoca e, com raiva, Micaela joga um balde d`água em cima do rapaz. Após uma nova discussão, ela o beija e finalmente o ex-galanteador constata que a amiga gosta dele. Mas não

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Caio Castro, teatro, polêmica e uma declaração infeliz

A reprise da entrevista que Caio Castro concedeu a Marília Gabriela causou um reboliço no meio artístico. O programa já tinha sido exibido ano passado, mas a declaração infeliz do ator passou despercebida. Quando a atração foi reprisada recentemente, Ingrid Guimarães mostrou indignação com a declaração do rapaz ----- ele disse não gostar de ir ao teatro e que só lê por obrigação para ficar 'antenado', caso alguém lhe faça alguma pergunta. A partir de então, a polêmica foi iniciada.


Ingrid fez questão de dizer: "Me espanta ver como alguns jovens atores se distanciam cada vez mais da essência da profissão e fazem dela um grande negócio. São eles que vão provar que nesta profissão é melhor abrir casas noturnas e restaurantes do que perder um fim de semana de sol no teatro." Miguel Falabella apoiou a indignação da atriz e não poupou palavras ao falar de Caio: "Não interessa saber quem é. Esse tipo de gente não interessa e ponto. Você só erra quando o chama de ator, querida. Não é ator, é desinibido."

E outros grandes nomes também fizeram questão de repudiar a declaração do rapaz, como Pedro Paulo Rangel: "Chocante, triste, um absurdo, mas absolutamente natural com estes tempos que nos deram pra viver. Por que o espanto? Não sei quem é a anta, e nem me interesso em saber, mas me regozijo em não tê-la

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A genialidade de Silvio de Abreu

Silvio de Abreu é um dos grandes autores do país. Nascido no dia 20 de dezembro de 1942, chegou a ser ator e roteirista antes de se dedicar à profissão que o consagrou. No último domingo, o autor deu uma excelente entrevista ao Jornal O Globo (na Revista da TV) e falou sobre sua carreira, além do próximo trabalho: supervisor de "Búu", novela da saudosa Andrea Maltarolli, escrita por Daniel Ortiz.


Essa deliciosa entrevista apenas confirmou a genialidade de Silvio, que fez questão de condenar o vazamento dos spoilers de novelas, fazendo uma comparação com os filmes e séries, onde ninguém gosta de saber o que irá acontecer. Ainda falou do prazer que sente em escrever e supervisionar, além de ter apontado os sucessos e os fracassos da carreira. Também criticou os baixos índices do remake de "Guerra dos Sexos", ressaltando todos os pontos positivos do folhetim, que de fato foi ótimo.

O autor tem um currículo admirável e sua última novela inédita foi a excelente "Passione", encerrada em 2011. A trama presenteou o público com a melhor atuação de Mariana Ximenes, que deu um show na pele da víbora Clara. E o elenco estelar deixou a atrativa história ainda mais interessante de se acompanhar. Fernanda Montenegro, Irene Ravache, Tony Ramos, Cleyde Yáconis, Elias Gleiser, Emiliano Queiroz,

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Troca de casais beneficia história e transforma Marlon e Lili no par principal de "Além do Horizonte"

Entre os primeiros erros de "Além do Horizonte", havia a ausência de um casal que tivesse uma boa história e despertasse atenção do telespectador. Além da trama ter sido conduzida de forma enigmática demais, os poucos casais formados não funcionaram. Não tinha um envolvimento que convencesse o público da relação. Mas ao mexer na trama para tentar alavancar os pífios índices de audiência, os autores ---- depois de acelerar a história ---- resolveram mudar o par principal. E o resultado dessas alterações foi positivo.


Marcos Bernstein e Carlos Gregório separaram Lili (Juliana Paiva) de William (Thiago Rodrigues) e Celina (Mariana Rios) de Mathias (Begê Muniz). Os casais (sendo um deles o protagonista) não deram certo e foram rejeitados pelo telespectador. A saída mais fácil foi aproveitar a imensa química do casal Bruno e Fatinha da temporada passada de "Malhação". Ou seja, os autores juntaram Marlon (Rodrigo Simas) com Lili, praticamente desapareceram com o personagem de Begê e conduziram a trama para que William e Celina se envolvessem.

Essa nova formação foi benéfica para "Além do Horizonte", que já havia melhorado em virtude da aceleração da história envolvendo a Comunidade comandada por LC (Antônio Calloni). A união de Marlon e Lili transformou o casal no par principal da trama. Ela já era a mocinha, mas ele virou o mocinho,

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

"BBB 14" perde com a precoce eliminação de Letícia

A décima-quarta edição do "Big Brother Brasil" já pode ser considerada uma das mais fracas do reality. Os participantes pareciam promissores, mas decepcionaram e nada saiu como o esperado. Boninho errou ao inserir 20 pessoas na casa. O intuito era movimentar o início do jogo com muitas eliminações (apelidado de BBB Turbo), mas acabou prejudicando o formato, deixando o programa corrido demais. E se o conjunto já não estava muito animador, a eliminação de Letícia na última terça-feira (18/02) deixou tudo ainda pior.


A participante era o centro das atenções e sua simples presença acabava causando intrigas. Alvo de praticamente todos os homens da casa, Letícia se envolveu com três deles, aparentemente. Isso porque ela negou qualquer tipo de envolvimento com Rodrigo. Mas como negou que ficou com Marcelo e depois confirmou só um 'selinho', não deixa de causar desconfiança.

Sua principal arma sempre foi a sedução. A participante conseguia jogar seu charme para todos, mas sempre recuava quando alguém queria beijá-la. Seu discurso, inclusive, era pautado no 'não-envolvimento'.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

"Chaves": um sucesso atemporal

No dia 24 de agosto de 2014, o "Chaves" completa 30 anos de SBT. Quando foi exibido pela primeira vez em 1984 no Brasil, o seriado não era mais produzido no México ----- "El Chavo del Ocho" ficou no ar entre junho de 1972 e janeiro de 1980. Porém, esse fato não prejudicou em nada o seriado, que virou um fenômeno no Brasil. Desde então, a emissora de Silvio Santos vem mantendo a série fixa em sua grade e foi alvo de reclamações dos fãs todas as vezes que retirou o seriado, protagonizado por Roberto Gomez Bolaños, do ar.


Após uma sucessão de trapalhadas provocadas pelo SBT ---- vide a reprise de "Carrossel" e depois um jornalístico que naufragou na audiência -----, o horário das 18 horas foi preenchido com "Chaves", um verdadeiro coringa da emissora. Na verdade, o programa ia ao ar às 18h30 e só acabava às 19h45m. Agora, em mais uma alteração feita na grade, a atração inicia às 19h20m. Embora não tenha conseguido levantar o Ibope, a série ---- que ainda conta com Maria Antonieta de las Nieves (Chiquinha), Florinda Meza (Dona Florinda), Carlos Villagrán (Kiko), Ramón Valdez (Seu Madruga), Rubén Aguirre (Professor Girafales), Édgar Vivar (Sr. Barriga) e Angeline Fernades (Dona Clotilde) ---- causou uma certa repercussão recentemente por causa dos episódios inéditos exibidos.

Os telespectadores e fãs ficaram indignados com algumas mudanças na dublagem. Seu Barriga, Seu Madruga, Dona Clotilde e o Chaves não estavam mais com as mesmas vozes. Porém, os dubladores originais (com exceção do pai da Chiquinha, dublado pelo ator Carlos Seidl) já faleceram e não havia outra

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Idade dos personagens prejudica "Em Família" e subestima telespectador

A nova e teoricamente última novela de Manoel Carlos ainda está dando seus primeiros passos. A história entrou em sua terceira fase, após a Globo interferir e acelerar os capítulos por causa da baixa audiência, e tem conseguido apresentar uma boa história. Claro que é cedo para saber se a trama se sustentará pelos próximos meses, mas o conjunto parece promissor. No entanto, a história apresenta um grave problema que afeta a verossimilhança da trama: a idade dos personagens principais.


A segunda fase de "Em Família" foi responsável pela apresentação do núcleo principal e pelo desenrolar do conflito que move o triângulo amoroso. Através desse conjunto, o telespectador pôde conhecer as características dos personagens e se familiarizar com os dilemas. Porém, apesar de ter proporcionado as melhores cenas da novela até então, essa fase acabou comprometendo ainda mais a realidade da terceira.

Maneco foi muito feliz na escalação de Júlia Lemmertz para viver sua última Helena, que começou com Lilian Lemmertz, mãe da atriz. Ela está ótima e nem chega a ser surpresa, já que seu talento é conhecido. Entretanto, subestimou o telespectador quando escalou Natália do Vale para interpretar a mãe

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Márvio Lúcio é o destaque na volta do "Pânico na Band"

O "Pânico na Band" voltou das férias nesse último domingo (16/02). Após o tradicional recesso, o humorístico retornou com novos quadros, mas mantendo a 'essência', ou seja, utilizando artifícios para prender o público até os minutos finais, como por exemplo, ter anunciado uma nova integrante (substituta de Sabrina Sato) que na verdade era uma cachorrinha. Mas o destaque foi a paródia do "Vídeo Show".


Após se destacar em 2013 fazendo uma ótima e escrachada imitação do jornalista Marcelo Rezende, Márvio Lúcio aproveitou a oportunidade para fixar o Zeca Tamagro (personagem já utilizado em algumas matérias do "Pânico") em um quadro. O "Vídeo Sou" utilizou todas as situações desnecessárias do novo "Vídeo Show" para debochar do formato e ainda destacar o elenco do humorístico.

Carioca mais uma vez mostrou que é o principal nome do "Pânico na Band" e imitou todos os trejeitos de Zeca Camargo na apresentação da atração da Globo. As gargalhadas forçadas, os repetitivos aplausos, enfim, tudo esteve presente e divertiu. Além do show de Márvio, Guilherme Santana e Eduardo Sterblitch

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Após brilhar na pele de Shirley, Alice Wegmann comprova seu talento e deixa saudades em "Em Família"

O principal destaque da segunda fase de "Em Família" foi a debochada Shirley. Ela é dessas quase-vilãs que Manoel Carlos gosta de ter em suas novelas e que o público adora. Mas, além do papel ser muito bom, o autor e a direção acertaram na escalação das atrizes. Vivida por Giovana Rispoli na primeira fase (uma grata revelação-mirim), a personagem passou a ser interpretada muito bem por Alice Wegmann.


A atriz estreou no horário nobre, após ter feito uma pequena participação na décima-oitava temporada de "Malhação" (Andreia - 2010); ter se destacado em "A Vida da Gente" (Sofia - 2011) e protagonizado a vigésima temporada da novelinha adolescente (2012/2013), vivendo a carismática Lia. Todos esses ótimos trabalhos foram boas referências para Alice ganhar um papel tão importante na trama de Manoel Carlos e que é interpretado pela talentosa Viviane Pasmanter na terceira fase.

Alice Wegmann conseguiu se destacar em todas as cenas de Shirley e soube imprimir um tom irônico e sarcástico na personagem com precisão. A personagem é invejosa, egoísta e voluntariosa; características que não estiveram presentes em nenhum papel vivido pela atriz anteriormente. Ou seja, com

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

"Pecado Mortal" e o amadorismo da Record

A estreia de "Pecado Mortal" foi cercada de expectativas. Afinal, era a primeira novela de Carlos Lombardi na Record, após sua saída da Globo. E o alto investimento na trama evidenciou o interesse da empresa no sucesso do produto. Porém, não deu certo. O folhetim ---- que completou 100 capítulos nessa quinta (13/02) ---- é um fracasso e tem uma média em torno dos 6 pontos no Ibope. Mas para agravar ainda mais essa situação, a emissora resolveu mudar o horário da obra no dia 3 de fevereiro.


É bom lembrar que a Record nunca respeitou o telespectador da novela, já que a história quase sempre só começava quando "Amor à Vida" (da Globo) chegava ao fim. Por coincidência ou não, a líder estendia os capítulos da trama de Walcyr Carrasco até umas 22h50m, ou seja, acabava 'obrigando' a rival a deixar "Pecado Mortal" ---- que teoricamente teria que iniciar às 22h30m ---- cada vez mais tarde. Não por acaso, os índices de audiência foram caindo.

Só que essa crítica situação conseguiu ser piorada após o término de "Amor à Vida". Achando que poderia 'enfrentar' o produto mais assistido do horário nobre, a emissora antecipou "Pecado Mortal" para às 21h15m com o intuito de competir com "Em Família", nova trama de Manoel Carlos. Em suma, não

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Os merecidos vencedores da sétima edição do "Prêmio Quem" de TV

A cerimônia de entrega da sétima edição do "Prêmio Quem" aconteceu na última terça-feira (11/02). Música, cinema, teatro, literatura e gastronomia estavam entre as categorias, mas, claro, a categoria TV foi a mais aguardada. E muitos dos premiados pelo público foram figuras que já haviam recebido troféus em 2013 e ainda irão receber em 2014.


Na categoria "Melhor Ator", Mateus Solano novamente foi agraciado devido ao seu grandioso trabalho em "Amor à Vida". O intérprete do Félix ainda permanece na memória do telespectador e ganhou mais um prêmio para colocar na estante de sua casa. O ator já está curtindo suas merecidas férias e ganhará da Globo um descanso de imagem parecido com o que Adriana Esteves e Débora Falabella ganharam após o sucesso de "Avenida Brasil".

A categoria de "Melhor Atriz" premiou Giovanna Antonelli. A atriz virou a protagonista da fraca "Salve Jorge" e conquistou o telespectador com sua delegata Helô. O resultado desse êxito tem sido observado em

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"Joia Rara" se perde em seus próprios desdobramentos

A atual novela das seis começou empolgando o telespectador. O capricho da produção, os lindos cenários, o grande elenco, o figurino, a história voltada para o budismo, enfim, tudo chamava atenção. Entretanto, a audiência da trama nunca decolou e após o início do horário de verão os números afundaram de vez. E para tentar melhorar os índices, Duca Rachid e Thelma Guedes mexeram na trama e ainda chegaram a agilizar algumas situações. Mas o resultado dessas mudanças não refletiu no Ibope e acabou prejudicando "Joia Rara".


As histórias foram se perdendo, passaram a andar em círculos e vários personagens ficaram sem função. A novela começou a mostrar suas deficiências quando Manfred (Carmo Dalla Vechia) se transformou em um psicótico obcecado por Amélia (Bianca Bin). O vilão, que antes tinha características próprias, passou a lembrar imediatamente o Timóteo (Bruno Gagliasso), de "Cordel Encantado". A tentativa de sequestrar Franz (Bruno Gagliasso) e Amélia, ainda aumentou mais essa sensação de semelhança com a trama passada; afinal, não há como esquecer os constantes sequestros que Açucena sofria ---- até a atriz é a mesma.

E Manfred passou a exercer a função que seria de Silvia (Nathalia Dill). Isso porque o vilão começou a chantagear Ernest Hauser (José de Abreu), o submetendo a todo tipo de humilhação, depois que descobriu que seu 'pai' (ele é na verdade filho de Venceslau - Reginaldo Faria) matou a esposa, Catarina,

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Reviravolta na segunda fase inicia história e movimenta "Em Família"

Após um começo lento e com baixa audiência, "Em Família" sofreu algumas intervenções da Globo. A emissora editou os capítulos e acelerou a história. Portanto, a grande virada da segunda fase da trama de Manoel Carlos, que só iria ao ar no fim dessa semana, começou a ser exibida na sexta-feira passada (07/02). E as cenas que representaram essa reviravolta no núcleo central foram muito bem realizadas.


A sequência em que Laerte (Guilherme Leicam) tem uma briga feia com Virgílio (Nando Rodrigues) foi primorosa e muito realista. O filho de Selma (Camila Raffanti) sempre teve um ciúme doentio de Helena e acabou expondo toda a sua agressividade depois que o 'amigo' o criticou após sua despedida de solteiro. Eles se enfrentaram e o rapaz enfiou uma espora no rosto do filho de Maria (Cyria Coentro), que acabou caindo e batendo com a cabeça.

Pensando que tinha matado Virgílio, Laerte carregou o corpo até um matagal e enterrou. As cenas transbordaram tensão e o capítulo prendeu a atenção de quem assistia. Maneco surpreendeu e mostrou que também sabe escrever sequências de pura adrenalina. Porém, os momentos posteriores  a essa tentativa de assassinato conseguiram ser ainda melhores. Linda a sequência do cachorro (Federal)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

"Amor à Vida", beijo gay e a quebra de um tabu

No dia 31 de janeiro de 2014, um tabu foi quebrado na teledramaturgia. O primeiro beijo gay entre homens foi ao ar em uma novela de horário nobre, na emissora mais assistida do país. E a cena foi protagonizada por Mateus Solano e Thiago Fragoso, intérpretes de Félix e Niko, em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco. O momento antológico repercutiu em todos os jornais, sites e ainda virou notícia no exterior.


A imensa repercussão foi previsível, pois se tratou realmente de um marco. Entretanto, é bom ressaltar que entre mulheres esse gesto de carinho já foi exibido duas vezes. Vida Alves e Geórgia Gomide  se beijaram em "Calúnia", um teleteatro exibido na TV Tupi, em 1963, cujos arquivos foram perdidos. Já em 2011, Tiago Santiago escreveu uma cena de beijo protagonizada por Luciana Vendramini e Gisele Tigre, que foi ao ar no SBT, através da fracassada novela "Amor & Revolução". Mas obviamente que essas duas situações não dignas de comparação.

O beijo de "Amor à Vida" não foi apenas a quebra de um tabu, foi também a consagração de um casal gay que conquistou uma grande torcida e acabou virando o par protagonista da reta final da novela. Félix e Niko conquistaram o público e Walcyr soube conduzir a relação de uma forma sensível e completamente

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Marcelo Médici diverte na pele do ferino Joel em "Joia Rara"

Ele é o responsável pelas cenas mais engraçadas de "Joia Rara" e vem protagonizando impagáveis momentos desde que entrou na trama de Duca Rachid e Thelma Guedes. O personagem é um dos mais divertidos da novela e tem a ironia como principal característica. Claro que esse conjunto de descrições se aplica ao Joel, papel brilhantemente vivido por Marcelo Médici no folhetim das seis.


Joel é um gay caricato e afetado que abusa do veneno para atingir seus desafetos. O personagem entrou na trama sendo o braço-direito de Aurora Lincoln e não demorou para protagonizar ótimas cenas ao lado de Mariana Ximenes. A parceria foi muito bem-sucedida e a dupla divertia quando ironizava o Brasil, citando todos os característicos problemas do país. Mas a relação da dupla foi rompida com a chegada de Davi (Leandro Lima), que despertou ciúmes no bajulador e 'treinador' da vedete. Em suma, a amizade se transformou em desavença e os elogios viraram ofensas. Mas tudo com muito bom humor e alfinetadas, que sempre foram a marca da dupla.

Entretanto, as autoras resolveram juntar Joel com outra personagem: Creotina, interpretada pela ótima Luana Martau. E essa ideia foi muito feliz. O personagem virou alvo da sobrinha de Dona Conceição (Cláudia Missura),

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

"Milagres de Jesus": um bom produto da Record

Após "A História de Ester" (2010), "Sansão e Dalila" (2011), "Rei Davi" (2012) e "José do Egito" (2013), a Record estreou mais uma série bíblica: "Milagres de Jesus". A produção ---- iniciada no dia 22/01 (quarta-feira, às 21h45) ---- apresenta um formato um pouco diferente das anteriores, uma vez que não apresenta uma trama contada em capítulos e sim histórias independentes, com início, meio e fim.


A série  ----- escrita por Vivian de Oliveira e dirigida por João Camargo ---- comprova o amadurecimento da Record em se tratando de produtos bíblicos. Embora seja repetitivo todo ano a emissora apresentar um mesmo contexto dramatúrgico (que obviamente ocorre devido à influência dos bispos que comandam a empresa), não há como negar que os anos de experiência estão sendo úteis para a evolução desse formato.

"A História de Ester" e "Rei Davi" foram projetos bem-sucedidos, mas "Sansão e Dalila" deixou muito a desejar, enquanto que "José do Egito" foi desenvolvida de forma completamente equivocada, começando

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Dividida em três fases, "Em Família" estreia com ritmo morno e focada no triângulo central

Nessa segunda-feira (03/02), estreou a última novela de Manoel Carlos. Dirigida por Jayme Monjardim, "Em Família" terá a missão de manter os índices de "Amor à Vida" ou aumentá-los ---- tarefa nada fácil, afinal, o atual momento da Globo não é muito favorável, uma vez que "Malhação", "Joia Rara" e "Além do Horizonte" amargam uma péssima audiência. Mas deixando os números do Ibope de lado e focando na história, já foi possível observar a principal característica do autor logo no começo da obra: os dramas familiares.


Dividida em três fases, a trama é iniciada na década de 80, com o nascimento de Helena ---- a primeira cena foi, inclusive, o batizado. O capítulo foi apresentando os conflitos e as rusgas entre as famílias do núcleo central, cujos atores eram, em sua maioria, desconhecidos do grande público. Porém, o time não comprometeu. Mas a primeira fase pecou no ritmo, que foi arrastado e sonolento. A protagonista foi vivida pela promissora Julia Dalavia, enquanto que Laerte e Virgílio foram interpretados por Eike Duarte e Arthur Aguiar.

A melhor cena desse início foi o afogamento de Helena, graças ao talento de Giovana Rispoli, intérprete da quase-vilã Shirley. O olhar frio e o riso debochado da menina, enquanto via a amiga se afogar sem fazer nada para ajudar, foram assustadores. Entretanto, as demais cenas cansaram e foram entediantes.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Com um final antológico, "Amor à Vida" consagra atores e entra para a história da teledramaturgia

A primeira novela de Walcyr Carrasco no horário nobre ---- dirigida impecavelmente por Mauro Mendonça Filho e Wolf Maya ---- fechou seu ciclo com um histórico beijo gay e um final emocionante. Foram 221 capítulos com muitas histórias, várias reviravoltas, cenas antológicas, polêmicas e situações nunca antes abordadas em folhetins, como o casal gay que virou protagonista. Prevista inicialmente para ter 179 capítulos (mesmo número das antecessoras "Salve Jorge e Avenida Brasil"), a trama foi esticada pela emissora, devido ao bom resultado perante o público, e acabou terminando como uma das obras mais longas do horário dos últimos 10 anos.


Porém, não é a primeira vez que Walcyr se vê obrigado a esticar uma novela. "Alma Gêmea" (18h - 227 capítulos) e "Caras & Bocas" (19h - 232 capítulos) também ficaram mais tempo no ar devido ao sucesso alcançado. No caso de "Amor à Vida", até a duração dos capítulos ficou maior. Era praticamente um filme por dia, o que não deixou de ser uma dificuldade para o autor manter a história movimentada. Entretanto, os muitos personagens acabaram sendo úteis para que houvesse sempre um rodízio de acontecimentos, evitando a tradicional 'barriga'. Ou seja, enquanto um núcleo 'esperava sua vez', o outro ficava repleto de conflitos e assim por diante.

"Amor à Vida", por ter ficado muito tempo no ar, apresentou ao telespectador uma grande quantidade de histórias fortes, com apelo dramático, e também com boas doses de humor. E por não guardar conteúdo, o autor desenvolveu sua trama sem maiores enrolações. Entre os núcleos principais apresentados,