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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Série "Tributo" presta merecidas homenagens, mas expõe a hipocrisia da Globo

 Uma reverência ao legado de artistas apaixonados por seu ofício. Com essa perspectiva, "Tributo" reúne um grupo de pessoas cujas trajetórias profissionais se confundem intensamente com a própria história da televisão brasileira e deixam marcas profundas na cultura da nossa sociedade. A série documental, que já conta com seis episódios no Globoplay, terá uma leva de quatro deles exibida na Globo e o primeiro foi ao ar nesta sexta-feira, dia 19, após o "Globo Repórter", em homenagem a Lima Duarte.


O projeto "Tributo" ---- com redação de Isadora Wilkinson e Lalo Homrich, direção artística de Antônia Prado, direção de Matheus Malafaia e direção de gênero de Mariano Boni ---- foi iniciado no Globoplay em 23 de agosto de 2023 com uma bonita homenagem a Léa Garcia em virtude de sua morte no mesmo dia. Ainda irão ao ar na tevê aberta as homenagens a Laura Cardoso, Manoel Carlos (que estreou recentemente no Globoplay), Zezé Motta, Fernanda Montenegro, Ary Fontoura e Boni. Além de um processo de pesquisa em diversas fontes ---- acervo da TV Globo, jornais, revistas e películas ----, foram captadas cerca de dez horas de gravações inéditas para cada um dos convidados. 

O programa sobre Lima Duarte valorizou a grandiosidade de um dos maiores atores do país, que aos 20 anos estava presente na cerimônia de inauguração da TV Tupi --- a emissora pioneira no país ---, em 18 de setembro de 1950.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Coletiva da reprise de "Belíssima" no "Vale a Pena Ver de Novo" reúne time de estrelas

Nesta quarta-feira (16/05), a Globo promoveu uma coletiva de imprensa para o lançamento da reprise de "Belíssima", imenso sucesso de Silvio de Abreu na faixa nobre em 2006, no "Vale A Pena Ver de Novo". A reunião de parte do elenco foi realizada nos Estúdios Globo. É a primeira vez que a emissora promove um evento assim para uma reexibição e o motivo é o fracasso da reprise de "Celebridade", grande êxito de Gilberto Braga em 2003. O intuito, agora, obviamente, é divulgar bastante a nova escolhida para o horário, evitando um novo mau desempenho na audiência.


E foi um evento de peso. Silvio de Abreu, autor da trama e atual responsável pelo setor de teledramaturgia da Globo, esteve presente, assim como Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Irene Ravache, Paolla Oliveira, Vera Holtz, Cauã Reymond, Reynaldo Gianecchini, Marina Ruy Barbosa, Alexandre Borges e Camila Pitanga. Até mesmo Denise Saraceni, diretora da novela, fez questão de participar desse reencontro. Reencontro bastante animado, vale ressaltar. Todos estavam claramente felizes e enfatizaram a todo momento o quanto foi prazeroso esse trabalho.

Um trecho de 20 minutos do primeiro capítulo foi reexibido para os convidados e provavelmente será o mesmo conteúdo da estreia da reprise, no dia quatro de junho. Apesar de breve (o original teve mais de 50 minutos), valeu muito a pena matar as saudades da arrogância de Bia Falcão, brilhantemente defendida por Fernanda Montenegro.

terça-feira, 3 de abril de 2018

A valorização dos atores veteranos e o lindo casamento de Josafá e Mercedes em "O Outro Lado do Paraíso"

Não é todo autor que dá o devido valor aos atores que fazem parte da teledramaturgia e da história da televisão brasileira. Muitos acabam ganhando coadjuvantes sem muita função e raramente têm um bom destaque. "Deus Salve o Rei", atual trama das sete da Globo, por exemplo, reflete essa desvalorização. São poucos intérpretes mais experientes e os poucos que tinham morreram ou sumiram da história, como Rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho) e Rei Augusto (Marco Nanini). Já o "O Outro Lado do Paraíso" expõe justamente o contrário: a experiência é constantemente valorizada.


Walcyr Carrasco é um escritor que sempre procurou dar destaque aos veteranos em seus folhetins e o atual é mais um exemplo. É até impressionante a quantidade de medalhões da teledramaturgia escalados para essa produção e com perfis de importância. Nesta segunda-feira (02/04), por sinal, foi ao ar o casamento de Mercedes e Josafá. O casal de 'velhinhos turrões' sempre foi um dos pontos altos da trama, destacando o brilhantismo de Fernanda Montenegro e Lima Duarte, figuras tão raras em novelas.

E o casório não tinha como não emocionar o público. Após muitas brigas (resultando em cenas divertidas), os dois finalmente resolveram fazer uma cerimônia, partindo da vidente o pedido de casamento, logo depois que a mesma descobriu pela filha, Diva (Bel Kutner), que estava viúva há um bom tempo.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Volta triunfal de Clara promove cenas emocionantes e arrepiantes em "O Outro Lado do Paraíso"

Há menos de três meses no ar, "O Outro Lado do Paraíso" já pode ser considerada um imenso sucesso e mais um êxito para a carreira de Walcyr Carrasco. A novela da Globo chegou a marcar 40 pontos na última segunda-feira (11/12) e 42 na terça, com picos de 44. Índices impressionantes, sendo a primeira vez que um folhetim das nove supera os 40 pontos em sua oitava semana desde "Avenida Brasil". "A Força do Querer" só conseguiu esse índice na décima sétima semana e "Amor à Vida" ---- os dois grandes sucessos pós-fenômeno de João Emanuel Carneiro ---- na décima terceira. E a atual produção tem feito por merecer números tão elevados.


A trama arrebatou o público a partir da virada de fase, uma vez que o telespectador aguardava esse momento desde o início da história, após ter acompanhado os vilões se dando bem e humilhando os bonzinhos por mais de trinta capítulos. A fuga de Clara (Bianca Bin) fez a audiência saltar de 30 para 36 pontos e desde então só sobe. As razões são muitas, começando pela retomada da protagonista, que agora é milionária e ainda conta com um fiel escudeiro pronto para ajudá-la em tudo, o íntegro Patrick (Thiago Fragoso). O inferno no hospício passou e a fuga foi de tirar o fôlego. Mas, se essa sequência primou pelos vários acertos e a grandiosa direção da equipe de Mauro Mendonça Filho, a volta triunfal da verdadeira dona das cobiçadas esmeraldas conseguiu ser ainda melhor.

A mudança no visual da mocinha, comprando roupas ao som de "Weird Fishes" (Radiohead), expôs o início da vida da nova rica e esse clichê nunca se esgota. Várias novelas, séries e filmes já apresentaram cenas semelhantes e raramente o resultado é ruim. A parceria da mocinha com seu advogado também já desperta atenção, evidenciando a química entre Bianca Bin e Thiago Fragoso, prometendo um excelente casal nos próximos meses.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

João Emanuel Carneiro e o assassinato dos personagens queridos de suas histórias

Todo autor tem a sua marca ou ao menos uma identidade. Isso no cinema, no teatro e na televisão. Quem começa a acompanhar a carreira de vários deles consegue captar tranquilamente isso. E não é diferente com João Emanuel Carneiro. Embora seja considerado ainda um 'novato' como escritor solo ("A Regra do Jogo" é apenas a sua quinta novela na carreira), ele já apresenta algumas características peculiares, como o assassinato de perfis queridos do público, por exemplo.


Claro que a sua maior identidade é a mescla entre suspense e humor popularesco, entretanto, esse pequeno detalhe em torno da morte de personagens cativantes tem se sobressaído nos seus trabalhos. O seu primeiro folhetim foi "Da Cor do Pecado", em 2004, supervisionado por Silvio de Abreu. E essa produção marcou não só o início de sua carreira solo, como também o começo da 'saga' de fins trágicos de tipos que caem no gosto popular.

Afinal, é impossível não se lembrar o triste assassinato de Afonso Lambertini (Lima Duarte em um de seus melhores desempenhos). O personagem, inicialmente, se mostrou um empresário frio e calculista, que só se preocupava com os negócios e fazia questão de controlar o seu filho Paco (Reynaldo Gianecchini).

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Excesso de esquetes e ausência de histórias expõem as limitações de "I love Paraisópolis"

Falta pouco menos de um mês para o fim de "I love Paraisópolis". E a novela de Alcides Nogueira e Mário Teixeira, dirigida por Wolf Maya, tem se mostrado completamente perdida em seus próprios equívocos. A trama foi muito atrativa nas duas primeiras semanas, mas, desde então, vem decaindo cada vez mais, expondo todas as suas limitações, tanto na ausência de histórias, quanto no excesso de personagens e esquetes.


As situações recentes têm apenas mostrado o que já tinha ficado claro há alguns meses: o folhetim é composto por várias cenas soltas e quase sempre repetitivas, enquanto o enredo central exibe claras limitações e não desperta interesse. Nem mesmo a volta de Dom Pepino (Lima Duarte) provocou algo atrativo na novela, até porque o mafioso tem o mesmo objetivo de Gabo (Henri Castelli) e Soraya (Letícia Spiller), dois vilões que pouco fizeram.

Aliás, a pouca relevância do casal de canalhas para o andamento da história implicou na súbita transformação de Alceste (Pathy Dejesus, acima do tom), braço direito do todo poderoso Dom Pepino. A personagem estava, entre tantos outros, solta na história e virou uma mulher desequilibrada emocionalmente, que acabou sequestrando o filho de Benjamin (Maurício Destri) e Margot (Maria Casadevall), provocando uma saga em busca do bebê.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Os 30 anos de "Roque Santeiro", uma das novelas mais significativas da teledramaturgia

Escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, com base no original do próprio Dias (a peça "O Berço do Herói"), "Roque Santeiro" foi uma novela que entrou para a história da teledramaturgia e também da televisão. A primeira versão da produção estava prevista para estrear em agosto de 1975, sendo protagonizada por Betty Faria (Viúva Porcina), Francisco Cuoco (Roque Santeiro) e Lima Duarte (Sinhozinho Malta). Porém, em virtude da Ditadura Militar, que censurou o produto, o folhetim foi cancelado e todo o material perdido.


A novela só conseguiu ser produzida em 1985, ou seja, dez anos depois, mantendo Lima Duarte como um dos protagonistas, mas com duas mudanças nas outras pontas do triângulo central. Betty e Francisco não voltaram, sendo substituídos por Regina Duarte e José Wilker. Após este período um tanto quanto turbulento, a história ambientada na fictícia cidade de Asa Branca (tratada como um microcosmo do Brasil) foi finalmente exibida, fez um imenso sucesso e ficou eternizada na memória dos telespectadores. O folhetim ainda foi reprisado três vezes: duas na própria Globo e uma no Canal Viva.

Os autores fizeram uma ótima sátira à exploração política e comercial da fé popular através de personagens carismáticos e bem exagerados. Os moradores de Asa Branca vivem em função dos supostos milagres atribuídos a Roque Santeiro, um coroinha e artesão de imagens sacras que morreu defendendo a cidade do perigoso bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro) ----- boato que se espalhou no local, virando uma grande verdade ----- e todos veneram aquela figura.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Série impecável, "Os Experientes" valorizou os atores veteranos e comprovou que a velhice rende várias histórias primorosas

Foram apenas quatro episódios. "Os Experientes" estreou no dia 10 de abril e teve seu último episódio exibido no dia 1º de maio. A série foi produzida no final de dezembro de 2013 e início de 2014, mas só conseguiu espaço na grade da Globo em 2015. E é de se lamentar não só a demora da emissora para colocar este produto no ar, como também a curta temporada. Afinal, o seriado que colocou os mais velhos como protagonistas apresentou um conjunto de qualidades.


A produção expôs mais uma parceria de sucesso entre a Globo e a O2 Filmes (responsável pela coprodução), repetindo a competência vista em "Felizes para sempre?", minissérie do início do ano, citando apenas um exemplo mais recente. Dirigida por Fernando Meirelles e criada pelo seu filho, Quico Meirelles, a série (roteirizada por Antônio Prata, que escreveu o primeiro, e Márcio Alemão Delgado, escritor dos três restantes) apresentou quatro episódios independentes, colocando em evidência várias formas de lidar com a experiência de vida, e todos foram primorosos.

O primeiro contou com a luxuosa participação de Beatriz Segall vivendo a esperta Yolanda, senhorinha que se viu vítima de um assalto a banco e conseguiu ser mais inteligente que o assaltante e os policiais juntos. A atriz teve uma ótima parceria com João Cortês, ator conhecido pelos comerciais de celular que se mostrou uma grata surpresa.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Com merecidas homenagens e emocionantes lembranças, show dos 50 anos da Globo foi um belo espetáculo

Inaugurada no dia 26 de abril de 1965, às 11 horas, a Globo começou 2015 comemorando seu respeitável aniversário de 50 anos com o especial "Luz, Câmera, 50 Anos". Mas as grandes homenagens foram exibidas mesmo na penúltima semana de abril. Incluindo o show especial, gravado em dois dias (na quarta e na quinta) no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, que foi exibido na noite deste sábado (25/04), um dia antes da data comemorativa 'oficial'.


Resumir 50 anos de história em 90 minutos é humanamente impossível, portanto, é óbvio que muita coisa ficou de fora, tendo a ausência sentida pelo público. Vide os 20 anos de "Malhação", que merecia ter sido citado, assim como o marco da "TV Pirata", além de novelões como "A Próxima Vítima", "Escrava Isaura", "Mulheres de Areia", "Irmãos Coragem", "A Viagem", "Tieta", entre tantos outros estrondosos sucessos. Porém, apesar de vários programas, séries e folhetins terem ficado de fora (o que é compreensível, apesar de triste), o show foi muito caprichado e conseguiu homenagear a trajetória da emissora com competência.

O espetáculo foi dirigido por LP Simonetti e contou com cerca de 800 pessoas, entre artistas e equipe técnica. A plateia toda foi formada por funcionários da empresa escolhidos por sorteio, incluindo os atores/atrizes da casa, obviamente. Fátima Bernardes e Pedro Bial foram os encarregados para a apresentação e narração dos shows, que exibiram uma verdadeira viagem no tempo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"Pedra sobre Pedra": um sucesso que merecia ser reprisado pelo Canal Viva

No dia 26 de janeiro, o Canal Viva começou a reprisar "Pedra sobre Pedra", grande sucesso de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. A novela foi exibida originalmente em 1992, na Globo, e foi reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" em 1995. A história tinha uma trama central clássica, ao mesmo tempo que utilizava o realismo fantástico, tão presente nas obras de Aguinaldo.


Os Pontes e os Batista eram famílias rivais que travavam uma disputa política em Resplendor, cidade fictícia localizada no sertão nordestino. Na primeira fase, Murilo Pontes (Nelson Baskerville) estava prestes a se casar com Pilar Farias (Cláudia Scher), mas não contava que o amor de sua vida fosse dizer não em pleno altar. Tudo porque a mulher desconfiou que ele tinha engravidado a sua melhor amiga (Eliane - Luciana Braga). Para se vingar, Pilar se casa com Jerônimo Batista (Felipe Camargo), inimigo de Murilo, que sempre foi apaixonado por ela. E por ironia do destino, Eliane morre no parto e a protagonista acaba assumindo a criação da menina.

A segunda fase começa 25 anos depois, com Murilo (Lima Duarte) voltando a Resplendor e se reencontrando com Pilar (Renata Sorrah). O amor mal resolvido do passado ainda mexe com os dois que se enfrentam ao constatar que ambos têm um objetivo em comum: colocar o herdeiro na cadeira da prefeitura.