sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Marcos Palmeira viveu seu melhor momento na carreira como Zé Leôncio em "Pantanal"

 O remake de "Pantanal" está a poucos dias de seu fim. A trama de Benedito Ruy Barbosa, adaptada por Bruno Luperi, fez sucesso e o elenco foi um dos maiores trunfos da produção. Houve uma preocupação na escolha de cada nome. O resultado foi o melhor possível, principalmente no time protagonista. E Marcos Palmeira viveu seu melhor momento na televisão. 


O ator esteve brilhante como Zé Leôncio. Vale lembrar que sua missão era a mais difícil do elenco da segunda fase. Isso porque Renato Góes encantou o público na pele de Leôncio mais jovem. E o personagem era alegre, engraçado e leve. Marcos ficou com a parte complicada: o período em que o protagonista perde a esperança na vida em virtude da falta de pistas sobre o pai, que sumiu o mundo, e longe do amor de sua vida, Madeleine (Karine Teles), e do filho Jove (Jesuíta Barbosa). A leveza do fazendeiro deu lugar a um lado amargo e rabugento. 

A mudança de fase da novela e de personalidade do papel causou uma estranheza inicial no público. Mas Marcos Palmeira logo desfez qualquer má impressão. Foi dominando o personagem a cada capítulo, até transformá-lo em um ótimo protagonista.

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Brilhantes em "Alma Gêmea", Flávia Alessandra e Ana Lucia Torre formaram a melhor dupla de vilãs do horário das seis

 A reprise de "Alma Gêmea" no Viva está em plena reta final. A novela das seis exibida em 2005 foi um dos maiores fenômenos de Walcyr Carrasco. Muitas vezes tinha mais audiência que a trama das nove na época. O canal acertou em cheio ao reprisá-la e um dos maiores trunfos da história é a dupla formada por Flávia Alessandra e Ana Lucia Torre. 


Não é exagero afirmar que Débora e Cristina foram as vilãs mais perversas da história do horário das 18h. As maldades cometidas por mãe e filha eram dignas de horário nobre. Aliás, algumas vilanias não seriam exibidas nem às 21h atualmente em meio a tantas restrições (algumas infundadas). A vilã brilhantemente interpretada por Flávia foi a responsável indireta pelo assassinato de Luna, já que mandou seu comparsa Guto (Alexandre Barillari) roubar as joias da prima e o crime resultou em um tiro fatal na mocinha. 

Cristina era movida pela passionalidade. Não pensava nas consequências dos seus atos na hora de agir. Sempre o impulso falava mais alto e a morte de Luna foi a maior prova. Já sua mãe representava a frieza. Calculista e ambiciosa, Débora usava a filha para realizar seus planos.

terça-feira, 27 de setembro de 2022

"Central das Eleições" promove o melhor debate político da atualidade

 A GloboNews estreou no dia 15 de agosto o "Central das Eleições" como uma espécie de aquecimento para o início das eleições de 2022. Foram edições semanais nos dias 15, 18, 22 e 29 de agosto. Já a partir do dia 5 de setembro o formato passou a ser diário, entre 18h e meia noite. Desde então, o programa virou uma das maiores audiências do canal por assinatura e vem se mostrando a melhor opção para um debate político de qualidade.


O jornalístico tem cerca de três horas de duração, mas é intercalado pela programação do canal. Vai ao ar ocupando a hora final do "Edição das 18h", "Em Pauta" e "Jornal das Dez". A primeira edição começa por volta das 19h, a segunda às 21h e a última às 23h. Parece muito tempo para debater as campanhas dos candidatos e os índices das pesquisas eleitorais. Mas não é. Pelo contrário, muitas vezes falta tempo. Isso porque o bate-papo é tão bom que nem dá para sentir as horas passarem. 

Até porque com a proliferação de canais de notícias ficou possível fazer comparativos e há vários debates onde o desrespeito reina, assim como a desinformação. E não tem a ver com diferença de ideias e, sim, com ofensas mesmo. Nem vale a pena citar o principal veículo responsável pela maior baixaria do atual período eleitoral.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Bella Campos foi uma grata revelação de "Pantanal"

 Não é exagero afirmar que o cancelamento de "Malhação" provoca uma queda brusca no lançamento de talentos no mercado. O longevo seriado adolescente da Globo era a porta de entrada de muitos novatos. A maior prova disso é Bella Campos. A atriz tinha sido escolhida para protagonizar "Malhação - Transformação", temporada escrita por Priscila Steinmann que foi descontinuada pela emissora. A intérprete, então, fez teste para o remake de "Pantanal" e passou. Foi um dos destaques na pele da Muda. 

Ou seja, a atriz que brilhou na trama adaptada por Bruno Luperi não deixa de ter sido lançada em "Malhação". Mesmo com uma temporada que sequer foi ao ar. Bella ganhou uma personagem que seria complicada até para uma profissional experiente. Ruth chegou na história para se vingar de Juma e Maria Marruá (Alanis Guillen e Juliana Paes) por conta da tragédia que viveu na infância, quando seu pai acabou brutalmente assassinado por Gil (Enrique Diaz), pai de Juma e marido de Maria. Como foi logo ameaçada com uma arma, ficou sem falar e as duas acharam que era muda. Acabou interpretando esse papel. 

A própria Bella declarou em entrevistas que o processo inicial foi complicado e acabou estabelecendo um método de estudo para o papel. A atriz inventava o texto de Muda em sua mente, de acordo com o que era falado em cena pelos demais personagens, para poder imprimir expressões faciais convincentes. E deu muito certo. O risco de cair na caricatura ou até em uma artificialidade era alto. Afinal, representar uma menina que fingia não falar e mantinha uma feição séria quase o tempo todo não era uma tarefa das mais simples.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Tudo sobre a terceira coletiva online de "Travessia", a nova novela das nove

 A Globo promoveu nesta quarta-feira, dia 21, a terceira coletiva online de "Travessia". Desta vez, o núcleo da delegacia foi o presente e participaram os atores Alexandre Nero, Giovanna Antonelli, Luci Pereira, Ana Lucia Torre, Indira Nascimento, Ailton Graça, Duda Santos, Yohama Eshima e Romulo Estrela, além da autora Gloria Perez. Fui um dos convidados e conto tudo sobre o bate-papo.


Perguntei a Gloria Perez como surgiu a ideia de trazer de volta o casal 'Steloísa' de "Salve Jorge" e se o fandom no Twitter ajudou na iniciativa. Também quis saber se a música-tema do par já foi escolhida por ela ou por Mauro Mendonça Filho, o diretor: "A volta do casal foi pensada por isso. E com certeza o público das redes me influenciou nisso. O fato deles não terem esquecido dos personagens fez diferença. Não esqueceram dos personagens. E eles cabiam perfeitamente nessa novela. O público guardou na memória esses dois. Teve até campanha no Twitter pela volta deles. Acho que a forma como shippam é isso de 'Steloísa', né? Mas trouxe a Creuza também, feita pela Luci Pereira. Então quis trazer o trio de volta. Porque não é casal, é trio. A Helô é uma delegada e por que não trazê-la de volta em uma novela que fala sobre crimes cibernéticos? A delegada Helô vai tratar de vários casos, entre eles um estupro no metaverso. Porque teve um caso na vida real. A mulher se sentiu abusada no metaverso e a justiça acolheu a questão dela. Sobre a música, a gente ainda não pensou nisso", respondeu a autora aos risos.

Giovanna Antonelli falou sobre a sua declaração a respeito da pausa que fará na carreira após 'Travessia' e como tem sido a volta da delegada Helô: "Depois de fazer uma novela durante uma pandemia que durou dois anos, que foi "Quanto Mais Vida, Melhor!", e ainda emendar com 'Travessia', nada mais natural do que eu fazer uma parada.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Tudo sobre a coletiva online de "Rota 66 - A Polícia que Mata", nova série do Globoplay

 A Globo promoveu nesta segunda-feira, dia 19, a coletiva online da nova série do Globoplay: "Rota 66 - A Polícia que Mata", baseada no livro homônimo de Caco Barcellos, lançado há 30 anos e vencedor do Prêmio Jabuti. Protagonizada por Humberto Carrão, que interpreta o jornalista que passou oito anos investigando os assassinatos cometidos pelo batalhão especial de São Paulo, a trama tem oito episódios e os dois primeiros estreiam na plataforma de streaming nesta quinta-feira, dia 22. Participaram da coletiva Humberto Carrão, a atriz Naruna Costa e Caco Barcellos. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo.


Caco Barcellos expôs sua animação com a estreia e emoção que sentiu com a atuação de Humberto, que o representa na série: "É uma grande expectativa. Quando escrevi esse livro, um pouco antes do lançamento, trabalhei oito anos na investigação. Eu imaginava fazendo um roteiro para o cinema. Sempre que encontrava alguma vítima da rota, tentava captar algum diálogo das pessoas. Da narrativa, dos momentos de episódios violentos pensando em construir diálogos para o futuro roteiro. Mas o tempo me absorveu para o trabalho na televisão. E agora ver realizado visualmente tudo o que apurei é muito especial, emocionante. Fiquei muito sensibilizado com a atuação dele. O Humberto é incrível, que cara maravilhoso", observou o jornalista. 

Humberto Carrão não escondeu a sua satisfação com o trabalho: "Fico muito emocionado com esse momento. Não é sempre que aparecem projetos assim. Percebi a força do que a gente tinha em mãos. Sou doido pelo Caco, ele é uma pessoa muito admirável. Acho que a construção do personagem Caco foi a partir da pesquisa do roteiro.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Tudo sobre a segunda coletiva online de "Travessia", a nova novela das nove

 A Globo promoveu na quinta-feira passada (15/09) a segunda coletiva online de "Travessia", a nova novela das nove. Estiveram presentes a autora Gloria Perez e os atores Humberto Martins, Vanessa Giácomo, Cássia Kiss, Bel Kutner, Rafael Losso, Noêmia Costa, Dandara Mariana, Jade Picon e Alessandra Negrini. Fui um dos convidados e conto tudo sobre o bate-papo.


Gloria Perez comentou sobre a abordagem da internet na trama: "Não vou focar no aspecto dos ataques na internet. E sim em como as relações humanas se configuram. Você pode se unir com outras pessoas para algo bacana e reunir para destruir uma pessoa. Essa tendência de hoje a criar realidades paralelas e a viver em mundos que não são reais me interessa muito. E isso faz parte de uma nova percepção de realidade. Quero falar de algo bem maior do que isso. Quando fiz a série 'Dupla Identidade' fui a Polícia Federal em Brasília e me mostraram como era a Deep Web. Nunca tive coragem de instalar aquilo no meu computador para ver como é. Mas faz parte da novela porque é ali que os crimes acontecem. É uma grande história de amor cheia de muitos conflitos. Quero que as pessoas se dividam sobre com quem a Brisa (Lucy Alves) deve ficar. Tem horas que o telespectador vai ficar com muita raiva do Ari (Chay Suede), mas tem horas que ele faz algo que o público vai voltar a gostar dele e deixar de torcer pelo Oto (Romulo Estrela). Mas depois pisa na bola de novo e vão voltar a preferir o Oto. Não sei como ela vai terminar porque novela tem um ponto de partida, mas a gente não sabe como termina", pontuou a autora

Jade Picon falou sobre sua personagem e o desafio de estrear em uma novela: "Ainda estou descobrindo tudo o que eu e Chiara temos de semelhante. Somos duas garotas jovens que estão antenadas na moda. Sinto conexão muito grande com ela. Tendência. Mas tem muitas coisas na maneira de lidar com situações que eu lidaria de maneira diferente. Quem me conhece vai ver melhor quais são as semelhanças e as diferenças.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Ótimo como Tenório em "Pantanal", Murilo Benício se destaca em qualquer papel

 A versatilidade de Murilo Benício já é conhecida do grande público há muito tempo. O ator tem uma respeitável carreira e vários personagens que entraram para a história da teledramaturgia. Parecia até que não tinha mais como surpreender o público, pois interpretou de tudo ao longo dos anos. Mas agora o intérprete vem mostrando uma outra faceta na pele do calculista Tenório no remake de "Pantanal". 


O personagem foi interpretado brilhantemente por Antônio Petrin na versão original, exibida pela TV Manchete em 1990. Isabel Teixeira, que está irretocável como Maria Bruaca, copiou todos os trejeitos de Angela Leal, intérprete da sofrida mulher de 32 anos atrás. Já Murilo preferiu fazer o coronel do jeito dele. E também acertou. O vilão anterior tinha o mesmo sotaque dos demais personagens e o atual não. Há ainda um aspecto mais sombrio e enigmático na nova versão. Parece um lobo em pele de cordeiro, enquanto o de Petrin era um lobo sem disfarces, mais assustador. 

Murilo adotou um tom mais sóbrio, sem exageros. E está ótimo. Conseguiu diferenciar Tenório de todos os outros personagens que já interpretou, o que não é tarefa simples. Vale destacar também a equipe de caracterização. Os óculos, bigode, boné, além das vestimentas trazem uma identidade para aquele sujeito que enriquece e vive enganando os outros.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

O que esperar de "A Fazenda 14"?

 A décima quarta temporada do reality mais longevo da Record estreou nesta terça-feira, dia 13. Na verdade, estreou na segunda-feira e foram apresentados os nomes do elenco ---- todos já vazados pela imprensa. Mas o diretor Rodrigo Carelli resolveu chamar aquilo de pré-estreia. Enfim, o programa teve a sua largada dada e fica no ar até dezembro.


É importante observar que "A Fazenda 14" é a última esperança da emissora, após os fracassos da sexta temporada do "Power Couple Brasil" e a segunda de "Ilha Record". Mas vale ressaltar que não é só a Record que vem sofrendo com os realities em 2022. A Globo também não foi feliz com o "BBB 22" e a temporada de "No Limite", apesar do ótimo elenco, não fez sucesso. Já a Band apresentou a temporada mais fraca do "Masterchef BR" até hoje. Não vem sendo um ano bom para reality show. 

A nova temporada de "A Fazenda" chega com a missão de quebrar a sina dos formatos em 2022. E Carelli apostou em alguns nomes que têm boas possibilidades de crescimento. O principal é Deolane Bezerra. Viúva de MC Kevin, a influenciadora digital estava em clara ascensão e chegou a promover um festão no início do ano para celebrar seu sucesso.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Tudo sobre a primeira coletiva online de "Travessia", a nova novela das nove

 A Globo promoveu na última sexta-feira, dia 09, a primeira coletiva online de "Travessia", a nova novela das nove, escrita por Glória Perez e dirigida por Mauro Mendonça Filho. Além da autora e do diretor, participaram os atores: Lucy Alves, Chay Suede, Drica Moraes, Camila Rocha, Priscila Vilela e Marcos Caruso. O gerente de produção Claudio Dager também participou do bate-papo. Fui um dos convidados e conto sobre tudo o que foi comentado. 


Lucy Alves falou sobre sua mocinha: "A Brisa é muito resiliente, tem uma força descomunal. O perfil dela me chamou atenção por ela ser uma rocha. Sempre com muita força e muita ternura. Ela tem muito amor para dar. Estou curiosa para o que vai acontecer com ela. E muita coisa vai se transformar dentro dela. São muitas perdas. Ela tem que se reorganizar para recuperar tudo o que perdeu. Não é uma mulher boba, sempre teve que se virar. É órfã e teve que se virar assim. Reagindo ao que a vida vem trazendo para ela. É um arco interessante da heroína. Essa mulher brasileira que não desiste. Cada dia de gravação é muito enriquecedor. É minha primeira protagonista e estou muito honrada em estar em uma novela da Gloria", se animou a atriz e cantora.

Gloria Perez comentou sobre a temática de sua nova história: "Gosto muito de observar como a sociedade se comporta com o avanço da tecnologia. É disso que se trata a novela. Temos um grande avanço agora que permite que todas as pessoas interajam entre si e isso deixa o mundo pequeno. Mas pensei em como usar isso. Vamos falar sobre todas as novas modalidades de crime que essa coisa tão mágica como a internet traz e por isso temos a volta da delegada Helô. Também vamos ter a inteligência artificial.

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

"Rock in Rio - A História" é um bom documentário sobre um dos maiores festivais de música do mundo

O Globoplay, Multishow, Conspiração e Rock in Rio se uniram para contar a história do festival. Já embalada pela energia e pelo clima do evento, a série Original Globoplay "Rock in Rio - A História" mostra a trajetória do festival na perspectiva de quem foi e teve a vida marcada por ele. O lançamento na plataforma foi na primeira terça-feira de agosto (2/8). Houve um evento de lançamento no Kinoplex Globoplay no Leblon, Rio de Janeiro, e fui um dos convidados. Foram exibidos três episódios de um total de cinco. E a atração terá exibição também no Multishow, entre os dias 12 e 16 de setembro, sempre às 23h.    

Em cinco episódios, artistas, organizadores e público relembram os bastidores, as paixões, os sucessos e os fracassos. Entre os depoimentos, grandes nomes do cenário musical brasileiro e internacional, como Ivete Sangalo, Ney Matogrosso, Brian May (fundador do Queen), Andreas Kisser (guitarrista do Sepultura), Charles Gavin (ex-baterista dos Titãs), Roberto Frejat, além de Fernanda Abreu e do grupo americano Black Eyed Peas. 

 

"Para o Globoplay, é uma honra trazer esse conteúdo e mostrar ao público todas as transformações vividas pelo festival ao longo de mais de três décadas, contadas por artistas, organizadores e pelo público.

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Com pressa, Mário Teixeira atropela acontecimentos e priva público de várias catarses em "Mar do Sertão"

 A nova novela das seis está há muito pouco tempo no ar. Menos de três semanas. Mas o tanto de conflito que já aconteceu impressiona. Só que não é um elogio. Agilidade não pode ser confundida com correria e o autor de "Mar do Sertão" não está sabendo diferenciar uma coisa da outra. Quanto mais o tempo passa na trama, mais cenas são ignoradas e mais incômodo provoca no telespectador. Em menos de cinco capítulos já foram mais de três passagens de tempo e muitos cortes. 


O curioso é que a primeira semana de história foi tranquila e com poucos acontecimentos relevantes. Tudo parecia seguir em um ritmo moderado. No entanto, no dia do acidente sofrido por Zé Paulino (Sérgio Guizé) e Tertulinho (Renato Góes), que marcou a primeira virada do enredo, o folhetim ganhou um ritmo que prejudicou a narrativa. Há um atropelo de situações que não tem como o público compreender. É tanta pressa que muitas vezes quem está assistindo se perde. E seria algo compreensível se a produção fosse curta, mas tem a duração normal de uma novela e só chega ao fim em março de 2023. 

Todo o impacto do acidente sofrido por mocinho e vilão foi diluído pelo descarte de sequências vitais, como Zé Paulino tentando se salvar no mar e não conseguindo, Tertulinho chegando em casa e contando mais alguma mentira para os pais, Candoca (Isadora Cruz) recebendo o choque da notícia do desaparecimento de seu grande amor, enfim.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

"O Cravo e a Rosa" afundou "A Hora da Venenosa" e resolveu o maior problema da Globo

 A Globo sempre foi a líder de audiência do país com larga vantagem. Só perde em situações esporádicas e pouco tempo depois volta ao seu posto de sempre. Porém, a emissora estava precisando se acostumar com o segundo lugar na faixa do extinto "Vídeo Show". Há muitos anos que o "Balanço Geral", na Record, vencia a rede dos Marinhos quando o quadro "A Hora da Venenosa", comandado por Fabíola Reipert, entrava no ar em SP. Tinha virado rotina e nada parecia mudar. Até vir a reprise de "O Cravo  a Rosa". 


Assim que a reexibição da primeira novela de Walcyr Carrasco na Globo, exibida em 2001, entrou no ar a resposta foi imediata: derrotou a concorrente. Com pouca diferença, mas venceu. Não demorou para que a distância numérica aumentasse cada vez mais. Agora a Record não chega nem perto da Globo na única faixa que triunfava com facilidade. O folhetim vem alcançando mais de 15 pontos diários, chegando a impressionantes picos de 18, enquanto "A Hora da Venenosa" dificilmente passa dois 6 pontos. Antes era comum o quadro de Fabíola Reipert alcançar cerca de 12 pontos contra 8 da Globo. 

Vale lembrar que o sucesso do programa da Record foi o responsável pelo cancelamento do "Vídeo Show", um dos formatos mais longevos da Globo. Estava há mais de 35 anos no ar. A emissora tentou de tudo para frear o crescimento da concorrente. O péssimo "Se Joga" foi a tentativa mais fracassada. A atração comandada por Fernanda Gentil, Érico Brás e Fabiana Karla era um show de vergonha alheia e nunca ameaçou o quadro de fofocas da jornalista.

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Casal formado por Irma e Zé Lucas é o maior equívoco de "Pantanal"

 Impossível não cair na repetição em torno da fidelidade tacanha de Bruno Luperi ao roteiro de Benedito Ruy Barbosa. O neto se recusou a mudar qualquer mínimo conflito que seja no remake de "Pantanal". Tirando pequenas alterações que em nada afetam o roteiro, a trama é praticamente idêntica ao conjunto que foi exibido em 1990 na Rede Manchete. É como se a Globo estivesse reprisando a obra da concorrente, mas com a sua tecnologia e o seu elenco. E isso não é o significado de remake, embora alguns achem. 

A maior falha da atitude de Luperi está na persistência dos erros da versão original. O autor tinha a chance de consertar todas as falhas que a produção teve há 32 anos e transformá-la em um produto perto da perfeição. Mas a sua justificativa é que a trama foi gravada com muita antecedência por conta das cheias do Pantanal e pela pandemia. Só que a desculpa usada recentemente em uma breve entrevista no "Encontro" não se sustenta. "Um Lugar ao Sol", "Nos Tempos do Imperador" e "Quanto Mais Vida, Melhor!" foram novelas prejudicadas pela pandemia. Foram obras fechadas que não puderam ser modificadas de acordo com a resposta do público. Só que "Pantanal" não se enquadra nesse time. 

O remake foi tratado com todos os privilégios possíveis pela Globo, incluindo o intenso trabalho de divulgação. E várias cenas da novela foram gravadas com a produção já no ar. Aliás, até hoje tem ator gravando cena. Incluindo sequências da reta final e de publicidade inseridas na história. Então como Luperi pode usar a desculpa de uma frente grande de capítulos?