sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Autor copia "Avenida Brasil" com derrocada de Karola e erra feio na condução de Rochelle em "Segundo Sol"

João Emanuel Carneiro resolveu expor a primeira "vingança" de Luzia (Giovanna Antonelli) no capítulo 118, exibido nesta quinta-feira (27/09). Ou seja, demorou todo esse tempo para colocar sua mocinha burra e passiva agindo. Ainda assim, vale ressaltar, a protagonista quase não tem movimentado o roteiro. Roberval (Fabrício Boliveira) e Galdino (Narcival Rubens) são os responsáveis pelo desenvolvimento dos "planos" contra Laureta (Adriana Esteves) e Karola (Deborah Secco). Além da demora em desenvolver esse enredo que anda em círculos, o autor acabou copiando uma das situações mais lembradas de "Avenida Brasil", o maior sucesso de sua carreira, exibido em 2012.


Luzia usou um vídeo íntimo que Laureta tinha de Karola com Remy (Vladimir Brichta) para desmoralizar a inimiga diante do Brasil. Exibiu a transa da ex de Beto (Emílio Dantas) com o cunhado em um show que marcava a volta do cantor aos palcos. O povo se revoltou e jogou latas, bebidas e até milkshake na vilã, que surtou e xingou todos os presentes de "pobres". A situação, claro, foi baseada no clássico "Carrie, a estranha" (1974), já reproduzida em outras novelas, como "Rainha da Sucata" (1990) e "Chocolate com Pimenta" (2003). Porém, a reação dela foi idêntica ao momento em que Carminha (Adriana Esteves) foi expulsa da mansão da família de Tufão (Murilo Benício). Já na rua, ela menosprezou todos os passantes e os xingou com ódio.

Vale lembrar, claro, toda a sequência anterior de "Avenida Brasil". Antes de ir para o olho da rua, a vilã foi confrontada pelos familiares e tirou sua máscara de boa moça. Fez questão de humilhar Tufão, ridicularizar Muricy (Eliane Giardini) e Ivana (Letícia Isnard), e desprezar toda a família de "suburbanos". Levou, ainda, uma bofetada da ex-sogra, que sempre acreditou em todas as suas mentiras.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Laís Yasmin foi a grande injustiçada da sétima temporada do "The Voice Brasil"

O "The Voice Brasil" chegou ao fim nesta quinta-feira (27/09) e o reality musical da Globo até tentou sair do desgaste através de algumas novidades, como o botão do bloqueio e a agilidade na competição que foi ao ar duas vezes na semana, chegando ao fim mais cedo que as temporadas anteriores. Porém, o formato precisa da renovação do juri urgentemente. E deixando essas observações a respeito do programa de lado, é preciso enfatizar a injustiça feita com Laís Yasmin, uma das melhores vozes da edição.


A verdade é que em todas as temporadas há um festival de injustiças, tanto em algumas escolhas questionáveis dos técnicos quanto na votação popular, sempre preferindo o ''mais do mesmo" e ignorando artistas completos. Ou seja, não foi uma novidade da sétima temporada. Todavia, ainda assim, surpreendeu negativamente ver uma voz como a de Laís eliminada em plena semifinal. O curioso é que o choque maior foi a eliminação de Priscila Tossan, que realmente era uma cantora diferenciada e franca favorita.

Mas Priscila se deixou levar pelo clima de "já ganhou", infelizmente. A candidata ter escolhido "O Sapo", cantiga infantil que mal tem letra, para sua apresentação em plena reta final de programa expôs isso. Para culminar, sua performance foi morna e o problema na dicção ficou mais evidente.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

"Espelho da Vida" tem estreia correta e elegante

"Sabe a sensação de já ter estado ali? De já ter conhecido alguém? De já ter vivido aquele momento? Vivido uma outra vida? E se não for apenas uma sensação?" Essa é a premissa de "Espelho da Vida", nova novela das seis, que estreou nesta terça-feira (25/09), com a difícil missão de substituir "Orgulho e Paixão", trama que foi merecidamente um sucesso de público e crítica. A trama de Elizabeth Jhin, dirigida por Pedro Vasconcelos (em sua primeira produção como diretor geral), tem a reencarnação como mote central, um tema que virou especialidade da autora ---- vide suas últimas novelas, como "Escrito nas Estrelas" (2010), "Amor Eterno Amor" (2012) e "Além do Tempo" (2015).


A história tem um mote totalmente diferente da produção passada. Saiu de cena um enredo leve, cômico e romântico, e entrou no lugar um roteiro repleto de mistério em torno da doce Cris Valência (Vitória Strada), talentosa atriz de teatro que se vê diante de seu enigmático passado quando começa a pesquisar sobre Júlia Castelo, uma mulher que foi assassinada em 1930, para interpretá-la em um filme. A personagem sente uma estranha sensação de já ter estado em vários locais por onde a falecida passou (a fictícia cidade de Rosa Branca, em Minas Gerais) e acaba descobrindo muito mais do que previa, precisando lidar com uma drástica mudança em sua vida.

A mocinha já começa o enredo namorando o cineasta Alain Dutra (João Vicente de Castro) e a situação foge do comum, pois o ''padrão" é justamente exibir o primeiro encontro, o nascimento do amor, enfim... Os dois chegam em Rosa Branca por causa do estado terminal de Vicente (Reginaldo Faria), avô do rapaz, que pede para vê-lo pela última vez.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Encantadora do início ao fim, "Orgulho e Paixão" foi a melhor novela de 2018

A primeira novela de Marcos Berstein como autor apresentou diversos problemas. "Além do Horizonte", exibida em 2013 na faixa das sete, foi um folhetim ousado e sofreu várias mudanças em virtude da baixa audiência ---- conseguindo ficar atrativa da metade para o final. O escritor desenvolvia a trama em parceria com Carlos Gregório e já havia trabalhado com João Emanuel Carneiro no roteiro do aclamado filme "Central do Brasil" (1998) e na ótima  série "A Cura" (2010). Chegou a ser também colaborador de Lícia Manzo na primorosa "A Vida da Gente" (2011). Após as experiências citadas, Marcos recebeu a missão de escrever um enredo como autor principal na Globo. Assim nasceu a deliciosa "Orgulho e Paixão", que, depois de 161 capítulos, chegou ao fim nesta segunda-feira (24/09), fechando seu ciclo com um capítulo belíssimo.


A estreia do autor em um trabalho solo não poderia ter sido melhor. Berstein foi muito inteligente em adaptar vários romances de sucesso da escritora inglesa Jane Austen em uma só novela, aproveitando todo o potencial que livros como "Razão e Sensibilidade (1811), "Orgulho e Preconceito" (1813), "Mansfield Park" (1814), "Emma (1815), "A Abadia de Northanger (1818)  e "Lady Susan" (1871) poderiam render. E como renderam bem. Ele inseriu vários personagens marcantes da autora em sua criação e conseguiu mesclá-los com outros novos perfis através um enredo bem construído e desenvolvido com habilidade, cuja maior qualidade foi o ritmo ágil. O telespectador não podia se dar ao luxo de perder um ou dois capítulos na semana.

A trama esteve recheada de personagens carismáticos e casais apaixonantes. Aliás, nunca antes um folhetim conseguiu apresentar tantos romances encantadores juntos. Não faltou par para "shippar" e Berstein fez questão de destacar cada um através ciclos que se abriam e fechavam dentro do enredo. Tanto que foram vários casamentos realizados bem antes das últimas semanas de novela. E, quase sempre, quando há casório na ficção antes do final é porque haverá alguma desgraça ao longo dos meses. Não foi o caso da trama das seis.

sábado, 22 de setembro de 2018

Irmãs Benedito foram defendidas por um quinteto de talento em "Orgulho e Paixão"

O elenco de "Orgulho e Paixão" foi bem escalado e quase todos os intérpretes tiveram chance de destaque. Mas o time feminino se mostrou impecável. Não teve uma atriz sequer que deixou a desejar ao longo da trama. Todas convenceram. E o quinteto central do enredo se mostrou um dos maiores êxitos do autor Marcos Berstein e do diretor Fred Mayrink, que escolheram nomes perfeitos para os perfis da família Benedito. Todas jovens talentos: Pâmela Tomé, Bruna Griphao, Nathalia Dill, Anaju Dorigon e Chandelly Braz.


Jane, Lídia, Elisabeta, Cecília e Mariana foram tipos que conseguiram conquistar o público com facilidade graças ao bom conjunto em torno da construção habilidosa do escritor e da interpretação das atrizes, que aproveitaram muito bem as oportunidades do roteiro. Carismáticas e corajosas, as personagens honraram o núcleo principal da trama e todas tiveram chance de um ótimo destaque ao longo dos meses. Claro que Elisabeta teve mais por representar a mocinha, mas as outras não foram subaproveitadas. Houve um esquema de rodízio desenvolvido com competência.

E todas tiveram suas peculiaridades, até mesmo na vestimenta. A preocupação da equipe de figurino em cima da cor preferencial de cada uma se tornou evidente, imprimindo um tom lúdico bem-vindo em uma novela solar e açucarada. Pareciam bonecas. Jane adotava tons azulados claros, Lídia um rosa mais patricinha, Elisabeta um vermelho/vinho poderoso, Cecília um verde limão e Mariana tons alaranjados.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Com a triste morte do Barão, Ary Fontoura fechou sua participação lindamente em "Orgulho e Paixão"

A presença de Ary Fontoura em "Orgulho e Paixão" foi luxuosa. O ator ficaria apenas nos primeiros meses de novela, pois o arrogante Barão de Ouro Verde morreria por volta do capítulo 40. Porém, o personagem fez um grande sucesso e Marcos Berstein mudou de ideia. Resolveu mantê-lo na trama até o final, alegrando o público através de cenas ótimas de pura rabugice de um homem falido que não tinha perdido a pose. Suas cenas com Rodrigo Simas (Ernesto), Agatha Moreira (Ema), Gabriela Duarte (Julieta) e Marcelo Faria (Aurélio) eram sempre merecedoras de elogios. Mas o autor fez questão de manter a morte do personagem na última semana de folhetim.


E Berstein reservou uma série de sequências que valorizaram o veterano e aproveitaram toda a capacidade dramática de Ary, que não era vista há um bom tempo, após uma série de perfis mais voltados para a comicidade nos últimos anos. Barão, parecendo que já sabia de sua partida, fez questão de se entender com todas as pessoas que amou. Declarou seu amor ao filho, Aurélio, e se emocionou com o casamento do herdeiro com Julieta. Ary e Marcelo Faria se destacaram com um momento lindo de ser ver.

Durante o Baile de Máscaras promovidos pelos noivos, o personagem resolveu se aproximar da filha, Tenória (Priscila Marinho), e pediu perdão pelo tempo que não tiveram juntos. Pela primeira vez, os dois deram um abraço bonito e selaram a paz. Mais um instante de pura emoção protagonizado pelo ator. O capítulo desta quinta-feira (20/09), por sinal, foi todo dele.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

"Espelho da Vida": o que esperar da próxima novela das seis?

O desafio da próxima novela das seis da Globo será dos maiores: substituir uma trama que caiu nas graças do público e da crítica com um enredo apaixonante, baseado em vários sucessos da escritora Jane Austen. São linguagens totalmente distintas. Sai de cena "Orgulho e Paixão", um folhetim solar e repleto de tipos sonhadores, e entra em seu lugar um enredo mais misterioso, em torno de vidas passadas. Sim, a autora é Elizabeth Jhin, que não esconde seu fascínio pelo tema do espiritismo e reencarnações.


Após explorar a temática na boa "Escrito nas Estrelas" (2010), na equivocada "Amor Eterno Amor" (2012) e na primorosa "Além do Tempo" (2015), a escritora vai repetir a investida em "Espelho da Vida", trama que estreia em 25 de setembro, próxima terça-feira. A premissa da nova novela, por sinal, é bastante parecida com a da última história de Elizabeth. Incluindo até a personalidade dos quatro personagens principais. A maior diferença é a divisão de fases. A anterior teve uma emblemática passagem de tempo de 150 anos, com todos os personagens reencarnados. A nova já começará, digamos, na segunda fase, que terá constantes intervenções de flashbacks de vidas passadas.

Cris Valência ---- Vitória Strada vivendo seu segundo papel na televisão e sua segunda mocinha, após "Tempo de Amar" ---- terá a sensação de estar passando pela mesma situação novamente assim que pisar em Rosa Branca, fictícia cidade de Minas Gerais, onde nasceu seu namorado Alain Dutra (João Vicente de Castro). É na localidade mineira que o rapaz vai filmar seu longa-metragem, que terá Cris como Júlia Castelo, a protagonista do filme.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Nathalia Dill viveu sua melhor mocinha em "Orgulho e Paixão"

Interpretar uma heroína de folhetim não é uma tarefa simples. Embora vários autores estejam se esforçando para construir mocinhas ativas nos últimos anos, esse tipo de perfil exige um cuidado redobrado para não irritar ou cansar o público. E, claro, a interpretação da atriz é vital para o bom resultado final. Nathalia Dill, por exemplo, já pode ser considerada uma especialista no assunto. Está interpretando sua quinta mocinha em "Orgulho e Paixão". Além do risco de ficar estigmatizada, tinha chances de cair na repetição. Mas nada disso aconteceu.


Pelo contrário. A atriz teve a sorte de ganhar um perfil muito bem construído por Marcos Berstein, inspirado na personagem homônima do romance "Orgulho e Preconceito", da escritora inglesa Jane Austen. Elisabeta Benedito é uma protagonista ativa, à frente do seu tempo (licença poética bastante válida, levando em conta o ano que se passa o enredo: 1910), corajosa, leal aos seus amigos e enfrenta seus inimigos de igual para igual. Embora reúna características que até poderiam resultar em um ar de superioridade, a filha mais velha de Ofélia (Vera Holtz) esbanja simpatia.

Nathalia Dill sempre esteve muito à vontade no papel e desde a estreia da novela vem protagonizando várias cenas merecedoras de elogios, tanto dramáticas quanto cômicas. Sua química com Thiago Lacerda (Darcy Williamson) é perceptível e sua sintonia com Agatha Moreira (Ema), Pâmela Tomé (Jane), Anaju Dorigon (Cecília), Chandelly Braz (Mariana) e Bruna Griphao (Lídia) resulta em sequências sempre delicadas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

"Popstar" estreia segunda temporada promissora e tem tudo para se firmar na grade da Globo

A primeira temporada do "Popstar" estreou ano passado e a Globo "deu um tiro no escuro". Com o cancelamento do interessante "Superstar", em virtude da baixa audiência, a emissora resolveu usar o formato do antigo programa (que lançava bandas) em uma nova atração com famosos cantando no mesmo palco e sendo avaliados por um juri repleto de estrelas. Não havia a menor ideia se daria certo. Mas deu. Embora o clima de Karaokê tenha marcado presença, o programa funcionou como um despretensioso entretenimento nas tardes de domingo. Então, a segunda temporada foi confirmada em 2017 e estreou neste domingo (16/09) com um novo time de famosos.


A maior mudança foi na apresentação. Fernanda Lima, envolvida em mais uma temporada do "Amor & Sexo", saiu de cena e foi substituída por Taís Araújo, estreando na função de apresentadora de programa de auditório. A atriz se saiu muito bem e não escondeu a emoção em várias apresentações. Nem parecia uma primeira experiência. Já Tiago Abravanel seguiu avulso, sendo o responsável por ler comentários sobre o formato e tendo pouca relevância ---- algo parecido com o que ocorre com Mariana Rios no "The Voice Brasil".

A escolha dos candidatos se mostrou bem interessante e quase todos os selecionados têm uma ótima voz. Jeniffer Nascimento, Lua Blanco, João Côrtes, Jonathan Azevedo, Malu Rodrigues, Renata Capucci, Carol Trendini, Sérgio Guizé, Fafy Siqueira e Samantha Schmutz foram os que mais se sobressaíram, demonstrando potencial para uma longa jornada na competição.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

"Orgulho e Paixão" tem lindos casais para todos os gostos

A atual novela das seis da Globo, infelizmente já na reta final, é encantadora. Mescla drama e humor de forma despretensiosa, apresenta uma história que atrai pela simplicidade e seus personagens se mostram muito bem delineados pelo autor. O fato de ser um enredo de época, ambientado em 1910, imprime um charme a mais ao folhetim e são vários os acertos da obra de Marcos Berstein, baseada em vários sucessos da escritora inglesa Jane Austen. Mas o principal trunfo é a elevada quantidade de bons pares românticos. Tem romance para todos os gostos.


Os mocinhos, por exemplo, são inteligentes e dificilmente são feitos de bobos pelos vilões por muito tempo. Darcy e Elisabeta vem sendo defendidos com competência por Thiago Lacerda e Nathalia Dill, que honram o protagonismo e apresentam uma boa sintonia. Os conhecidos perfis são do livro "Orgulho e Preconceito", de Jane, cuja maior referência até então havia sido no filme homônimo exibido em 2005, protagonizado por Keira Knightley e Matthew Macfadyen. Marcos e o diretor Fred Mayrink, entretanto, suavizaram Darcy, diminuindo a sisudez do rapaz, evitando uma possível rejeição do público noveleiro. Funcionou.

Errar no casal central é um dos muitos medos dos autores, mas Marcos Berstein não se contentou só em acertar com seus protagonistas. Se preocupou também com os demais e conseguiu criar pares tão encantadores quanto o principal. Jane (Pâmela Tomé) e Camilo (Maurício Destri), por exemplo, encabeçam outra deliciosa relação, porém, mais voltada para os clássicos da Disney.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

"Super Chef Celebridades" segue atrativo, mas votação popular prejudica o formato

A sétima temporada do "Super Chef Celebridades" estreou no dia 20 de agosto e o formato segue proporcionando para o público ótimos momentos, mesclando dicas importantes sobre cozinha com uma divertida disputa culinária. São três semanas no ar com várias provas gastronômicas, muitos Workshops e comentários bem-humorados de Ana Maria Braga e Louro José (Tom Veiga) a respeito do desempenho dos participantes.


O time de 2018, inclusive, foi muito bem selecionado. Rainer Cadete, Rafael Cortez, Raul Gazolla, Carla Diaz, Daiane dos Santos, Françoise Forton, Maria Joana e Rafael Zulu foram os escolhidos e todos se mostraram empenhados em aprender ao longo da competição. O fato do quadro estar há seis anos no ar implica, por sinal, em uma maior facilidade na escalação de artistas mais 'famosos' para o reality. No início, naturalmente, era mais complicado levar uma atriz como a Françoise, por exemplo.

O simpático Roland Villard seguiu como chef fixo do juri e novamente se destacou com bons comentários a respeito dos pratos de cada um  dos avaliados. As provas também primaram pelos desafios criativos e complicados para os participantes, que muitas vezes se viram em situações nada tranquilas diante do tempo.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Mocinhos burros e passivos irritam em "Segundo Sol"

Não é fácil construir mocinhos de novela, ainda mais com um público cada vez mais exigente. "Orgulho e Paixão" e "O Tempo Não Para" conseguiram passar com louvor nessa dura missão e as duas deliciosas novelas de sucesso da Globo estão com protagonistas ativos, carismáticos e que enfrentam os vilões sem qualquer receio. Já "Segundo Sol" foi reprovada. A trama de João Emanuel Carneiro falhou totalmente na missão de criar um casal que desperte torcida ou empatia.


Beto Falcão (Emílio Dantas) e Luzia Batista (Giovanna Antonelli) até pareciam perfis promissores no início da novela, mas logo viraram duas pessoas passivas, burras e covardes. O autor, por sinal, vendeu um folhetim protagonizado por um cantor de axé fracassado que forja sua própria morte e acaba virando um sucesso. Mas esse enredo não se sustentou nem por duas semanas. Logo foi engolido pela trama do roubo do filho da mocinha, praticado por Karola (Deborah Secco) e Laureta (Adriana Esteves), que arruinaram a vida da marisqueira.

O irônico é que as duas histórias se mostram limitadas e andam em círculos. Isso porque os personagens simplesmente não movem o roteiro. Nem mesmo as ditas vilãs. Os núcleos paralelos se mostram bem mais convidativos. Beto é um sujeito omisso e às vezes passa a impressão de não saber nem "em que novela está". Enganado por todos, o cantor seguiu casado com Karola mesmo depois de tudo o que Luzia contou sobre seu passado.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Cativantes, Miss Celine e Elmo formam um casal hilário em "O Tempo Não Para"

A atual novela das sete tem feito por merecer os elogios e o sucesso de audiência. "O Tempo Não Para" vem sendo conduzida com habilidade por Mário Teixeira, embora a direção de Leonardo Nogueira deixe a desejar em alguns momentos com cortes bruscos e cenas (publicadas antes pelo site GShow) que nem vão ao ar. A premissa da família de 1886 descongelada em 2018 vem rendendo bem até o momento. E um dos êxitos da trama tem sido o inusitado casal Miss Celine (Maria Eduarda de Carvalho) e Elmo (Felipe Simas).


O descongelamento da preceptora das irmãs menores de Marocas (Juliana Paiva) foi o mais diferente de todos: ela simplesmente se encantou com as novidades no novo século, ao contrário dos demais, que ficaram em choque a cada nova descoberta. E assim que a personagem entrou na história ficou claro que seria um dos destaques, valorizando o talento de Maria Eduarda. Não demorou para a letrada mulher conhecer o amigo atrapalhado de Samuca (Nicolas Prattes). Ele tentou salvá-la de um assalto, mas acabou espancado pelos ladrões. A partir de então os dois não se desgrudaram mais.

E aos poucos foram crescendo em cena, divertindo através das inúmeras diferenças. Miss Celine é refinada e seu vocabulário extenso, enquanto Elmo abusa das gírias e não apresenta um intelecto muito elevado. Tanto que os diálogos da dupla são os mais inspirados da novela, muitas vezes resultando em questionamentos imprevisíveis.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Eternizada como Odete Roitman, Beatriz Segall era uma atriz fantástica

Morreu nesta quarta-feira (05/06), aos 92 anos, Beatriz de Toledo Segall, uma das maiores atrizes do país. Intérprete da icônica Odete Roitman, vilã que entrou para a história da teledramaturgia, a profissional admirada por todos os colegas faleceu no hospital Albert Einsten, em São Paulo, onde estava internada por problemas respiratórios. Os últimos anos não foram fáceis, pois a atriz sofreu duas quedas: em 2013, tropeçou em pedras portuguesas e sofreu graves escoriações no Rio de Janeiro, e em 2015 se machucou com gravidade ao cair no palco durante a apresentação da peça "Nine - Um Musical Feliniano".


Foram mais de 70 anos dedicados aos palcos e à TV. Em 1950, estreou profissionalmente na peça "Manequim" e posteriormente integrou a companhia "Os Artistas Unidos". Em Paris, prosseguiu os seus estudos e conheceu Maurício Segall, filho do pintor judeu lituano Lasar Segall, com quem se casou em 1954 e teve três filhos, adotando o sobrenome que a marcou como atriz. Na época, por sinal, abandonou a carreira para cuidar da família e só retomou em 1964, na peça "Andorra".

Seu currículo teatral, inclusive, era vasto: "Marta Saré" (1968), "Hamlet" (1969), "A Longa Noite de Cristal" (1970), "Casamento de Fígaro" (1972), "Maflor (1977), "A Guerra Santa" (1993) "Três Mulheres Altas" (1995), "Estórias Roubadas" (2000), "Quarta-feira sem falta lá em casa" (2003) e "Conversando com a Mamãe" (2011) foram alguns espetáculos que contaram com seu talento.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Repletas de qualidades, "Orgulho e Paixão" e "O Tempo Não Para" honram suas respectivas faixas

A Globo vem enfrentando uma boa maré no quesito audiência com suas três novelas inéditas. O maior problema tem sido a reprise da ótima "Belíssima", com números bem abaixo do esperado, além de "Malhação - Vidas Brasileiras", que vem se mostrando um completo equívoco, fazendo por merecer os baixos índices. Porém, no quesito qualidade somada ao bom resultado com o público, "Orgulho e Paixão" e "O Tempo Não Para" são imbatíveis. Enquanto "Segundo Sol" vem em uma decrescente visível, falhando em vários aspectos de enredo e condução de personagens, as tramas das seis e das sete honram suas respectivas faixas.


A novela de Marcos Berstein, dirigida por Fred Mayrink, estreou em março e está a menos um mês de seu fim. A obra baseada em vários sucessos da escritora inglesa Jane Austen se mostrou um encanto logo no primeiro capítulo e impressiona como desde então nunca se perdeu. O autor vem conduzindo seu enredo com extrema precisão, movimentando os núcleos e promovendo ótimos conflitos ao longo dos meses. A produção não teve barriga (período onde nada de relevante ocorre) e consegue melhorar a cada novo acontecimento, emocionando e divertindo quem assiste.

Não há enrolação e os conflitos se resolvem rapidamente, sendo logo substituídos por novos dramas. Isso tudo sem perder a leveza e o romantismo. A grande quantidade de bons casais é um dos maiores trunfos do folhetim, assim como a presença de vilãs que provocam atrativas viradas no roteiro ---- vide as trapalhadas de Susana (Alessandra Negrini), a dissimulação de Josephine (Christine Fernandes) e a crueldade de Lady Margareth (Natália do Vale).