A história tem um mote totalmente diferente da produção passada. Saiu de cena um enredo leve, cômico e romântico, e entrou no lugar um roteiro repleto de mistério em torno da doce Cris Valência (Vitória Strada), talentosa atriz de teatro que se vê diante de seu enigmático passado quando começa a pesquisar sobre Júlia Castelo, uma mulher que foi assassinada em 1930, para interpretá-la em um filme. A personagem sente uma estranha sensação de já ter estado em vários locais por onde a falecida passou (a fictícia cidade de Rosa Branca, em Minas Gerais) e acaba descobrindo muito mais do que previa, precisando lidar com uma drástica mudança em sua vida.
A mocinha já começa o enredo namorando o cineasta Alain Dutra (João Vicente de Castro) e a situação foge do comum, pois o ''padrão" é justamente exibir o primeiro encontro, o nascimento do amor, enfim... Os dois chegam em Rosa Branca por causa do estado terminal de Vicente (Reginaldo Faria), avô do rapaz, que pede para vê-lo pela última vez.
O protagonista não queria voltar ao local em virtude do passado traumático com a ex-noiva, a perversa Isabel (Alinne Moraes), que o traiu com seu primo e melhor amigo.
As primeiras imagens do capítulo foram cenas de ação, parecendo até um filme da franquia Missão Impossível, protagonizadas por Mariane (Kéfera Buchmann). Logo depois, uma premiação luxuosa foi exibida, expondo o sucesso do longa e a consagração do cineasta Alain, que homenageou Cris diante de todos os presentes ---- entre eles Juliana Paes, José Loreto, Marcelo Faria e Ingrid Guimarães vivendo "eles mesmos" em rápidas participações. O clima de festa foi interrompido pela ligação de Margô (Irene Ravache), que chamou Alan para ver o avô. Vicente (Reginaldo Faria), em estado terminal, pediu para falar com o filho.
Aliás, Irene Ravache e Reginaldo Faria emocionaram nas cenas que tiveram juntos. Pena que o ator deixa a trama logo no segundo capítulo. Resta torcer para Irene ser tão valorizada pela autora quanto foi em "Além do Tempo", de 2015. Esse núcleo, inclusive, parece ser um dos mais promissores. Afinal, a grande vilã está nele. A primeira aparição de Isabel já destacou o talento de Alinne Moraes, que tem tudo para roubar a cena ao longo dos próximos meses. A frieza da personagem com a filha impressionou, assim como a sua constatação a respeito da breve morte de Vicente, a quem a menina chamou de avô. A sua obsessão por Alan também ficou evidente através do olhar maquiavélico na foto do ex ao lado de Cris.
O pesadelo da protagonista representou a essência da nova história. A mocinha adormeceu ao lado do namorado, após a festa e antes de visitar Rosa Branca, e belas imagens da personagem correndo desesperadamente despertaram curiosidade. Principalmente pelo trágico desfecho. Assim que chega em um descampado repleto de cavalos, Cris se depara com um homem em um cavalo branco. O que parecia um "príncipe encantado" é na verdade um assassino, que pega sua arma e atira no peito da mulher. Esse é o momento em que ela acorda. O sonho é a vida passada da atriz. Reencarnação de Júlia Castelo, Cris ganhará a missão de interpretá-la em um filme ainda sem imaginar que a sua nova personagem é sua vivência de 1930. O mistério em torno do assassino permeará a novela. E só por essas sequências já ficou claro que a escalação de Vitória Strada foi um acerto. Revelada como mocinha na monótona "Tempo de Amar", a intérprete está muito bem em seu novo trabalho e emocionou nas cenas de angústia da personagem.
"Espelho da Vida" teve uma estreia correta e sem muitos acontecimentos. A diferença de ritmo será sentida pelo público de "Orgulho e Paixão", mas, se Elizabeth Jhin souber conduzir sua nova história há boas chances de despertar atenção. A abertura delicada ao som de "Minha Vida", cantada pela maravilhosa Rita Lee, é belíssima e reflete bem o clima mais calmo do folhetim. A trilha sonora, por sinal, é merecedora de muitos elogios ----- "Always" (Gavin James), "Save Me Now" (Andrus Donalds), "Ain`t No Sunshine" (Bill Withers) e "Certas Coisas" (Milton Nascimento) são outros bons exemplos ----, assim como a linda fotografia do diretor Pedro Vasconcelos. A novela tem um ar elegante e o potencial do enredo agrada. Resta aguardar.
24 comentários:
Adorei a estréia, Sérgio. Queria chamar atenção para um detalhe sobre esse mistério "Quem atirou na Júlia Castelo?". Dando uma olhada no twitter, alguns mesmo q em tom de brincadeira, criaram a interessante teoria de que a personagem da Aline Moraes poderia ser a responsável pelo assassinato ocorrido, o que não pode ser considerado de um todo um absurdo. Como já disseram nos comentários, reencarnação não escolhe gênero (Por sinal, isso já foi retratado rapidamente no último capítulo de Alma Gêmea ao mostrarem as vidas passadas de Serena e Rafael). Sendo assim, pode ser que a Isabel seja a reencarnação de Danilo, mas aí só mesmo conferindo o desenrolar dessa história.
Só complementando o meu comentário acima, caso o personagem de Rafael Cardoso (Danilo) seja o assassino, a Isabel possa ser a reencarnação dele no presente.
Eu quase dormi....
Um tema interessante, mas deve ser bem trabalhado! abração,chica
Sérgio,me soa estranho a Globo tocar logo no início,as músicas da trilha internacional da novela.antigamente,ela só tocava as músicas internacionais da metade para o fim da novela.
Sérgio nunca sei de fato se gostei ou não de uma novela pelo primeiro capítulo rsrsrs Então vou assistir os próximos pra poder formar minha opinião.
Olá Sérgio tudo bem???
Ainda não assisti, estou terminando Orgulho e Paixão (assisto pelo globo play) mas estou ansiosa!!!
Beijinhos;
Débora.
https://derbymotta.blogspot.com/
Fiquei fascinado pelo talento da Alinne, sempre foi uma das minhas atrizes favoritas, mas a maneira como ela conseguiu imprimir a essência da Isbael com apenas um olhar foi assustador, muito talentosa, tô bem ansioso para ver o que a Isabel vai aprontar, tem cara de ser uma vilã daquelas, me lembrou a Flora de a favorita, se faz de boazinha, usando uma máscara o tempo todo quando na verdade é fria, calculista, egoísta e psicopata, espero que a personagem siga essa linha, tamos carecidos de boas vilãs no ar.
To ansiosa e curiosa. Sobre quem mata a mocinha em 1930, achei o perfil parecido com o Felipe Camargo, que na vida 2018 faz o pai de Cris Valencia kkkkkkk
Sérgio, a estreia foi ótima, sua crítica sobre o primeiro capítulo também. E mais uma coisa: Alain num é neto de Vicente não? Juro que ouvi ambos dizer que são avô e neto.
Olá Sérgio!!
Eu gostei da estreia. Achei o sonho da Cris com sua vida passada, como Júlia, o ponto alto do capítulo, com uma imagem bonita e angustiante ao mesmo tempo e o clima de mistério permeando a morte dela; concordo que tem tudo pra ser o melhor núcleo da novela.
Virei fã da Vitória Strada depois de Tempo de Amar e achei que ela começou muito bem nessa personagem; a cena em que Cris corre pelas ruas da cidade reconhecendo tudo foi arrepiante. Alinne Moraes também prometeu muito com sua personagem na única cena em que apareceu. Irene Ravache me emocionou nas cenas com Reginlado Faria (aliás, já tô torcendo pra que ele apareça em 1930 rs) e me fez rir na cena com Ana Lúcia Torre, também gosto muito dela.
E fiquei intrigada com o personagem do Emiliano Queiroz, que apareceu no segundo capítulo; acho que ele pode ser uma espécie de elo entre Júlia e Cris.
Agora é esperar pelos próximos capítulos.
No mais, é isso. Abraços!!
Tô achando essa novela morna e meio arrastada na primeira semana. Sei lá, acho que está rasa demais. Não tô sentindo muita profundidade nos personagens e na história.
Duvido mt, anonimo, pq o Rafael Cardoso estará na segunda fase tb.
Ele será acusado, anonimo, mas será acusado injustamente.
Ok, Heitor.
Sem duvida, Rejane.
Ja tem um tempo isso, Matheus.
Beleza, anonimo.
Então se prepare para o final lindo de Orgulho e Paixão, Debora.
Alinne é maravilhosa, anonimo. Uma atriz genial.
Será, chaconerrilla??
É sim, Unknown. O engraçado é que coloquei avô em um parágrafo e pai no outro. Já corrigi, obrigado.
Eu acho qque o Emiliano é filho da Julia Castelo, Germana. Aguardemos.
Entendo, anonimo.
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