sábado, 31 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os destaques do ano

A última retrospectiva do blog, como já virou costume, é sobre tudo o que se destacou ao longo de 2016. Tivemos duas novelas (uma das seis e outra das sete) que foram fenômenos de audiência e repercussão, duas minisséries primorosas, uma participante que virou a protagonista do "BBB", uma boa surpresa da teledramaturgia da Record, mais um acerto infantil do SBT, a transmissão impecável das Olimpíadas, enfim... Vários acertos que merecem ser listados e relembrados. Vamos a eles.





"Ligações Perigosas":
A minissérie da até então estreante Manuela Dias primou pelo capricho, tanto da produção de arte, quanto da direção de Vinícius Coimbra. A interpretação precisa do elenco brilhantemente escalado foi outro acerto, sendo necessário citar Selton Mello, Patrícia Pillar, Marjorie Estiano, Alice Wegmann, entre outros. A trama, baseada no clássico da literatura francesa "As Ligações Perigosas", de Chordelos de Laclos", foi a primeira grande produção da Globo em 2016. Foram 10 capítulos primorosos, repletos de cenas instigantes.






"Totalmente Demais":
A novela de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida por Luiz Henrique Rios, foi um fenômeno de audiência e repercussão. Chegando a marcar 33 pontos de audiência na reta final, a novela atingiu índices que o horário não alcançava desde "Cheias de Charme". Os autores emplacaram o terceiro sucesso seguido, após o êxito das temporadas "Intensa" (2012) e "Sonhos" (2014) de "Malhação". A trama da florista Eliza, do humilde Jonatas, da arrogante Carolina, do ambicioso Arthur e da atrapalhada Cassandra conquistou o público, destacando nomes como Marina Ruy Barbosa, Felipe Simas, Juliana Paes, Fábio Assunção, Juliana Paiva, entre tantos outros.



sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

Foram muitas grandes cenas ao longo de 2016. Portanto, isso implica em ótimas atuações, sendo mais do que necessário listar as melhores atrizes e atores do ano que está perto do seu fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas, minisséries e séries. Vamos a eles.


Melhores Atrizes:



1- Patrícia Pillar.
Um nome que engrandece qualquer produção. E não foi diferente em "Ligações Perigosas", primeira grande produção da Globo em 2016. A atriz se destacou na pele da ardilosa Isabel, figura que representava a manipulação e a sedução na minissérie de Manuela Dias. Sua parceria com Selton Mello foi maravilhosa e as cenas da personagem exigiam um toque de sarcasmo que Patrícia soube imprimir com maestria.





2- Selma Egrei.
O grande nome feminino de "Velho Chico". A atriz, veterana no teatro, mas com poucas participações na televisão, ganhou seu melhor papel na carreira na novela de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi. A amargurada Encarnação participou das suas fases da trama e chegou aos 100 anos, graças ao trabalho primoroso da equipe de caracterização. Selma brilhou em todos os momentos e mostrou o seu imenso talento ao longo dos meses. Foi um prazer vê-la em cena. Ela, por sinal, já ganhou dois prêmios merecidos: "Prêmio Extra" e "APCA".


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: as melhores cenas do ano

Mais um ano se passou e foram muitas cenas merecedoras de elogios exibidas ao longo de 12 meses. Vários atores se destacaram, protagonizando sequências repletas de drama, tensão e comicidade. Teve momento para todos os gostos e uma retrospectiva dessas grandiosas interpretações (incluindo, claro, direção e texto) merece ser feita. Vamos, então, relembrar tudo o que aconteceu de mais marcante na teledramaturgia em 2016.





Cena final do penhasco em "Além do Tempo":
Elizabeth Jhin foi muito feliz nessa sua novela e o último capítulo foi em grande estilo, reproduzindo a sequência mais marcante do final da primeira fase, mas com um desfecho diferente. Pedro (Emílio Dantas) matou Melissa (Paolla Oliveira) e os mocinhos Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) na vida passada, só que mais de cem anos depois foi ele quem pagou por tudo o que fez. Melissa matou o vilão com um tiro e se regenerou, salvando a vida dos até então inimigos, os retirando do precipício com a ajuda do anjo Ariel (Michel Melamed). A sequência ficou tão boa quanto a da primeira fase e os atores deram um show.




Mariana morre de tristeza em "Ligações Perigosas":
Após descobrir que Augusto (Selton Mello) era um galanteador e estava apenas a usando, Mariana começa a definhar. A religiosa que adorava a vida perdeu a alegria que tinha e mergulhou em uma profunda depressão, vivendo praticamente estática em uma cama. Apesar dos cuidados das freiras e de pessoas próximas, não conseguia mais comer e mal andava. Só tinha força para chorar. No final, se entregou para a morte. A interpretação visceral de Marjorie Estiano impressionou e a atriz mais uma vez mostrou a grande atriz que é. Foi impossível não ter se emocionado vendo a personagem naquele estado deplorável.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os melhores casais do ano

Os romances foram e sempre serão fundamentais em qualquer obra ficcional. Ter um ou mais casais para torcer é vital para o desenvolvimento de uma novela ou série. E em 2016 tivemos vários pares ótimos, implicando em muitos nomes de "shippers" (combinações de nomes de casal). Aliás, o termo "shippar" já entrou no vocabulário do brasileiro, o que só comprova a importância dos romances na ficção. Vamos, então, aos melhores pares do ano.





Romero e Atena ("A Regra do Jogo"):
O único casal atrativo da novela de João Emanuel Carneiro. Os bandidos que tinham um lado humano protagonizaram as melhores cenas da novela ao lado do divertido Ascânio (Tonico Pereira). Alexandre Nero e Giovanna Antonelli transbordaram química em "Salve Jorge", quando viveram Stênio e Helô, e repetiram a boa sintonia com Romero Rômulo e Francineide. O nome "Romena" se proliferou nas redes sociais e os personagens caíram no gosto do público, apesar dos vários problemas que a trama apresentou ao longo de sua exibição.




Mariana e Augusto ("Ligações Perigosas"):
A minissérie exibida em janeiro, escrita por Manuela Dias e baseada no romance de Choderlos de Laclos, foi primorosa e um dos acertos foi a relação intensa desse casal. O frio Augusto seduziu a religiosa Mariana com o intuito de vencer uma aposta, mas acabou se apaixonando perdidamente por ela, caindo na própria armadilha. Marjorie Estiano e Selton Mello protagonizaram grandes cenas, onde o drama e a química se fizeram presentes até o fim. A morte trágica dos personagens também merece menção, fechando o ciclo desse romance de uma forma sombria e muito triste.


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os piores do ano

Como já virou tradição no blog, a última semana do ano será voltada exclusivamente para as retrospectivas. A primeira foi sobre os artistas que nos deixaram e essa é sobre tudo de ruim que a televisão nos apresentou em 2016. Infelizmente, todas as emissoras estão inseridas na lista e tivemos novelas, séries e programas que pecaram em vários aspectos. É melhor citar os piores primeiro para depois priorizar apenas os produtos de qualidade que foram apresentados ao longo do ano. Vamos a eles.





Segunda temporada de "Os Dez Mandamentos":
Provando que não sabe lidar com o sucesso, a Record resolveu esticar tanto o fenômeno de audiência "Os Dez Mandamentos" que criou uma nova fase de 66 capítulos. Isso após já ter estendido a novela original, passando de 150 capítulos para 176. O resultado foi catastrófico. Além de ter prejudicado o final da trama (que ficou incompleto), a emissora exibiu uma segunda fase com bem menos recursos financeiros que a primeira. Ou seja, os efeitos toscos se fizeram presentes e a enrolação da história foi inevitável. Não havia mais nada de relevante para contar. E o mais constrangedor foi a caracterização do elenco idoso. Como os atores não foram substituídos, tiveram que envelhecer todos e ficou ridículo. Ver nomes como Guilherme Winter, Gisele Itiê e Marcela Barrozo (que nem 30 anos tem) com rugas artificiais e fazendo voz de velhinhos foi triste. É preciso citar ainda o talco branco jogado nas perucas, deixando o conjunto ainda mais vergonhoso. A emissora poderia ter terminado no auge e colhendo elogios, mas preferiu prejudicar a qualidade em virtude de uns números a mais na audiência.




"Sol Nascente":
Após uma trinca de ouro no horário das seis da Globo ("Sete Vidas", "Além do Tempo" e "Êta Mundo Bom!"), a emissora viu a qualidade da sua faixa cair bruscamente. A novela escrita por um acomodado Walther Negrão, além de Suzana Pires e Júlio Fisher, é uma das piores que a faixa já apresentou e apresenta um conjunto de equívocos. A trama é simplória, os personagens cansativos, o elenco equivocado em grande parte, os conflitos insossos e o ritmo arrastado. Apesar da audiência não ser considerada ruim para os parâmetros (embora tenha derrubado os índices expressivos da anterior), é um folhetim de repercussão nula e assim que acabar será completamente esquecido. Sem dúvida, é a pior novela de 2016 (e provavelmente será a de 2017, pois só acaba em abril).


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2016 não foi nada fácil. Aliás, foi um dos anos mais complicados para o Brasil. Além dos inúmeros problemas voltados para o meio político e economia do país, teve ainda a partida de muitas figuras queridas que deixaram o meio artístico mais vazio. Atores, diretores, jornalistas, enfim, foram várias perdas dolorosas ao longo do ano e vale a pena lembrar (e homenagear) todos os que faleceram.





Domingos Montagner (1962 - 2016):
A morte mais chocante do ano. O ator mais talentoso da sua geração brilhava protagonizando "Velho Chico", quando se afogou nas águas do Rio São Francisco no dia 15 de setembro, durante o intervalo das gravações. A novela estava em plena reta final e o elenco acabou tendo que contracenar com uma câmera representando o querido Santo dos Anjos. Ele nos deixou cedo demais e essa tragédia jamais será esquecida. Ainda tinha uma legião de personagens para interpretar e emocionar o público. Tinha apenas 54 anos. O sentimento de inconformismo ainda permanece vivo.




Umberto Magnani (1941 - 2016):
O grande ator faleceu em abril, aos 75 anos, e também estava no elenco de "Velho Chico". Interpretando com competência o afetuoso padre Romão, Umberto participou de toda a linda primeira fase da novela e também participaria da segunda. Mas não deu tempo. Logo nos primeiros capítulos da nova fase, ele sofreu um Acidente Vascular Encefálico e não resistiu. Deixou um legado de ótimos personagens e muita saudade no coração do telespectador.


sábado, 24 de dezembro de 2016

Feliz Natal!


Quero desejar aos leitores um Natal cheio de paz, saúde, luz e realizações. Agradeço a presença constante de todos no blog. Não só aqueles que comentam os textos, como também os que apenas leem as postagens. Esse espaço (bem simples, por sinal) não existiria sem vocês e foi criado exatamente para isso. Que o espírito natalino se mantenha vivo sempre, pois nunca precisamos tanto dele quanto agora. Felicidades a todos!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Mudanças no "The Voice Brasil" foram válidas, mas não surtiram efeito

A quinta temporada do "The Voice Brasil" estreou excepcionalmente em uma quarta-feira (05/10), a primeira de outubro, iniciando mais um ciclo de apresentações de novos talentos da música. O conjunto, após cinco anos, precisava urgentemente de novidades. E ficou perceptível a tentativa de alterações nesta edição. Os técnicos continuaram os mesmos ---- Cláudia Leitte, Lulu Santos e Carlinhos Brown seguem no time, além de Michel Teló que estreou na função em 2015 ----, mas as mudanças em relação aos anos anteriores ocorreram a partir da segunda fase da atração, que é justamente a mais atrativa: a das batalhas.


Ivete Sangalo virou a supertécnica, a novidade da edição. Ao invés de quatro assistentes (um para cada técnico), a etapa das batalhas teve a cantora como auxiliar geral. Ela foi a conselheira de todos, participando do 'treinamento' dos cantores. Essa alteração se deve, com toda certeza, ao imenso sucesso do "The Voice Kids", onde Ivete se destacou como técnica ao lado de Carlinhos, Victor e Leo. A novidade foi mais do que bem-vinda, até porque o formato está desgastado, principalmente pela permanência dos mesmos jurados por tanto tempo. Porém, não surtiu efeito.

Ao contrário do que se esperava, Ivete não esteve no palco junto dos técnicos participando das avaliações. Ela apenas aparecia rapidamente na hora em que os candidatos ensaiavam. E foi só. Ou seja, além de ter sido uma espécie de propaganda enganosa, a cantora de 'supertécnica' não tinha nada.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Amanda de Godoi e Laryssa Ayres ganharam uma oportunidade melhor em "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz"

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" quebrou um padrão que já tinha ficado estabelecido no seriado adolescente desde 2008: a migração de alguns personagens de uma temporada para a outra. Isso foi extinto no ano citado, iniciando do zero a nova fase, fechando completamente o ciclo da antiga. Até mesmo os autores mudavam, assim como diretores, equipe, enfim, tudo. Agora nada foi assim. Optaram pelo resgate do que ocorria anos atrás: alguns perfis da fraca "Malhação - seu lugar no mundo" foram mantidos e o autor é o mesmo: Emanuel Jacobina. A situação rendeu erros e um acerto. O êxito está justamente na permanência de Jéssica (Laryssa Ayres) e Nanda (Amanda de Godoi).


As personagens já se sobressaíam na temporada passada, mas Jacobina não soube desenvolver o enredo delas (e nem a trama toda, diga-se). Nanda ainda teve um bom destaque inicial, formando o melhor casal da história ao lado de Filipe (Francisco Vitti). Já Jéssica sempre ficou avulsa, servindo de escada para os demais perfis, subaproveitando o talento da intérprete. E após alguns meses de trama, até mesmo a Nanda perdeu a função juntamente de seu namorado, só ganhando destaque na reta final, quando o rapaz morreu em um gratuito (e mal realizado) acidente de moto. As últimas semanas evidenciaram o imenso sofrimento da menina, destacando a entrega da atriz. 

Agora, em "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz", as duas ganharam importância desde o início da história. Principalmente Jéssica, que ficou em segundo plano na temporada passada. Um dos graves erros, por sinal, era a ausência de uma família para poder explorar mais o perfil. O autor criou uma irmã mais nova para ela (Martinha - Malu Pizzatto), cuja atriz escolhida é bastante semelhante fisicamente, inclusive.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

"A Cara do Pai" tem uma proposta honesta

Estreou no último domingo (dia 18/12), após uma semana de adiamento em virtude da tragédia envolvendo o voo do time da Chapecoense, "A Cara do Pai" ---- indo ao ar logo depois do "Esquenta!". A série foi idealizada por Paulo Cursino e escrita por Daniel Adjafre, com direção de Fabrício Mamberti. A produção marca a volta de Leandro Hassum à tevê depois de ter emagrecido mais de 65 quilos (isso porque em "Chapa Quente" ele ainda estava no processo de emagrecimento). O ator e Mel Maia são os protagonistas e a trama se mostra harmoniosa em cima do tema proposto.


A série conta a história de Théo, um comediante sem prestígio que ganha a vida fazendo stand-up comedy contando a sua rotina com a filha, a esperta Duda, que tem 10 anos. Assim que se divorciou de Silvia (Alessandra Maestrini), o personagem iniciou uma verdadeira saga ao lado da filha, fazendo de tudo para provar a todos (e até a si mesmo) que é um ótimo pai. Entretanto, as suas tentativas sempre resultam em momentos de puro constrangimento, expondo a sua total imaturidade e a vergonha de Duda, que se mostra mais madura que ele.

Além dos três personagens citados, a série conta com mais alguns, como Joana (Cristina Pompeo), a ex-namorada e atual vizinha de Théo, que criou sozinha a sua filha única, Alice (Pietra Hassum) ---- uma típica 'it-girl' e melhor amiga de Duda, sendo uma fonte de inspiração da menina.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

"Sete Vidas", "Além do Tempo" e "Êta Mundo Bom!" formaram uma trinca de ouro no horário das seis

A faixa das seis da Globo apresentou uma boa sequência de novelas, começando no início de março de 2015 e chegando ao fim em agosto deste ano. Uma novela impecável foi substituída à altura e a substituta cedeu lugar à outra tão boa quanto. Ou seja, três folhetins da melhor qualidade e que presentearam o público com histórias repletas de atrativos. As produções são "Sete Vidas", "Além do Tempo" e "Êta Mundo Bom!", escritas por Lícia Manzo, Elizabeth Jhin e Walcyr Carrasco, respectivamente.


As novelas não apresentam semelhança alguma no quesito história, entretanto, as similaridades se dão justamente através de pontos fundamentais de um bom folhetim: elenco bem escalado, trilha sonora primorosa, personagens construídos com competência, dramas envolventes, conflitos convidativos e bom ritmo. As três tramas enriqueceram o horário das seis, cada um a seu modo. Para completar o conjunto harmonioso, todas representaram um crescimento de audiência na faixa, expondo o interesse do telespectador.

"Sete Vidas" elevou em dois pontos a média do horário, obtendo 19,4 no salgo geral, revertendo uma queda que parecia inevitável. Lícia Manzo conseguiu emocionar o público mais uma vez, após já ter atingido o objetivo com sua primeira novela, exibida em 2011: a inesquecível "A Vida da Gente".

domingo, 18 de dezembro de 2016

As justiças e as injustiças do "Melhores do Ano" de 2016

A vigésima primeira edição do "Melhores do Ano" foi ao ar neste domingo, dia 18 de dezembro. Repetindo o que ocorre em todos os anos, a premiação comandada por Faustão foi uma grande confraternização do elenco da Globo e o evento contou com algumas indicações justas, alguns esquecimentos graves e vencedores que fizeram jus ao troféu na maioria das categorias. A edição de 2016, por sinal, contou com uma nova categoria (Melhor Personagem) com o claro intuito de corrigir injustiças frequentes envolvendo atores veteranos, muitas vezes esquecidos vergonhosamente.


Foi o programa mais longo do ano, começando às 17h30 e terminando às 21h25. Quase quatro horas de premiação. Foi uma bonita festa. A categoria de Melhor Ator ou Atriz Mirim contou com JP Rufino (que convenceu como Pirulito em "Êta Mundo Bom!", se consagrando vencedor), Mel Maia (que fez a primeira fase de "Liberdade, Liberdade") e Gabriel Palhares (que deu um show como Caju em "Liberdade, Liberdade"). Gabriel era o mais merecedor e Mel, embora seja um poço de talento, não merecia a indicação pois participou apenas de um capítulo. Xande Valois (Claudinho de "Êta Mundo Bom!"), Tobias Carrieres (Jesus de "Justiça") e Giovanna Rispoli (Jojô de "Totalmente Demais") mereciam a vaga dela.

Em Atriz Revelação houve um merecimento triplo. As três indicadas tiveram ótimos desempenhos em sua respectivas produções. Amanda de Godoi surpreendeu como Nanda na fraca "Malhação - seu lugar no mundo", Giullia Buscacio emocionou com a sua Olívia em "Velho Chico" e Lucy Alves deu um verdadeiro show na pele da complexa Luzia em "Velho Chico", ganhando importância de veterana.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

As madrugadas não serão as mesmas sem o "Programa do Jô"

Nesta sexta, dia 16, o "Programa do Jô" saiu da grade da Globo definitivamente. A atração estreou na emissora em abril de 2000, ou seja, ficou 16 anos no ar. Um tempo respeitável. Porém, Jô já havia comandado por 11 anos o "Jô Soares Onze e Meia", no SBT, entre agosto de 1988 e dezembro de 1999. Portanto, juntando os dois períodos da carreira, o apresentador fez parte das madrugadas do telespectador por 27 anos. Foram 5.600 programas e 14.426 entrevistas somando todo esse período. Analisando essa vitoriosa trajetória, é impossível não se indignar com a estupidez da Globo em acabar com um programa tão icônico.


Jô foi o pioneiro no formato popularmente conhecido como "talk-show", engrandecendo a televisão brasileira com um produto que fazia (e ainda faz) muito sucesso no exterior. Mas, claro, a atração nunca foi uma mera cópia. Havia a identidade do apresentador, que ainda contava com um quinteto de talentosos músicos, que posteriormente viraria um sexteto. Humorista nato, Jô sempre contava piadas e fazia introduções bem-humoradas em todo programa, usando com talento a sua trupe musical como escada. A intimidade deles fazia diferença nas interações, dando um charme à parte e criando um clima confortável de família.

Até mesmo durante as entrevistas, Jô costumava pedir a opinião de alguns dos integrantes da banda, principalmente Derico, um dos mais sacaneados por ele. E a gargalhada contagiante de Bira virou uma das maiores marcas da atração, assim como os clipes musicais que faziam para divulgar o e-mail do programa.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Dayse venceu o "MasterChef Profissionais" e o machismo

Nesta terça (13/12), foi ao ar a final do "MasterChef Profissionais". Após três meses de mais uma temporada do maior sucesso sucesso da Band, o público finalmente conheceu o vencedor do reality culinário, cujo nome foi anunciado depois da uma da manhã. Dayse foi a merecida vencedora e o seu triunfo lavou a alma de grande parte do público, coroando a vitória da competente participante em cima dos adversários que sempre a subestimaram e consagrando a derrota do machismo.


Isso porque o machismo entrou em voga quando a participante começou a ser constantemente menosprezada principalmente por Marcelo, Ivo e Dário. Ao longo do primeiro mês, a disputa seguiu normalmente, havendo muita rivalidade e competitividade, o que é plenamente normal nesse tipo de programa. Foi assim nas três temporadas do "MasterChef" 'amador' e se manteve no 'Profissionais', embora com uma guerra de egos bem maior. Entretanto, à medida que as semanas se passavam e o número de competidores diminuía, o clima foi pesando, atingido quase sempre Dayse.

A disputa pessoal da competidora com Ivo, seu ex-chef (ela chegou a trabalhar com ele em um restaurante), rendia várias discussões e o machismo do cozinheiro chegou ao ápice quando o mesmo mandou Dayse varrer o chão depois que a companheira de grupo reclamou da ausência de tarefas na reta final da prova de imunidade.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

"Rock Story" vem se mostrando uma agradável surpresa

A atual novela das sete estreou no dia 9 de novembro, ou seja, está há pouco mais de um mês no ar. E a trama da estreante Maria Helena Nascimento vem agradando bastante. "Rock Story" reúne elementos de um delicioso folhetim, ao mesmo tempo que foge das características das últimas produções da faixa. Afinal, a história não tem muito humor, não há excesso de cores ou casais adolescentes em posições de destaque e seu protagonista é um roqueiro falido quarentão. Para culminar, como o próprio título comprova, a trilha é composta por rock e pop.


A ousadia da autora é muito válida, mas vale ressaltar que não há nada de errado em ter personagens jovens protagonistas ou apresentar a comédia contrabalançando o drama. Afinal, o fenômeno "Totalmente Demais" foi um dos maiores acertos de 2016, reunindo um conjunto impecável que arrebatou o público. Já "I Love Paraisópolis" foi péssima e "Haja Coração" começou promissora, mas se perdeu por completo. Portanto, repetir fórmulas nem sempre dá certo, assim como fugir do comum pode ser um grave erro.

No caso da atual trama, houve uma nova proposta, cujo maior objetivo é mesclar a música com a dramaturgia, tendo uma premissa semelhante ao sucesso "Cheias de Charme", mas deixando de lado o tom caricato e carnavalesco da obra atualmente reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo". Em "Rock Story há um tom mais 'sombrio', principalmente em torno do protagonista, que representa a figura de um ídolo que viu tudo o que conquistou escorrer pelos seus dedos.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Felipe Simas e Sophia Abrahão elevaram o nível da "Dança dos Famosos" de 2016

A décima terceira temporada da "Dança dos Famosos" estreou no dia 28 de agosto e chegou ao fim neste domingo, dia 11 de dezembro. A competição deveria acabar no dia 18, mas a final foi antecipada em virtude do adiamento da última rodada do campeonato brasileiro ---- por causa da tragédia que abalou o país, envolvendo a queda do avião que levava o time da Chapecoense. A alteração fez com que a última rodada contasse com três casais, ao invés de dois previstos inicialmente. E a disputa de 2016 teve um diferencial, comparada aos anos anteriores: o nível de igualdade de dois participantes: Sophia Abrahão e Felipe Simas.


Os dois se mostraram dançarinos natos desde a primeira rodada. Tanto que viraram favoritos logo na primeira apresentação, quando ainda havia a divisão de grupo feminino e grupo masculino. Ela era a melhor das mulheres e ele o melhor dos homens. Além dos dois, participaram Solange Couto, Marcelinho, Nego do Borel, Rainer Cadete, Brenno Leone, Leona Cavalli, Valesca, Lisandra Souto, Letícia Lima e Sidney Magal. Nenhum deles conseguiu chegar perto da dupla, que parecia até profissional, sem exagero. Ficava claro que neste ano duas competições ocorriam separadamente: Sophia e Felipe disputavam entre eles e os demais faziam um enfrentamento paralelo pelo terceiro lugar.

E foi isso mesmo que aconteceu, sem maiores surpresas. O agraciado pela terceira posição foi Rainer Cadete, que se mostrou um bom competidor, conseguindo com méritos a vaga na final. Mas, como já era previsto, ele foi figurante na última rodada. Sophia Abrahão e Felipe Simas tiveram o placar zerado, como sempre ocorre, mas mesmo se mantivessem as colocações nada mudaria simplesmente porque ambos estavam rigorosamente empatados em primeiro lugar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

"Nada Será Como Antes" foi uma grande decepção

A série escrita por Guel Arraes, João Falcão e Jorge Furtado estreou no dia 27 de setembro esbanjando capricho e iniciando uma promissora trama sobre a história da televisão no Brasil. O nascimento da fictícia TV Guanabara e tudo o que a criação desse tão importante veículo representava na vida do público engrandeciam o enredo, mesclando fantasia e realidade através de uma deliciosa metalinguagem. Entretanto, ao longo dos episódios, a premissa da produção foi se diluindo, cedendo espaço para as idas e vindas do casal protagonista Saulo (Murilo Benício) e Verônica (Débora Falabella), além de umas sequências eróticas envolvendo Beatriz (Bruna Marquezine).


O principal diferencial da série foi jogado fora ao longo de sua exibição. Os primeiros episódios foram convidativos justamente porque focaram no surgimento da tevê e nas desconfianças que o novo veículo provocava, levando em consideração a sobrevivência do rádio. Aliás, o trabalho minucioso da equipe merece um destaque à parte, reproduzindo com perfeição os estúdios, figurinos, equipamentos e as câmeras da década de 50. A direção de José Luiz Villamarim sempre engrandece qualquer produto e não foi diferente agora, assim como a brilhante fotografia de Walter Carvalho. O elenco se destacava, principalmente Débora Falabella e Murilo Benício, em torno da elaboração do fictício folhetim "Anna Karenina", enfim. Todo esse conjunto é merecedor de reconhecimento, fazendo valer a premissa do seriado.

Porém, os dramas dos personagens se mostraram limitados desde o início. E a série decaiu justamente porque passou a focar somente nisso, esquecendo todo o contexto que a cercava. Os conflituados bastidores das telenovelas, a guerra de egos, o difícil mercado do patrocínio, a disputa por audiência, o preconceito que atores negros enfrentavam na hora de ganhar papéis, o medo do galã do folhetim ter a sua homossexualidade exposta, entre tantos outros temas inicialmente abordados no seriado, foram se apequenando para focar principalmente no relacionamento de Saulo e Verônica, deixando algumas outras cenas para o triângulo raso composto por Beatriz, Otaviano (Daniel de Oliveira) e Júlia (Letícia Colin).

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" prova que Emanuel Jacobina perdeu a habilidade de conduzir bem um roteiro

Que "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" é melhor que a temporada passada não há dúvidas. O enredo central é muito melhor estruturado, apresentando desdobramentos que despertam interesse do público, além de ter uma vilã bem construída. Entretanto, uma semelhança começou a surgir ao longo da trama, lembrando os equívocos observados em "Malhação - seu lugar no mundo": a perda de rumo da história. Infelizmente, Emanuel Jacobina vem comprovando que perdeu a habilidade de encaminhar com competência um roteiro.


A nova temporada começou de forma promissora e os únicos defeitos eram justamente frutos do resquício da fase passada: o núcleo do colégio Dom Fernão (completamente avulso) e o desnecessário casal Krica (Cynthia Senek) e Cleiton (Nego do Borel) ---- Nanda (Amanda de Godoi) e Jéssica (Laryssa Ayres) foram as exceções, pois ganharam um bom destaque através de novas tramas. Mas atualmente até mesmo o novo enredo vem apresentando falhas, principalmente em torno das mudanças forçadas criadas pelo autor, sem o mínimo de lógica, abusando da inteligência do telespectador.

Joana (Aline Dias), por exemplo, veio do Ceará atrás de uma melhor condição de vida no Rio de Janeiro e em busca do pai, até então um desconhecido. Conseguiu um emprego na academia Forma, cujo proprietário é justamente o seu pai, Ricardo (Marcos Pasquim).

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Entre honrosos vencedores, "APCA" reconhece o êxito de "Justiça"

Os vencedores da "APCA" (Associação Paulista de Críticos de Artes) foram anunciados na noite da última quarta-feira (30/11), na Sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Como sempre ocorre em todos os anos, foram vários segmentos, incluindo teatro, Literatura, Dança,Artes Visuais, Moda, Rádio, cinema e televisão. Foram sete categorias para eleger os melhores da TV e a justiça mais uma vez prevaleceu, pois os vitoriosos fizeram jus aos troféus através de grandes trabalhos ao longo de 2016, ainda que muitos dos derrotados também merecessem.


"Justiça" ganhou como Melhor Série/Minissérie e a vencedora não poderia ser outra. O enredo ousado de Manuela Dias, que interligava quatro histórias independentes ao longo de quatro capítulos por semana, foi primoroso e arrebatou o público. O sucesso foi merecido e o trabalho do elenco merece inúmeros aplausos, sendo necessário destacar Adriana Esteves, Jesuíta Barbosa, Débora Bloch, Antônio Calloni, Leandra Leal, Marjorie Estiano, Enrique Diaz, Drica Moraes, entre outros. Das concorrentes, só uma também fez jus ao troféu: "Ligações Perigosas", da mesma Manuela Dias, exibida em janeiro. Já "Supermax", "A Garota da Moto" e "Me Chama de Bruna" (da Fox), embora boas, não chegaram a merecer premiações.

Ainda em cima da excelente minissérie vencedora, José Luiz Villamarim ganhou como Melhor Diretor e com total mérito. Seu trabalho em "Justiça" confirmou mais uma vez a sua extrema competência, já vista em obras excepcionais como "O Canto da Sereia", "Amores Roubados" e "O Rebu".

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Destaque como Luciane em "A Lei do Amor", Grazi Massafera ganhou muito mais que um Emmy

A ex-Miss Paraná apareceu para o grande público na quinta edição do "Big Brother Brasil" (2005), conquistando uma imensa torcida na época. Acabou em segundo lugar, mas com frutos de campeã. Afinal, começou a cursar artes cênicas e estreou nas novelas em 2006, vivendo a interiorana Thelminha em "Páginas da Vida". Embora muito crua ainda, já dava para notar o seu potencial. Enfrentou muito preconceito ao longo de sua trajetória, inclusive de colegas da Globo, que a menosprezavam. Batalhou muito para provar o seu talento e ---- após seis novelas no currículo ----chegou ao auge em "Verdades Secretas" (2015), quando viveu a ex-modelo e drogada Larissa. Ganhou diversos prêmios por esse trabalho e ainda foi indicada ao Emmy Internacional. Agora brilha em "A Lei do Amor", interpretando a impagável Luciane. Essa batalhadora é Grazi Massafera.


A intérprete não ganhou o Emmy de Melhor Atriz, mas isso já era esperado, inclusive pela própria. A única surpresa foi a derrota da favorita Judi Dench para Christiane Paul. Entretanto, Grazi ganhou muito mais que um troféu. Ela não precisa mais provar nada para ninguém na profissão que escolheu. É uma ótima atriz. Sua atuação na trama de sucesso de Walcyr Carrasco impressionou pela total entrega, protagonizando cenas impactantes e que ficaram na memória do público e na história da teledramaturgia. A sequência em que Larissa se olha no espelho e chora copiosamente é apenas um dos muitos exemplos. Todos os prêmios nacionais que ganhou como Atriz Coadjuvante foram merecidos.

E confiando na capacidade de Grazi, Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari a escalaram para "A Lei do Amor", lhe presentando com um dos melhores perfis da atual trama das nove. Luciane roubou a cena assim que apareceu e desde então só tem crescido na história, se transformando em um dos trunfos do folhetim.