sábado, 30 de março de 2019

"Órfãos da Terra": o que esperar da próxima novela das seis?

A corajosa e emocionante novela de Elizabeth Jhin sobre vidas passadas e uma viagem temporal sairá de cena e terá como substituta uma trama sobre refugiados na Globo. Duas temáticas totalmente distintas. "Espelho da Vida" cederá o lugar para "Órfãos da Terra", folhetim que marca a volta de Duca Rachid e Thelma Guedes ao horário das seis, faixa que as consagrou com o fenômeno "Cordel Encantado"(2011), atualmente reprisado no "Vale a Pena Ver de Novo".


As autoras, vale lembrar, tiveram alguns percalços antes do retorno à tevê. Prevista inicialmente para ser uma novela das nove, a sinopse da dupla ---- com título de "O Homem Errado" ---- acabou reprovada por Silvio de Abreu (atual responsável pelo setor de teledramaturgia da emissora) para a faixa. Pouco tempo depois, as autoras escreveram a sinopse de "Filhos da Terra" e a trama acabou remanejada para o horário das 23h, que antes era destinada aos folhetins das onze que agora chamam de "supersérie". Todavia, também acabou cancelada. Quando o projeto parecia descartado de vez, Silvio o transferiu para as seis e trocou "Filhos" por "Órfãos".

E a história parece interessante. Duca e Thelma vão abordar a importante questão dos refugiados ---- vide a atual situação catastrófica da Venezuela, com vários imigrantes chegando ao Brasil por Rondônia, por exemplo ---- e a cultura árabe será explorada através do amor de Laila (Julia Dalavia) e Jamil (Renato Góes). O mocinho trabalha para o sheik Aziz Abdallah (Herson Capri) e acaba enviado para a América atrás de Laila, uma das esposas de seu patrão que fugiu.

sexta-feira, 29 de março de 2019

Momentos finais de "Espelho da Vida" emocionam e arrepiam telespectador

Outro texto sobre "Espelho da Vida"? Sim, é necessário. A dois capítulos de seu fim, a trama de Elizabeth Jhin tem impactado o público com uma avalanche de cenas de elevada carga dramática. A autora reservou realmente os melhores momentos para o final e quem esperou ansiosamente por tudo o que vem sendo apresentado não tem do que reclamar. Quem soube aguardar foi recompensado.


O antepenúltimo capítulo da novela parecia o último. Foram 40 minutos de tirar o fôlego de quem assistia. A grande mistério em torno do assassinato de Júlia Castelo (Vitória Strada) foi finalmente desvendado em uma sequência magistral, onde o elenco se entregou por completo e Pedro Vasconcelos demonstrou uma direção irretocável.

"Por ele vou viver e morrer até o fim dos dias". A frase de Júlia, lida tantas vezes em seu diário, já era um ''spoiler" a respeito da sua morte. O pesadelo de Américo (Felipe Camargo) no dia em que o picareta entrou na mansão em ruínas da falecida também já havia exposto o trágico final da bela flor colhida antes do tempo. Tensão, adrenalina e emoção nortearam a tão aguardada cena.

quinta-feira, 28 de março de 2019

Tudo sobre a coletiva de "Se Eu Fechar os Olhos Agora", nova minissérie da Globo

O saguão do Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, ganhou ares de anos 1960 na noite desta terça-feira, dia 26, para a coletiva de lançamento de "Se Eu Fechar os Olhos Agora", que estreia no dia 15 de abril na Globo ---- e já disponível no Now, serviço de streaming do canal a cabo Net, desde 2018. Estive presente e vou contar tudo sobre o evento.


Espalhadas em um painel, fotos das gravações davam o clima de suspense de alguns momentos mais marcantes da minissérie de dez capítulos escrita por Ricardo Linhares, com direção de Carlos Manga Jr., inspirada no livro homônimo de Edney Silvestre. Os convidados assistiram ao primeiro episódio da produção, que estará disponível na íntegra para os assinantes da Globo Play a partir do dia 8 de abril.

Antes da exibição, o autor e o diretor falaram sobre a realização do projeto. "O que me pegou no livro foi a amizade de Paulo (João Gabriel D`Aleluia/Milton Gonçalves) e Eduardo (Xande Valois). A história começa mais leve, inocente, e vai se tornando mais densa com o seu desenrolar. O tempo todo escrevi com muita emoção", revelou Linhares.

quarta-feira, 27 de março de 2019

"Espelho da Vida" presenteia público com grandes cenas em sua última semana

A última semana de "Espelho da Vida" vem proporcionando uma sucessão de cenas arrebatadoras e impactantes para o público. Elizabeth Jhin exibe uma reta final digna de um novelão da melhor qualidade. E o melhor: sem correria. São tantas sequências merecedoras de elogios que fica difícil citar todas (fora ainda as que estão por vir). Porém, algumas merecem uma menção especial por várias razões.


O momento mais aguardado da novela é o encontro de Daniel (Rafael Cardoso) e Cris (Vitória Strada), sem dúvida. Mas, outra cena também era muito esperada pelos telespectadores apaixonados pela obra tão bem escrita pela autora: o encontro de Margot (Irene Ravache) e seu neto. Após anos sofrendo pelo desaparecimento de seu filho, Pedro, e, posteriormente, com a descoberta de sua morte, a personagem finalmente ganhou a surpresa maravilhosa que tanto merecia. E a espera valeu muito a pena.

Encantada com o fato de Daniel ser a reencarnação de Danilo Breton, amor de Júlia Castelo, Margot fez questão de saber um pouco sobre as sensações que o rapaz sentia ao tocar nos objetos da falecida. Mas, ironicamente, acabou descobrindo que ele era filho de um homem cuja origem era desconhecida e que havia aparecido na Hungria chamando pela mãe. Já certa de que Daniel era seu neto, a viúva perguntou o nome do pai do fotógrafo, que respondeu Pedro.

terça-feira, 26 de março de 2019

Elizabeth Jhin construiu o amor infinito dos mocinhos de forma magistral em "Espelho da Vida"

A atual novela das seis está em sua última semana, infelizmente. "Espelho da Vida" demorou a engrenar, mas Elizabeth Jhin conseguiu elaborar um enredo emocionante e bem entrelaçado. A história do amor infinito de Júlia Castelo (Vitória Strada) e Danilo Breton (Rafael Cardoso) foi contada aos poucos e de forma inovadora: através de viagens no tempo da protagonista Cris, reencarnação da mulher assassinada cruelmente em 1930. E essa construção minuciosa da autora foi vital para a expectativa tão alta pelo encontro dos personagens no presente.


É a primeira vez na história da teledramaturgia que o mocinho e a mocinha só se encontrarão na reta final de uma novela (mais precisamente no penúltimo capítulo). O clichê sempre acontece na estreia ou, no máximo, no segundo capítulo de qualquer folhetim. Algumas vezes, inclusive, com um amor súbito que acaba não convencendo. Jhin teve a calma de trazer a mocinha para Rosa Branca, através de Alain (João Vicente de Castro), seu então namorado e algoz da vida passada, para inseri-la em um universo que flerta com o absurdo da viagem temporal.

O intuito era primeiramente convencer Cris sobre sua vida passada, para depois levar a protagonista até o passado para descobrir esse amor avassalador de um casal que virou manchete de jornal por razões trágicas, além de desvendar todos os mistérios que cercavam o assassinato de Júlia. Essa missão foi desenvolvida gradualmente e através dela o telespectador foi conhecendo a verdadeira história de amor que não teve um final feliz.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Elenco infantil de "Espelho da Vida" foi muito bem escolhido

A atual novela das seis da Globo está em seu último mês e foram muitas as qualidades da obra de Elizabeth Jhin. Além de todas já citadas neste blog, faltou ressaltar o acerto na escalação do elenco infantil de "Espelho da Vida". São quatro crianças encantadoras e com um futuro promissor no mundo das artes cênicas, caso queiram investir no futuro.


Clara Galinari, Maria Luiza Galhano, Otávio Martins e Haroun Abud foram escolhas precisas da autora e do diretor Pedro Vasconcelos. Priscila, Florzinha, Henrique e André foram personagens que apresentaram diferentes graus de importância no roteiro, de acordo com o desenvolvimento da tão bem entrelaçada trama das 18h. Muitas vezes crianças cumprem a função de ''adorno" de cena. Servem apenas para mostrar que determinado casal tem filhos, enfim. No atual folhetim isso não existiu.

Todos foram primordiais para o encaminhamento da história. A sapeca Florzinha entrou pouco antes da metade de "Espelho da Vida" e sua presença iluminou a casa de Margot (Irene Ravache). A menina é neta de Gerson (Cosme dos Santos) e foi morar com o avô depois que a mãe, Sheila (Dandara Albuquerque), a 'abandonou' com o avô para tentar melhorar de vida em outro lugar.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Sem Fernando Rocha e Mariana Ferrão, "Bem Estar" já pode acabar

O "Bem Estar" estreou em fevereiro de 2011. O programa que esclarece várias dúvidas a respeito da saúde e práticas de vida saudável não teve uma ampla divulgação na época. Parecia, inclusive, uma 'invenção' de última hora da Globo para preencher a grade matutina. Porém, o formato deu tão certo que está há quase nove anos no ar, sempre depois do "Mais Você". E um dos maiores êxitos era a dupla formada por Fernando Rocha e Mariana Ferrão.


Os jornalistas se entrosaram rapidamente e firmaram uma bela parceria ao longo dos anos. Carismáticos e sempre muito simpáticos, os dois ainda estabeleceram uma relação de amizade com os vários médicos que vão ao programa falar de tratamentos de doenças, sintomas de enfermidades, perigos de contágio, enfim. Tanto que alguns dos doutores foram efetivados no programa, como a pediatra Ana Escobar, o infectologista Caio Rosenthal, o psiquiatra Daniel Barros, a dermatologista Márcia Purceli, o cardiologista Roberto Kalil, entre outros.

Embora a premissa do programa, embora muito útil, imprima um tom didático e muitas vezes cansativo, os apresentadores conseguiam deixá-lo leve e divertido, mesmo diante de temas bem sérios. O entrosamento com os médicos era visível e pareciam amigos conversando de forma clara e descontraída.

terça-feira, 19 de março de 2019

Perfeito como André, Emiliano Queiroz ganhou um ótimo papel em "Espelho da Vida"

A maioria dos autores, infelizmente, não sabe valorizar os atores mais experientes. Não por acaso vários intérpretes reclamam da falta de bons papéis para veteranos. Walcyr Carrasco e Silvio de Abreu (que não escreve mais) são exceções. Mas Elizabeth Jhin merece entrar para o time dos escritores mencionados por "Além do Tempo" (2015) e pelo trabalho que vem realizando em "Espelho da Vida". Veja o caso de Emiliano Queiroz, por exemplo.


O grande ator não ganhava um papel relevante na televisão há muitos anos. O último que merece menção foi o nono Benedetto, em "Passione", exibida em 2010, escrita por Silvio de Abreu. Agora, Emiliano vem tendo a chance de brilhar desde o início da maravilhosa novela das seis, dirigida por Pedro Vasconcelos. A autora o presenteou com um personagem-chave, responsável pelo desencadeamento de todos os conflitos do roteiro brilhantemente entrelaçado sobre um amor infinito interrompido em várias vidas.

André é o filho de Júlia Castelo (Vitória Strada) e Danilo Breton (Rafael Cardoso), casal que se amou muito em 1930 e teve um desfecho trágico. Logo no primeiro capítulo, o senhor misterioso abordou a atriz Cris Valência em 2018 e lhe deu um camafeu. Disse que ela era Júlia Castelo e desde então a vida da mocinha virou de cabeça para baixo.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Tudo sobre a festa de "Órfãos da Terra", próxima novela das seis

A Globo promoveu ontem, dia 14, no clube Monte Líbano, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, a festa de lançamento de "Órfãos da Terra", nova novela das seis de Duca Rachid e Thelma Guedes, dirigida por Gustavo Fernandez, que estreia no dia 2 de abril, substituindo a ótima "Espelho da Vida". Fui um dos convidados e todo o elenco estava presente conversando com jornalistas e blogueiros. O clima era de otimismo pelo potencial da trama que falará sobre refugiados sírios.


E um enredo sobre sírios que fogem da guerra e vão para o Brasil tinha que ter o ex-BBB Kaysar Dadour no elenco. O mais empolgado da festa, o agora ator não escondeu a alegria de estar em sua primeira novela, cujo enredo é tão significativo para sua família. Afinal, impossível esquecer os relatos do rapaz quando estava na décima oitava edição do "Big Brother Brasil", ano passado, falando da sua luta para trazer seus pais e sua irmã da Síria. Porém, no folhetim Kaysar será Fauze, o capanga do grande vilão Aziz Abdallah, sheik vivido por Herson Capri.

A história da novela terá como premissa o amor do muçulmano Jamil (Renato Góes) e da cristã Laila (Julia Dalavia). Para salvar a vida do irmão pequeno, vítima de um bombardeio na Síria, a menina aceita se casar com o poderoso sheik para conseguir recursos financeiros para o tratamento da criança. Mas o menino não resiste e ela acaba fugindo.

quinta-feira, 14 de março de 2019

"Tá Brincando!" foi uma boa opção nas tardes de sábado da Globo

O maior sonho de Otaviano Costa era ter um programa para chamar de seu na Globo. Após um longo tempo no "Vídeo Show", o apresentador fez muito bem em sair da atração para apresentar um projeto de um novo formado. Ainda mais depois do encerramento desrespeitoso de um dos produtos mais longevos da emissora. Surgiu, então, o "Tá Brincando!", que vinha preenchendo a grade vespertina dos sábados, desde o dia 5 de janeiro, com ótimas disputas e boas histórias de vida. A primeira temporada chega ao fim neste sábado, dia 16 de março.


O programa tem um cenário lindo e bem moderno, mas o foco é em cima dos protagonistas do passado. Os 'vovôs' e as 'vovós' norteiam a atração e muitos deles são atletas profissionais até hoje em atividade, intelectuais, músicos, artistas consagrados, dançarinos, enfim. Há sempre uma disputa no palco da atração e os mais velhos são desafiados por mais jovens. Os novinhos, por sinal, ainda ganham uma espécie de bônus em algumas competições --- chamado 'lambuja' ---, como uma pequena vantagem em uma corrida de bicicleta, por exemplo. Normalmente, nem assim triunfam.

A cada sábado um Super Time é formado por cinco pessoas acima dos 60 anos e que são reconhecidas em sua área de atuação. Três deles são desafiados pelos participantes. O time varia a cada semana e as provas também variam de acordo com a especialidade de cada um.

terça-feira, 12 de março de 2019

A ousadia de "Espelho da Vida"

A audiência não anda nada boa para as novelas atuais de todas as emissoras. Os baixos índices acabam fazendo jus ao fraco conjunto da obra de muitas produções, mas não todas. "Malhação - Vidas Brasileiras", na Globo, é um fracasso e já perdeu várias vezes para o "Cidade Alerta", da Record, e isso nunca havia ocorrido na história do seriado adolescente. Merece, o enredo é péssimo. "O Tempo Não Para" teve um início de sucesso, mas os índices minguaram junto com a história da trama. "Verão 90 acabou de estrear; é cedo para análises." "O Sétimo Guardião" é um fiasco e a produção, infelizmente, tem contribuído muito para isso. "Jesus", na Record, nunca emplacou e, apesar de alguns bons momentos, a trama se arrasta. Já "As Aventuras de Poliana" enfrenta todos os problemas comuns aos folhetins infantis do SBT: queda de audiência em virtude do excesso de capítulos (serão quase 500). Mas "Espelho da Vida" é a única que tem feito por merecer um Ibope muito maior.


Após um início arrastado e com poucos acontecimentos relevantes, afastando o público, Elizabeth Jhin deslanchou seu enredo --- dirigido com competência por Pedro Vasconcelos --- e a novela tem se mostrado imperdível. A história sempre teve potencial. Apaixonada pela doutrina espírita, a autora já abordou o tema da reencarnação em "Escrito nas Estrelas", "Amor Eterno Amor" e "Além do Tempo". Agora não é diferente. Ou melhor, é. Isso porque Jhin não teve medo de ousar na atual produção e apostou em uma viagem interdimensional como mote central de seu folhetim. Ou seja, inseriu elementos explicitamente fantasiosos em um enredo realista e com grandes doses de espiritismo para explicar a missão/karma de cada personagem. Confuso? Para o telespectador que assiste uma vez ou outra provável. Mas para quem acompanha sempre nem um pouco.

A autora usou a mesma premissa de "Além do Tempo", mas com uma narrativa ainda mais corajosa. Na primorosa novela exibida em 2015, a história se iniciava no século XIX e todos os personagens reencarnavam 150 anos depois. Foi uma ousadia que deu muito certo. Agora, Jhin resolveu contar o passado e presente concomitantemente. Os dois enredos vêm sendo desenvolvidos com maestria e sempre apresentando paralelos que provocam um bom impacto.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Felipe Camargo vive um de seus melhores momentos em "Espelho da Vida"

A atual novela das seis da Globo tem um elenco enxuto e o fato acaba possibilitando bons momentos para quase todos os atores. A trama de "Espelho da Vida", dirigida por Pedro Vasconcelos, explora muito bem o time tão bem escalado por Elizabeth Jhin. E os mais beneficiados, claro, são os intérpretes que participam da fase de 1930 e 2019. Um deles é Felipe Camargo.


O ator vive o picareta Américo no presente e o aterrorizante Coronel Eugênio no passado. São dois perfis totalmente distintos. O primeiro é o típico 171 que vive tentando se dar bem na vida, enquanto o outro é um homem poderoso e machista que não tolera ser desobedecido. Felipe adotou posturas diferenciadas e foi preciso na composição de cada um. São personagens bem ricos dramaticamente e na fase de 1930 sua importância é fundamental.

O pai de Júlia Castelo (Vitória Strada) nunca aceitou o romance da filha com Danilo Breton (Rafael Cardoso) e armou o casamento da herdeira com o inescrupuloso Gustavo Bruno (João Vicente de Castro). Misógino, traiu a esposa com várias mulheres, entre elas Maristela (Letícia Persilles), com quem teve um filho.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Tiago Leifert parece não ter maturidade para apresentar um reality como o "Big Brother Brasil"

A décima nona edição do "Big Brother Brasil" já é a pior de sua história. Não por acaso vem enfrentando uma péssima audiência ---- ainda herda índices baixos do fracasso "O Sétimo Guardião". Boninho e sua equipe definitivamente não foram felizes na escalação e muito menos na dinâmica da atual temporada. Para culminar, Tiago Leifert vem apresentando um desempenho digno de um profissional despreparado, mesmo em seu terceiro ano no comando do reality.


O apresentador não consegue nem ao menos disfarçar suas preferências e sua descarada torcida. Antes mesmo do programa completar um mês no ar, já ficou perceptível que Leifert idolatra Paula e Hariany. Sempre faz inúmeras brincadeiras com as duas e já defendeu ambas diversas vezes, o que deixa sua conduta simplesmente vergonhosa. Faz questão de reforçar que a dupla é "perseguida" na casa, o que nunca foi verdade, e que dizem tudo o que pensam "na lata", outra mentira. Os fãs das participantes podem torcer à vontade e defendê-las como sempre fazem --- mesmo que algumas situações não tenham defesa. Direito deles e em todo reality tem isso. Mas jamais quem comanda a atração.

É verdade que Tiago nunca teve a capacidade de controlar suas preferências, desde que assumiu o controle do "BBB", em 2017. Vide sua predileção explícita a Emilly no "BBB 17" e sua imensa simpatia por Gleice, Ana Clara e Ayrton, no "BBB 18". No entanto, por mais absurdo que pareça, não era algo tão escancarado quanto está na atual edição.

terça-feira, 5 de março de 2019

Isabelle Drummond e Cláudia Raia fazem boa parceria em "Verão 90"

A atual novela das sete ainda está em seu início. Todavia, já é perceptível que "Verão 90" é um folhetim caricatural, onde o exagero é o maior protagonista. O figurino colorido demais, as caraterísticas dos personagens (todos bondosos demais ou malvados demais), enfim. A direção de Jorge Fernando deixa tudo ainda mais acima do tom. Não por acaso, há um incômodo com esse excesso. Tanto que Isabelle Drummond e Cláudia Raia são algumas que vêm sofrendo críticas.


As caras e bocas das atrizes e os muitos movimentos corporais em cena realmente despertam controvérsias. O conjunto é bem teatral. Além de infantilizado. Porém, as duas estão apenas seguindo a proposta da novela escrita por Paula Amaral e Izabel de Oliveira. E ambas têm se destacado positivamente. É visível a preocupação em demonstrar uma outra faceta, até porque as intérpretes ganharam perfis que costumam 'persegui-las'. Isabelle vive mais uma mocinha e Cláudia outra mulher espalhafatosa.

A jovem e talentosa atriz já experimentou o humor no sucesso "Caras & Bocas", em 2009, quando viveu a espevitada Bianca, cujo bordão "É a treva" caiu na boca do povo. Foi um de seus papéis mais marcantes na carreira. No entanto, todas as suas outras personagens foram voltadas para o drama e agora Isabelle está aproveitando que Manuzita é naturalmente atrapalhada para expor uma nova linha interpretativa.