sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Jéssica Ellen merecia a Camila de "Amor de Mãe"

Revelada em "Malhação Intensa", temporada de sucesso de Rosane Svartman e Gloria Barreto, exibida em 2012, Jéssica Ellen é uma excelente atriz. Mesmo em um papel pequeno como a Rita, na época, já prometia voos maiores. Mas, infelizmente, o mercado é mais complicado para atrizes negras. Tanto que Agatha Moreira, Juliana Paiva e Alice Wegmann, outras revelações maravilhosas da mesma fase do seriado adolescente, ganharam papéis de destaque logo depois e se firmaram de vez. Faltava uma chance melhor para Jéssica. Não falta mais.


Manuela Dias presenteou a atriz com a destemida Camila, em "Amor de Mãe", atual novela das nove da Globo. A personagem foi achada na estrada por Lurdes (Regina Casé), que a adotou no mesmo instante. Caçula de cinco irmãos, é uma militante convicta e não pensa duas antes antes de lutar pelo que acredita. Embora seja a mais nova da família, parece a mais madura. Está sempre servindo como ponto de apoio para a mãe e ajuda a manter os irmãos nos ''trilhos''. Sempre que alguém precisa desabafar é Camila a escolhida como ouvinte.

Professora dedicada, a filha de Lurdes protagonizou momentos tensos quando convocou alunos para uma ocupação com o intuito de acabar com a chance de fechamento da escola ----- graças ao plano do vilão Álvaro (Irandhir Santos).

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

"Salve-se Quem Puder" estreia com humor farsesco e trama despretensiosa

O termo "Um furacão passou pela minha vida" costuma ser muito usado pelas pessoas na hora do perrengue. É aquele momento em que sua rotina vira de cabeça para baixo e fica até difícil pensar no futuro. O autor Daniel Ortiz resolveu colocar a famosa expressão de forma literal em "Salve-se Quem Puder", nova novela das sete da Globo, dirigida por Fred Mayrink, que estreou nesta segunda-feira (27/01) com a difícil missão de manter os altíssimos índices da primorosa "Bom Sucesso".


A trama central tem uma virada marcada por um assassinato, mas a essência será de uma comédia farsesca e até infantil. A estreia provou. É a primeira vez que Daniel escreve uma produção de sua autoria ---- "Alto Astral" era baseada na sinopse da saudosa autora Andrea Maltarolli e "Haja Coração" um remake de "Sassaricando", de 1987. Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada são as protagonistas da nova novela e o trio promete protagonizar muitas cenas engraçadas ao longo dos meses, embora virem fugitivas de uma assassina chefe de quadrilha. Há um quê de "Três Patetas", onde uma é a mais burra, a outra a mal-humorada e a última a inteligente.

Os sonhos de Luna (Juliana), Alexia (Deborah) e Kyra (Vitória) são interrompidos quando elas presenciam a execução de um juiz (vivido por Ailton Graça) e são obrigadas a viver sob custódia do Programa de Proteção à Testemunha. Para sobreviver, elas mudam o nome, a aparência, o estilo de vida e vão morar na fictícia Judas do Norte, no interior de São Paulo, depois que são dadas como mortas. Luna assume o nome de Fiona, Alexia vira Josimara e Kyra é Cleyde, novas pessoas com um padrão de vida bem diferente.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Repleta de qualidades, "Bom Sucesso" foi uma das melhores novelas da história do horário das sete

Rosane Svartman e Paulo Halm formam um trio perfeito com Luiz Henrique Rios. Os autores e o diretor colecionam muitos sucessos juntos. Após as bem-sucedidas "Malhação Intensa" (2012) ---- escrita por Rosane e Gloria Barreto, tendo Paulo como um dos colaboradores ----, "Malhação Sonhos" (2014) e "Totalmente Demais" (2016) ---- que marcou a estreia dos escritores na produção de um folhetim ----, esse vitorioso time emplacou "Bom Sucesso", um fenômeno de audiência e sucesso de repercussão e crítica, que chegou ao fim nesta sexta-feira (24/01) com um capítulo repleto de emoção e sensibilidade, honrando o conjunto apresentado desde o início.


Se na novela anterior os autores exploraram o mundo do cinema através de deliciosas referências em meio ao desenvolvimento de "Totalmente Demais", em "Bom Sucesso" a dupla optou pela abordagem da literatura. O mundo mágico dos livros era retratado pela linda amizade de Alberto (Antônio Fagundes) e Paloma (Grazi Massafera), onde um era dono de uma editora e a outra uma apaixonada por livros. A união se deu por conta de uma troca de exames, logo desfeita no final da primeira semana de novela, sem enrolação. E dali em diante o público foi presenteado com uma sucessão de cenas bem escritas, personagens densos, casais apaixonantes, conflitos bem construídos e referências literárias que cabiam perfeitamente em cada drama do roteiro.

Impressionante como tudo foi se encaixando com precisão ao longo dos meses, destacando quase todo o bem escalado elenco em virtude do bom planejamento dos autores, que tiveram o apoio dos colaboradores Claudia Sardinha, Felipe Cabral, Fabrício Santiago, Charles Peixoto e Isabela Aquino.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

"Salve-se Quem Puder": o que esperar da próxima novela das sete?

A missão de Daniel Ortiz, autor da próxima novela das sete da Globo, não será fácil: substituir o fenômeno "Bom Sucesso", de Rosane Svartman e Paulo Halm, que teve um sucesso de público, crítica e repercussão. Porém, o escritor já teve uma experiência bem-sucedida com o mesmo desafio. Afinal, também substituiu o estrondoso êxito de audiência "Totalmente Demais", dos mesmos colegas, em 2016, e conseguiu manter os números em alta com "Haja Coração", ainda que o folhetim tenha se mostrado bem fraco. Agora sua nova história tem o título de "Salve-se Quem Puder".


A trama central tem uma virada marcada por um assassinato, mas a essência será de uma comédia farsesca e até infantil. É a primeira vez que Daniel escreve uma produção de sua autoria ---- "Alto Astral" era baseada na sinopse da saudosa autora Andrea Maltarolli e "Haja Coração" um remake de "Sassaricando", de 1987. Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada são as protagonistas da nova novela e o trio promete protagonizar muitas cenas engraçadas ao longo dos meses, embora virem fugitivas de uma assassina chefe de quadrilha. Há um quê de "Três Patetas", onde uma é a mais burra, a outra a mal-humorada e a última a inteligente.

Os sonhos de Luna (Juliana), Alexia (Deborah) e Kyra (Vitória) são interrompidos quando elas presenciam a execução de um juiz (vivido por Ailton Graça) e são obrigadas a viver sob custódia do Programa de Proteção à Testemunha. Para sobreviver, elas mudam o nome, a aparência, o estilo de vida e vão morar na fictícia Judas do Norte, no interior de São Paulo, depois que são dadas como mortas.Luna assume o nome de Fiona, Alexia vira Josimara e Kyra é Cleyde, novas pessoas com um padrão de vida bem diferente.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Antônio Fagundes e Grazi Massafera esbanjaram cumplicidade em "Bom Sucesso"

"Bom Sucesso" está apenas a dois capítulos do seu fim. A novela de imenso sucesso de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida por Luiz Henrique Rios, já recebeu uma avalanche de elogios neste blog. Mas ainda dá tempo para mais um. A linda parceria entre Antônio Fagundes e Grazi Massafera, que conquistou o público logo no início da cativante trama das sete da Globo.


Ao contrário de quase todos os folhetins, a trama teve como mote central a amizade improvável entre um homem milionário da zona sul do Rio  de Janeiro e uma humilde costureira da zona norte, do bairro de Bonsucesso, conhecida área do subúrbio. Não era um par romântico. Mas continuava sendo uma história de amor. Ainda que o personagem tenha alimentado uma paixão platônica por um tempo, nunca houve um foco nisso e ela nunca ficou sabendo justamente para a relação não sofrer rachaduras.

Alberto Prado Monteiro, dono de uma famosa editora de livros, nunca foi um pai amoroso ou um exemplo de homem afável. E seu péssimo humor se acentuou quando descobriu um câncer terminal. Já sem vontade alguma de viver, contava apenas seus dias. Mas o encontro com Paloma da Silva mudou tudo.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Valentina Vieira e João Bravo formaram uma dupla encantadora em "Bom Sucesso"

Nunca é fácil escalar o elenco de uma novela. É preciso pensar se o ator ou a atriz se encaixa bem no papel, descobrir se algum colega já não reservou o profissional em questão antes e, claro, selecionar pessoas talentosas. A dificuldade triplica quando se trata de crianças. Afinal, muitas estão começando na carreira ou nunca estiveram em uma produção antes. Mas Rosane Svartman e Paulo Halm foram certeiros em "Bom Sucesso". Escolheram dois talentos: uma revelação e outro já conhecido do público.


Valentina Vieira e João Bravo roubaram a cena na novela das sete e seus personagens viraram grandes destaques da deliciosa história dirigida por Luiz Henrique Rios. Sofia e Peter não representam aquelas crianças que ficam em cena apenas como "adorno". Elas têm seus conflitos, contribuem para o desenvolvimento do enredo e ainda contracenam constantemente com os perfis principais. A menina faz parte do núcleo do mocinho ---- é sobrinha de Marcos (Rômulo Estrela) ---- e o menino no da mocinha ---- é o filho caçula de Paloma (Grazi Massafera).

Peter logo ganhou destaque com sua obsessão de ser um ''youtuber" famoso e as constantes gravações inconvenientes que faz da família divertem. As irmãs Alice (Bruna Inocêncio) e Gabriela (Giovanna Coimbra) são alvos constantes das implicâncias do garoto,

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Regeneração de Waguinho foi lindamente construída em "Bom Sucesso"

Rosane Svartman e Paulo Halm são autores que apostam em novos atores. Estão sempre lançando talentos, desde a bem-sucedida "Malhação Intensa", em 2012 --- quando Rosane escreveu ao lado de Glória Barreto e teve Paulo como um dos colaboradores ---, e "Malhação Sonhos", em 2014. Agora, com "Bom Sucesso", atual novela das sete, escalaram vários novos nomes que vêm brilhando na história. E um desses intérpretes é o talentoso Lucas Leto, que ganhou um dos melhores personagens da produção: Waguinho.


O ator não poderia ter estreado com um papel melhor. O personagem tem um desenvolvimento impecável na novela de sucesso e todo o processo de regeneração do menino, que teve um início bastante problemático, vem sendo conduzido de forma brilhante. O público tem acompanhado a evolução de um garoto que caiu no mundo do crime graças ao vício em drogas. Uma trajetória que tinha tudo para terminar de forma trágica. Mas a famigerada segunda chance foi a opção dos escritores, que conseguiram deixar todo o processo crível.

Waguinho era um aluno revoltado e não gostava de estudar. Seu lado mais humano era visto através da amizade com Luan (Igor Fernandez). Porém, o início do namoro de seu melhor amigo com Alice (Bruna Inocência) o abalou emocionalmente e seu vício em drogas foi agravado. Quando se endividou com traficantes, acabou obrigado a virar cúmplice dos criminosos.

sábado, 18 de janeiro de 2020

"Bom Sucesso" ousa com capítulo tenso e emocionante em pleno sábado

Todo novelista costuma poupar maiores acontecimentos nos capítulos exibidos aos sábados. Afinal, é um dia que a audiência cai consideravelmente por conta dos passeios familiares e folgas de muitos trabalhadores. Normalmente, o gancho tem mais relevância porque a continuação vai ao ar na segunda-feira. Porém, há exceções, claro. Alguns folhetins já exibiram boas viradas em finais de semana. E os autores de "Bom Sucesso" fizeram exatamente isso neste sábado (18/01).


O capítulo foi irretocável. Parecia até o último. Rosane Svartman e Paulo Halm, juntamente com seus fiéis colaboradores, provocaram uma avalanche de emoções do primeiro ao último minuto. Teve tensão em nível máximo, uma catarse cinematográfica, além de momentos de ação, tristeza e sensibilidade, incluindo até especulações sobre o real destino de personagens. Os intervalos comerciais serviram para o telespectador recuperar o fôlego ou enxugar as lágrimas dependendo do bloco.

O incêndio que Diogo (Armando Babioff) causou na Prado Monteiro elevou a adrenalina da reta final e implicou em uma sucessão de cenas impactantes. Enlouquecido e já sem nada a perder, o vilão encurralou todos os funcionários da editora com uma arma apontada, enquanto o fogo devorava todo o acervo do lugar.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Assim como "Espelho da Vida", "Bom Sucesso" acertou com a construção do amor dos mocinhos

Não há novela que consiga escapar dos clichês tão comuns ao gênero. Mesmo o folhetim mais ousado ou "inovador" acaba apresentando várias situações já vistas pelos telespectadores. Inevitável. E um dos contextos mais presentes nas histórias é o amor à primeira vista, quase sempre perto do final do primeiro capítulo. O problema é o alto risco do público rejeitar o par em virtude da pressa do escritor. Só mesmo quando a química dos atores é arrebatadora para evitar uma não identificação de quem assiste. O recurso era bem mais comum em produções antigas, mas ainda resiste. Por isso é tão bom quando autores fogem desse padrão. "Espelho da Vida" e "Bom Sucesso" foram ótimos exemplos.


Elizabeth Jhin construiu o amor dos mocinhos de forma corajosa na maravilhosa novela das seis da Globo encerrada no primeiro semestre de 2019. A autora apresentou a mocinha Cris Valência (Vitória Strada) em um relacionamento estável com Alain Dutra (João Vicente de Castro) e só depois foi expondo o nascimento do amor infinito de Júlia Castelo e Danilo Breton (Rafael Cardoso), em 1930, através das viagens no tempo promovidas pelo espelho da falecida. A protagonista descobriu que era a reencarnação da enigmática mulher e viajou até o passado para descobrir o verdadeiro responsável pelo assassinato de sua vida passada. Acabou revivendo o amor que sempre terminou com um final trágico em todas as encarnações.

A autora, no entanto, só inseriu o mocinho no presente na reta final de "Espelho da Vida". A expectativa do público ficou tão alta que a trama, com uma audiência inicialmente problemática, teve uma elevação e tanto nos números do Ibope.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Tudo sobre a festa de "Salve-se Quem Puder", próxima novela das sete

A sensação de atravessar uma ventania que atingiu a marca de 60 quilômetros por hora em plena cidade cenográfica de "Salve-se Quem Puder", nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, foi vivenciada por jornalistas, blogueiros e influenciadores assim que chegamos ao local para a coletiva de imprensa da próxima novela das sete da Globo, realizada na noite da última terça-feira (14/01). Foi um susto muito divertido que marcou o início do evento que a emissora promoveu.


Para entrar no clima da novela, que terá um furacão logo nos primeiros capítulos, e participar dessa inusitada experiência, a ação contou com um imenso ventilador, com potência de um motor V8, e a fumaça cenográfica, que remetem ao tornado que atinge Cancún na história de Daniel Ortiz e que marca o início da trama, ajudando a provocar uma reviravolta na trajetória das protagonistas interpretadas por Juliana Paiva, Vitória Strada e Deborah Secco.

Depois de resistirmos à ventania, fomos para o Empório Delícia, o complexo gastronômico administrado por Helena, personagem de Flávia Alessandra. Com aproximadamente mil metros quadrados, o espaço possui um amplo mezanino e é claramente inspirado nos grandes centros gastronômicos do Brasil e do exterior.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Atentado contra Paloma resulta em arrepiante sequência de "Bom Sucesso"

A atual novela das sete está em sua penúltima semana e Rosane Svartman e Paulo Halm guardaram importantes reviravoltas. Quem acompanha o ótimo trabalho da dupla ao longo da carreira já sabe que os autores sempre promovem uma reta final tensa e até sombria em suas histórias. Há quem goste e quem reclame, mas o fato é que as tramas ganham muito com isso. Vide o atentado contra Paloma (Grazi Massafera), exibido nesta segunda-feira (13/01) em "Bom Sucesso".


Diogo (Armando Babaioff) teve um retorno aterrorizante, após quase duas semanas sumido por conta da boa virada envolvendo o canalha Elias (Marcelo Faria). O grande vilão da novela de sucesso da Globo voltou para se vingar de todos que atrapalharam seu planos, como Marcos (Rômulo Estrela), Nana (Fabiula Nascimento), Alberto (Antônio Fagundes), Gisele (Sheron Menezzes) e Paloma. E todos os clichês de um clássico folhetim foram usados contra o mocinho, por exemplo, que foi flagrado na cama com uma falsa amante e ainda acabou preso porque plantaram drogas em seu bar. Já a irmã do rapaz perdeu o filho em uma triste cena e chegou a vez da mocinha.

O advogado mandou Peçanha (Walter Breda) assassinar Paloma e o policial corrupto tentou fazer o serviço em plena quadra da "Unidos de Bonsucesso", bem no instante em que a costureira sambava com os colegas de agremiação em um lindo ensaio.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Fabíula Nascimento se destaca na pele de Nana, a personagem mais complexa de "Bom Sucesso"

Nada contra o maniqueísmo na ficção. O vilão muito malvado ou a mocinha muito boazinha faz parte de qualquer trama. É um clichê típico. E, se bem conduzido, conquista facilmente os telespectadores. Todavia, os personagens mais complexos, que costumam apresentar várias facetas ao longo de uma história, também são tão atrativos quanto, embora nem todos os autores tenham facilidade de explorá-los. Em "Bom Sucesso", por exemplo, há um perfil que transborda densidade e vem se destacando desde o início da ótima novela das sete da Globo: Nana (Fabíula Nascimento).


A empresária bem-sucedida parecia uma típica mulher arrogante e preconceituosa em virtude da grosseria cometida com Paloma (Grazi Massafera) logo na primeira semana de trama. A costureira tinha acabado de descobrir um câncer terminal ---- exame de Alberto (Antônio Fagundes), na verdade --- e não conseguiu atender a cliente. Nana se indignou e a tratou feito um lixo. A mocinha, claro, não deixou barato, rasgou o vestido da mulher e desde então viraram ''inimigas". Mas essa inimizade partiu bem mais da filha de Alberto, que nunca engoliu o que aconteceu e muito menos aceitou ver a moça que a enfrentou trabalhando como acompanhante do pai.

No entanto, Nana não foi nem de longe uma vilã. É uma pessoa amargurada pela vida e que jamais compreendeu a relação distante que sempre teve com Alberto. Sua ligação com Cecília, a mãe falecida, era muito forte, mas com o pai era diferente. Viciado em trabalho, o dono da Editora Prado Monteiro nunca teve tempo para a filha e sua predileção pelo filho Marcos (Rômulo Estrela) se evidenciava a todo instante. É bom ressaltar que nada disso foi mostrado, apenas contado pelos personagens.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Núcleo de Itapetininga emociona e diverte em "Éramos Seis"

O núcleo cômico em novela sempre provoca controvérsia. Há os que defendem a obrigatoriedade em qualquer folhetim e os que acham uma inutilidade criada apenas para preencher o tempo dos capítulos. Não existe consenso. O fato é que esse tipo de núcleo às vezes funciona e outras não. Há escritor que simplesmente não se dá bem com comédia. Depende da inspiração de cada autor. Já o caso de "Éramos Seis", atual novela das seis da Globo, é de total êxito.


O núcleo de Itapetininga virou um dos trunfos da trama de Angela Chaves, baseado no romance de Maria José Dupré e no remake exibido pelo SBT em 1994. Assim como na maioria dos núcleos cômicos de qualquer novela, a história dos personagens fica quase totalmente deslocada do enredo central. É praticamente um folhetim paralelo. Mas, no caso, não há demérito porque a narrativa não é quebrada e nem prejudica o andamento dos conflitos. Até ajuda a imprimir um clima um pouco mais leve em uma produção marcada pela tristeza.

No início da história, a casa de Maria (Denise Weinberg) mal aparecia e servia apenas de pano de fundo para Olga (Maria Eduarda de Carvalho) e Clotilde (Simone Spoladore). Quando as duas foram para São Paulo morar com a irmã Lola (Glória Pires), então, o núcleo praticamente desapareceu. Mas, aos poucos, o enredo foi enriquecendo e ganhando importância.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O que a televisão reserva para o telespectador em 2020?

Embora todo mundo espere e torça, o ano de 2020 não será muito diferente de 2019 em relação ao momento que o país vive. Portanto, a televisão terá que manter cautela e não abusar muito dos gastos excessivos. Porém, apesar das dificuldades, todas as emissoras conseguiram apresentar produtos de qualidade no ano que passou. E, por tudo o que vem sendo anunciado e noticiado, a Globo seguirá como a maior investidora, por razões óbvias, e as demais economizarão bastante nos próximos doze meses. Ou seja, é provável que a líder domine ainda mais em 2020, principalmente por estar ousando em produções exclusivas da Globo Play. Vejamos o que o público pode esperar.







"Salve-se Quem Puder":
A missão de Daniel Ortiz será complicada, pois substituir o fenômeno "Bom Sucesso" no horário das sete da Globo é um desafio e tanto. Porém, o autor apostará na comédia farsesca para agradar o público. Embora a premissa da história, dirigida por Fred Mayrink, pareça séria ---- as três protagonistas (vividas por Juliana Paiva, Vitória Strada e Deborah Secco) se conhecem e logo precisam mudar de identidade ao presenciarem o assassinato de um juiz ----, o conjunto será baseado em elementos clássicos de folhetim das 19h. O carisma do trio central, pelo menos, o escritor já garantiu. 






"Big Brother Brasil":
A vigésima edição do BBB terá uma comemoração pelas vinte temporadas. Por isso mesmo, Boninho promete um reality "histórico". Resta saber se a promessa será cumprida de fato, afinal, o "BBB 19" foi o pior da história do programa, tanto no quesito participantes quanto no de audiência. Houve até uma especulação a respeito da entrada de pessoas "famosas" em 2020, como alguns Youtubers. Mas o diretor negou. Resta torcer ao menos para ser uma temporada minimamente aceitável e sem comentários desnecessários de Thiago Leifert.