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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Reprise de "O Beijo do Vampiro" no Viva matou a saudade da última boa novela de Antônio Calmon

 A ousadia de Antônio Calmon lhe rendeu um estrondoso sucesso, em 1991, com a novela "Vamp". A trama que falava de vampiros e tinha um clima totalmente 'thrash' marcou a teledramaturgia e até hoje é lembrada pelo público saudosista. Em 2002, onze anos depois, o autor resolveu reviver a temática e escreveu "O Beijo do Vampiro", que fez uma legião de fãs, conquistados com a 'nova geração' vampiresca integrante da última boa novela de Calmon. A produção sempre foi uma das mais pedidas na internet para ser reprisada, mas como não foi um sucesso de audiência o desejo nunca foi realizado pela Globo. No entanto, o canal Viva, após ter lançado uma nova faixa de reprises, finalmente colocou a novela no ar.


 A reexibição, que está em sua última semana, reforçou todas as qualidades da história muito bem estruturada por Calmon. Muitos tinham até o receio da chamada memória afetiva ser a responsável pela saudade da produção e se decepcionar com a reprise. Mas a produção envelheceu muito bem. A trama, dirigida pelo saudoso Marcos Paulo, virou uma febre e teve até álbum de figurinhas. As crianças e os adolescentes foram os principais fãs do folhetim, que teve um grandioso elenco, personagens cativantes e uma enredo bem construído, repleto de efeitos especiais considerados ousados para a época. Um enredo de amor, entremeado por elementos sobrenaturais, drama, humor e a clássica luta do bem contra o mal foram as principais marcas do folhetim.

 A trama começa no século XII, com o vampiro Bóris Vladesco (Tarcísio Meira) se apaixonando perdidamente pela princesa Cecília (Flávia Alessandra), que vive um romance com o conde Rogério (Thiago Lacerda). No dia do casamento da princesa com o conde, o vampiro mata o noivo de seu grande amor em um duelo, assim como toda sua família.

domingo, 26 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2021 foi tão trágico quanto o de 2020. A pandemia do novo coronavírus causou um caos mundial ano passado e seguiu provocando milhares de mortes. A esperança veio com a chegada da vacina e avanço da vacinação vem diminuindo gradativamente a quantidade de falecimentos e pessoas internadas. Mas infelizmente ainda muita gente segue vitimada pela doença e vários artistas partiram por conta dela. A retrospectiva do blog começa agora com uma homenagem a cada um que partiu. 





Genival Lacerda (1932 - 2021):
Mais uma vítima da covid-19. O querido cantor de forró pé-de-serra faleceu aos 89 anos, em janeiro, após quase dois meses internado. A consagração nacional veio com a música "Severina Xique-Xique", de 1975. O refrão "ele tá de olho é na butique dela" virou uma febre. Deixou dez filhos, além de netos e bisnetos. 




Niana Machado (1939 - 2021):
A inesquecível Bá, do seriado "Pé na Cova", faleceu em fevereiro, aos 82 anos. O autor da série, Miguel Falabella, anunciou o falecimento da artista em suas redes sociais e fez uma bela homenagem. Era Técnica de Enfermagem aposentada e entrou no meio artístico tardiamente, em 2009. Fez figuração em várias novelas da Globo e sua única personagem foi a criada por Falabella especialmente para ela. Não havia texto, apenas o bordão "Piranha". Fez tanto sucesso que virou integrante do elenco fixo. Também esteve em "Aquele Beijo" (2011) e "Brasil a Bordo" (2017), duas produções de Miguel.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Tarcísio Meira foi e sempre será o maior galã da teledramaturgia nacional

Nesta quarta-feira (11/08), o mundo das artes sentiu a dolorosa perda de Paulo José, aos 84 anos, vítima de uma pneumonia. Hoje, dia 12, o Brasil perdeu Tarcísio Meira, aos 85 anos, vítima da covid-19. O veterano tinha problemas pulmonares e acabou não resistindo. Casado há quase 60 anos com Glória Menezes (que também contraiu a covid, mas se recupera bem), o ator teve uma carreira brilhante e tem sua vida misturada com a história da televisão. 


Um dos mais respeitados e conhecidos nomes da atuação no Brasil, Tarcísio tinha um currículo com mais de 60 trabalhos na televisão, entre novelas, séries, minisséries, teleteatros e telefilmes, numa carreira que começou em 1961 na TV Tupi. Também esteve em 22 filmes, dirigidos por cineastas como Anselmo Duarte, Bruno Barreto e Glauber Rocha, além de 31 peças de teatro. Foi o galã da primeira telenovela brasileira: "2-5499 Ocupado" (1963), na TV Excelsior, ao lado da mulher, Glória Menezes. Protagonizou mais sete novelas na emissora, até se transferir para a TV Globo em 1967, juntamente com sua esposa, onde estrearam em "Sangue e Areia".

A classificação de "galã" era vista como elogio há muitos anos, mas depois acabou virando uma espécie de rótulo pejorativo. No entanto, Tarcísio Meira sempre foi visto como o maior galã da televisão nacional e se orgulhava do título.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Tarcísio Meira fará muita falta em "A Lei do Amor"

Nesta terça (24/01), foi ao ar um dos momentos mais aguardados de "A Lei do Amor": a derrocada de Magnólia (Vera Holtz), sendo desmascarada por Fausto, Pedro (Reynaldo Gianecchini) e Helô (Cláudia Abreu). A cena também marcou a despedida de Tarcísio Meira da novela, uma vez que o patriarca da família Leitão morreu logo depois que conseguiu se vingar da esposa traidora. E com certeza um dos atores mais respeitados do país fará muita falta na trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, dirigida por Denise Saraceni.


A sequência da queda da vilã destacou o imenso e conhecido talento de Tarcísio, que pôde mostrar toda a sua força cênica, após meses deitado em uma cama e praticamente sem texto. O momento em que Fausto desmascara Mag diante de todos, durante a exposição de Helô, primou pelas ótimas atuações de todos os presentes, onde a troca de olhares foi um dos principais elementos durante o embate entre o empresário e sua esposa. Após a exibição do vídeo da sogra e do genro transando, o patriarca fez questão de afirmar que Suzana (Regina Duarte) foi morta pela madrasta de Pedro e que ele ficou em estado vegetativo por culpa dela.

Além dele, Vera Holtz, Cláudia Abreu, Camila Morgado, Grazi Massafera, Reynaldo Gianecchini e José Mayer brilharam ao longo da sequência e de todo o capítulo. Já a cena da morte do personagem primou pela emoção, comovendo os familiares, enquanto Fausto se despedia de um por um, após ter sofrido um infarto, já em casa.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Reprise de "Torre de Babel" no Viva comprova a coragem e a ousadia de Silvio de Abreu

O Viva começou a reprisar a polêmica "Torre de Babel" no dia 10 de outubro e desde então tem sido possível observar com mais clareza o quanto a novela de Silvio de Abreu, dirigida por Denise Saraceni, era ousada e corajosa para época. Aliás, seria ousada até nos tempos atuais, levando em consideração o politicamente correto e a rejeição do público por questões mais complexas. A novela, exibida originalmente em 1998, teve um início muito conturbado e problemas de audiência. No entanto, o autor conseguiu reverter a situação, a transformando em um imenso sucesso. E são várias as razões que explicam o porquê da resistência inicial do telespectador 'médio', assim como expõem a riqueza do enredo e a coragem do autor.


As primeiras semanas da história foram muito pesadas e não havia um casal protagonista parta torcer. O enredo se baseava primeiramente em três pontos: a vingança do agressivo Clementino (Tony Ramos), o romance de Rafaela (Christiane Torloni) e Leila (Silvia Pfeifer) e as implicações provocadas pelo vício em drogas de Guilherme (Marcelo Antony). Três situações consideradas polêmicas. Para culminar, as cenas do primeiro capítulo foram muito fortes e hoje em dia só poderiam ir ao ar em uma novela das 23h. O personagem vivido magistralmente por Tony flagrou a sua mulher com dois homens e a matou com golpes de pá. Ele também chegou a matar um dos amantes. Uma sequência chocante e grandiosa, toda ambientada em 1978. Já no final da estreia da novela, após uma passagem de vinte anos, houve uma invasão de traficantes na mansão dos pais do rapaz viciado, iniciando um tiroteio no meio de uma luxuosa festa.

Ou seja, foi um início nem um pouco 'suave'. E isso não foi um demérito, pelo contrário. Mostrou a coragem do autor em sair do mais do mesmo, apostando em um enredo denso e repleto de situações extremamente dramáticas. Porém, quem arrisca muitas vezes paga um preço e Silvio pagou com a rejeição do público, que considerou tudo pesado demais.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Segunda fase de "A Lei do Amor" começa movimentada e com ótimas cenas

A nova novela das nove entrou em sua segunda semana, após a segunda fase do enredo escrito por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari ter sido iniciada no final do capítulo de sexta-feira (07/10). A trama, contada inicialmente em 1995, teve uma passagem de 20 anos e praticamente apresentou um novo começo, tendo como base o amor interrompido de Pedro (Reynaldo Gianecchini) e Helô (Cláudia Abreu). E esse início não poupou acontecimentos, se mostrando ainda melhor que a primeira fase.


O capítulo desta segunda-feira (10/10) foi digno de uma reta final ou então de uma metade de novela, quando costuma acontecer alguma grande virada para movimentar o enredo. Mas foi apenas o sétimo capítulo, mostrando a coragem dos autores em resolver o motivo da separação do casal de mocinhos logo no começo, não poupando história e comprovando que há ainda muitas cartas na manga. Foram muitas cenas dignas de elogios, destacando não só o elenco como também a direção de Denise Saraceni, principalmente no forte momento do atentado sofrido por Fausto (Tarcísio Meira) e Suzana (Regina Duarte).

O remorso do poderoso empresário acabou sendo o responsável por todos os grandes acontecimentos do início da agitada segunda fase. Ele contou para o filho sobre a armação que provocou a sua separação de Helô, despertando a ira de Pedro e uma quase imediata reconciliação dele com a agora esposa de Tião Bezerra (José Mayer).

terça-feira, 4 de outubro de 2016

"A Lei do Amor" aposta no clássico e tem tudo para ser um novelão

"A lei do amor é simples, é indestrutível, incontrolável, indivisível, inevitável... Porque se não for tudo isso a lei não é do amor". Essa foi a mensagem dos teasers da nova novela das nove, cujo primeiro capítulo foi ao ar nesta segunda-feira (03/10), apresentando uma sucessão de acontecimentos e vários clichês do gênero. Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari estreiam no horário nobre da Globo com a responsabilidade de elevar os números de audiência da faixa, que apresentou um crescimento de apenas alguns décimos entre "A Regra do Jogo" e "Velho Chico" --- folhetins medianos, que vieram depois do retumbante fracasso de "Babilônia" e enfrentaram problemas no desenvolvimento.


O enredo deixa claro que os autores preferiram apostar no certo, deixando o duvidoso de lado. A história principal reúne as situações mais clássicas da telenovela: o mocinho rico e a mocinha pobre que se apaixonam, culminando em uma vingança da menina, que vê a sua vida arruinada por causa da família do amado. Mas são situações facilmente convidativas, quando bem desenvolvidas. E parece ser o caso da atual produção. A estreia desenhou todo o conflito central com competência, apresentando um ritmo ágil e várias cenas bem realizadas, provocando bastante interesse pela trama, que mescla amor, interesse, ética, política e a hipocrisia em torno dos valores familiares ---- o título inicial da obra, inclusive, seria "Sagrada Família".

A trama tem duas fases. A primeira é ambientada em 1995 e dura cinco capítulos, já a segunda é ambientada em 2016 e entra no ar a partir de sábado (08/10). O primeiro capítulo foi praticamente voltado para o calvário da destemida Helô, interpretada com brilhantismo por Isabelle Drummond ---- Cláudia Abreu interpreta a personagem na segunda fase.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Direção primorosa, linda fotografia e entrega do elenco marcaram a primeira fase de "Velho Chico"

A primeira fase de "Velho Chico" chegou ao fim no último sábado (09/04), com a rápida continuação do casamento de Tereza (Júlia Dalavia) e Carlos Eduardo (Rafael Vitti). Depois do desfecho dessa cena, foi exibido o desespero de Santo (Renato Góes) e um compacto com várias cenas sendo reprisadas. O capítulo, aliás, foi quase um "Vale a Pena Ver de Novo", onde os flashbacks reinaram. Não havia mais o que mostrar e optaram por uma espécie de retrospectiva. Mas, apesar desse encerramento decepcionante, a primeira etapa da novela foi marcada pela direção primorosa, belíssima fotografia e grandes atuações.


Foram 24 capítulos e três passagens de tempo. A primeira fase foi focada principalmente em duas sagas amorosas, que sofreram diferentes tipos de empecilhos. O romance de Afrânio (Rodrigo Santoro) e Iolanda (Carol Castro) foi abruptamente interrompido por causa da morte do pai do rapaz, o poderoso coronel Jacinto (Tarcísio Meira), fazendo o bom vivant voltar para sua terra (Grotas de São Francisco) e assumir o lugar do homem mais temido da região. Já a história de amor de Tereza e Santo (Renato Góes) foi justamente destruída por Afrânio, pai da garota, que era inimigo mortal dos familiares e amigos do mocinho. Conflitos amorosos dentro da mesma família.

O Rio São Francisco, que sempre foi classificado como o grande pano de fundo do enredo (vide o próprio título do folhetim), não teve muita importância. Serviu apenas como cenário para a primeira transa de Santo e Tereza, em um clipe lindíssimo repleto de belas imagens. Ao que tudo indica, na segunda fase o rio terá sua importância aumentada e servirá como base para muitos conflitos.

terça-feira, 15 de março de 2016

"Velho Chico" estreia com boas atuações e forte assinatura de Luiz Fernando Carvalho

O universo urbano e contemporâneo que vem ocupando o horário nobre há anos saiu de cena, após 14 anos. Justamente o mesmo tempo que Benedito Ruy Barbosa estava afastado da faixa mais importante da Globo ---- ele foi o autor da problemática e fracassada "Esperança", folhetim ambientado na década de 30, exibido em 2002. Agora, sendo apenas supervisor e responsável pela criação da nova obra, o escritor retorna apresentando embates entre donos de terras, famílias rivais, moda de viola e romance proibido. Ou seja, tudo o que sempre exibiu em suas novelas essencialmente rurais.


A atual produção é escrita por Edmara Barbosa, sua filha, e Bruno Luperi, seu neto. As três gerações trabalham juntas no projeto e a ideia de mesclar vivências diferentes no comando da história pode ser benéfica para o conjunto. E o diretor Luiz Fernando Carvalho --- antigo parceiro de Benedito (esteve com ele em "Renascer", "O Rei do Gado", "Esperança" e no remake de "Meu Pedacinho de Chão") --- já conseguiu imprimir sua marca logo na estreia. O toque lírico pôde ser observado o tempo todo e a primeira fase, que terá 24 capítulos, será marcada por esse diferencial. Tanto que ficou impossível não lembrar de "Hoje é Dia de Maria", minissérie dirigida por ele, que teve fotografia bem parecida e essência poética semelhante.

Luiz Fernando Carvalho, inclusive, abusou de lindíssimas imagens e priorizou um tom teatral que destacou a competência do elenco. Tudo combinou com o capricho dos cenários e caracterizações propositalmente exageradas. Assim como fez em "Meu Pedacinho de Chão", por exemplo, o diretor resolveu adotar o escapismo da fantasia para permear essa primeira fase.

terça-feira, 8 de março de 2016

"Velho Chico": o que esperar da próxima novela das nove?

Após 14 anos longe da faixa nobre, Benedito Ruy Barbosa voltará ao horário mais importante da Globo. "Velho Chico" estreia no dia 14 de março, substituindo "A Regra do Jogo", de João Emanuel Carneiro. Porém, o autor será apenas supervisor do folhetim, que está sendo escrito por Edmara Barbosa, sua filha, e Bruno Luperi, seu neto. Dirigida por Luiz Fernando Carvalho, a produção terá tudo o que todas as obras de Benedito sempre tiveram: fazendeiros rivais com filhos que se apaixonam, um barzinho onde todos se encontram, e muita moda de viola.


Dividida em duas fases principais, a trama começa no final da década de 60 e chega aos dias atuais. A primeira fase pode ser vista nas lindas chamadas e já é possível perceber que o diretor transformou a história inicial em algo lúdico, como já fez em produções como "Hoje é Dia de Maria" e o remake de "Meu Pedacinho de Chão" (também de Benedito). Fica clara a identidade de Luiz Fernando Carvalho, que se preocupou, como sempre, nos mínimos detalhes de cenários e figurinos, além de uma fotografia de encher os olhos. Há um ar lírico em todo o conjunto.

A trama terá como pano de fundo o Rio São Francisco e a sinopse já tinha sido enviada para a Globo em 2009. A emissora acabou adiando o projeto, que sempre acabava ficando para depois. Inicialmente projetada para ser uma novela das seis, o folhetim, após muitos adiamentos, foi confirmado para o segundo semestre deste ano, substituindo "Êta Mundo Bom!", de Walcyr Carrasco.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"O Rei do Gado": um dos maiores sucessos de Benedito Ruy Barbosa

Um dos maiores sucessos de Benedito Ruy Barbosa começou a ser reexibido no "Vale a Pena Ver de Novo" no dia 12 de janeiro. A Globo decidiu reprisar "O Rei do Gado" para comemorar os seus 50 anos e, embora tenha uma vasta lista de marcantes produções que merecem ser vistas novamente, acertou na escolha deste clássico da teledramaturgia. A trama já havia sido reprisada pela emissora em 1999 e a novela foi transmitida pelo Canal Viva em 2011.


A tradicional história do ódio entre duas famílias, cujo conflito é aumentado com o amor nascido entre seus herdeiros, foi abordada pelo autor e conquistou o público. A rivalidade entre os Mezenga e os Berdinazi era o eixo central da primeira fase da trama (passada em 1943), que durou sete capítulos e foi impecável. Antônio Fagundes e Tarcísio Meira protagonizaram ótimos embates e os fazendeiros que se odiavam foram brilhantemente interpretados por eles.

Antônio Mezenga e Giuseppe Berdinazi eram homens poderosos, determinados e extremamente passionais. Defendiam seus interesses com unhas e dentes e a principal razão da grande rivalidade entre eles era a faixa de terra que ficava na divisa das duas fazendas ----- cada um era dono de um cafezal. Mas os eternos rivais não contavam que seus filhos se apaixonassem.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

"Torre de Babel": a polêmica novela de Silvio de Abreu

No dia 25 de maio de 1998, estreou no horário nobre da Globo "Torre de Babel", novela substituta de "Por Amor", sucesso de Manoel Carlos. A trama ficou no ar até 15 de janeiro de 1999, sendo substituída por um dos maiores fracassos da emissora: "Suave Veneno", de Aguinaldo Silva. A história de Silvio de Abreu apresentou alguns problemas iniciais, mas o autor conseguiu revertê-los, transformando sua produção em um sucesso.


Dirigida por Denise Saraceni, a trama começa em 1978, contando a vida de José Clementino (Tony Ramos), um homem humilde que trabalha na construção de um prédio, que faz parte de uma das muitas obras da construtora do rico engenheiro César Toledo (Tarcísio Meira). Durante uma festa, em comemoração ao final das obras, o protagonista sente falta de sua esposa. Ao encontrá-la, o rapaz a vê tendo relações com dois homens e surta. Acaba matando a mulher e um dos homens a golpes de pá. Uma situação fortíssima e ousada para uma novela, mostrando a coragem de Silvio de Abreu em sair do lugar-comum.

César, que também estava no evento, ouve os gritos, contém o empregado com a ajuda de outros operários e chama a polícia. Clementino é preso e o testemunho de seu chefe é decisivo para a sua condenação: 19 anos de prisão. Vinte anos se passam e a novela inicia uma segunda fase, baseada na saída do protagonista da prisão, que busca vingança contra a família Toledo.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

"O Beijo do Vampiro": a última boa novela de Antônio Calmon

A ousadia de Antônio Calmon lhe rendeu um estrondoso sucesso, em 1991, com a novela "Vamp". A trama que falava de vampiros marcou a teledramaturgia e até hoje é lembrada. Em 2002, o autor resolveu reviver esta temática e escreveu "O Beijo do Vampiro", que fez uma legião de fãs, conquistados com a 'nova geração' vampiresca, integrante da última boa novela de Calmon.


A trama, dirigida pelo saudoso Marcos Paulo, virou uma febre e teve até álbum de figurinhas. As crianças e os adolescentes foram os principais fãs do folhetim, que teve um grandioso elenco, personagens cativantes e uma história bem construída, repleta de ótimos efeitos especiais. Um enredo de amor, entremeado por elementos sobrenaturais, drama, humor e a clássica luta do bem contra o mal foram as principais marcas deste folhetim tão bem feito.

A trama começa no século XII, com o vampiro Bóris Vladesco (Tarcísio Meira) se apaixonando perdidamente pela princesa Cecília (Flávia Alessandra), que vive um romance com o conde Rogério (Thiago Lacerda). No dia do casamento da princesa com o conde, o vampiro mata o noivo de seu grande amor em um duelo, assim como toda sua família.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Primorosas atuações e realismo fantástico marcam o melhor capítulo de "Saramandaia"

Apesar do remake ter deixado a desejar em vários aspectos, "Saramandaia" tem apresentado uma reta final muito atrativa. O ritmo está bom, os desdobramentos interessantes e as cenas bem produzidas. Porém, ainda que esteja exibindo bons momentos nas últimas semanas, Ricardo Linhares conseguiu surpreender o público com um capítulo acima da média, exibido nessa terça-feira (17/09).


Todas as cenas apresentadas foram de uma grandiosidade ímpar. O momento em que Candinha (Fernanda Montenegro) se despede de suas galinhas imaginárias foi bonito de se ver, enquanto que o acerto de contas entre Risoleta e Zico Rosado foi recheado de tensão. Nessa cena, aliás, o telespectador foi presenteado com uma constelação de estrelas do primeiro time da Globo. Além de Deborah Bloch e José Mayer, Lilia Cabral e Fernanda Montenegro brilharam e mostraram o quão são talentosos. Vale destacar também os bons desempenhos de Sérgio Guizé e Angela Figueiredo.

Todos se entregaram na sequência onde João Gibão revelava sua visão e contava para todos que quem matou o filho de Zico foi Firmino (Val Perra), seu próprio capanga, e não Tibério (Tarcísio Meira), como muitos pensavam. O político se descontrolou e acabou confessando que mandou matar Risoleta, mas o plano

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Tarcísio Meira e Fernanda Montenegro emocionam em "Saramandaia"

A novela das onze começou promissora e algumas semanas depois se revelou uma enorme decepção. Após essa queda visível de qualidade ---- onde o remake se encontrava estagnado, sem o atrativo do realismo fantástico e com poucos conflitos ----, pode-se dizer que a trama melhorou nos últimos capítulos. Nada que a tenha transformado em uma maravilhosa e imperdível história, entretanto, uma evolução pôde ser vista. O capítulo exibido na última sexta-feira (23/08), por exemplo, exibiu a maestria de dois grandes atores e foi merecedor de muitos elogios.


O reencontro protagonizado por Tibério Vilar e Candinha Rosado, após anos de afastamento por causa da tradicional briga das famílias, foi lindo e proporcionou uma cena impecável para o telespectador. Tarcísio Meira e Fernanda Montenegro deram uma verdadeira aula de interpretação, onde a simples troca de olhares ficou maior e mais explicativa do que qualquer fala proferida.

Tibério e Candinha pareciam dois adolescentes perdidamente apaixonados se encontrando escondido dos pais. A inocência dos carinhos e os olhos lacrimejados foram os grandes 'protagonistas' do reencontro, evidenciando o amor que nunca foi esquecido ou apagado. A chance da sequência ficar piegas era