O que se observa na novela, dirigida por Leonardo Nogueira, é a dificuldade que o autor tem em desenvolver ou destacar os personagens que não fazem parte do núcleo principal. A produção tem um elenco numeroso e já é um desafio valorizar tantos nomes escalados. Para piorar, alguns perfis que pareciam animadores (e com tudo para momentos de destaque) foram sumindo do enredo gradativamente. Mário prefere focar apenas na trama central, mesmo quando não há conflitos relevantes sendo desenvolvidos. Com isso, infelizmente, perde o conjunto do roteiro, os atores e o próprio público.
Amadeu (Luiz Fernando Guimarães), por exemplo, começou com um propósito bem criativo. O vilão sofre de uma doença incurável e precisa usar um tubo de oxigênio o tempo todo. Com a notícia do descongelamento de uma família de 1886, se animou com a possibilidade de poder se congelar até a medicina descobrir a cura de sua enfermidade. Para isso, fez questão de se aproximar da família Sabino Machado e virou grande amigo de Dom Sabino (Edson Celulari).