quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Tudo sobre a coletiva online de "Mar do Sertão", a nova novela das seis

 A Globo promoveu no dia 11 de agosto a coletiva virtual de "Mar do Sertão", a nova produção das 18h, escrita por Mário Teixeira e dirigida por Allan Fiterman, que entra no lugar de "Além da Ilusão". Participaram do encontro online o autor, o diretor e os atores Sérgio Guizé, Isadora Cruz, Debora Bloch, José de Abreu, Renato Góes, Enrique Diaz, Welder Rodrigues, Érico Brás, Mariana Sena, Theresa Fonseca e Giovana Cordeiro. Fui um dos convidados e conto tudo sobre o bate-papo.


Mário Teixeira comentou sobre a ambientação de sua história: "Passei parte da minha infância no Ceará e sempre tive vontade contar uma história de lá. Canta Pedra é uma cidade fictícia com paisagens que nós inventamos, mas o regionalismo é vital. É uma história que está dentro de todos nós. Fico orgulhoso de ter escrito essa novela. Já tive a chance de ver o primeiro bloco da novela e está incrível. É um sopro de esperança no Brasil de hoje. Como o Brasil poderia ser. A realização do sonho das pessoas e do meu também". 

O diretor Allan Fiterman contou um pouco sobre a ideia da essência do folhetim: "Conseguimos lugares incríveis para fazer Canta Pedra existir. Fomos para Piranhas, Vale do Catimbau, enfim. Conseguimos fazer várias cenas até o capítulo 60. Tentamos trazer uma geografia que não existe e a cultura nordestina de uma forma linda.

A nossa ideia é trazer a composição dessa geografia para a cidade cenográfica. A área onde o Timbó (Enrique Diaz) mora é a mais lúdica da trama, por exemplo, e esperamos que vocês gostem. Estamos em um momento tão sofrido que esperamos que a novela acalente o coração do público". 

Renato Góes comentou: "A cenografia, a arte e os efeitos reproduziram tudo de forma magistral, mas estar na locação foi um presente para gente. Para construção do personagem, entender o bioma que a gente estava. Precisei me desconectar totalmente do Zé Leôncio e tem mais de dois meses que não vejo nada de 'Pantanal'. E tive a sorte de viver um tipo tão diferente do Leôncio". "Foi importante viver as duas semanas no semiárido. Os personagens estavam nascendo. O Renato estava descobrindo como era pisar ali e eu estava entendendo como os personagens se comunicavam. O Zé Paulino com o Tertulinho. A gente começou a contar a história ali", acrescentou Sérgio Guizé. 

Isadora Cruz falou sobre a sua mocinha: "A natureza trouxe um borogodó para o nascimento dos personagens. As pessoas de lá imbuídos naquela energia. Foi maravilhoso. A minha personagem é movida pelos animais, ao amor pela natureza, pela mãe, pelos amigos, pelo Zé Paulino. E o triângulo amoroso vai ser bem interessante porque são dois amores muito distintos para Candoca. Com o Zé Paulino é o amor de outras vidas, genuíno. Com Tertulinho é o amor que representa a praticidade da vida. Ele acolhe ela quando ela mais precisou que foi na morte de Zé Paulino e da mãe. Candoca para minha carreira e para minha vida está sendo transformadora", finalizou a intérprete. 

Clarissa Pinheiro estava encantada por sua personagem e contou o motivo: "A Tereza vai trazer uma retidão e uma esperança no ser humano. Ela é desconfiada, mas traz uma inocência na crença no outro. Teve sete filhos com Timbó e só três vingaram. Ela é o pé no chão e ele vive nas nuvens, mas é um bom pai. É bom mostrar na trama isso porque ele faz as suas 'trambicagens', mas não deixa faltar em casa". "É tudo muito amoroso. Os personagens são muito amorosos. A novela tá com cara de ser uma gostosura. O texto é maravilhoso", complementou Enrique Diaz, intérprete do Timbó, um dos tipos mais promissores da trama. 

José de Abreu, intérprete do coronel Tertúlio, falou sobre a comicidade da história: "Essa novela tem muito humor e eu não faço humor desde 'Avenida Brasil'. Tem muito tempo que eu só faço novelas sérias. Estou gostando muito. Nesses quarenta e poucos anos de Globo, já entrei muito nesse universo sertanejo-nordestino. E fiquei muito impressionado com a escrita do nosso autor. A sinopse me encantou. O que mais me encanta nessa novela é algo recorrente nas tramas da Globo: criar um universo que não existe e trazer a realidade tão pequena daquela cidadezinha para o universal. E Canta Pedra tem uma simbologia grande porque cantar pedra é dizer uma coisa que vai acontecer e acontece. Me lembra muito aqueles novelões de Dias Gomes e Aguinaldo Silva". Érico Brás acrescentou: "Há muito tempo que não temos uma novela assim. A pessoa que para em casa para ver novela vai ver uma história muito gostosa e com muito humor. Já o meu personagem, Cidão, ama o poder. Estar próximo do poder enche o coração dele". 

Debora Bloch falou da animação com o novo trabalho: "O que enche o coração da Teodora é o Tertulinho que é um filho mimado demais pela mãe. Mas o que enche o meu coração é a brasilidade dessa história. Uma cultura muito forte. É muito bom a gente estar mostrando esse lado do Brasil. E esse elenco tem muitos atores nordestino, poucos sudestinos. Muito talentosos e com um sotaque muito gostoso de ouvir. Aconteceu uma química muito prazerosa. Fiquei muito tempo sem fazer novelas, mas foi algo natural. Fui emendando uma série na outra e foram trabalhos muito importantes para mim. Diferentes de tipos que estou acostumada a fazer. Fui convidada por Allan e Mário para fazer essa novela e achei a sinopse muito bonita. A minha personagem é uma mulher que ama o poder, o dinheiro. É uma família bem representante de certa elite brasileira. Não tem empatia pelas pessoas mais simples. Tem valores questionáveis. É bastante controladora. Manda em tudo. Mas ao mesmo tempo tem um humor". 

Giovanna Cordeiro demonstrou sua alegria com o novo projeto: "A novela entrega muito carinho, muito humor e muita beleza. Apesar de não ter contracenado com o Renato Góes, a nossa história era bem conectada em 'Pantanal'. Agora estamos juntos em cena e não acredito em coincidências. Fico muito honrada em terem confiado a Xaviera a mim. Eles têm uma química sexual grande. Ela é uma camaleoa. Renovou minha esperança e foi um furacão na minha vida. Ela é um furacão em Canta Pedra também", detalhou a atriz. 

Welder Rodrigues falou sobre sua estreia em novelas: "Não tenho capacidade técnica para fazer novela e estou fazendo essa porque o Allan é um sedutor. E lembro de vários políticos para fazer o meu prefeito. Mas não vou falar nomes porque não quero ser processado e nem quero que a Globo gaste dinheiro com processo", se divertiu o ator. 

Perguntei ao Allan Fiterman sobre a musicalidade da trama, já que em "Quanto Mais Vida, Melhor!", também dirigida por ele, tinha a trilha sonora quase uma personagem à parte: "Primeiro quero agradecer o reconhecimento por essa novela porque realmente foi algo muito importante para mim. Agora com 'Mar do Sertão'  é muito especial porque o universo nordestino é muito importante. Não cabe muito música internacional nessa novela. Teremos versões de clássicos 'como Asa Branca', 'Carcará' e 'Chic-chic' em novas roupagens. A gente pode trazer uma música mais alegre em versão mais dramática dependendo da cena. É um universo fabular e a música será muito importante". 

"Mar do Sertão" estreia no dia 22 de agosto. 

6 comentários:

Chaconerrilla disse...

Tenho vontade de assistir pelo Guizé! Só será difícil porque quando uma novela acaba e vem outro, o coração ainda está batendo pela que finalizou.

Anônimo disse...

Sergio qual novela vc está com mais expectativa: Travessia ou Todas as Flores.

A segunda pergunta: Qual elenco está melhor?

Anônimo disse...

A célebre coletiva de um folhetim que, se bem desenvolvido, será como um mar de rosas para todos os profissionais envolvidos e também para o público que o acompanhar. Uma correção, Sérgio: a personagem vivida por Giovana Cordeiro se chama Xaviera.

Guilherme

Sérgio Santos disse...

Entendo, chaconerilla.

Sérgio Santos disse...

Travessia, anonimo. Os elencos estão bons.

Sérgio Santos disse...

Corrigido, Guilherme.