A primeira temporada de "Aruanas" estreou exclusivamente no Globoplay em 28 de julho de 2019 e exibida na Globo entre 28 de abril a 30 de junho de 2020. A série recebeu vários elogios merecidos e o sucesso da trama originou a segunda temporada, que foi disponibilizada no serviço de streaming da emissora no dia 25 de novembro de 2021 e em duas semanas no ar entrou para o top 10 de produtos mais vistos da plataforma. Agora, a história protagonizada por ativistas ambientais vem sendo exibida pela Globo desde o dia 9 de maio.
Não há falta de dinheiro, artimanha política, interesse econômico ou abalo na amizade que faça as ativistas da ONG Aruana desistirem de lutar pelo meio ambiente. A organização fictícia que apresentou ao público Natalie (Débora Falabella), Luiza (Leandra Leal), Verônica (Taís Araújo) e Clara (Thainá Duarte) volta em uma nova configuração na segunda temporada de "Aruanas". Fortes e destemidas, elas encaram grandes desafios em nome de uma causa maior.
Com o afastamento de Verônica em função do envolvimento com o ex-marido de Natalie, a entidade agora passa por uma série de dificuldades, entre elas, uma grave crise financeira. Sabendo que nada pode ser maior que a urgência em salvar o planeta, a dupla Natalie e Luiza precisa se reinventar e criar estratégias para manter a ONG funcionando.
Recebem, então, a ajuda financeira de Théo (Daniel de Oliveira). Filho de família rica e tradicional, dona de frigorífico, ele leva inovações de start up à organização, mas acaba instaurando um clima de desconfiança no grupo.Mesmo fragilizadas, elas têm de ser ágeis diante da informação de que o governo, em Brasília, está prestes a aprovar uma Medida Provisória para isentar as empresas petroleiras em mais de R$ 1 trilhão em impostos. A ameaça desencadeia uma série de ações na Aruana, entre elas uma investigação na cidade fictícia de Arapós, um grande polo petroquímico que, após uma tragédia ambiental, foi transformada em símbolo de sustentabilidade urbana, sob a administração do prefeito Enzo (Lázaro Ramos). O que o grupo descobre é que, por trás dessa aura de cidade-modelo, pode haver um mistério decisivo para impedir a aprovação da emenda. Nesta luta, Natalie e Luiza correm risco de vida e enfrentam adversários como a lobista Olga (Camila Pitanga), que volta mais intensa e incisiva, com uma nova cartela de clientes e interesses. Entre eles, Robert Thompson (Joaquim de Almeida), investidor estrangeiro e representante do setor petroleiro. A força da união feminina será o maior trunfo diante das tentativas de calar suas vozes.
A trama da segunda temporada é bem mais atrativa que a da primeira e a tensão está melhor explorada na narrativa. O maior destaque segue sendo Débora Falabella e a participação luxuosa de Lima Duarte no primeiro episódio tem um forte impacto no enredo. Mas os roteiristas acertam também na abordagem, sem medo, de romances homossexuais e com cenas ousadas, ainda mais diante de uma emissora que parece estar retrocedendo ao conservadorismo nos últimos meses diante dos cortes em "Vai na Fé", novela das sete de maior sucesso atualmente. A cena de beijo protagonizada por Daniel de Oliveira e Vitor Thiré (André) surpreende, assim como o envolvimento entre Olga e Ivona (Elisa Volpatto). Aliás, o romance humaniza a vilã que na temporada anterior é vista mais de maneira fria e sem maiores nuances. No entanto, as cenas exibidas no Globoplay de momentos íntimos do casal são quase todas cortadas pela Globo. O beijo das duas foi interrompido no meio e a sequência de sexo das personagens, que deveria ter ido ao ar nesta terça-feira, dia 30, acabou totalmente censurada. Vale ressaltar que a série vai ao ar sempre depois das 23h. Pelo visto, a cúpula do canal resolveu censurar beijos em qualquer faixa horária. O preconceito vem predominando sem maiores receios.
"Aruanas" é um original Globoplay, desenvolvido pelos Estúdios Globo em coprodução com a Maria Farinha Filmes. A segunda temporada da série é criada por Estela Renner e Marcos Nisti, escrita por Estela Renner, Marcos Nisti e Carolina Kotscho. A obra tem direção artística de André Felipe Binder e direção de Mariana Richard. A produção é de Isabela Bellenzani (TV Globo) e Mariana Oliva (Maria Farinha). A direção de gênero é de José Luiz Villamarim. A segunda temporada faz jus aos elogios recebidos e quem quer assistir sem cortes, que beneficiam o conservadorismo e o retrocesso, vale mais a pena acompanhar pelo streaming, já que a emissora aparenta estar sob comando de algum bispo da Record.
13 comentários:
A Globo agora foi vendida pra algum bispo da Record mesmo.
Eu achei a primeira temporada boa, mas da segunda ja nao gostei.
A Débora Falabella é incrível sempre.
Bom dia Sérgio,
Certamente que todos somos favoráveis à organizações e ações voltadas à proteção do meio ambiente. Uma série que aborda o assunto é bem-vinda, portanto.
Na vida real, descobriu-se muita coisa indesejável em ONGs dessa natureza (e de outras, rsrs).
Beijo e bom mês de junho
Eu tenho vontade de ver esta série, mas
sempre aparece outra que me chama mais a atenção.
Ane/De Outro mundo
Ta parecendo, anonimo.
Eu preferi a segunda, Fernanda.
Débora é mesmo, anônimo.
Isso é verdade, Marly...
Abçs, Emerson.
Entendo, Ane. bjs
Daniel de Oliveira tá maravilhoso em mais uma série. Deu gosto acompanhar.
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