quarta-feira, 27 de julho de 2022

Romance dos mocinhos de "Além da Ilusão" é repleto de situações problemáticas

 "Além da Ilusão" vem se mostrando uma novela das seis com boas qualidades e Alessandra Poggi acertou na condução de vários personagens. Sua primeira novela como autora solo é gostosa de assistir. No entanto, há um fato que desperta questionamentos à medida que a história avança: a relação dos mocinhos. O desenvolvimento em torno do amor que une Davi (Rafael Vitti) e Isadora (Larissa Manoela) teve falhas perceptíveis desde o início e agora, com a produção se encaminhando para a reta final, tudo ficou mais incômodo. 

É preciso ressaltar que o romance do casal necessitaria de um cuidado maior na construção em virtude do drama pesado do enredo. Nada mais chato do que problematizar ficção, mas é um contexto impossível de ignorar. Davi se apaixona perdidamente por Elisa (Larissa Manoela), mas a menina acaba assassinada pelo pai, Matias (Antônio Calloni), que comete o crime por acidente, já que sua intenção era matar o futuro genro, após flagrá-lo tentando fugir com a mocinha. Para culminar, o juiz consegue incriminar o rapaz, que é condenado a 20 anos de cadeia, mas escapa da prisão após dez anos. O mocinho foge com o objetivo de provar sua inocência. Só que, por conta das coincidências novelescas, acaba sofrendo um acidente de trem, rouba a identidade de um passageiro aparentemente morto e começa a trabalhar na tecelagem de sua ex-sogra. 

Com o nome falso de Rafael Antunes, o personagem logo criou vínculos com todos e conheceu Isadora (Larissa Manoela), a irmã de Elisa, de quem era amigo dez anos atrás. Sim, Davi, já adulto, conhecia Dorinha ainda criança. A situação já despertava incômodo. Mas piorou quando o mocinho se apaixonou subitamente assim que a viu.

O mágico estava planejando sair da cidade para Dorinha não reconhecê-lo, mas caiu do cavalo e recebeu a ajuda justamente da sua ex-cunhada. O encantamento foi imediato, o que reforçou a impressão de um amor apenas pela semelhança física com a falecida Elisa. Não houve qualquer construção. Embora o texto tenha reforçado várias vezes que Davi se apaixonou pelo jeito de Isadora, não deu para engolir porque o rapaz nem teve tempo para conhecê-la de verdade. Em poucos dias já estava apaixonado. Não adianta botar no texto fatos que não foram mostrados. 

E também despertou muito estranhamento o mocinho nunca ter se questionado sobre o sentimento ou até lutado contra. Afinal, como Davi nunca parou para pensar na situação absurda que era estar apaixonado pela irmã da paixão de sua vida que foi assassinada pelo próprio pai e que ainda o incriminou? A situação despertaria angústia em qualquer ser humano minimamente normal. A autora deveria ter criado um dilema ético para o protagonista. Davi tinha que ter lutado contra aquele sentimento, ainda que não conseguisse resistir ao longo do tempo. Não tinha a necessidade de um amor tão apressado, ainda mais em um produto com mais de 150 capítulos. Até porque é difícil um casal cair nas graças do público com um desenvolvimento corrido. Ainda mais um par que tem uma bagagem emocional tão difícil de lidar como o da novela das seis. Para o Davi estar apaixonado pela irmã mais nova da mulher que diz ter amado profundamente é algo natural. O pior é que para Augusta (Olívia Araújo), sua cúmplice desde o início, e Heloísa (Paloma Duarte), que descobriu o segredo posteriormente, também é. Até a dona da pensão que ajudou o mágico a manter a identidade falsa, Dona Romana (Andrea Dantas), acha algo normal. Leônidas (Eriberto Leão) e Arminda (Carol Dallarosa) também não viram problema. Como pode? 

Outro fato que causa estranhamento, para dizer o mínimo, é o mocinho estar mais preocupado com a vida da Isadora do que em provar sua inocência. O juiz que o condenou foi assassinado, mas o personagem não ligou muito para isso. O perito que foi ameaçado por Matias fugiu levando as provas da inocência do Davi, mas, ao invés de caçá-lo, o mágico contratou um detetive e ficou por aí mesmo. Davi praticamente viveu em função de Dorinha a novela inteira. E a vigiava o tempo todo, o que também despertava incômodo. Ok, no início da história, o personagem ouviu Úrsula (Bárbara Paz) tramar a morte da menina para que seu filho, Joaquim (Danilo Mesquita), ficasse com a fortuna depois do casamento. Mas os personagens nunca casaram, portanto, a mocinha não corria risco de vida para despertar tanta obsessão de Davi a ponto de se fantasiar para segui-la o tempo todo. Davi parecia mais um 'stalker'. Agora, que a mocinha caiu nas garras do vilão e acabou se casando com ele, seria plausível o mocinho vigiá-la 24h. Mas, ironicamente, foi justamente o momento que o rapaz cogitou sair da cidade para procurar provas de sua inocência. Pareceu piada da autora. 

Somando-se aos equívocos do desenvolvimento do casal, antes de Isadora ter caído na armação de Joaquim e se casado com ele, o mocinho simplesmente pediu a mocinha em casamento e nem se preocupou com o documento falso para estabelecer a união. O único momento de receio de Davi foi em uma conversa com Augusta, quando disse que tinha medo da reação da Isadora com a verdade. Mas logo ouviu de sua cúmplice que a menina iria perdoá-lo, afinal, o amava. Como se tudo aquilo fosse uma mentirinha besta. Vale até citar mais uma situação que prejudicou a construção dos mocinhos: Davi começou a transar com Isadora e nunca pensou em contar que transava com Elisa. Teve relações sexuais se passando por outra pessoa, o que é crime, entre muitos que vem cometendo. O mesmo que Christian (Cauã Reymond) fez com Bárbara (Alinne Moraes) em "Um Lugar ao Sol". Por sinal, a saga dos personagens se parece bastante, guardadas as devidas proporções. E é ótimo ver mocinhos que fogem dos padrões e se mostram repletos de defeitos e falhas de caráter. É algo ousado e válido. Mas na novela das nove, Lícia Manzo fazia questão de expor como seu protagonista era torto. Alessandra Poggi não faz o mesmo com Davi. Ele é tratado como um coitadinho que não faz nada de mau. E a saga de Davi seria muito mais rica se o romance com Isadora fosse constatado como uma mera ilusão do rapaz e cada um seguisse sua vida no final. Porque é difícil demais ignorar tudo o que tem acontecido para um desfecho fofinho que nem um conto de fadas. 

O pior é que na semana passada Isadora finalmente descobriu que Rafael é Davi. Outra situação que ficou difícil de engolir diante dos fatos apresentados. Primeiro: o mágico deveria ter dito a verdade por conta própria, mas resolveu fazer a mágica que tinha feito para Dorinha na primeira fase, quando a estilista ainda era uma criança. E se assustou quando a personagem lembrou do ocorrido e o desmascarou. Como assim? Não previu isso? Mas não acabou. Isadora nem ligou para o fato do rapaz ter escondido que tinha relações com sua irmã. Isso depois de ter dado um escândalo e rompido o casamento em pleno altar assim que soube que seu então noivo tinha transado com Iolanda (Duda Brack), enquanto eles estavam separados. Tudo bem focar na questão do assassinato de Elisa, que é algo bem mais grave, mas qual o sentido desse fato ser ignorado? Não é um detalhe bobo. É algo bastante relevante: o personagem se envolveu com duas irmãs, onde uma foi assassinada brutalmente e a outra tem a mesma aparência da falecida. Como isso não é levado para discussão? Como os personagens não estranham ou se incomodam? Ninguém se choca ou ao menos desconfia? O Davi é inocente, mas só o público pode ter certeza porque viu os fatos. Os personagens só ouvem versões. O Matias sempre foi um canalha, então é natural que acreditem na versão do protagonista, mas cegamente? E na hora? Porque todos compram a narrativa assim que a escutam. E se trata de um crime traumático. Mas não há qualquer nuance na trama central. O mocinho é tratado como uma pessoa 100% íntegra, sem defeitos. Há uma santificação em torno do personagem. Qualquer complexidade foi jogada fora. 

Para piorar, não demorou nem uma semana para Isadora perdoá-lo por tudo. Não é por acaso que o romance desperta tantos questionamentos nas redes sociais. Só quem gosta são os integrantes do 'fandom' do par. O resto acha um absurdo. O plot central tem muitas camadas para ser resolvido de forma tão rasa. E houve outro fato que transbordou mau gosto: o espírito de Elisa apareceu logo depois de uma transa de Davi e Isadora para 'abençoar' o romance. A alma da morta vendo os dois na cama e com uma expressão de doçura beirou o patético. Como alguém achou que aquilo resultaria em algo emocionante? Só soou constrangedor mesmo. E ficou evidente a tentativa da autora de forçar essa bênção porque sabe da rejeição que o romance tem nas redes sociais. 

A premissa que envolve os mocinhos de "Além da Ilusão" é idêntica a de "Espelho da Vida", primoroso folhetim de Elizabeth Jhin, exibido em 2019. Porém, na trama passada havia a temática espírita e os mocinhos reencarnavam para ter uma nova chance. Julia Castelo (Vitória Strada) foi assassinada pelo próprio pai, Coronel Eugênio (Felipe Camargo), e Danilo Breton (Rafael Cardoso) acabou morrendo de tristeza na prisão, condenado pelo crime que não cometeu. Mas os dois renasceram muitos anos depois ---- como Cris e Daniel ---- e puderam ter um final feliz. Se a situação fosse repetida na atual história, não haveria nenhuma questão incômoda. Só que o enredo do par de Alessandra Poggi, fazendo um comparativo com a obra anterior, se resume em Danilo Breton se apaixonando à primeira vista por Cris Valência (Vitória Strada), irmã idêntica de Júlia Castelo, dez anos depois, se passando por outra pessoa e sem apresentar qualquer crise de consciência. Um contexto que provoca, no mínimo, controvérsias. 

17 comentários:

Gabriella disse...

Obrigada por traduzir em palavras tudo o que me incomoda nesse casal. E não sei como voce aguenta aqueles 5 fãs insuportáveis que te enchem no Twitter jurando que eles sabem interpretar o roteiro quando só mostram o quanto são burros.

Anônimo disse...

Eu não sei o porquê colocaram a mesma atriz para fazer as irmãs, sendo que nenhum personagem leva em conta isso, nem o davi e nem os outros personagens se importam com esse fato, poderiam ter colocado atrizes diferentes.

Chaconerrilla disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Chaconerrilla disse...

A cena do espírito da Elisa aparecendo para Isadora foi ridículo, para dizer o mínimo. Seria muito mais crível, como você disse, se ele ficasse em dúvida sobre os sentimentos que têm por Isadora. Se ele se perguntasse em alguma cena "será que eu a amo mesmo ou amo a imagem de Elisa?" e além disso também resistisse ao sentimento!. Além disso, é um absurdo que os personagens aceitam tão rapidamente a situação. É bizarro que eles achem tão natural Davi estar com alguém idêntico a Elisa. Na cena que Augusta conversa com Isadora, ela mesma diz: "ele se encantou por você assim que te viu". Essa fala basicamente não confirma que ele se apaixonou pela semelhança????? Aiai, da metade para cá, a novela desandou, viu? Uma decepção atrás da outra.

Anônimo disse...

Não há dúvidas de que nada do que a autora Alessandra Poggi fizer para tornar minimamente crível o desenvolvimento da trama central de "Além Da Ilusão" surtirá efeitos positivos. E ótima comparação do protagonista do atual folhetim das 18h15min com os das novelas "Espelho Da Vida" (2018) e "Um Lugar Ao Sol" (2021), evidenciando-se o fato da construção consistente dos arcos dramáticos de Christian (Cauã Reymond) e Danilo/Daniel (Rafael Cardoso), Sérgio.

Guilherme

Anônimo disse...

Eu gosto da novela mas vejo muitas falhas, a novela começou tão bem, uma pena o quanto se perdeu, o maior equivoco sendo o casal principal, Elisa e Davi foi tudo tão rápido, amor a primeira vista, e dava para entender pq a autora iria matar a personagem para a verdadeira historia iniciar, ao invés de mostrar um contraste na história da Dorinha e Davi ela vai e faz a mesma coisa, tinha a chance de construir algo bonito, mas não... Davi ficando na fazenda depois de ver a Dorinha é aceitável, depois decidindo ficar para proteger ela do Joaquim faria sentido, ele se sentindo na obrigação de proteger a irmã do grande amor da vida dele, com o passar do tempo, eles se tornam amigos, um sentimento começa a se desenvolver até eles se darem conta que estão apaixonados, deveria de ter explorado o dilema do Davi estar assumindo uma nova identidade, de querer revelar a verdade para Dorinha, e nesse tempo, a autora poderia ter colocado algumas pistas para o Davi seguir sobre o perito que sabe que ele é inocente...

Ai temos Isadora que mudou de personalidade de acordo com o que a texto/historia pedia, no começo ela era tão afrente do seu tempo, e ao longo da novela se torna uma típica mocinha da época...

Ai temos Augusta que tinha uma importância ótima na primeira fase e depois ficou na trama como orelha do Davi, quando ela poderia ter sua própria historia, seria ótimo se ela tivesse tido embates com o Matias, ela tendo relevância na historia central, já que ele a ameaçou no começo, obrigando ela a ficar de boca fechada, sendo um racista nojento... Ai temos Felicidade que tinha um destaque legal no começo e depois que saiu da fabrica, ficou esquecida no churrasco.

Heloísa passou a novela toda procurando a filha e o que a autora faz? Ao invés de escrever e desenvolver a relação dela com a Olívia, não, decide usar a menina para redimir o Matias, é surreal, e tipo, Matias não se importa nem com a Dorinha, do nada fica obcecado com a Olivia... Outra coisa, todo mundo que descobre que o Matias matou a Elisa continua tratando ele do mesmo jeito, tipo???? Ninguém se revolta, ou se recusa a ficar perto dele, o Leônidas passou a novela inteira batendo palma para doido, e agora a Violeta descobre a verdade e a Heloísa que foi a vitima de tudo que vai se fuder enquanto o Matias todo mundo tem dó.

A trama da Emília é algo nojento, a mulher passou a vida toda sonhando em ser cantora de rádio, aí do nada resolvem transformar ela numa cretina, numa golpista, a coitada casada com um machista, que sempre a diminuiu, sempre fez questão de esfregar na cara dela que o lugar dela é em casa, cuidando dele, do filho, e da casa.

E ainda temos essa historia horrível do Lorenzo, Bento e Letícia, se a intenção da autora era não vilanizar os personagens, pq fez o Lorenzo mentir sobre se alistar? O Lorenzo poderia facialmente ter sido convocado, o Bento ido atras, ter sido dado como morto e depois voltado, faria muito mais sentido, ou então, deveria ter vilanizado um dos dois pq essa historia ficou péssima, não tem como comprar nenhum dos lados.
Bento volta, depois de mentir para todo mundo, o pai logo perdoa, Bento vai atrás da Letícia e exige fidelidade dela sendo que foi um covarde e ainda usou a Silvana quando achou que iria ficar aleijado na Itália... E temos o Lorenzo hoje tratando a mãe feito lixo como se ele fosse super íntegro, a Giovanna nunca foi super protetora, aquela conversa com a Leticia foi sem pé nem cabeça, a Giovanna sempre tentou chamar o Lorenzo pra razão, entendo as pessoas da vila ficarem chateadas com ela por conta da mentira, mas a Leticia chamar ela de super protetora, sempre se metendo na vida do filho, foi tipo??? E o Lorenzo agindo como o dono da razão, depois de mentir sobre ter sido convocado para guerra, é de doer... Todas essas inconsistências desanimam demais acompanhar a novela, é tipo, tratar o público feito idiota, falta de respeito total.

Pedrita disse...

era minha novela preferida, muito, mas muito decepcionada. entendo os argumentos da autora sobre a mulher da época, mas a autora modernizou boa parte das mulheres, então não faz sentido essa justificativa. as excessivas armações q dão sempre certo são cansativas e chatas. beijos, pedrita

Chaconerrilla disse...

Obrigada, anônimo! Obrigada por mostrar todas as incoerências desse roteiro.
Só faltou falar do Constatino, que de uma hora para outra passou de um pessoa centrada e ajuizada para ser um adolescente rebelde sem causa junto a Julinha.

Anônimo disse...

Quanto moralismo barato nesse texto, cruzes. E daí que ele conheceu ela criança? Ela não é criança agora, ele n é nenhum pedoilo. E daí que ela é irmã da Elisa? O ponto de conflito é justamente esse, o azar de cair justo naquela fazenda

Anônimo disse...

Muito obrigada, você escreve muito bem e foi bastante educado kkkk eu já tinha usado uns palavrões, tudo sem nexo kkk

Guilherme disse...

A autora apelou demais para clichês e sacrificou a história para construir determinados casais. Aí claro vc acaba prejudicando o desenvolvimento de alguns personagens, alterando o perfil original deles como a Isadora etc. Aliás, o Walcyr Carrasco vive fazendo isso nas novelas dele. Enfim, a autora errou nisso e acabou simplificando, superficializando a novela para facilitar o desenvolvimento. Aí sobraram os clichês comuns ao gênero telenovela. Espero que a Globo dê um tempo com novelas de época. Os autores apelam sempre para os mesmos clichês e isso prejudica demais o desenvolvimento da trama.

Anônimo disse...

Obrigada por traduzir em palavras tudo de absurdo que a novela tem mostrado. Se fores ver, em geral as mulheres se ferram, ou são vilanizada pra dar destaque pra um homem nojento. A forma como a Dorinha é objeto de todo tipo de violência contra mulher, de acordo com a necessidade do roteiro, me da embrulhos no estômago.

Bia disse...

Esse texto está muito bem escrito e expressa todas as minhas opiniões. No início, eu estava gostando de acompanhar e tinha tantas qualidades, mas no decorrer da transmissão, foram se perdendo e pior, a má escritura do roteiro começou a se tornar tão gritante que não dava mais para ignorar como no início/meio da história. Sinceramente, o único núcleo que se salva é o da Arminda por não ter nada questionável (sem contar o subplot que teve entre o Plínio e Leopoldo que foi de extremo mal gosto).

MARILENE disse...

Sérgio, quando a novela começou eu até pensei em acompanhála, mas desanimei. Muito boa sua análise sobre ela. Abraço.

Mônica disse...

Ótima análise. Gosto muito da novela, mas nessa reta final, na verdade, pouco sobrou. Além dos problemas apontados no texto e em outros comentários, até o núcleo do cassino se perdeu. Parece uma ópera bufa. Todos os personagens se perderam, apesar de ser engraçado algumas vezes. Essa semana o Constantino querendo vender a filha para o sheik falou pra Julinha que ela poderia jogar em vários cassinos pelo mundo que seriam do sheik, sendo que a novela toda ele lutou contra o vício da mulher. A irmã do Inácio sumiu da história e o pai dele ainda não voltou da guerra, sendo que até o Bento já voltou a andar. Aliás, um grande problema da história é a questão temporal. Nunca sabemos quanto tempo passou, principalmente considerando o nascimento da filha da Felicidade que ficou até ridículo pelo tanto que a gravidez demorou. Quando apareceu aquele núcleo de ciganos, parecia uma história de meses considerando o tanto que as pessoas demoraram para confiar neles e comprar seus produtos, então desde o começo, apesar das qualidades, essa questão temporal foi um problema. Os eventos descritos na novela são demorados, mas parece que tudo se resolve em horas: a Margô e a Iolanda chegam na cidade, montam um espetáculo, a Margô participa de de uma radionovela, acaba a radionovela e ela participa de um concurso pra cantoras. A Heloísa faz sexo com o Leônidas, descobre que está grávida, descobre a filha perdida e se casa. A Isadora planeja dois casamentos, sendo que demora um pouco a aceitar o pedido do Joaquim e a Felicidade ainda não ganhou o bebê que ela espera desde o começo da novela. Falei de algumas situações, mas tudo nessa novela é assim sem respeitar nenhuma lógica.

Anônimo disse...

Sergio Santos vc tem mais expectativa em qual novela: Travessia ou Todas As Flores e a segunda pergunta qual o melhor elenco entre as duas?

Ross J disse...

After reading throungh your context ,This has to be one of the best  blog I have  come across in a while.
The delivery is almost similar to the vicodin 5-300 mg en espanol  
we offer our clients. I gotta bookmark this blog to come back for more amazing content