A história começou arrebatadora. A temática sobre refugiados atraiu pela importância de uma abordagem tão atual na teledramaturgia e o contexto envolvendo os personagens se mostrou muito bem introduzido. O romance impossível da corajosa Laila (Julia Dalavia) e do destemido Jamil (Renato Góes) despertou atenção, assim como as maldades do implacável vilão Aziz Abdallah (Herson Capri) e a sofrida vida da justa Soraia (Letícia Sabatella). A guerra na Síria proporcionou cenas impactantes e a fuga dos sobreviventes emocionou. A complexidade da filha do sheik, Dalila (Alice Wegmann), também provocou interesse e todo o conjunto parecia promissor.
Até mesmo o núcleo cômico, alvo costumaz de críticas ferrenhas de parte da imprensa em qualquer folhetim, proporcionou uma ótima impressão através da divertida guerra entre uma família árabe e outra judia.
As discussões de Mamede (Flávio Migliaccio) e Bóris (Osmar Prado) eram impagáveis e a questão envolvendo a rivalidade dos cachorros dos vovôs rabugentos ---- Salomé, um Dog Alemão gigantesco, e Sultão, um Chiuaua pequenino ---- se mostrou uma boa sacada das autoras. Outro êxito foi o par formado por Ali (Mouhamed Harfouch) e Sara (Verônica Debom), o que resultou em uma inimizade ainda maior entre as famílias.
Ou seja, tinha tudo para ser um novelão de primeira qualidade e a melhor produção das escritoras, com chances reais de superar até a aclamada "Cordel Encantado" (2011). Mas infelizmente o enredo morreu em um mês. A agilidade das primeiras semanas que empolgou o público parecia uma coragem de Duca e Thelma. Afinal, queimaram muitas cartas em pouco tempo e a atitude era a prova de que teriam muitas outras reservadas para os futuros meses. O problema é que não tinham. Simplesmente mataram os dois personagens mais atrativos da novela e esqueceram de criar novas situações tão convidativas quanto. Para culminar, ainda se perderam na condução do que tinha funcionado e expuseram uma completa ausência de história.
O assassinato de Soraia não teve reflexo algum para o andamento do roteiro. O crime cometido pelo maior vilão da novela serviria apenas para expor as complexidades da arrogante Dalila. Afinal, a vilã sempre amou a mãe e jamais perdoou o que seu pai fez com ela. A menina nunca se sujeitou aos costumes machistas de sua religião e se indignou com a atitude de Aziz, ainda que o sheik tenha sido amparado pela "lei da lavagem da honra". E o romance proibido de Soraia com Hussein (Bruno Cabrerizo) era lindo de se ver. Tinha tudo para ser o melhor casal da novela. Mas o contexto foi interrompido de forma gratuita. Afinal, a situação poderia render uma boa rivalidade entre pai e filha. A vilã se vingando do próprio pai de forma sutil, destruindo seus negócios, por exemplo. As autoras, todavia, preferiram apenas transferir a função de um para o outro. Isso porque logo depois mataram Aziz e criaram uma vingança estapafúrdia de Dalila. A menina estava com ódio do progenitor, mas surtou com a sua morte e quis destruir os responsáveis pelo crime.
A filha do vilão não teve a mesma força cênica do pai, ainda que Alice tenha brilhado ao longo da novela. As motivações se mostraram ridículas e a passagem de tempo apenas deixou o conjunto ainda mais raso. Dalila demorou três longos anos para criar um plano de vingança sem o menor sentido. Destruiu todas as pessoas que cercavam Laila e Jamil, mas os seus alvos sempre ficavam para depois. Criou até um cassino clandestino para aproveitar o vício em jogos de Miguel (Paulo Betti) com o intuito de forçar Jamil a se casar com ela. E essa paixão (*obsessão) da filha do sheik por um rapaz que nunca ligou para sua existência não convenceu ninguém. Muito menos culpar o casal pela morte de Aziz. Aliás, quis se casar com uma das pessoas que julgou ter matado seu pai? Para piorar, todos os planos patéticos da menina se mostraram inúteis porque Jamil só aceitou se casar quando o filho Raduan foi ameaçado de morte. Ou seja, bastava Dalila ter sequestrado a criança para atingir seu objetivo. Não precisaria ter queimado o food truck de Missade (Ana Cecília Costa), gastado uma fortuna com um cassino e com doações para os refugiados, se preocupado em fingir ser uma boa pessoa para enganar os demais, enfim. Também não havia necessidade de um novo vilão, Paul (Carmo Dalla Vechia), uma vez que o homem só serviu de capacho para a vilã e pouco tempo depois acabou morto por ela.
O erro em ter juntado os mocinhos logo no começo foi mais um para entrar na lista de problemas de "Órfãos da Terra". Julia e Renato têm química e "Velho Chico" (2015), onde viveram Camila Pitanga e Domingos Montagner mais jovens, provou a sintonia dos atores. Porém, Jamil e Laila viraram dois idiotas sem relevância. Se casaram e tiveram um filho em menos de dois meses de novela. Pronto, não tiveram mais conflito ou drama algum. Os poucos criados pelas autoras apenas aumentaram o ranço pelo casal, vide a cegueira do mocinho diante das maldades de Dalila e a desconfiança gratuita da mocinha a respeito de qualquer suspeita que caía em cima da índole de seu marido. Não por acaso se transformaram em dois coadjuvantes. Se desaparecessem, ninguém notaria.
Aliás, a elaboração dos pares da trama se mostrou um equívoco sem precedentes. O romance cômico entre Almeidinha (Danton Mello) e Zuleika (Emanuelle Araújo) despertou atenção no início, mas as escritoras cometeram o mesmo erro da relação dos mocinhos: juntaram rápido demais e esqueceram de novas situações relevantes. Resultado: o par se apagou. O mesmo ocorreu com Sara e Ali. Mouhamed e Verônica transbordaram química, mas seus personagens perderam a função depois que ficaram juntos ---- Abner (Marcelo Médici) e Latifa (Luana Martau) ganharam um destaque maior e até divertiram mais. O delicado romance de Cibele (Guilhermina Libanio) e Davi (Vitor Thiré) demorou a engrenar, pois o rapaz só entrou na história meses depois. Mas quando o romance parecia se desenvolver a contento, do nada, as autoras resolveram matá-lo em uma guerra. O público nem viu o garoto morrendo. Ele simplesmente virou um 'fantasminha' e passou a conversar com a menina, que por sua vez se envolveu com Péricles (Lucas Capri), perfil que aparentava ser homossexual. Não deu para compreender. O relacionamento do cansativo médico Fairuk (Eduardo Mossri) com a doutora Letícia (Paula Burlamaqui) acabou interrompido sem explicações plausíveis e o depressivo homem se juntou subitamente com Muna (Lola Fanucci), enquanto a médica começou a se relacionar com Benjamin (Filipe Bragança) ---- implicando em um conflito da diferença de idade. Ambos casais sem química alguma.
Mas ainda não acabou. Um dos maiores equívocos das autoras foi o desenvolvimento de Elias (Marco Ricca) e Missade. Os dois passaram pela dificuldades da guerra, da travessia e da tragédia familiar envolvendo a perda de parentes e um filho. Não faltava drama atrativo para o par. Duca e Thelma, todavia, acharam mais interessante colocar o homem interessado em uma mulher mais jovem, a sonsa Helena (Carol Castro). As idas e vindas provocadas pelas traições de Elias se esgotaram rapidamente e a condução do conflito deixou a trama dos pais de Laila insuportável. Para culminar, Helena ainda ficou com Hussein. Nem o amor que o padre Zoran (Angelo Coimbra) sempre sentiu por Missade serviu para algo, pois a sofrida mulher reatou com o ex que a traiu inúmeras vezes. E o que analisar da relação de Norberto (Guilherme Fontes) e Teresa (Leona Cavalli)? O empresário era um marido extremamente abusivo e ela sofreu horrores nas mãos dele ---- até de cantar, sua vocação, era proibida. O envolvimento da cantora com Jean (Blaise Musipere) também não evoluiu e o término ocorreu por conta de desavenças profissionais (ela foi convidada para uma carreira internacional e ele não). Várias situações que não convenceram. Já Rodrigo Simas viveu seu personagem mais irrelevante da carreira até o momento. O fotógrafo Bruno serviu apenas de escada para conflitos bobos entre Jamil e Laila, enquanto sua relação com Marie (Eli Ferreira) não despertou interesse. Quase um figurante.
O único êxito desse troca-troca de casais sem lógica alguma foi com o relacionamento de Valéria e Camila. Bia Arantes e Anaju Dorigon viveram brilhantemente duas interesseiras carismáticas e foi um acerto juntá-las. A impensável relação amorosa despertou a torcida do público e o par lésbico funcionou. Pena que o diretor Gustavo Fernández tenha censurado o beijo das meninas justamente no dia em que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, tentou recolher livros da Marvel que continham beijo entre dois homens. Uma infeliz coincidência. Ao menos a consagração do amor entre iguais acabou exibido no penúltimo capítulo, após muitos protestos do público, quando as vilãs redimidas se casaram. A cena do casório, por sinal, foi repleta de delicadeza e o único ponto alto do final da novela. Viraram as protagonistas morais.
Aliás, é preciso citar outros poucos êxitos do folhetim das seis: embora tenha se perdido ao longo dos meses, o núcleo cômico voltou a atrair na reta final, mas através do drama. A condução do Mal de Alzheimer que começou a afetar Mamede emocionou, assim como a ajuda de Bóris. Os inimigos viraram amigos e Flávio Migliaccio protagonizou ótimas cenas ao lado de Osmar Prado. Vale elogiar também a sempre maravilhosa Nicette Bruno como a judia Ester, personagem claramente inspirada na Dona Armênia, vivida por Aracy Balabanian em "Rainha da Sucata" e Deus nos Acuda". Eliane Giardini foi outro nome que engrandeceu o elenco e seu desempenho na pele da acolhedora Rânia se mostrou irretocável. Kaysar Dadour foi uma grata revelação, apesar das mudanças de personalidade de Fauze, que parecia tripolar. Alice Wegmann se destacou como vilã, mesmo diante de situações esdrúxulas. Já Ana Cecília Costa é uma atriz que convence em qualquer produção e é uma pena que as autoras sejam as únicas que se lembrem dela na hora da escalação de elenco. Yasmin Garcez foi uma boa surpresa como Fairouz e valeu ver Betty Gofman interpretando a discreta Eva, um perfil que fugiu das caricaturas que costumam marcar a carreira da intérprete.
É de se lamentar que os poucos acertos tenham ficado ainda menores diante da quantidade de problemas apresentados pelo folhetim. Tanto que o maior vício de Duca e Thelma dominou o enredo ao longo dos meses: os inúmeros sequestros. Se essa repetição já era incômoda em novelas aclamadas da dupla, como "Cordel Encantado", imagine em uma que transbordou equívocos. Aziz raptou Laila no início da história, Dalila levou o filho dos mocinhos embora, a mocinha acabou refém até de bandidos que surgiram na trama de forma bem aleatória e teve sequestro também no núcleo cômico, quando Abner tentou evitar o casamento de Ali e Sara. Para fechar o ciclo da falta de criatividade, Laila foi raptada pela vilã no penúltimo capítulo, após a filha do sheik ter feito Camila de refém e baleado a menina.
Nem mesmo o atrativo tema dos refugiados foi usado de forma competente. O refúgio de Padre Zoran ficou deslocado no enredo e quando aparecia o público já sabia que não haveria conflito algum na novela e, sim, uma mera panfletagem com pessoas contando suas reais histórias de vida. Tanto que os dramas dos protagonistas e seus familiares, diretamente ligados ao tema, foram apagados. Seria mais interessante exibir os depoimentos dos refugiados no final de cada capítulo. Deixaria o núcleo menos massante. A abertura linda da produção, ao som de "Diáspora", cantada pelos Tribalistas, funcionou bem mais para a abordagem da questão através de fortes imagens de imigrantes olhando fixamente para a câmera. O lado positivo foi a cena final do último capítulo com um belo discurso proferido por Laila a favor da diversidade. Emocionou, assim como a exibição do significado de "fim" em inúmeras línguas. Já o restante do desfecho foi frio, modorrento e sem qualquer impacto. Nem a morte de Dalila foi exibida.
"Órfãos da Terra" foi uma grande decepção. Talvez tenha sido a maior do ano da Globo. O clima de superprodução das chamadas prometeram muito e o primeiro mês de exibição fez por merecer a avalanche de elogios. Mas o massacre da crítica especializada e a falta de repercussão do enredo, mesmo com a elevada audiência, fizeram jus ao que virou a novela de Duca Rachid e Thelma Guedes. Foi a pior produção da dupla, tendo superado até mesmo "Joia Rara", folhetim fracassado exibido em 2013. Não havia história suficiente para 160 capítulos. Uns 30 no máximo. O conteúdo durou apenas um mês. Infelizmente, nem a presença de Aziz salvaria o enredo. Talvez amenizasse, apenas. Também não funcionou para a abordagem do famigerado "quem matou", pois seu assassinato foi ignorado ao longo dos meses e lembrado apenas na reta final. A repercussão praticamente nula do folhetim se contrapôs com a alta audiência, mas a ausência de dramas atrativos explica o fato. E o tom de indignação é porque tinha tudo para ter sido o melhor produto das autoras. Mas já foi tarde e sem deixar saudades.
33 comentários:
JA FOI TARDE!!!!!!!!!
Perfeita crítica final. Aí vem a Kogut aquele velho do uol e o outro demitido passando pano em todos os erros só porque o texto final foi bonito.É absurdo demais isso e agora entendo quando vc fala de perseguiçao ao Walcyr.
Mais esse foi o maior erro de orfaos da terra. A duracao
Olá, tudo bem? Comentarei neste sábado no meu blog sobre Órfãos da Terra.. Confesso que não fiquei envolvido com a novela. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
QUE TEXTO PRECISO!!!!!!!
Sonsa e Bananil: Eita casal porre!!!
É a novela era muito mas muito chata,agora será que só eu acho que Cama de Gato foi a melhor novela das autoras?Cordel Encantado foi boa do começo até o meio e do meio para fim foi pura encheção de lingüiça.
PERFEITO! ������. Resumiu tudo que acho. Amei você ignorar o pior casal da novela Fauze e santinha. Foi este romance RIDÍCULO que as autoras inventaram do nada para favorecer a amiga que detonou o personagem fauze. Se ele continuasse vilão ia botar pra F... com a Dalila e não viraria a chacota de tripolar. Quanto ao Dadour realmente deu conta do recado ,apesar das Fautinhas falarem que ele brilhou SÓ POR causa da Cristiane. Que ela fez o papel dele acontecer. Chacota hahahaha
Não teve nem "moldura", apenas a foto das autoras! 😂😂😂😂😂😂😂😂 Brincadeiras à parte, Sérgio, mais uma vez você arrasou ao fazer jus ao nome do blog, sem deixar nada escapar. Lembro-me de ter dito em 15 de janeiro deste ano, ao tecer minhas impressões sobre as novelas, superséries (deixadas de lado neste ano) e "Malhação - Toda Forma De Amar", que "Verão 90" (2019) e "Órfãos Da Terra" (2019) teriam lá seus encantos, mas não seriam nada de mais na programação da Rede Globo. Apenas a segunda parte da minha opinião sobre a qualidade delas se "profetizou", pois ambas as obras se destacaram mais pelos equívocos do que pelos acertos, desencantando até mesmo a quem não é noveleiro raiz, creio eu. Que o produto recém-encerrado da faixa das 18h15min sequer seja indicado ao Emmy, premiação essa que "Joia Rara" (2013) ganhou sem merecer. Infelizmente, Duca Rachid e Thelma Guedes seguiram o exemplo de João Emanuel Carneiro e escreveram os últimos dois folhetins de autoria própria sem primar pela qualidade do conjunto geral deles, embora "Órfãos Da Terra" tenha sido bem-sucedida em audiência como "Segundo Sol" (2018), esta com três e aquela com cerca de dois pontos acima da meta de média geral. E (usando um "bordão" seu, Sérgio), para culminar, as cenas finais do último bloco deste derradeiro capítulo apresentaram muitas semelhanças com as de (lá vou eu novamente alfinetar) "Malhação - Vidas Brasileiras" (2018) em se tratando de a protagonista feminina fazer um discurso com o intuito de ser enobrecedor, porém, só conseguindo ser didático, pelo menos na minha humilde opinião. Creio que o discurso de Dóris (Ana Flavia Cavalcanti) sobre a importância da Educação no sexagésimo capítulo (exibido em 28 de julho de 2017) da lendária "Malhação - Viva A Diferença" (2017) transbordou mais naturalidade que as cenas supracitadas. Li na coluna de Flávio Ricco, do site do UOL, que "Órfãos Da Terra" pode ter marcado a última parceria de Duca Rachid e Thelma Guedes. Não sei se as autoras funcionariam separadas. Entretanto, diante da incerteza da continuação dessa parceria, seria mais plausível roteirizarem obras com formatos de duração mais curta. No mais, não tenho nada a declarar. Só espero encontrar nos seus textos de retrospectiva, Sérgio, "Verão 90" e "Órfãos Da Terra" localizadas na lista das piores produções de 2019, talvez junto a umas e outras exibidas a partir do fim de 2018 ("O Sétimo Guardião" (2018)). Até então, sigo acompanhando a deliciosa "Bom Sucesso", que é o melhor que faço, além de ler e comentar no melhor blog, do melhor criador, que foi o que acabei de fazer. Sucesso sempre, Sérgio. Abração!
Guilherme
Ah, agora sim vi a "moldura", para não perder o costume! 😁😁😁😁😁😁😁😁
Guilherme
Eu também acho "Cama de Gato" a melhor novela da Duca Rachid e Thelma Guedes, "Cordel Encantado" era um produto com embalagem bonita, mas uma trama "esgotada" por seqüestros e personagens chatos, até "O Profeta" ganha do conto de fadas dos cangaceiros, tinha ótimos personagens e o Marcos era muito mais interessante que o Jesuíno!!!!!!!!!!
já discordo logo no título. a melhor novela no ar. tb escrevi sobre a trama, acabei de postar. mas concordo, espelho da vida era maravilhosa. gostei muito de órfãos, mas não era redonda e impecável como espelho. a trama do cassino foi esquisita mesmo. não fazia sentido um cassino só pra um personagem. e como controlavam quem aparecia? viciados acham cassinos até embaixo da terra. tb não gostei do fantasminha davi. a primeira vez q apareceu achei lindo e delicado. mas ele não sumir. e dizer q tinha missão. gente, a missão seria a paz não o amorzinho da ex. beijos, pedrita
Apesar de tudo ainda gostei da novela, o que aconteceu é que ela teve uma primeira fase muito acima da média e depois ficou uma novela comum, o erro foram terem matado Aziz e Soraia e a novela deveria ter sido mais curta.
Já esperava ansiosamente por sua última analise deste noveleco! Claro que houveram pontos positivos, mas tinha tanta coisa tosca, tanta coisa clichê, tramas tão idiotas e sem pé nem cabeça, que é difícil lembrar de algo positivo. Dalila foi a vilã mais besta que já vi, Alice fez milagres com uma personagem tão idiota. Laila e Jamil, que casal mais sem sal, insuportáveis! Enfim, se enumerar as bizarrices aqui fica um textão. Detestava Verão 90, mas Orfãos conseguiu superar como a pior novela do ano até o momento. Excelente análise Sergio, concordo em tudo que você postou aqui.
A primeira semana foi um primor. A começar pela linda abertura, com uma fotografia impecável e uma trilha sonora com versos lindos na voz dos Tribalhistas. Destaques positivos até agora: Herson Capri, Ana Cecília Costa, Marco Ricca e Letícia Sabatella.
Felizmente existem novelas de qualidade na tv brasileira como Bom Sucesso (Globo), Ouro Verde (Band), Topíssima (Record) e As Aventuras de Poliana (SBT). Tem um certo nível de coerência e estrutura - ao contrário da Dona do Pedaço que apresenta situações que o autor Walcyr Carrasco insulta a inteligência do público!
Órfãos da Terra é uma novela sobre recomeços, redenções e remissões. Trouxe para o público do pais pois colocou em destaque temas palpitantes como:
- drama dos refugiados,
- o preconceitos de cor,
- idade e raça,
- além e exaltar a resiliência e dignidade diante das adversidades;
- a solidariedade e a empatia.
Não foi uma novela 100% perfeita. Algumas soluções das autoras soaram apressadas e outras até risíveis. Mesmo assim, no cômputo geral, uma novela marcante.
Menti quando disse que não tinha mais nada a declarar sobre as autoras Duca Rachid e Thelma Guedes. Elas seguiram o exemplo de João Emanuel Carneiro evidenciado no meu primeiro comentário a respeito do saldo final de "Órfãos Da Terra" (2019), mas Patrícia Moretzsohn, Izabel de Oliveira e Paula Amaral também não ficaram atrás ao escreverem as duas últimas obras dos respectivos currículos sem pôr a qualidade delas em primeiro plano (embora eu saiba que Paula Amaral foi apenas uma das colaboradoras da fracassada "Geração Brasil" (2014)).
Guilherme
Essa novela não pretendo assistir.
Big Beijos,
Lulu on the sky
Ja msm, anonimo.
Mt obrigado, Bruna.
Nem mais curta salvaria, anonimo.
Mt ruim, Fabio.
Valeu, anonimo.
E olha que eu gostava no inicio, Fernanda... kkkk
Tb acho a Cama de Gato a melhor, anonimo.
Nem valia a pena citar, anonimo....
Valeu, Guilherme. E a moldura veio depois pq esqueci. klkkkk
Verdade, Marcio....
Sem problemas, Pedrita. bjs
Nem mais curta resolveria, anonimo.
Mt obrigado, dicasdiver. E eu até empato essas duas novelas ruins.
Discordo, Izabel.
É mesmo, Guilhermee.
Ok, Lulu.
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