Tudo sobre a segunda coletiva online de "Vai na Fé", a próxima novela das sete

 A Globo promoveu na sexta-feira passada (06), a segunda coletiva online de "Vai na Fé", a nova novela das sete escrita por Rosane Svartman e dirigida por Paulo Silvestrini. Participaram a autora e os atores José Loreto, Regiane Alves, Letícia Salles, Mel Maia, Jean Paulo Campos, Marcos Veras, Luis Lobianco, Emílio Dantas e Renata Sorrah. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 

José Loreto comentou sobre o preparo para viver um cantor: "Eu fiz uma preparação. Antes de começar a pandemia ia fazer um filme sobre Sidney Magal. Fiquei me preparando dois anos e parei por causa da pandemia. Fui fazer 'Pantanal', mas eu sabia que em algum lugar ia usar essa minha preparação. Então minha maior preparação foi um filme que não fiz. E a música sempre teve na minha vida desde os 15 anos, mas era muito amador. Agora tenho que cantar e dançar. Está sendo um tesão os desafios que o Lui Lorenzo estão me dando. O desafio me fez emendar a novela com 'Pantanal'. Se preparem que vai ser sucesso", se animou o ator. 

Marcos Veras também falou sobre a emenda de novelas: "Terminei uma novela em julho que foi 'Além da Ilusão' e em setembro já estava na preparação. E o cabelo grande foi uma grande mudança para o personagem porque nunca tive um cabelo tão grande.

É um cara que quer se manter na juventude. Os protagonistas têm uma faixa de 40 anos e meu personagem cresceu com eles. Só que o Simas não quer pensar muito nesse segundo tempo na vida. E tem uma questão que vira e mexe vira assunto é a questão da diferença de idade entre ele e a namorada. São vinte anos de diferença", ressaltou o intérprete.  

Regiane Alves falou sobre sua 'trilogia' das Claras: "É a minha terceira Clara. A gente está brincando que já posso pedir música no 'Fantástico'. E torço para ser tão incrível quanto as outras duas. A primeira foi com o Walcyr em 'Fascinação' e a segunda iniciando minha trilogia com Manoel Carlos em 'Laços de Família'. Agora a minha personagem vem de uma depressão pós-parto. É uma família doentia. O marido oprime ela, que tem uma autoestima abalada. É uma mulher submissa, não se vê encorajada a ter outras possibilidades. Tem uma cena dela vendo sobre a Sol (Sheron Menezzes) e pensando como seria bom poder mudar de vida aos 40 anos. Ela tem medo do marido ao mesmo tempo que rola um tesão. Emílio Dantas me indicou ver a personagem da Tânia em 'The White Lotus'. E há muita inspiração para mim também nas notícias que eu olho sobre relações abusivas. Vou representar essas mulheres da sociedade. Ela é uma mulher muito bem cuidada, de um nível maior, mas seu nível emocional está estagnado. Justamente para mostrar que viver esse tipo de relação não tem a ver com falta de educação ou algo assim. É de uma família rica no Rio. A Clara é muito sensível e delicada. Estou gostando muito de fazer", contou a atriz.

Renata Sorrah rasgou elogios ao novo trabalho: "Acho uma novela deslumbrante. Quando vi a Vilma achei um papel sensacional. Divido ela em passado e presente. No passado foi uma atriz que começou fazendo teatro de rua e depois foi para televisão, onde virou celebridade. Ela quis ser uma celebridade. E vira uma mulher amarga e com uma relação difícil com o filho. Ela não é nada parecida comigo. Ela quis ser carreirista competindo com as colegas e chegava a contar o número de falas que tinha. Até que começou a sofrer do etarismo. Não chamavam mais ela pela idade. Queria fazer o papel da Jade em "O Clone", mas perdeu para Giovanna Antonelli. Ela ainda tentou dar um golpe na barriga no Fábio Lorenzo, pai do Lui Lorenzo (José Loreto), e ficou grávida. Mas o que acabou a salvando foi justamente o filho virando cantor e ela empresária dele. A personagem vai ficando cada vez mais cafona. Agora é a mulher que vive para o filho e o que vai acontecer com ela eu não sei. Mas não tem filtro e fala barbaridades. Só que não é uma vilã. É sem noção. Aliás, passa a praticar com a Sol o etarismo que ela sofreu. E que novela boa e bem escrita", se empolgou a veterana. 

Rosane Svartman falou sobre a escalação de dois cantores e sobre os possíveis triângulos amorosos que virão com os protagonistas: "Antes só queria fazer uma observação rápida. Ouvindo Renata e Regiane quero complementar uma coisa. Acho que a Vilma culpa o resto do mundo pelo que aconteceu com ela e a personagem da Regiane se culpa. A Azy e o MC Cabelinho foram excelentes nos testes e assim que vi os testes pensei nos personagens. A Azy vocês vão ouvir cantando porque é da banda do Lui Lorenzo, mas o personagem do Cabelinho não canta. Sobre os pares românticos, as novelas que escrevi com o Paulo Halm ('Malhação Sonhos', 'Totalmente Demais' e 'Bom Sucesso') e a Glória Barreto ('Malhação Intensa') realmente tinha triângulos fortes. E eu escrevo os pares sempre para ganhar. Aí a gente vê o que acontece durante a novela porque nunca sei exatamente o final. E o triângulo também serve para eu ser muito xingada no Twitter. Já teve uma que disse que me atropelaria e daria ré por causa de um casal. Eu gosto de sublinhar cada característica das relações e ver como fica no ar. E torço para ter torcidas diferentes. Até porque em todas as minhas novelas tinha torcida até entre a minha equipe. É bom esse boca a boca", confessou a autora aos risos.

Luis Lobianco comentou sobre sua caracterização: "Quando eu recebi o convite para a novela já achei que cabia alguma mudança. E estava me queixando um pouco de fazer personagens com a cara parecida. Porque aí eu que tenho que resolver as diferenças desses papeis sem o auxílio da caracterização. Mostrei algumas referências para a Lu Moraes, nossa caracterizadora, e ela adorou a sugestão desse louro. Um louro safado. E dá um trabalho para manter, viu. É um pet shop praticamente. Mas esse louro me aproximou muito do Vitinho. E trabalhei por muito tempo na Lapa com uma companhia de teatro musical. E por acaso, ou não, sempre boto música nos meus projetos. Meu último personagem, por exemplo, na novela "Segundo Sol", era muito musical. Agora com o Lui Lorenzo é só diversão com as músicas", relembrou o ator. 

Letícia Salles não escondeu a alegria com a nova novela: "Primeiramente quero agradecer a Rosane e ao Paulinho (Silvestrini, diretor) por fazer uma personagem tão diferente do que fiz em 'Pantanal'. Isso é muito bom para um artista. Ela é uma fofoqueira má e sexy que não mede esforço para conseguir o que quer.  Quer ser protagonista da sua própria história mesmo que prejudique outras pessoas. Ela não quer apurar nada. Ela publica e depois explica. Faz muita fake news. E sempre fui muito amadora nas danças. A dança despertou coisas que não sabia sobre mim. Uma sensualidade, enfim. A relação dela com o Lui Lorenzo é muito tóxica. Gosta de ver o Lui mal para se sentir bem. É apaixonada por ele, mas acho que é mais apaixonada por se dar bem. Mas eu não intitulo ainda a Érica como vilã. Ainda não acho uma vilã. Talvez mais para frente", gargalhou a atriz que brilhou em sua estreia na televisão como Filó ---- no remake da obra de Benedito Ruy Barbosa. 

Jean Paulo Campos falou sobre sua estreia na Globo e as possíveis comparações de seu novo personagem com o papel marcante que viveu no SBT: "Estou debutando em grande estilo. Está sendo muito legal fazer o Iuri, um estudante de direito. E já fiz um personagem que gostou de uma menina na escola. Agora é em um momento diferente na vida. Quando você gosta na escola é diferente de quando gosta na faculdade. Mas sei que vão comparar muito com o Cirilo, de 'Carrossel'. A minha expectativa de estreia em uma novela da Globo é muito grande. É meu primeiro personagem adulto. Eu também senti isso na minha vida real que foi morar sozinho em um novo estado e estrear em uma nova emissora. A fé do Iuri é ter seu lugar em uma faculdade de elite. Ele sabe que mereceu estar ali. Estou ansioso e tenho certeza que essa novela vai ser um sucesso. Está sendo tudo incrível", se animou o intérprete. 

Emílio Dantas explicou a possível semelhança de seu novo vilão com o Rubinho de 'A Força do Querer': "Olha acho que o que têm de semelhança é querer se dar bem a qualquer custo. O Rubinho era muito introspectivo, era egoísta. O Theo atira para tudo quanto é lado. Apesar da vontade de crescer, tem um lado bem diferente. O diferente do meu novo trabalho é fazer um vilão mais para fora, algo que ainda não tinha podido fazer. Vai ser um personagem mais divertido que o Rubinho. Talvez as pessoas gostem de odiá-lo um pouco menos. O Theo não ama nada, só ele próprio. A relação dele com a esposa, Clara, já acabou. Está naquela zona nebulosa onde não se sabe mais sobre o afeto. Ele tem esposa e filho, mas não participa da vida deles. Apenas administra. É um aproveitador. Tem a fé no caos. E vive um puta saudade do passado de estar em baile funk, ficar em cima das meninas do bairro, principalmente as que tinham namorado, enfim. Ele se perdeu e não sabe mais onde colocar o afeto. Fica preso ao único ponto de referência de liberdade que tinha", analisou o ator. 

Mel Maia respondeu sobre as semelhanças que têm com sua personagem, uma patricinha, e também sobre um possível comparação com Chiara, vivida por Jade Picon em 'Travessia': "O que tenho em comum com a Guiga é que também sou influencer. Comecei a trabalhar como influenciadora com a pandemia. Não sou expert nesse assunto, mas já aprendi muito. Gravo stories e faço 'publi' igual a Guiga, o que ajuda na construção. Fui construindo na junção de vários personagens. Guiga tem muito da Lucrécia da série 'Elite', acho que vão perceber. Acredito que todo o estilo dela vai virar tendência. E as pessoas vão achar inicialmente que a Guiga é uma pessoa superficial e sem sentimentos. Mas depois do que acontece com o pai dela vai ter uma mudança e sentir coisas que não esperava. E eu não estou acompanhando 'Travessia' e nem essa personagem, então não tenho como analisar se as personalidades são parecidas, mas vi umas fotos e no estilo se parecem, sim", observou a atriz. 

A segunda coletiva refletiu tanto quanto a primeira a animação de todos com a nova novela.