Tudo sobre a primeira coletiva online de "Dona de Mim", a próxima novela das sete

 A Globo promoveu na terça-feira de abril, dia 8, a primeira coletiva virtual de "Dona de Mim", próxima novela das sete escrita por Rosane Svartman e dirigida por Allan Fiterman. Participaram a autora e os atores Tony Ramos, Marcello Novaes, Rafael Vitti, Aline Borges, Clara Moneke, Cláudia Abreu, Suely Franco, Bel Lima, Flora Camolese, Juan Paiva, Luana Tanaka, Pedro Alves, Cris Larin, Gabriel Sanches e Marcos Pasquim. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo a seguir. 

Rosane Svartman comentou sobre sua nova protagonista: "Esse momento é muito especial. Tem uma diferença nessa protagonista das outras que já fiz, mas assim como a Sol, de Vai na Fé, ela também tem um trauma que é uma perda gestacional avançada. Ela desistiu do casamento, da faculdade de marketing... Essa novela é diferente das outras porque a protagonista já começa no buraco. As mocinhas mudaram muito ao longo do caminho e não há mais como objetivo principal um par romântico. A Léo tem a questão da correria. Ela quer ajudar os outros, mas se enrola. Esse é o diferencial dela. E amo triângulo amoroso. Faço sempre para que todos os romances aconteçam. Gosto de pensar o que a Leo vê no Samuel, no Davi e no Marlon, que não é a mesma coisa. A nossa missão como roteirista é abrir a alma junto com os personagens e enxergar com os olhos deles o que veem. Faço isso para valer e é muito bom ser uma novela aberta porque abre a possibilidade de irmos para um lado ou pro outro. A Leo tem o romance do passado que vem com muita dor e os jovens que ela encontra na mansão, que é o Samuel e Davi".

Cláudia Abreu falou de seu retorno aos folhetins: "Sempre achei novela das sete uma diversão. Tem cenas não tão longas, mas tem que contar muita coisa em menos tempo. Você é atriz em qualquer horário, mas cada horário tem sua linguagem. Há um ritmo diferente e tem sido muito bom fazer essa novela com o Tony Ramos. E com a Rosane que tem uma antena muito forte pra conectar tudo o que acontece na sociedade.

É uma novela do presente, tanto socialmente quanto culturalmente. Estou muito feliz em voltar às novelas. Eu estava fazendo séries. Fiz duas temporadas de 'Desalma', fiz 'Sutura', faço minha peça há muitos anos e não tinha surgido uma novela que tinha me dado vontade de fazer. Aí Allan (Fiterman, o diretor), com quem já tinha trabalhado em outros projetos, como 'Cheias de Charme', me chamou e já queria trabalhar com Rosane há muito tempo. E o público sentia falta de me ver de volta. Outro grande motivo que me atraiu para a novela foi estar ao lado do Tony e viver uma personagem bipolar, algo tão difícil de diagnosticar e que gera tantos ataques, principalmente se for mulher. É uma personagem que não deu certo como artista, não é uma boa mãe, procura seu lugar no mundo, mas não perdeu a fé na vida."

Tony Ramos falo de sua paixão pelo gênero: "Adoro fazer novela e nunca escondi isso. Gosto de ser surpreendido pelo bloco novo de capítulos, sempre gostei. Não sou um ator de horários, sou um ator de textos, de boas ideias. Sempre fiz novelas das seis, das sete, das nove. A gente vai fazendo o que um bom texto nos propõe. Fui convidado por Rosane e Allan em outubro e ali nascia pra mim um novo movimento na carreira. Há uns dois movimentos da minha personagem e o que detona é um segredo entre ele, a Camila Pitanga e o Juan Paiva, que não posso contar agora. O meu reencontro com Cacau é lindo depois de 'Belíssima', enfim, estou reencontrando muita gente boa. Fazer novela é sempre viver um texto que nos aproxima das ruas. Novela é o eco do que está no nosso lado e às vezes a gente não percebe. Adoro estar aqui com essa turma toda. Eu e Cacau filmamos tanto na Grécia e agora formamos um casal. Entendemos nossas personagens nos ensaios e essa química vai acontecendo naturalmente. Um homem muito mais velho que ela, viúvo, pai de três filhos, sendo um deles adotado. E tem pequenas tragédias que serão narradas ao longo da história. Vem aí uma novela raiz, mas com antena ligada ao que está acontecendo em nossa volta. A telenovela tem a cumplicidade popular". 

Clara Moneke falou de sua primeira protagonista em novelas: "Estou em êxtase com esse projeto. Torci muito por esse papel. Vim do teatro e não gostava de televisão. Conhecer a TV pra mim foi conhecer o povo e como a arte impacta o mundo. Um poder transformar em uma população tão carente de cultura. Contar história como a Kate em 'Vai na Fé', a Caridade em 'No Rancho Fundo' e agora a Léo é contar histórias de mulheres que vencem. Léo vem de uma fossa, uma depressão que ela passa. E ela reencontra vontade de viver por várias perspectivas que não são só românticas. Ela conhece o amor de diversas formas. O maior desafio pra mim é conseguir respeitar e contar de forma transparente. Ela tem um quê de trambique, o que parece estranho falar de protagonista trambiqueira, mas está sobrevivendo de muitas maneiras. É muito bom contar essa história. A Leona é alegre, divertida, solar e pela família, mas pelos interesses dela também. Uma mulher da atualidade. Minha primeira protagonista com a Rosane, uma autora que me debutou nas telinhas. E com o Allan nosso terceiro trabalho seguido, depois de 'Ritmo de Natal', 'No Rancho Fundo' e agora 'Dona de Mim'. To muito feliz. Acredito em todo esse projeto, todos os personagens são muito legais e gosto de ler tudo da trama". 

Rafael Vitti adiantou sobre seu personagem: "Davi se sente dono de si, mas precisa de uma bebidinha, estar acompanhado de interesseiros, ele se apoia muito nas relações superficiais que tem. Só que ele é um personagem solar e divertido, tem a função de trazer humor porque é muito cara de pau. Nos últimos papeis que fiz estava ao lado dos heróis e o Davi é muito anti-heroi, mas não é vilão. Ele se nega muito, não se conhece. Até porque a família não está em sintonia, não há uma coesão, é cada um vivendo ao seu modo. Todo mundo se sente sozinho naquela casa. Está sendo um prazer fazer o Davi". 

Suely Franco falou sobre o seu papel na família central da trama: "É um personagem muito gostoso de ser feito. Estamos vivendo uma família mesmo. A mãe que eu faço se dedica muito à fábrica devido a tudo que passou. Ela tem o problema de ver os filhos brigando e o que gosto da novela da Rosane é que tudo o que acontece no Brasil acontece nessa novela. Podemos discutir tudo na novela".

Aline Borges contou de sua personagem: "Meu segundo trabalho com a Rosane. Fizemos 'Totalmente Demais' e agora faço a Tânia, como mulher negra, não é herdeira. O que faz ela ser dona de si é a exaustão de não ver a coisa mudar. O rico continua rico e o pobre continua pobre. Ela cansou e decidiu tomar as rédeas de sua vida, por mais que suas escolhas não sejam coerentes porque é uma vilã. Tânia conhece o Jaques quando ele tá falindo o bar dele. Eles se unem, se fortalecem e se apaixonam também. Mas os interesses são diferentes porque o Jaques tem obsessão de assumir o lugar do Abel na fábrica de lingerie e a Tânia não tem interesse que ele assuma e, sim, que peguem o dinheiro e sumam do Brasil".

Pedro Alves falou brevemente de seu papel: "Caco faz o que der na telha dele e isso é tido como uma coisa não muito boa, mas essa impulsividade por trazer coisas interessantes. Ele tem uma dualidade muito interessante". 

Bel Lima também resumiu sobre a sua personagem: "'Ayla é uma das filhas do Abel e é muito inteligente, bem intencionada, mas bem ingênua. Ela é assumidamente lésbica e isso traz aceitação da família. Mas ela não mora na mansão, mora com a namorada, Gisele, com quem está há cinco anos. Vamos ver para onde ela vai".

Flora Camolese comentou sobre a sua Nina: "Fiz 'Vai na Fé' com a Rosane e vou fazer a filha da Felipa. A Nina tem a necessidade de se reafirmar como um ser humano independente da mãe. Se mudou para Lisboa para morar com a avó com o intuito de se apropriar da própria vida e entender como essa jovem está virando mulher. Ela tem 20 anos, faz coisas para chamar atenção". 

Cris Larin analisou a função de sua personagem na família principal: "Denise é a governanta da mansão Boaz, trabalho há muito tempo naquela casa, está atenta a tudo o que está acontecendo e também ajuda a criar a Sofia. Ela é um pouco mal-humorada e uma das missões que ela tem é arrumar uma nova babá para a menina porque a Sofia não é fácil, faz muitas travessuras. Ela é divertida, gosta de conversar e adora uma fofoca". 

Luana Tanaka comentou sobre o casal que fará na trama: "Vou fazer a Gisele, a namorada da Ayla, e Gisele banca as decisões dela. As duas se gostam muito, mas têm perspectivas de vida diferentes. Mas o amor e a felicidade devem encontrar um caminho em algum momento". 

Gabriel Sanches falou da satisfação em estar no elenco: "O nome dessa novela me chamou muita atenção e a chamada da felicidade sempre encontrar um caminho. Tem uma polifonia na escrita da Rosane de muitos personagens irem em busca da sua felicidade. Acho muito forte. Faço o Breno e ele tem um ar de que já viu de tudo nessa vida. Ele não tem mais tanto medo. Trabalha com o Abel na empresa familiar e não é submisso, ele não abaixa muito a cabeça". 

Juan Paiva demonstrou sua gratidão: "Quero agradecer a Rosane porque foi a primeira que me deu oportunidade em uma novela e ela tem um olhar atento aos talentos que estão começando. Estou curtindo muito trabalhar com esse elenco genial e vejo Samuel como um personagem potente e profundo. É observador e só ataca quando se sente seguro. Ele tem a sensatez que o mundo precisa. Está atento a todas as questões por conta de sua sensibilidade. O espaço na vida dele é preenchido 50% pela família Boaz e os outros 50% acabam sendo preenchidos pela Leona. Ele tem um buraco. Falta algo na vida dele que é a descoberta do passado, já que é um filho adotivo. Ele quer saber quem é a família biológica, tanto que se identifica com a Sofia quando ela pergunta da mãe. Mas, ao mesmo tempo, ele tem esse segredo com o pai porque sabe que a mãe pediu para ele entregar uma carta pra ela somente quando fizer 18 anos. Ele é dono de si até o momento que a Leona chega, depois se perde por conta da paixão. É o personagem que mais tem me exigido pensamentos e ideias. Samuel é um mistério que está sendo muito gostoso". 

Marcello Novaes foi mais um nome que expôs a alegria de estar na novela: "Antes eu gostaria de dizer que fico muito emocionado em ver que tenho um amigo como o Tony Ramos. Tava lembrando lá no começo da carreira que nunca imaginei ter como amigo pessoal o Tony. E gostaria de agradecer a Rosane pelo convite. Estou muito empolgado com a novela, é um personagem muito interessante de fazer. É um vilão debochado, irônico, e com uma construção boa de ser feita. Ainda me sinto engatinhando com o personagem. Todo começo de novela parece que estou iniciando minha carreira. Jaques é frustrado em relação a família, sempre foi apaixonado por música. Ele tinha um bar onde ele tocava e ninguém ia. Os pais o tiraram de lá e o obrigaram a estudar economia em faculdades fora do Brasil. Ele volta ao Brasil para trabalhar na fábrica, mas se sente um injustiçado porque o irmão tem o controle total da fábrica. Ele tem uma frustração em achar que era preterido pela mãe e pelo pai por achar que o Abel é o filho preferido. Carrega muitas mágoas, o que faz ele ser muito revoltado. Tem uma raiva. Tenho nesse personagem um desafio muito grande. Essa novela tem uma coisa muito bacana porque fala de preservação, diversidade, uma colcha de retalhos que tem frente e verso. Estou feliz em estar com a Rosane agora". 

Marcos Pasquim finalizou: "Quero agradecer a Rosane por ter me convidado com o Allan. Não fazia novela desde 2019 e gosto de fazer novela das sete. A maioria das novelas que eu fiz foi nesse horário e sempre gostei muito. Acho que nunca fiz uma novela das seis e apenas uma das nove. A maior parte das novelas que fiz foi no campo do humor e agora faço o Ricardo, que vai pelo caminho da vilania junto com os personagens do Marcello Novaes e Aline Borges. Ele estudou para tentar se dar bem e vencer na vida. Ele recebe o convite do Jaques para entrar na empresa, mas não vou contar muito não. É uma alegria estar de volta. Estamos descobrindo ainda os personagens. É a primeira vez que estamos gravando capítulos com uma frente bem maior. E não sei se dessa vez terei cena descamisado, estou sempre de terno", brincou o ator. 

"Dona de Mim" estreia no dia 28 de abril.