quinta-feira, 16 de abril de 2020

Reprise comprova que sucesso de "Avenida Brasil" é atemporal

A reprise de "Avenida Brasil" está em seus momentos mais decisivos no "Vale a Pena Ver de Novo". O fenômeno de João Emanuel Carneiro tem repetido o sucesso de 2012 e as últimas semanas vêm registrando recordes de audiência, chegando a picos de 28 pontos em plena tarde. É verdade que a quarentena por conta da pandemia do coronavírus contribuiu bastante, mas a reexibição emplacou assim que entrou no ar e conseguiu manter a média elevada de "Por Amor".


A reta final da trama é repleta de adrenalina e muitas reviravoltas de tirar o fôlego. Quem acompanhou não esquece. E a elevação dos índices prova que muitos querem ver novamente. A cena em que Carminha (Adriana Esteves) tenta matar Max (Marcello Novaes) é uma das melhores do folhetim e destacou o talento dos atores envolvidos, incluindo Vera Holtz que emocionou quando Mãe Lucinda conseguiu salvar o filho o afogamento provocado pela vilã e seu comparsa.

O retorno triunfal de Max foi outro momento memorável em virtude do grito de desespero de Carmem Lúcia assim que o viu em sua sala. A cena virou "meme" em uma época onde comentar novela na internet começou a virar rotina.
Já a mais aguardada catarse de "Avenida Brasil" se deu logo após essa volta do amante da grande vilã. Isso porque Max mostrou as famigeradas fotos feitas por Nina (Débora Falabella) do casal aos beijos e provocou a fúria de Tufão (Murilo Benício), Leleco (Marcos Caruso), Ivana (Letícia Isnard) e Muricy (Eliane Giardini). A sequência teve uma repercussão imensa em 2012 e foi ao ar nesta quinta (16/04).

A direção precisa de Amora Mautner e José Luiz Villamarim resultou em uma sucessão de momentos memoráveis e que novamente empolgaram o público ---- a trama chegou a 29 pontos de pico perto das 18h. A cena de Max dando uma banana para a mansão, em uma clara referência ao final de Marco Aurélio (Reginaldo Faria) em "Vale Tudo" (1989), é icônica, assim como o choque de Ivana e Muricy, duas personagens que abusaram da burrice ao longo do enredo.

E Adriana Esteves impressiona com sua entrega durante todo o processo de derrocada de sua vilã. Inicialmente, a canalha ainda tenta manter a pose de vítima, mas tira a máscara quando percebe que não há mais solução para escapar. Após muitas ofensas de Tufão, Carminha joga na cara do então marido como foi fácil enganar todo mundo da família e ainda debocha das idiotices de Ivana em um dos instantes mais lembrados pelo público. Já o surto da Carmen Lúcia no meio da rua, xingando todos ao redor, é mais uma cena perfeita.

Entre os muitos grandes momentos da reta final da novela, estão o assassinato de Max (uma sequência que lembrou um thriller da melhor qualidade), a revelação do lado maquiavélico de Santiago (Juca de Oliveira), o desfecho de Nilo (José de Abreu) e a virada envolvendo Carminha. Ainda há muitas sequências primorosas pela frente. Foi o trabalho mais inspirador de João Emanuel Carneiro e seria uma reprise ideal para a faixa das 21h, no lugar da péssima "Fina Estampa". Mas a Globo não tinha como imaginar uma pandemia mundial. Ninguém tinha. Ao menos essa reexibição vem ajudando um pouco a quarentena de tantos brasileiros na parte da tarde. E prova que o sucesso de "Avenida Brasil" é atemporal.

30 comentários:

Anônimo disse...

Concordo mas a novela teve problemas visíveis que ninguem comentou.

Anônimo disse...

Acredite se quiser eu nao vi essa cena na época e achei perfeita!!!!

Gabriella disse...

Todas essas cenas do texto são maravilhosas. E te acompanho no blog desde essa época. Lia tudo.

Andie disse...

Hj deu nervoso!!! Fiquei em êxtase com as cenas de hj.

https://gibrealityalternativo.blogspot.com/2020/04/sejam-bem-vindos-ao-grande-irmao-brasil_16.html?m=1

Anônimo disse...

O sucesso é o mesmo, mas agora dá pra ver melhor os vários erros.

Anônimo disse...

Comentando sobre as 21h e o vale a pena acho que a emissora sofreu a vingança de Sílvio, porque ele queria a novela de Walcyr atrás da novela de Maneco, mas Twiter anti-walcyr não perdoou tal afronta e Waddington defendeu sua novela, se falou que ambos estavam em posições opostas nos bastidores da Globo sobre a reprise do vale a pena. Ninguém poderia prever uma pandemia, mas se tivéssemos ouvido a cabeça do globo e não ao vice agora o globo teria um sucesso maior a às 21h. Parece que a vingança é do Sílvio cujo trabalho como diretor da estação é ridicularizado. Sobre a reprise é um sucesso, mas se nota que tivemos novelas bem melhores e ate subestimadas na década passada.

Unknown disse...

Dessa vez tenho notado mais a influência de Nelson Rodrigues sobre a obra-prima de JEC - Carminha, Tufão, Leleco tem mesmo muitos traços rodriguianos. Que intérpretes, que direção cuidadosa! Até o núcleo de Cadinho tinha lá sua graça.

Unknown disse...

Ué, opinião cancelada?!!

Unknown disse...

Favor retirar esse comentário. Já vi o meu comentário anterior (N. Rodrigues) que havia sumido.

FABIOTV disse...

Olá, tudo bem? É impressionante a audiência obtida pela reprise da novela em plena faixa das 5 da tarde.... Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

Anônimo disse...

Melhor novela dessa década, na minha opinião. Lembro que na época, muita gente falava do "boom econômimo", a novela retratando a nova classe média, mas eu sempre pensei, tudo bem, isso pode contribuir, mas o que faz a novela ser um sucesso é a trama que prende quem assiste mesmo, os personagens icônicos, enfim... Concordo e adorei seu texto, Sérgio. A única coisa que não é atemporal nessa novela é o casal Jorginho e Nina. Se passasse hoje em dia, o Jorginho seria cancelado com força, até empurrar a Nina no chão ele já empurrou. Eu particularmente nunca gostei do casal, não por causa da agressividade dele (na época nem prestei atenção nisso), mas porque sempre achei que a Nina (apesar de ser chatinha também às vezes) merecia alguém melhor. Pra mim, esse foi o único erro capital do JEC ao escrever Avenida Brasil, a Nina merecia alguém inteiro pra cuidar dela e não alguém quase tão traumatizado quanto ela e, além de tudo, um mimadinho reclamão. Acho que se a Nina tivesse um amor como a Emily tem em Revenge, mesmo com o carisma da Carminha, mais gente torceria pela mocinha, porque brasileiro adora um casal. Mas entendo que talvez o JEC tenha escrito assim porque era essencial pra dar mais emoção pra novela, mas bem que ele podia ter feito o Jorginho menos traumatizado né? Tudo bem, ele é do lixão (eu não faço a mínima ideia como deve ter sido dura a infância dele), mas ele ganhou pai, tia, vô, vó, uma família inteira maravilhosa pra cuidar dele, podia ter sido menos insuportável.

Anônimo disse...

Também acho que o Jorginho deveria ser menos problemático, não por ter ganhado uma família, afinal a Nina também ganhou, mas sim por não ter lembranças da infância. Nesses traumas de infância, o que faz muita diferença é se você tem lembranças ou não. Eu, por exemplo, fui abandonada pela minha mãe quando tinha 3 anos, mas isso nunca me afetou muito, porque não me lembro de nada. Já um amigo meu foi abandonado pelo pai quando tinha 7 anos e é bem traumatizado, porque ele se lembra de tudo, inclusive do abandono. O Jorginho desde que se lembra estava no lixão. Já a Nina não, ela lembra da morte do pai, de roubarem tudo que era dela e de ser jogada no lixo e, se bobear, ainda lembra da morte da mãe também. É muito trauma pra uma infância. O Jorginho, apesar de passar parte da sua infância num lixão, acho que deveria ser menos revoltado e mais grato. Concordo que esse foi um erro do João Emanuel Carneiro, a Nina merecia alguém mais estável e compreensível. Eu shippei ela com o Tufão kkkkkk.

Anônimo disse...

Só um complemento, acho também que mesmo o personagem sendo tão traumatizado, ele ser insuportável daquele jeito se deve um pouco a atuação do Cauã Reymond. Lembro que naquele especial que o Globo Repórter fez sobre Avenida Brasil, uma resposta do Cauã me chamou atenção, perguntam pra ele se ele seria capaz de perdoar igual o Jorginho e ele fala que não, ou seja, o Cauã (que hoje ironicamemte a gente sabe que traiu a esposa rs) não perdoaria a mulher da vida dele por ter seduzido outro homem por vingança, mesmo sem ter transado. O Sérgio pode falar melhor que eu, ele sabe analisar mais atuação e essas coisas. Mas acho que com certeza a opinião do ator influencia em sua atuação, principalmente nas cenas depois que o Jorginho acha que a Nina é uma vagabundo que tá traindo ele com o Max, que é "coincidentemente" quando o Jorginho fica mais insuportável. Além claro da própria qualidade do ator, naquela época, o Cauã não era o ator que é hoje, na minha opinião. Talvez se o personagem tivesse sido interpretado pelo Daniel de Oliveira ou Marco Pigossi, mesmo sendo escrito do mesmíssimo jeito, o Jorginho poderia ter sido mais gostável.

Paula

Anônimo disse...

Na minha opinião, Avenida Brasil foi a última novela memorável do país. Nos anos 2000, quase todas das nove foram memoráveis, aí depois de Avenida Brasil não sei o que aconteceu, não sei se os autores foram perdendo criatividade, se a Globo tá mais preocupada com outras coisas além do enredo. Mas realmente, pra mim, Avenida Brasil foi a última novela "icônica". Infelizmente, não acho que a Globo voltará a fazer novelas tão boas igual no passado. Acho que é atemporal, porque retrata não só a classe média/baixa, mas porque retrata o ser humano como é, sem maniqueísmos. Como alguém já disse, a única coisa que não é atemporal são os casais. O trio Roni, Leandro e Suelen seria muito problematizado hoje em dia, os chatos do twitter iam falar que o JEC tá indicando que cura gay é possível. O casal protagonista Jorginho e Nina também não ia ser aceito, iam shippar muito mais Nina e Tufão (isso de certa forma eu até concordo, porque acho que a Nina merecia alguém mais carinhoso), na verdade acho até que o povo nas redes sociais ia problematizar a forma como o Jorginho trata a Carminha se a novela fosse exibida hoje em dia. Enfim, aquilo de sempre né, alguns personagens teriam que ser modificados pra não serem odiados como vilões hoje, pelo menos pelo pessoal das redes sociais, o povão (90% que não sabe nem o que é twitter direito) já é diferente, não liga pra essas coisas, mas como rede social que manda... Alguns personagens teriam que ser um pouco alterados. Mas a história em si, como você disse, é atemporal. Prende a gente quase todo dia. A Globo aliás estaria batendo recorde exibindo Avenida Brasil no horário das nove nesses tempos de quarentena, mas deram o azar de exibir no Vale A Pena Ver De Novo logo agora. Eles devem ter se arrependido tanto. Eu queria muito que no horário das nove, eles exibissem A Favorita, a melhor novela do João, na minha opinião, mil vezes melhor que Fina Estampa.

Abs, Sérgio

Silvia

Anônimo disse...

Eu já havia comentado neste blog no post anterior sobre a novela, em um texto tão longo que fiquei com vergonha de tantos errores tipográficos. Para minha sorte, tive os parabéns do dono do blog, que para mim é melhor que um presente de Natal.Hoje devo dizer que os últimos capítulos confirmam o que eu disse. A Avenida Brasil é apenas a trama central, porque suas subparcelas são apenas pares que formam e se quebram como se estivessem valsando.
é leleco com tessália que quer que o chifre com darkson que é apaixonado pela tessália, é Monalisa que esta com Silas que o trai com Tufão que quer a Silas de volta que agora ta com Olenka, e claro Suelen com tudo o mundo. O problema verdadeiro é o jeito em que o autor apresenta a narração das paralelas. Muito desnivelado tanto no termo interpretativo quanto na inteligência das ações para gerar um embate mais interessante. Difícil acreditar a relação narrativa entre o drama da órfã vingativa e a madrasta com os do Divino, parecem duas novelas distintas. Seu autor dévio ter mais cuidado, prestar mais atenção e ter mais imaginação para dar verdadeiros enredos a estos personagens. Tudo fica como um plano de enrolação en um jeito de ganhar tempo para chegar ao capítulo 100 com a revelação Nina/ Rita

O que diferencia isso das regras do jogo é que o autor sabe o que deseja para seu enredo central e sabe o momento certo para desenvolvê-lo. Se o fim se tornou tão digno de atenção é a amnésia narrativa nas últimas semanas, agora com quem matou Max, eles retornaram com o direito a um final feliz com derrito a mais de um parceiro de vida (Roni/Leandro/suelen) ,
mas eu já enfatizei isso

Anônimo disse...

Cont.
Agora, o centro não está isento de pecados, é interessante como esta novela me fez avergonhar, e por outro lado, gostar da dona do pedaco. Não me lembraba de quão estúpida a família Tufao era, e de quão flagrantemente infantil de tais estupidos, os críticos dizem que não viram a novela de Walcyr porque Maria da Paz é uma burra; agora eu falo a novela Walcyr é melhor, vamos ver as evidências, Walcyr apresenta uma mãe cega e vaidosa com direito a um grupo de pessoas, sua mãe, sua criada e suas amigas que reconhecem o caráter mau de sua filha; ate tem um caráter anônimo bem informado e instruído que deduz que a jovem Josiane é uma psicopata, coisa que a critica desacredito por nao pertecer a rama da medicina. Maria da Paz e memsmo trouxa mais acredito e uma mae que enceguese pelo amor a filhio, e normal.
o problema entre AV e ADDP é numérico, vamos para a família Tufão que, por milagre, não foi apelidada de Trufão, Ivana é chata em muitos níveis, uma mulher que parece adorar fantasias sexuais brincando de ser criança, de acordo a realidade tem coisas piores. Mas isso não seria ruim se sua voz estridente e fetiche infantil fossem mantidos em sigilo no seu quarto, ela não só brinca que é crianca ela é mesmo criancam, é uma tempestade mesmo quando ela abre o presente contendo a verdade de Max e Carminha fala como apresentadora do SBT. Então ela abre e de repente é Fátima da Globo, muito inconsistente até o momento da execução, eu jurava que jogaria um bolo na cara de Carminha. Tufão leu muito e pouca ajuda, de fato, leu livros em tempo recorde e não aprendeu nada. Não está dizendo que os anos atrasados ​​na classe C são irreversíveis, essas pessoas não têm esperança, pelo menos não na avenida. Murici, que personagem horrível, nasceu cego e Leleco anda com uma mulher mais jovem pelo prazer de provar que ela é infiel, ele não é engraçado, ele é machista. Temos quatro imbecis, que nada aprendem, nem ensinando nem lendo. Walcyr coloca uma mulher que pode ler perfeitamente na internet, como dizemos que temos o conhecimento nas mãos, sobre doenças mentais e diz "Josiane é uma psicopata", bem um analfabeto aparentemente percebeu o que a família do divino não podia em 20 anos de morar com os adúlteros. Quanta mentira e precisa para acordar e quantas veces Max tendra sexo com Carminha baixo o mesmo telhado sem que ninguém note nada. Menção merece também o casal Nina e Jorginho que nunca teve química, nem hoje nem em 2012. vale a pena a relação afetiva mas é só isso para min., foi um exercício valido resistir uma segunda vez e notar cuan frágil é nosso critério.

Anônimo disse...

Eu tente ver desde teu ponto de vista Sergio, que Jorginho matou Max, mas a única coisa que encontrei foi um capítulo filmado às pressas com inúmeros problemas. Ninguém comentou ontem sobre o sumiço de Santiago, a polícia foi atrás da vilã e o vilão foi esquecido, um erro horrível para a produção como para o roteiro. Também se sabe que a produção foi filmada em pedaços durante a última semana, é muito possível que Adriana não tenha feito a parte do golpe em Marcelo e que ambos eventos tenham sido filmados em dias diferentes. Isso não me prova que Jorginho é o assassino, mas si das tentativas dos diretores e do autor de impedir que se filtrasse o final. Mas você não fique desanimado, talvez tua propaganda faça o autor sair um dia e dizer que era Jorginho, não porque era o plano original, mas bem para consertar as coisas mal feitas.

Sérgio Santos disse...

Verdade, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Acredito, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Que honra, Gabi.

Sérgio Santos disse...

Sim, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Vai saber, anonimo...

Sérgio Santos disse...

Eu adorava o nucleo Cadinho, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Sem problemas, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Ótimo seu comentário, anonimo!

Sérgio Santos disse...

E na minha opinião o Jorginho que matou o Max, anonimo...

Sérgio Santos disse...

Paula, muitas vezes influencia mesmo!

Sérgio Santos disse...

Obrigado pelo comentário, Silvia!!!

Sérgio Santos disse...

Pois, anonimo, saiba que elogiarei seu duplo comentário mais uma vez. Onde eu assino???? A má vontade com o Walcyr é evidente. Assino embaixo de cada frase.

Sérgio Santos disse...

Se for isso, anonimo, seria decepcionante mesmo.