segunda-feira, 20 de abril de 2020

Day Mesquita convence como protagonista de "Amor sem Igual"

"Amor sem Igual" era uma das raras novelas inéditas que sobraram no ar em virtude do interrompimento geral das gravações das produções de todas as emissoras por conta da pandemia do coronavírus. Como a Record costuma antecipar bastante a sua frente de cenas, o encerramento forçado demorou mais um pouco ---- o "último" capítulo foi hoje, dia 20. E o principal acerto do folhetim de Cristianne Fridman é a escalação de Day Mesquita como protagonista.


Poderosa é uma garota de programa que não leva desaforo para casa e está sempre vestida com roupas chamativas. No início na trama até usava uma peruca que deixava o conjunto mais exagerado. Seu péssimo humor é uma de suas características. Ou seja, é um perfil muito caricato. A atriz não tem como escapar dos excessos. Mas Day usa o tom acima a seu favor e consegue crescer em cena sempre que aparece. Tanto que o enredo, mesmo com vários acontecimentos nos núcleos paralelos ---- principalmente o de Donatela (Stephany Brito) ---, perde a força sem a sua presença.

A personagem também carrega todas as tintas de um típico dramalhão para atrair o interesse do telespectador. Foi rejeitada pelo poderoso pai na infância por ser fruto de uma relação fora do casamento e acabou abandonada pela mãe. Sofreu vários abusos de homens mais velhos até virar uma prostituta quando adulta.
Logo no início da novela sofreu várias tentativas de assassinato porque seu irmão (Tobias - Thiago Rodrigues) mandou exterminar a herdeira recém-descoberta. E o vilão só descobriu porque o milionário pai, Ramiro (Juan Alba), outro canalha, resolveu procurar a filha por conta da necessidade de um transplante de rim para não morrer --- o filho e a filha (Bárbara França) não são compatíveis. Quem salvou a mocinha da morte foi Miguel (Rafael Sardão), o clássico mocinho romântico e um dos poucos homens que não deseja transar sem envolvimento amoroso.

A novela já está com mais de 85 capítulos e até agora os mocinhos não ficaram juntos de fato. Mas a enrolação é válida porque aumenta a expectativa. Nada pior do que um par romântico que fica junto logo no começo e depois perde a relevância em virtude da ausência de conflitos bem construídos. Day e Rafael têm uma boa química juntos e o romance desperta torcida. Outro bom atrativo da quase relação é a clássica inversão de papéis. Em uma bonita cena exibida semana passada, Miguel e Poderosa se beijam na cama e ela logo se prepara para tirar a roupa, mas ele se nega e pede apenas o beijo. A certa ingenuidade dele é o que mais a atrai. Tanto que os raros momentos de descontração da prostituta são com seu "amigo".

A carreira de Day Mesquita como atriz iniciou em 2007, na Band, quando viveu Amanda, a antagonista de "Dance Dance Dance", folhetim que tentou manter os bons índices de "Floribella" (2006), mas fracassou. Após a primeira investida no universo das artes cênicas, a intérprete logo ganhou uma protagonista: a mocinha de "Vende-se um Véu de Noiva" (2009), em um remake mal-sucedido do SBT. Não fez feio. Porém, as oportunidades posteriores foram apenas através de pequenas participações em séries e novelas ---- algumas da Globo, como "A Vida da Gente" (2011) e "Além do Horizonte" (2013). Em 2015, se firmou na Record e esteve no elenco de "Milagres de Jesus", "Os Dez Mandamentos" e "A Terra Prometida" (2016). A sua melhor oportunidade veio em "Jesus" (2018), quando interpretou Maria Madalena. Foi o degrau que precisava para ganhar a protagonista de "Amor sem Igual" e brilhar.

16 comentários:

Lulu on the sky disse...

Não acompanho essa novela.
Big beijos
www.luluonthesky.com

Anônimo disse...

Ela é uma das poucas que salva porque o elenco dessa novela é triste.

Anônimo disse...

Pena que acabou hoje e agora é tudo reprise real nas tvs.

chica disse...

Passando pra deixar um abração! Lindo feriadinho,ainda que em casa!!! chica

Guilherme Hansen disse...

A Day é ótima atriz mesmo, deveria estar na Globo. Outro grande momento dela foi no cinema, no filme do patrão (rs), em que ela faz a esposa do bispo e muito bem por sinal. Certamente esse papel a ajudou a galgar maiores voos na Record. Outra coisa nela que me faz lembrar a Globo é que a considero idêntica à Lavínia Vlasak, daria pra elas fazerem irmãs em alguma produção rsssss.

Lucas disse...

Olá, Sérgio. Gostei de ver você fazendo post sobre uma novela da Record. É bom para diversificar um pouco os temas.
Eu lembro bem dessa atriz de quando ela fez "Vende-se um véu de noiva". Assisti alguns capítulos daquela novela, que não era lá grandes coisas, mas a atuação dela me chamou bastante a atenção. Não assisto novelas da Record, mas confio que ela deve estar mandando bem. Espero vê-la na Globo nos próximos anos.
Abraços

Critica literária disse...

Sérgio, você gosta da atuação da Sthefany Britto? Tenho achado um pouco fora do tom nessa nova virada dela.

Sérgio Santos disse...

Bjs, Lulu.

Sérgio Santos disse...

Concordo, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Bjs, Chica.

Sérgio Santos disse...

Pois é, Guilherme...

Sérgio Santos disse...

Abçs, Lucas!

Sérgio Santos disse...

Achei péssima, Critica...Over...

Sérgio Santos disse...

Vdd, anonimo!

Unknown disse...

Nossa pensava que era só eu que achava isso também, rsrs. Também acho das Mesquita bem parecida com Lavínia Vlasak elas parecem até ser gêmeas, até a voz delas são iguais.

Marcia Gitirana/Canil Monte Olympo disse...

Poxa, no inicio de jesus eu a confundia com a Lavínia Vlasak. Ela é excelente e não merece estar em uma emissora lixo como a globo. Deixa ela na Record