O aguardado momento do reencontro de mãe e filha fez valer a longa espera, destacando Deborah Evelyn e Renata Sorrah. As duas protagonizaram uma linda cena, onde o amor era o grande elo de ligação entre personagens que estavam afastadas há anos, após o sequestro de Kiki, planejado pelo próprio pai (Gibson - José de Abreu). A sequência foi longa, tocante e exigiu muita entrega das intérpretes, que corresponderam, sem qualquer surpresa levando em conta o talento que têm ---- o capítulo, inclusive, rendeu 35 pontos em São Paulo e 42 (recorde) no Rio de Janeiro.
A cena em torno do festival de afeto promovido por ambas funcionou como um raro instante de paz, em meio ao contexto pesado daquela família completamente doente, vítima da obsessão do próprio patriarca. A troca de olhares carinhosos foi transmitido com imensa transparência, emocionando quem assistia.
E vale ressaltar que Renata é tia de Deborah, o que só facilita essa troca cênica, tão bem observada nas cenas mais recentes. É muito prazeroso ver as duas contracenando e ganhando tanto destaque.
Aliás, o núcleo da família Stewart começou muito apagado na história e foi ganhando importância aos poucos. Inicialmente, parecia que Renata Sorrah mais uma vez estava sendo desvalorizada, uma vez que a intérprete não havia ganhado até então um papel à altura do seu talento após o estrondoso sucesso da Nazaré Tedesco, em "Senhora do Destino" (2004). Mas, João Emanuel Carneiro fez a trama dela crescer, principalmente depois da revelação sobre Gibson, que sempre foi o Pai da facção.
Portanto, finalmente Renata ganhou uma personagem bem construída e que tem fundamental importância para o desenvolvimento do enredo central. Nora é uma mulher sofrida, triste por dentro e que só pensa na família. Viveu a vida toda à sombra do marido e sempre se culpou pelos problemas das filhas, além de se sentir responsável pela infelicidade que a cerca. É um perfil com forte carga dramática e que valoriza o grande profissionalismo da atriz. Vê-la em cena defendendo tão bem um bom papel é gratificante, ainda mais no principal horário da Globo. Estava merecendo, após anos subaproveitada.
Já Deborah Evelyn teve mais sorte que a tia, pois seu último papel havia sido a complexada Irene, em "Sangue Bom" (2013). O perfil não tinha muito destaque, mas era bem escrito e desenvolvido por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Em 2009, ainda interpretou a inescrupulosa Judith, a grande vilã do sucesso "Caras & Bocas". E agora vive a sua personagem mais difícil da carreira, segundo a própria. Kiki é uma mulher que ficou completamente instável e traumatizada depois que foi sequestrada, desenvolvendo até mesmo a Síndrome de Estocolmo (quando a vítima se apaixona pelo algoz), quando teve uma filha com Zé Maria (Tony Ramos). Não há uma cena sequer que não exija uma carga dramática intensa da intérprete.
Apesar da entrada tardia na história, Kiki se mostrou uma das principais personagens e isso, claro, só beneficiou Deborah. Com a volta da filha de Nora à mansão da família, a novela apresentou uma outra virada e ainda valorizou mais a atriz, assim como Renata. Aliás, além delas, é preciso também tecer elogios a José de Abreu, Marco Pigossi, Bruna Linzmeyer e Bárbara Paz, que vêm protagonizando várias sequências repletas de emoção e tensão junto com as duas ---- o reencontro de Nelita e Kiki foi lindo, e o confronto entre Dante e a mãe mesclou competentemente dor com desconfiança (já as ameaças de Gibson deixaram a filha mais preocupada, expondo a crueldade daquele homem).
"A Regra do Jogo" está com uma agitada reta final e o destaque das cenas mais recentes tem sido, sem dúvida, a boa sintonia entre Deborah Evelyn e Renata Sorrah, que vêm emocionando em todos os momentos. Kiki e Nora são personagens bem ricas e João Emanuel Carneiro merece aplausos pela valorização dessas duas atrizes tão talentosas.
28 comentários:
Emocionaram mesmo. E que bom ve-las valorizadas depois de tanto tempo sendo coadjuvantes inúteis.
Grandes atrizes recebendo o valor que merecem tem que dar nisso mesmo.
Realmente, muito bom o desempenho das duas! Lindas cenas! abração, tudo de bom,chica
E essa cena deu 35 pontos em SP e 42 no RJ. O autor reergueu a faixa mesmo.
As duas me emocionaram e eu aplaudi de pé.Você tem razão, a Renata era subaproveitada há anos e finalmente ela ganhou um bom papel pós-Nazaré. A Débora está divina também e esse texto é merecido venerando o talento delas.
As cenas de Renata e Deborah foram mesmo demais. E imagino a felicidade de tia e sobrinha, na vida real, contracenarem juntas.
Elas me emocionaram e a novela mereceu o recorde de audiência.
Olá, Sérgio, boa tarde,prazer em "revê-lo"...
fiz questão de ir "ver" a cena, pois,como sabes, não assisto TV aberta...realmente, uma cena intensa e emocionante , à altura do talento de ambas, merecedoras,enfim, à "papéis" de maior protagonismo...
...o engraçado que, nessas minhas "férias", andei "futucando" uns vídeos de youtube e vi um, onde o tema era o parentesco dos famosos, e lá fiquei sabendo que a Renata é tia da Débora...
agradeço pelo cainho,belos dias, abraços!
Sergio, as cenas que mencionou foram muito boas, realmente. A Débora até mencionou, em uma entrevista, que as suas foram desgastantes, mas que estava feliz com o presente do autor. A novela ficou mais movimentada nesses últimos capítulos. Bjs.
Olá Sérgio,
Endosso, na íntegra, as suas excelentes considerações.
Não sabia que Renata é tia da Deborah.
Tive também a impressão, durante um bom curso da novela, que Renata Sorrah estava sendo desprestigiada com o seu papel na novela, mas, merecidamente, ela está tendo a oportunidade de mostrar, uma vez mais, o seu grande potencial artístico.
Perdi a cena do reencontro de mãe e filha (Nora e Kiki), devido a um compromisso no momento, mas depois vou dar uma espiadinha pela internet.
Abraço.
Sérgio, querido, elas me emocionaram. A cena foi ótima e deu pra ver o amor que as personagens tem. A novela seria perfeita se só tivesse esse núcleo principal. Por isso seria melhor se fosse série ou novela das onze. Um beijo.
Mesmo com problemas de enredo (as repetições, a facção e a polícia serem um tanto tapadas), a carga dramática de A Regra do Jogo sempre rendeu demais. João Emanuel sabe muito bem montar e crescer seus personagens, e nesse enredo policial o drama dos Stewarts cai como uma luva. Bom ver que na reta final a audiência veio, o melhor autor da globo merece.
Sergio,
Realmente foi otima a entrada da Deborah e a cena foi boa.
Não vejo a hora do pai-monstro ser desmascarado.
Bjs
Essa novela é muito, muito ruim. Só esta emplacando na reta final porque o povo tem o habito de assistir as novelas da Globo, boas ou ruins, o povo assiste. Essa novela em outro canal daria traço.
Quanta diferença das NOVELAS de outros tempos, a Globo caiu demais, só um cego não vê isso. A Regra do Jogo é bagaceira que dói.
Isso é, Heitor.
Fato, Fabiana.
Abração, Chica.
Reergueu sim, Gabriella.
Obrigado, Marília.
Tb imagino, Elvira.
Mereceu sim, anonimo.
Que bom vê-lo de volta, Felis!
Ficou bem mais movimentada, Marilene.
Não deixe de ver, Vera. bjão
Isso é, Melina.
Bom comentário, Carlos.
Tb aguardo isso, Syssim.
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