O início dessa nova saga, na última terça-feira (09/10), se mostra importantíssima em virtude do atual momento do Brasil. Em meio a eleições movidas pelo ódio entre os eleitores e uma grande onda conservadora, o programa faz questão de tocar ainda mais em temas que despertam discussão, como machismo, racismo, homofobia, objetificação da mulher, enfim... Questões que viraram alvo de pessoas reacionárias 'defensoras da família'.
É verdade que a identidade do formato se perdeu há alguns anos. A temática em torno do sexo e as brincadeiras que eram feitas sobre o assunto acabaram perdendo a importância, cedendo lugar para ativismos. Ainda há algum tipo de diversão, mas não preenche nem dez minutos de programa.
A própria estreia é um exemplo, pois a divertida ''prova da sarrada" (cujos participantes se tocavam com os olhos vendados em uma cabine e depois decidiam se iam se beijar ou não) foi bem rápida e logo saiu de cena para discussões sobre o respeito ao próximo.
O excesso de "militância" algumas vezes realmente acaba cansando e isso já era perceptível nas temporadas mais recentes. Uma mistura mais equilibrada entre o entretenimento e a informação era o ideal. No entanto, no atual momento do Brasil, isso é necessário. É muito louvável que um programa tão corajoso quanto o "Amor e Sexo" continue indo ao ar. Todos os assuntos são explorados sem medo e sempre jogando verdades "inconvenientes". Os breves discursos de Fernanda Lima na estreia, por exemplo, foram ótimos. Um deles até merece a transcrição: "O futuro não pode estar atrás das grades. Não pode ser feito de humilhação e exclusão. O futuro é empatia, justiça. É um chama todo mundo. A gente faz parte da mesma humanidade. E ninguém pode ser feliz sozinho".
A bancada segue formada por Regina Navarro Lins, José Loreto, Mariana Santos, Eduardo Sterblitch, Dudu Bertholini e agora a filósofa Djamila Ribeiro. O primeiro programa contou com a youtuber Jout Jout e a atriz Bruna Linzmeyer como participantes especiais. A discussão em torno do racismo e da diferença entre cantada e assédio se sobressaiu, assim como o desabafo de Bruna sobre as notícias de sua condição sexual ---- ela assumiu um relacionamento com outra mulher há algum tempo. Já o segundo programa, exibido nesta terça (16/10), falou sobre o poliamor e teve participação de Preta Gil e Débora Nascimento. As várias formas de amor foram debatidas e alguns casais que se relacionam com outras pessoas foram ao palco compartilhar a experiência. A brincadeira na cabine de espuma divertiu.
O "Amor e Sexo" segue com bons atrativos e Fernanda Lima domina o palco como poucas. É verdade que o excesso de didatismo em alguns momentos prejudica o andamento da atração, mas a presença desse programa na grade de uma emissora aberta como a Globo se faz cada vez mais necessária. Ainda que seja tarde da noite. Quem dera todo mundo fosse tão mente aberta como os convidados (anônimos e famosos) que sempre engrandecem o formato com suas corajosas participações.
11 comentários:
Amo esse programa e vou defende-lo até o fim. Amor e Sexo se faz necessário ainda mais nesses tempos de intolerância, desrespeito ao próximo e a presença dos "donos da verdade" que acreditam que suas opiniões são "verdades únicas e absolutas" atacando quem pensa diferente. Fernanda Lima segue linda e impecável na apresentação assim como a bancada de convidados. Vida longa ao programa.
Esse programa já deu, desculpa.
Não vejo mais, passa muito tarde e eu acordo cedo.
big beijos
www.luluonthesky.com
Esse programa parece aquelas propagandas politicas do PSOL. Chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaato.
Tb gosto mt, anonimo.
Tudo bem, Yasmin.
Entendo, Lulu.
Às vezes exagera msm, Denner.
Eu penso que a nova temporada do Amor e Sexo estreou no momento errado. Deveriam ter mantido o programa para o início do ano. Ainda mais agora, vide os comentários cretinos do Twitter de apoiadores daquele lá, que acham que defendê-lo significa atacar com palavras chulas quem discorda. Basta ver alguma postagem sua sobre o programa.
Percebi isso tb, anonimo...
Esse programa é uma doença, envenena a sociedade e destrói a família. Um programa que incentiva a traição e luta contra valores não merece ter apoio popular.
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