O autor baseou seu folhetim no argumento de Rubem Fonseca, que ambientava a história de amor dos mocinhos entre 1886 e 1888, época em que ocorre o movimento abolicionista. Mas, decidiram mudar o contexto para os anos 20 (entre Portugal e Rio de Janeiro, filmando em locações lindas do Rio Grande do Sul). E não foi apenas essa a mudança de percurso dos escritores. Desde o início, ficou claro que seria quase impossível sustentar a trama apenas na separação e, consequentemente, no reencontro de Maria Vitória (Vitória Strada) e Inácio (Bruno Cabrerizo). A necessidade de outros conflitos era vital para o roteiro não ficar limitado. Mas, infelizmente ficou.
O primeiro erro foi juntar os protagonistas de forma tão súbita e pouco consistente. Aquele amor à primeira vista encantava noveleiros nos anos 70/80, mas não cabe mais no mundo atual. Mesmo sendo um enredo de época. A exceção fica por conta do desenvolvimento desse amor. Se o autor ou a autora souber conduzir com precisão, a chance de arrebatar o público é quase certa.
No entanto, colocá-los perdidamente apaixonados com apenas dois capítulos de novela foi um grave erro. Já estavam planejando até casamento. Ou seja, o par acabou não convencendo. Para culminar, o casal foi separado logo na segunda semana e ficou afastado quase a trama inteira. Não há torcida que aguente.
A ideia de apostar em rostos novos como protagonistas foi corajosa e deu certo com Vitória, que se mostrou uma grande e promissora atriz. Deu show de emoção em todos os momentos e com certeza será disputada nas próximas novelas da emissora. Já com Bruno o erro acabou evidente. Inexpressivo, o ator deixou a desejar sempre que foi mais exigido e ficou artificial proferindo o texto formal da trama, muitas vezes parecendo uma leitura. Mas é injusto culpar apenas o intérprete. Alcides tem muita culpa pela condução totalmente errônea do mocinho, que virou um sujeito passivo, burro e manipulável, não fazendo diferença alguma para o andamento dos conflitos.
O período em que Inácio ficou cego e nas mãos de Lucinda (Andreia Horta) testou a paciência do telespectador. Além de acreditar em todas as mentiras que a vilã contava sobre Maria Vitória, nem se preocupou em procurar seus amigos no Rio de Janeiro, como o Seu Geraldo (Jackson Antunes), dono da mercearia que o empregou quando o mesmo chegou para melhorar de vida. Enquanto isso, a mocinha passava por uma sucessão de desgraças na procura pela filha roubada e pelo amor de sua vida ---- foi internada em um convento, assediada, estapeada, presa, enfim... Nessa época, inclusive, a trama deveria ter se chamado "Tempo de Chorar". E todo esse conjunto deixava apenas claro que o único drama consistente do roteiro era esse reencontro dos mocinhos que nunca acontecia.
Os núcleos paralelos, por sua vez, pouco acrescentaram e muitos atores talentosos foram figurantes de luxo. Isso porque o elenco foi muito bem escalado. Mas, não souberam aproveitá-lo. Vide a grande Regina Duarte. A carismática Madame Lucerne parecia um perfil promissor, mas acabou avulso na história e o bordel da cafetina servia apenas para expor a arrogância do deputado Teodoro (Henri Castelli) e a vida dupla de Bernardo (Nelson Freitas). Até mesmo a maravilhosa parceria da atriz com Maria Eduarda de Carvalho (a prostituta Gilberte) --- observada anteriormente na primorosa "Sete Vidas" (2015) --- ficou apagada. Quando Maria Vitória foi parar no local, com suas amigas (conhecidas no navio para o RJ), até pareceu que o núcleo cresceria, mas em pouco tempo tudo voltou como era antes. Nem mesmo o bonito romance com José Augusto (Tony Ramos), pai da mocinha, iniciado depois da metade da trama ---- aproveitando a química entre Regina e Tony, vista em "Rainha da Sucata" (1990) ----, foi desenvolvido a contento.
O já citado Teodoro, por exemplo, foi um vilão sem a menor função. O deputado corrupto resolveu perseguir a mocinha sem nenhum motivo plausível e sua rivalidade com o Conselheiro Francisco (Wernner Schunemann, também subaproveitado) não rendeu o esperado. Fernão (Jayme Matarazzo) também decepcionou. O ator esteve muito bem e o papel tinha tudo para ser o melhor de sua carreira, mas simplesmente não aconteceu. "Vendido" como um dos empecilhos para o amor de Maria Vitória e Inácio, o personagem só teve destaque nas primeiras semanas e depois simplesmente desapareceu. Só ressurgiu para dar um golpe em Tereza (Olívia Torres) e na reta final acabou unido a Lucinda (através de um amor e jogo de interesses nada convincentes) em uma clara tentativa do autor de destacá-lo um pouco. A própria Lucinda "murchou" ao longo da novela. Inicialmente, parecia uma vilã complexa, uma vez que sempre sofreu pela perda da mãe (vitimada em um incêndio provocado por ela, implicando em uma queimadura em seu rosto), mas acabou virando uma víbora maniqueísta e sem nuances. Nada contra o maniqueísmo e isso foi o de menos. A decepção mesmo acabou ocorrendo por causa da dependência dela por Inácio. Lucinda viveu em função apenas do mocinho e bastou ele sair de casa para o perfil se apagar.
A única malvada realmente interessante foi Delfina, vivida por Letícia Sabatella. A atriz esteve muito bem e a personagem tinha boas camadas, sempre nutrindo um amor doentio por José Augusto e um ódio por Maria Vitória e todos que tentavam atrapalhar seu caminho de colocar a filha Tereza como a única herdeira do todo poderoso de Portugal. As cenas da intérprete com Tony e Olívia, por sinal, eram sempre boas. Outro acerto, desta vez no time dos ''bonzinhos', foi o próprio José Augusto. Um perfil denso e que mesclava momentos de vilania com outros de integridade. Responsável pelo início das desgraças na vida da própria filha, acabou se arrependendo dos seus atos, indo atrás da mocinha e reencontrando também seus erros do passado. Tony brilhou, não havendo surpresa alguma nisso.
Celeste Hermínia foi mais um excelente perfil, destacando o talento dramático de Marisa Orth. A atriz pela primeira vez viveu uma mulher que não tinha traço algum de comicidade em uma novela, mostrando que não é uma profissional de um gênero só ---- já havia provado na série "Dupla Identidade" e em "Haja Coração", ainda que no segundo caso tenha mergulhado um pouco no humor também. A fadista foi um dos tipos mais cativantes de "Tempo de Amar" e a revelação em torno da verdadeira identidade de sua filha desaparecida a destacou ainda mais, a ligando diretamente ao drama de Maria Vitória e José Augusto. A bela relação da milionária com a empregada Eunice (Lucy Alves) também merece menção, embora o seu romance com o Conselheiro tenha decepcionado e pouco acrescentado. A mesma Eunice valorizou a talentosa Lucy Alves e o par formado com o justo médico Reynaldo (Cássio Gabus Mendes) funcionou.
Há também elogios de sobra para Bruno Ferrari, que roubou a cena e virou o verdadeiro mocinho da trama, conquistando a todos com o seu carismático Vicente. Sua química com Vitória Strada era visível e os dois protagonizaram lindas cenas de amor e cumplicidade. Não por acaso terminou com o coração da mocinha no final da história. Françoise Forton é mais um nome que merece menção, pois emprestou sua elegância para a querida Emília e emocionou várias vezes com o sofrimento contido da personagem. Seus embates com Andreia Horta eram ótimos. Já Olívia Araújo se saiu muito bem vivendo a simpática Dona Nicota, enquanto Bárbara França se firmou de vez defendendo a sua determinada Celina, protagonizando boas cenas com Débora Evelyn (esta vivendo a fútil Alzira, mais uma perua amargurada na carreira). A revelação de "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" (2016), no entanto, merecia um par romântico melhor: Guilherme Leicam esteve robótico na pele de Artur.
Aliás, em matéria de pares românticos, a novela fracassou. O que não deixa de ser irônico, levando em conta o título "Tempo de Amar". Com exceção de Maria Vitória/Vicente (que só surgiu em virtude do equívoco de Vitória e Inácio), Eunice/Reynaldo e Dona Nicota/Seu Geraldo, nenhum casal funcionou. Sabrina Petraglia, por exemplo, após o sucesso da Shirley, em "Haja Coração" (2016), ganhou uma personagem apagada e que não teve a menor química com Marcelo Mello Jr., intérprete de Edgar. Tanto que o autor separou o casal sem mais nem menos e o juntou com Mayana Moura, que estava avulsa no enredo vivendo Carolina de Sobral. E também não deu certo. Outro par insosso. O mesmo vale para Helena (Jéssika Alves)/Giuseppe (Guilherme Prattes), Tomaso (Ricardo Vianna)/Natália (Giulia Gayoso), Teodoro/Felícia (Amanda de Godoi) e Angélica (Livia Aragão)/Lucas (Gustavo Piaskoski). Por sinal, como alguns dos personagens citados eram italianos, não deu para entender o porquê deles terem sotaque e os portugueses não. A única portuguesa que tinha sotaque era Henriqueta, vivida pela ótima Nivea Maria, mais uma grande atriz que fez figuração de luxo --- e não dá para esquecer de Karine Teles, na pele da adoentada Odete, esposa do Conselheiro, que entrou muda e saiu dizendo uma frase antes de morrer.
Vale mencionar as abordagens panfletárias e cansativas em torno dos militantes políticos e do racismo, por exemplo, que em nada contribuíram para o andamento do roteiro. Tanto que despertava atenção quando Vicente se envolvia com os dramas de sua família e de Maria Vitória, mas não causava interesse algum a temática em torno de seus planos de revolta com os colegas, enfrentando o governo. O mesmo ocorreu em cima do racismo sofrido por Edgar, que em nada contribuiu para a trama. Já a exploração do assédio, tendo Olímpia como protagonista, em plena reta final da novela, merece elogios, pois proporcionou ótimas cenas e ainda serviu para expor o verdadeiro pai de Pepito (Maicon Rodrigues), após a empregada Balbina (Walkiria Ribeiro) ter se dado conta que era assediada desde sempre ---- aliás, o enredo sobre as geleias fabricadas pelo rapaz foi interessante no começo, mas logo passou a andar em círculos.
A reta final do folhetim deixou evidente a limitação do enredo, pois não houve qualquer acontecimento relevante. Parecia que a novela já deveria ter terminado há uns dois meses. Foram vários capítulos com muitas cenas praticamente iguais: Maria Vitória e Vicente se declarando perdidamente apaixonados, Inácio se lamentando pelos cantos, Lucinda e Fernão armando contra Emília e demais personagens sem maior função. O autor até tentou transformar o mocinho em um herói perto do fim, o colocando para salvar Vicente de uma queda de cavalo e desmascarando Lucinda e Fernão, mas soou forçado, pois o próprio Alcides destruiu a condução do personagem e não adiantava tentar consertar só no último mês. Para culminar, reservou o desaparecimento de Vicente para o penúltimo capítulo (em uma ótima cena de tempestade em alto mar), deixando todos os desdobramentos que isso renderia apenas para o último capítulo. Até mesmo o seu retorno, para o final feliz com Maria Vitória, seria mais impactante se a tragédia tivesse acontecido há uma semana, pelo menos. O lado positivo foi o destaque do talento dramático de Vitória Strada, irretocável no sofrimento da protagonista.
Já o desfecho de Lucinda e Fernão foi decepcionante. Claro que vários vilões terminaram impunes na teledramaturgia, mas colocá-los escapando em um navio cargueiro foi praticamente uma recompensa por todas as suas manipulações ao longo do enredo. Tudo bem que estavam surrupiando comida, mas ainda assim nada impedia um novo golpe bem-sucedido. E ela acabou sendo a primeira vilã da teledramaturgia que teve seu objetivo alcançado: separou os mocinhos com suas mentiras, fugindo no fim com "o seu novo amor"; enquanto seu parceiro se deu "bem" escapando, em contraponto a Teresa, que ficou sozinha com um filho para criar. Ao menos o reencontro de Maria Vitória e Vicente foi bonito, sendo necessário elogiar também o final de Delfina, atolada em dívidas e constatando que a parva era ela. E a última cena, com José Augusto desabafando sobre a vida, em um desempenho arrepiante de Tony Ramos, fechou lindamente a trama. A foto final ficou belíssima.
"Tempo de Amar" foi uma novela mediana, cujos erros acabaram camuflados pelo texto bonito de Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago, enquanto as qualidades se sobressaíram através da direção competente de Jayme Monjardim, aproveitando as belíssimas imagens e cenários do enredo. Mesmo assim, o roteiro limitado e o ritmo modorrento foram perceptíveis em todos os momentos, assim como o subaproveitamento de vários atores e personagens que simplesmente não aconteceram. Teria sido uma obra bem melhor se fosse uma minissérie de uns 20 capítulos.
37 comentários:
Já foi tarde!
Não me conformo com Inácio ficando sozinho e ela com o Vicente.Esse autor enrolou meses pra um final ridículo desses!!!!!!!!!
Aquele babaca do T, Sérgio, continua falando mal de vc através de indiretas. E depois vem dizer que não criou conta fake pra te seguir. kkkkkkkkkk Tu bloqueia mas ele continua lendo tudo o que tu escreve!!!
Você foi muito justo na crítica, parabéns. Teceu as qualidades mas enumerou os defeitos que uns e outros fizeram vista grossa achando que ninguém percebeu. Achei uma novela linda, mas tediosa e impossivel de acompanhar todo dia. Não acontecia nada a maioria do tempo.
Mas cê tá amargo hein?
Até que enfim achei um crítico sensato. Virei sempre aqui agora!
Eu avalio as novelas em duas partes que são gosto pessoal e qualidade. Em gosto pessoal eu daria nota 8 à novela, pra mim foi agradável, teve personagens carismáticos como Vicente, Maria Vitória, Celina, Pepito, Dona Nicota, Gilberte, Emília, Isabel, entre outros. Em termos de trama, a novela não teve muita história pra contar e os núcleos não tiveram muita conexão um com o outro, mas não comprometeu meu entretenimento. PESSOALMENTE, foi delicioso acompanhar essa história. Em qualidade, eu daria 7, pelo texto lindo, pomposo e sensato, pelas abordagens corretas e responsáveis de temas como assédio, racismo e corrupção, pelas belíssimas imagens e o capricho com figurinos e cenários e por algumas atuações magistrais como Tony Ramos, a já citada revelação Vitória Strada, Olívia Torres, Letícia Sabatella, Marisa Orth, Bruno Ferrari, entre outros. Confesso que alguns núcleos me davam sono (Giuseppe e Tomaso e galera do Grêmio, foi pra vcs), mas outros, embora não agregassem muita coisa ao enredo, foram gostosinhos de assistir (Núcleo da geléia supimpa, por exemplo). Uma observação: acho que o povo tá ficando muito radical até pra julgar novelas, todo mundo que fala um ‘a’ é “hater”, quem discorda de uma crítica qualquer é “fã cego”, acho que não é assim. Eu amei a novela, mas entendo perfeitamente quem achou lenta, chata, etc. Enxergo a falta de uma história que se sustente, os erros de condução da trama (principalmente do “protagonista”) e vários personagens avulsando, e por mim tudo bem, o conjunto final me agradou.
No Twitter tem quem te questione porque não gostou dessa novela dita primorosa.Aqui no texto você detalha parágrafo a parágrafo suas razões. Perfeito.E gostaria de dizer que acho muito feio aquele menino que tenta de imitar lá sempre lendo tudo o que vc escreve pra rebater e ainda de forma covarde.O Tal do Thallys.Até bloqueei ele hoje.É muita infantilidade e inveja.
Novo Mundo foi um novelão e essa foi uma chatice.Novela feita pra crítica lamber, não pro povo gostar.
Olá Sérgio tudo bem???
Ótima crítica. Aqui em Portugal ainda estamos na metade da novela, mas já percebemos que a história se perdeu e alguns pontos são bem longos e chatos!!!
Beijinhos;
Débora.
https://derbymotta.blogspot.pt/
Uma das características que falta à trama, como já deu para perceber, é a presença de um núcleo cômico, não é? As novelas costumam ganhar leveza com esses personagens, que atuam como uma válvula de escape aos dramas vividos pelos núcleos centrais ❤
Tony Ramos mais uma vez mostrando o que é ser foda. MAria Vitoria e Vicente formaram um casal maravilhoso. Amei mesmo. Os intérpretes fizeram jus ao posto de mocinhos da novela.
Olá! O bom das suas criticas é que tu sabe reconhecer as qualidades e os defeitos. Então... Eu nem sabia que existia um núcleo italiano nessa novela porque eu não era uma telespectadora fiel. O que eu sei foram devido as poucas vezes que vi um capitulo e outro e como o povo aqui em casa assistia eu acabava pegando muitas coisas. Sim o povo aqui era Mavicente falaram até que o Inácio tinha mesmo que ficar com a "viola" e cantaram a musica da viola do Almir Sater é dele, né? Eu assisti o ultimo capitulo inteiro achei bonito principalmente o final, mas... O final do Fernão e da Lucinda ficou em aberto agora cada pessoa imagina o que rolou depois eu odeio finais abertos porque o negócio não... Aí... Pra quem acompanha a estória dá uma sensação de: "Tá faltando alguma coisa aqui."
Sobre Mavi e Inácio rá! Não são os primeiros e provavelmente não serão os últimos mocinhos que tiveram zero química e não ficaram juntos no final esta aí Bahuan e Maya pra comprovar, Tião e Sol, parece que só tem casal da Glória, mas não tem muitos outros eu particularmente nunca gostei dos casais de mocinhos do Gilberto Braga, aliás nem das novelas dele eu sou muito fã pra não falar que ele só faz casal ruim ele fez dois casais de vilões ótimos o Marcos e a Laura de Celebridade (Não. Não to vendo) e o Olavo e a Bebel de Paraíso Tropical a diferença é que os mocinhos do Braga com química ou sem química eles terminam juntos no fim, aliás o que será que define a química? Porque uns tem e outros não? Mavi e Vicente era algo que chegava ser palpável.
Enfim estética mente falando era uma novela bonita, mas logo logo cai no vale do esquecimento porque a estória não foi aquela coisa avassaladora que marca e fica na memória do telespectador, aliás eu não sei se é impressão minha ou não, mas me parece que tá cada vez mais difícil pros autores agradarem publico e critica, mas já dizia o ditado: "É impossível agradar gregos e troianos." E por falar em gregos e troianos agora temos um presente de grego também chamado de cavalo de Troia eu não estou falando da novela nova eu estou falando de uma coisa que estreou há umas duas semanas atrás.
Adorei a sua análise sobre a novela tempo de amar e o que foi o ápice foi Maria Vitória e Vicente que esbanjaram Quimica e merecem que Repitam o Par.Inácio já era.Eu vou sentir falta da novela
Chega a ser irônico esse autor ter cortado o humor de sua novela, sendo que ele também foi autor da péssima 'I Love Paraisópolis ' e ali o que mais tinha era humor. Será que ele traumatizou lá?? Rss
A novela se passa em Portugal e, todos os personagens do núcleo da terrinha, não possuem sotaque!!
Gente, tudo bem, entendo que tenha sido uma licença poética (como bem fazia a Glória Perez com seus personagens estrangeiros ‘Inshalá — Arê Baba’), mas o público ficaria deslocado e acabar não se afeiçoando aos dramas e costumes das figuras que estão sendo apresentadas na tela.
Realmente a condução do enredo não deu certo em termos de ritmo narrativo, ao apostar em uma trama não só muito dramática, mas também repleta de tons escuros em suas ambientações e contando com atuações comedidas até demais. Faltou expressividade, na minha modesta opinião :(
Foi o folhetim bem clássico, centrado em grandes histórias de amor, ainda têm público cativo quando bem feito! Mesmo sendo estruturado com moldes clássicos, é possível atualizar a narrativa tradicional.
Nesta trama, os personagens Maria Vitória e o Inácio demoraram DEMAIS a se reencontrar!
Eis a 1a “novidade” no folhetim proposto por Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago, dirigida por Jayme Monjardim:
Maria Vitória conseguiu se refazer; normalmente frágil e indefesa, aqui é forte e cheia de opinião.
Já o Inácio acabou carregando o ingrato papel de vítima das circunstâncias, quase sempre o herói perfeito, aqui é ingênuo e pouco ativo.
A maioria dos atores estiveram muito bem. Grata aos cenários de época, às menções `cultura da época(música, poesia, etc), aos problemas políticos, às lutas sociais, em especial, o feminismo, ao clima de diálogo e afeto num tempo em se se pensava e dialogava. Parabéns a todo o elenco!.
Por que essa insistência em que a novela foi de sofrimentos… A vida não o é? Por que essa reivindicação da falta de núcleo humorístico? Não refletimos, não apreciamos arte nem boa cultura, só queremos rir?!
Parabéns a valorização da cultura portuguesa que bem ou mal nos
colonizou e realmente deu a base da nossa civilização.
Houve erros?
Sim, mas diluídos nos aspectos positivos.
Ele errou feio no desenvolvimento, Melissa.
Esse aí já provou que tem obsessão por mim, anonimo.
Obrigado, Olimpia.
Quando eu elogio sou puxa-saco, quando eu critico sou amargo...Dificil, Jorge.
Venha sempre, Jayme!!!
No meu gosto pessoal, Malu, achei a novela ruim demais. Mas analisando friamente, considero mediana. Insossa e sem enredo. Não vai marcar. Mas que bom que gostou. bjssss
Ele continua com isso, anonimo? Depois quer negar que criou conta fake...
Tb acho, Gisela.
Mt chata, Débora...
Isso eu discorrdo, Izabel. Não acho que toda novela tem obrigação de ter núcleo cômico. Os problemas dessa foram outros.
Na verdade, Chaconerrilla, Vicente não foi o mocinho, ele virou o mocinho. bjs
Obrigado, Cintia.
Com certeza, anonimo, pq o humor daquela novela era um horror.
Seria compreensivel isso, Day, se os italianos tb não tivessem sotaque...
Excelente comentário, Leitora. E obrigado pelo carinho!
Entendo, Oath.
Discordo, mas respeito, anonimo.
Eu queria pontuar uma coisa sobre a novela a gravidez da Eunice que nas minhas contas durou uns 10 meses e na da Tereza.E acho que poderia ter colocado a Maria Vitória gravida antes e seria mais impactante ela reencontrando Vicente e falando da Gravidez e nao deixando pra penúltima cena.Como você disse que o acidente poderia ter sido antes voce preferia que o acidente tivesse sido antes do ponto que ele tivesse ficado mais tempo sumido mais talvez iria ficar com muito sofrimento e iria dar espaço pro inacio
É verdade, Cintia!!!
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