O êxito da produção, obviamente, resultou na garantia de uma segunda temporada, que estreou em setembro (dia 1). O formato continua exatamente igual: os personagens moram na pensão da Dona Jô (ótima Catarina Abdalla), que é representado por um cenário giratório, com uma parte da sala, outra da cozinha, banheiro e até quartos. Todos os perfis são caricaturas e o enredo é uma bobagem, onde quase sempre há um desfecho sem sentido. O erro de exibirem a atração diariamente também foi mantido, assim como a fragilidade do roteiro.
Mas o ponto forte do programa é seu elenco, que se diverte participando da atração e se destaca através de improvisos, inclusive corporais. A segunda temporada conta com três atores a mais no time: Marcelo Médici (o mais atuante), Tatá Werneck e Júlia Rabello (que aparece mais esporadicamente).
Marcelo interpreta Sanderson, seu já conhecido personagem corintiano, mais lembrado pelas aparições em "A Praça é Nossa", no SBT. Tatá interpreta Eloísa, uma taxista sem noção, enquanto que Júlia vive Jaqueline, ex-namorada de Valdomiro (Paulo Gustavo).
A entrada do trio foi benéfica para o formato, principalmente levando em consideração a capacidade de improvisação de Tatá, que mais uma vez rouba a cena, e a desenvoltura de Marcelo, que fica completamente à vontade na pele de um personagem tão familiar para ele e que se encaixou tão bem na turma. Júlia também é ótima, embora sua personagem tenha menos destaque.
O restante do time continua muito bem, em sua maioria. Samantha Schmutz segue impagável vivendo a periguete Jéssica e suas expressões corporais, além da voz esganiçada proposital, são hilárias. Cacau Protásio também diverte com a histérica Terezinha, personagem que mais grita. Marcus Majella ganhou um grande destaque na segunda temporada e faz de Ferdinando ---- gay que ficou ainda mais caricato na atual fase ---- um dos tipos mais divertidos. E Paulo Gustavo segue com um incrível domínio de palco ---- vale destacar que o ator acertou em cheio ao levar alguns de seus tipos (Sem Noção, Senhora dos Absurdos, Bicha Bichérrima e Mulher Feia) do extinto seriado "220 volts" para o programa.
Já Fernando Caruso (Wilson), Fiorella Matheis (Velna) e Emiliano D`Ávila (Maicol) são os mais fracos e acabam sendo meras escadas para os demais.
O "Vai que Cola" no fundo é uma grande besteira, onde a trama de cada episódio em si pouco importa. Se o público prestar atenção no conteúdo ficará frustrado, mas se focar apenas na diversão despretensiosa consegue rir de várias situações protagonizadas por ótimos atores, em sua grande maioria, que mostram se divertir em cena. A terceira temporada já foi confirmada pelo Multishow e provavelmente tem tudo para repetir o sucesso da primeira e da atual.
21 comentários:
Esse programa é uma cafonice só. É feito pra povão mesmo. Concordo que alguns nomes do elenco são bons mas nem isso salva o Vai que Cola.
Oi Sergio
Estou na minha fase "No TV", sem tempo pra televisão, mas sempre que começo a te ler volto a assistir alguma coisa, seus textos me despertam interesse e curiosidade nos programas.
Beijos
Gosto do Paulo, da Samanta, da Cacau e da Tatá. O resto dispenso. Concordo com a crítica.
A TRAMA É FRACA MESMO E OS DIÁLOGOS SÃO PÉSSIMOS, MAS VALE PELO ELENCO QUE EM SUA MAIORIA É TALENTOSA.
O elenco é realmente talentoso, mas o programa é muito ruim. Nunca vi graça nisso.
Olá, Bom dia,Sérgio
sim,tive oportunidade de dar uma "zapeada" e , realmente, é um programa sem muita graça e grandes atrativos.Somente a presença do Paulo Gustavo e da Tata faz brilhar um pouco, pois, para mim, o personagem do Médici até já "saturou"...
Obrigado pelo carinho,belo final de semana,abraços!
Sérgio, muito boa sua crítica. A história é uma besteira rasa e nada ali tem graça. Mas só se salva o elenco, embora concordo com vc que Fiorella (ela é atriz????), Caruso e Emiliano são as exceções. Gosto dos erros e dos improvisos e só. Vejo pouco isso.
Não consigo acreditar como um negócio desses faz sucesso.
Nunca vi... hahaa Acredita? :P
beijinhos
Olá Sérgio! Acompanho 'Vai que Cola' desde a temporada passada e não posso negar que sou fã da série. Realmente, é evidente a falta de um roteiro bom nos episódios, mas o elenco realmente salva o sitcom de todas as formas. As improvisações durante as sequências,as gargalhadas que sempre eles soltam no meio de uma cena engraçada, os bordões que cada personagem tem e a sobretudo, a espontaneidade dos atores diante às cenas (por exemplo: eles falarem os nomes dos próprios atores em vez dos nomes dos personagens; a relação do personagem com o próprio ator; as várias vezes que eles esquecem o texto, entre outras), com que faz que sejam as partes mais engraçadas da série. Em relação aos atores, Paulo Gustavo está sempre ótimo com suas ironias e sua antipatia com o Meier, Marcos Majella está em seu melhor trabalho até então, mostrando agora vários personagens (na maioria das vezes cantores) em cada episódio, os que nos garante boas gargalhadas;Samantha também nos faz rir com facilidade, tanto no texto quanto em suas interpretações corporais; Cacau Protasio também é um grande acerto, como a espalhafatosa Teresinha; Catarina, Fiorella, Emiliano e Marcos seguem como personagens secundários, mas é possível notar a melhora em que os mesmos passaram da temporada passada para a atual. O que eu gostei bastante nessa temporada foram os episódios em que Paulo Gustavo interpretava algumas de suas personagens do seu antigo programa 220 volts, o que rendeu sequências de cenas muitas boas e engraçadas (a melhor de todas, sem dúvidas, foi a senhora dos absurdos). Enfim, Vai que Cola apresenta erros e acertos,sobressaindo os acertos, por apresentarem um elenco muito bom e uma imagem bem dinâmica e diferenciada de outras séries de comédias. Abraços Sérgio!
Sergio, esse não assisto. O tipo de programa não me atrai, independente do talentoso elenco. Bjs.
Entendo, anônimo.
Sem problemas, Van. Bjão!
Obrigado, Felipe.
Eu não vejo graça, anônimo, mas gosto do elenco e rio dos improvisos deles.
Eu gosto do personagem do Médici, Felis, mas respeito sua opinião. Tatá e Paulo são ótimos mesmo. abçs
Pois é, Fernanda, considero esses 3 exceções ao bom elenco. E a maior graça está mesmo nos improvisos dos atores e nos risos involuntários.
Ok, anônimo.
Acredito, Barbie. rs bj
Arthur, eu tb acho tudo isso que vc mencionou muito engraçado, o que justamente nada tem a ver com o roteiro ou texto e sim com os erros, improvisos e risos dos atores. Por isso ressaltei no texto que o que salva é justamente este ponto. Mas é um programa pra não ser levado a ´serio, não deixa de ser uma grande brincadeira. Abraços!
Entendo, Marilene, vc não ia gostar mesmo. bjs
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