A história de Nino (Cássio Scapin), um aprendiz de feiticeiro solitário, de 300 anos, que vive em um grande castelo no meio da cidade com seus tios (Morgana - Rosi Campos e Victor - Sérgio Mamberti), serve de pano de fundo para vários momentos didáticos, que contribuem para a educação das crianças e ainda por cima entretém, evitando qualquer tipo de situação que possa parecer entendiante para os pequenos. Na trama, o protagonista conhece Biba (Cinthya Raquel), Zeca (Fred Allain) e Pedro (Luciano Amaral) e passa a se divertir com os amigos todas as vezes que eles o visitam.
Entre os personagens interpretados pelos atores, há vários fantoches que viraram clássicos do programa. Vide a cobra Celeste, o Mau e o Godofredo, a gralha Adelaide, o Porteiro, o Relógio falante, o gato bibliotecário, o ratinho (de massa de modelar que ama tomar banho), João de Barro e as Patativas (que tocam cada dia um instrumento novo),
Fura-Bolos (os dedos que amam um rock), enfim, tipos que encantam as crianças não faltam. E todos acabam sendo objetos que transmitem lições para o público, onde os atores principais funcionam como 'ouvintes', representando o telespectador.
Mas o bom da produção é que há uma trama fictícia condutora, com presença até de um vilão, o Dr. Pompeu Pompilho Pomposo, conhecido como Dr. Abobrinha (Pascoal da Conceição), que tem como principal objetivo comprar o castelo de Nino para demoli-lo. O entregador de pizzas Bongô (Eduardo Silva), o Etevaldo (saudoso Wagner Bello), a Caipora (Patrícia Gaspar), a Penélope (Angela Dip), os cientistas Tíbio (Flávio de Souza) e Perônio (Henrique Stroeter) e as fadas Lana (Fabiana Prado) e Lara (Theresa Athayde) são outros personagens que compõem a história.
É uma pena que produções deste nível tenham perdido espaço na tevê aberta, principalmente por causa da falta de incentivo e também pela dominação dos canais a cabo, que (com canais exclusivamente voltados para o público infantil) acabaram captando boa parte da audiência. Mas o sucesso deste programa prova que criança também gosta de qualidade, assim como qualquer adulto.
E desde o mês de julho, o Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, começou a promover uma grande exposição com cenários e figurinos do programa que marcou gerações. O retorno do público foi imediato e o evento foi (e está sendo) um baita acerto, comprovando que o tempo não passou para o programa. Inclusive, vários atores que participaram da trama fizeram questão de marcar presença no local, cuja visitação é constante.
Vale lembrar, também, que a TV Cultura foi a responsável por outras ótimas produções infantis. Vide "Vila Sésamo" (1970), "Bambalalão" (1977), "Glub Glub" (1991), "X-Tudo" (1992) e "Cocoricó" (1995).
Mas, apesar da TV Cultura ter apresentado vários outros produtos tão bons quanto este, os vinte anos do "Castelo Rá-Tim-Bum" ----- criação de Cao Hamburguer e Flávio de Souza ---- merecem ser especialmente comemorados e o legado que o programa deixou será para sempre. Afinal, as crianças crescem, mas novas chegam para acompanhar e se divertir com esta história tão educativa e simpática.
30 comentários:
Oi Sérgio,
Castelo Rá-Tim-Bum, que saudade...
Assistia todos os dias,
como eu gostava do Nino, Zequinha e Pedro!
E já se passaram 20 anos.
Bons tempos!
Adorei o post.
Bjs!
Maravilhoso seriado, educativo sem ser chato, gostaria muito de conhecer essa exposição do MIS.
Também adorava a Fazenda Cocoricó!
Bjs Sérgio ;-)
Tô gostando dessas suas seções de volta ao passado. Boa homenagem!
Olá, Sérgio
sim, uma das mais bem-sucedidas atrações infantis...puxa, 20 anos já.Outro dia, vi a foto atual do "menininho" Luciano Amaral,hehehe! Foi bem na "comparação", em termos de longevidade na grade ,e guardando as devidas proporções,com o Chaves...vira e mexe,quando "passo" pela Cultura lá está o Castelo...assisti muito!
Bela homenagem/análise!
Obrigado pelo carinho belos dias,abraços!
Amo o Castelo. Excelente programa. Meu filho adorava quando era criança
Ha vinte anos atrás eu já era jovem então nunca parei pra assistir esse programa, mas já vi trechos dele e ouço sempre falar muito bem. Acho que é o Sitio do Pica pau amarelo dos anos 90. Parabéns por estar mudando um pouco o foco do seu blog pra coisas nostálgicas porque a TV atual esta um verdadeiro lixo, e as novelas nem compensam assistir.
Era uma bom programa. Vi fotos dessa exposição pelas redes sociais de parentes e amigos paulistas. É uma pena essa exposição não vir para o RJ... vou fazer um protesto contra isso... rs rs rs beijinhos
É uma pena mesmo que não se tenha mais produtos como esse na tv aberta. O canal a cabo foi uma evolução mas implicou em coisas ruins também. Eu queria muito ver essa exposição pra relembrar aquele tempo.
Oi, Sérgio!
Como eu amava o Castelo Ra-tim-bum, principalmente os fantoches. Tem que ser reprisado sempre para dar oportunidade para as crianças de hoje conhecer um programa infantil de qualidade.
Que bacana você se lembrar e fazer postezito pra nós!! Cada um dos personagens desfilou em minha mente.
Beijus,
Levei um susto quando vc escreveu saudoso no nome do ator que fez o Etevaldo. Não sabia que ele tinha morrido.
Eu gostava, das cores, das músicas e da magia.
Uma pena hj não ter mais, a TV cultura investiu muito no universo infantil, de forma educativa.
Minha infância eu me deliciava com essas maravilhas.
bjokas =)
Sergio, nunca vi o programa, mas sempre ouvi referências positivas a ele. Pelo que narrou, um brinde para a criançada. Bjs.
O tempo voa, Clau. Eu via sempre e marcou minha infância. Era um ótimo programa. bjs
Queria mt ir nessa exposição, Danizita. Mas como não virá pro RJ não poderei, pena. bjsssss
Obrigado, anônimo.
Tb vi a foto do Luciano, Felism, e deve ser a mesma que vc viu. O tempo passa. Mas o sucesso desse programa continua. abç
Era mt bom mesmo, Paulo.
Boa comparação, anônimo. E que bom que está gostando. Das novelas atuais destaco a qualidade de O Rebu, impecável.
Me chama que eu protesto com vc, Barbie. Tb queria ir na exposição e pena que não veio pro Rio. Quem sabe depois vem... bj
Pois é, Andressa, tudo tem um ônus e um bônus. bj
Era bom, né Luma? Mas tá sendo reprisado. Que bom pq o público se renova sempre. Bjão
Morreu sim, anônimo, infelizmente. Na época que o programa estava no ar, inclusive. Uma pena.
Bons tempos, Bell. Tb gostava de tudo isso. bjs
Era mt bacana, Marilene. bjs
Merecem sim toda a comemoração, faz tempo que não vejo nada parecido pela tv. Uma pena adorava o Nino, alias é o nome do meu filhote (calopsita)
Fãs de Além do Horizonte acho que vocês já lamentaram o suficiente. Tá na hora de aceitar de essa novela foi uma B**** . Eu já aceitei que Geração Brasil foi a pior novela que já vi na vida. De que adianta um elenco tão bom se os personagens são um decepção?.
Nino é o nome do seu Calopsita, Patrícia? Lega. bjsssss
Entojada, achei ADH péssima em seu começo, mas depois a novela soube contornar os erros e ficou ótima. No caso de GB, não há salvação. Acho infinitamente pior. bjs
Classico define esse programa,tanto que ate hoje é reprisado é faz sucesso,adoro muito,tanto que deu sequencia a franquia com Ilha ra tim bum,Sergio vc viu esse seriado,a ilha,e o que achou ?? eu adorei
Anônimo, não vi. Eu vi só o Rá-ti-Bum, além do Castelo. Essa ilha eu não estou lembrado. Via Glub Glub, outro bom programa infantil. Bons tempos.
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