A Globo estava devendo um programa que debatesse assuntos atuais, polêmicos e de extrema relevância. A estreia do "Na Moral" em 2012 evidenciou o acerto da produção, mas acabou deixando alguns erros bem visíveis, como a abordagem de vários subtemas em cima do assunto principal, que enfraqueceu o foco de cada edição. A principal evolução da segunda temporada foi justamente essa: centralizar o assunto.
Todos os temas apresentados foram de grande relevância e Pedro Bial comandou calorosos debates a respeito de legalização das drogas, estado laico, intolerância religiosa, transexualidade, manifestações populares,
entre outros mais. O apresentador novamente mostrou segurança e coragem ao colocar suas opiniões no meio das conversas, sem querer 'fugir' das polêmicas através da imparcialidade.
Entretanto, apesar do amadurecimento da atração e de sua imensa qualidade, a questão do tempo continua prejudicando drasticamente o formato. Um programa que se propõe a debater assuntos polêmicos e cutucar feridas da sociedade, não pode durar menos de 40 minutos no ar, caso contrário, a impressão de superficialidade na abordagem acaba sendo passada. Um produto como esse merecia, no mínimo, 20 minutos a mais. E com certeza não haveria risco de ficar cansativo, uma vez que os temas sempre rendem inúmeras argumentações e boas questões.
Embora continue tendo a curta duração como principal ponto negativo, o "Na Moral" apresentou uma excelente segunda temporada. O melhor debate foi, sem dúvida, a questão envolvendo o estado laico, que trouxe vários líderes religiosos, incluindo o polêmico pastor Silas Malafaia, e um ateu. A conversa rendeu e Pedro Bial fez ótimos questionamentos, enriquecendo o conteúdo do controverso assunto.
O último programa encerrou a fase de 2013 em grande estilo, abordando a onda de manifestações populares no país e consequentemente os atos de vandalismo, violência da polícia e resultados que esse tipo de indignação gerou e ainda gerará no Brasil. Um tema que muito provavelmente voltará a ser abordado na próxima temporada.
O "Na Moral" novamente fez por merecer ter seu lugar garantido na grade da Globo em 2014. Pedro Bial conseguiu criar um programa despretensioso, que busca abordar assuntos relevantes para o Brasil através de atrativos debates. Só falta aumentar o tempo da atração. Quem sabe ano que vem.
20 comentários:
Concordo plenamente com vc, o programa é muito bom, mas por conta do tempo deixa muitas questões no ar e convidados com mais coisas a falar. Tbm espero que em 2014 aumente esse tempo. Não sou muito fã do Bial, mas gosto do programa.
BjoBjo querido;)
Celina Alves
Luxos e Luxos
Sérgio, não entendo pq a maioria dos programas assistíveis da globo vai ao ar na madrugada. Um programa como esse, enriquecedor deveria entrar mais cedo.
Ontem me emocionei e aplaudi de pé as interpretações de Natália Timberg w Ary Fontoura na novela das 9, qta veracidade na insegurança que eles transmitiram e as sensações da Natalia em ver o amor aflorando. Uma cena divina. Abçs.
PS. Não sei se a grafia do sobrenome da Natalia está correto.
Bom que tenha mudado, um pouco... mas continuo tendo sérias ressalvas à maneira como Bial tem conduzido, desde sempre, esse programa. Ao final, ele sempre trata de deixar seu posicionamento sobre os temas e isso é constrangedor, porque de certo modo impõe um jeito de "moralizar" tudo. Não assisto, também por conta do horário. São muitos rótulos e muitos preconceitos sendo disseminados e isso eu condeno abusivamente na televisão, já que é um canal de comunicação, que chega na casa de todo mundo. Beijo, Sérgio!
COMO A GLOBO TEM PROGRAMAS CHATOS, ESSE DO BILAU , AQUELE DA FATIMA, DO SERGINHO GOSMA... TUDO A MESMA COISA. METIDOS A INTELECTUAIS MAS SÓ CONSEGUEM SER CHATOS.
Certamente o programa aborda bons assuntos, mas sempre acho que a forma que eles são conduzidos um pouco desorganizados, Sérgio. beijinhos
Olá Sérgio, muito bem colocado amigo!
É um bom programa, realmente, e peca apenas pelo curto espaço de tempo!
Sabe, e a duração da temporada também poderia se estender não é?
A grade da Globo está precisando de programas que discutam a atualidade e as diversas posições dos integrantes da sociedade!
Vamos aguardar a próxima temporada!
Beijos e ótima semana querido! :)))
O programa é bom e Pedro Bial o conduz muito bem. Os temas despertam interesse e, como você mencionou, o que o prejudica é o pouco tempo. Bjs.
Infelizmente vai ao ar muito tarde... Impossível assistir para quem acorda muito cedo... Uma pena, mas nunca assisti... Outro programa que acho um absurdo ir tão tarde é o Som Brasil.
O tempo é o grande inimigo, Celina. Mas o programa é interessante. bjssss
Eder, creio que por falta de espaço na grade o Na Moral não possa ir ao ar mais cedo.
Olha, essa cena do Ary e da Nathalia em Amor á Vida foi maravilhosa. Walcyr sabe fazer casais veteranos como poucos. Todas as novelas dele têm. Abçs
Ju, eu considero isso um dos pontos positivos do programa. Gosto de ver o Bial se posicionando, mesmo que discorde de algo. Um apresentador imparcial talvez ficasse sem função nesse tipo de formato. bjs
Baribe, alguns debates ficam meio desorganizados mesmo. Mas melhorou na segunda temporada. bjs
Adriana, espero que aumentem o tempo em pelo menos 20 minutos. O formato precisa disso. Mas só esperando mesmo pra ver. Obrigado pelo carinho. bjs
Obrigado pelo comentário, Marilene. bjssss
Demian, o horário é tardio mesmo, fato. Mas o do Som Brasil é bem pior, quase 3 da manhã... Creio que o problema é a grade da Globo que é mt engessada e com muito programa. Abraços!
Gosto do Bial, desde que o vi reportando a queda do muro de Berlim. Gosto do BBB por causa dele, ainda que tenha se tornado um tanto robotizado.
E o Na Moral é massa e necessário. E quem sabe um dia as emissoras se preocupem menos com as tais audiências e mostrem mais qualidade, aí veremos programas bons como este, em horários aceitáveis.
Sonhando demais, eu sei.
Beijo!
Milene, gostei do comentário. Mas sonhar é bom, quem sabe, né... rs bjão!
Se A Grande Família tivesse acabado de vez no ano passado, o Na Moral bem que poderia entrar no ar nas mesmas condições em que está o The Voice, com 1 hora e alguns minutos de duração e depois da novela. Reduziria drasticamente a sensação de superficialidade.
Ainda assim, valeu pela abordagem de temas mais complexos e profundos em relação à primeira, em especial o estado laico, o valor do corpo humano, a honestidade (relembrando o antigo Você Decide) e o legado das manifestações de Junho. Que a nova temporada mantenha o bom nível da segunda. Abç!
Não sei se daria uma boa audiência, Thallys, mas poderiam testar. A segunda temporada foi melhor que a primeira. Tomara que a terceira seja ainda melhor. abçs
Postar um comentário