quarta-feira, 10 de abril de 2024

Tudo sobre a coletiva online de "Justiça 2", a nova série do Globoplay

 O Globoplay promoveu na primeira quarta-feira de abril, dia 3, a coletiva virtual de "Justiça 2", a nova série da plataforma de streaming. Participaram a autora Manuela Dias, o diretor Gustavo Fernández e os atores Murilo Benício, Leandra Leal, Paolla Oliveira, Nanda Costa, Belize Pombal, Juan Paiva, Leandra Leal, Alice Wegmann, Marco Ricca, Maria Padilha, Julia Lemmertz, Rita Assemany, Giovanni Venturini, Danton Mello, Gi Fernandes, Marcello Novaes, Tereza Seiblitz e Danton Mello. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 


Manuela Dias analisou sua obra: "Não é uma série focada nas questões judiciais, é focada no que a gente acredita o que é a justiça. A gente acredita tanto na justiça que quando a justiça na terra falha a gente acaba acreditando que uma justiça divina vai acontecer. E há crimes que não há reparação. Se você tem um carro roubado, ele pode ser recuperado. Mas, se você foi abusada, qual a reparação? A maior parte da série se passa em Ceilândia e é uma forma da gente abordar questões sociais ali. Foi maravilhoso gravar lá. A série restitui a humanidade a pessoas que são apagadas pela sociedade. São 28 episódios e as quatro histórias se entrelaçam".

Gustavo Fernández acrescentou: "A primeira ideia era gravar em uma cidade da Bahia, localizada no oeste, próximo da divisa com Maranhão, Piauí e Tocantins.

Tivemos uma dificuldade logística e achamos a cidade muito pequena para abordar toda uma gama da sociedade. Quando eu era assistente de direção trabalhei em dois filmes em Brasília e foi muito interessante ter essa cidade no cotidiano. E a arquitetura de lá é muito planejada, a da própria Ceilândia é. Então tive a ideia de filmar a série lá", concluiu o diretor. 

Murilo Benício falou brevemente sobre seu papel na produção: "A dificuldade de criar esse personagem é que ele está muito longe da minha realidade. A caracterização foi mais uma brincadeira que eu quis fazer baseada em outras coisas. Raspei a cabeça, botei uma prótese. O Gustavo comprou a ideia. Foi um exercício de usar a imaginação e mergulhar nesse universo da Manu".

Leandra Leal contou: "É clichê, mas é um presente fazer a Kellen novamente e penar no tempo que passou, ela sete anos mais velha. Foi muito legal. E amo essa série. É muito bom quando a gente faz um trabalho e ama assistir. Em 'Justiça 1' foi assim. Minha parceria com o Fábio Lago foi incrível e o Darlan é muito mais parceiro da Kellen. Ela nessa temporada é bem mais realizada, ela envelheceu bem. Está melhor resolvida e se permite ser mais amiga, maternal, ter contatos verdadeiros. Mas segue com falas memoráveis e acho surpreendente o final da personagem". 

Belize Pombal não escondeu a emoção: "A série é muito rica e o texto da Manuela proporciona muita possibilidades. O que posso dizer é que me senti agraciada. É uma personagem que fala tanto de mulheres que convivi. Não vi ainda a série toda e estou com ansiedade. É um trabalho minucioso e como artista me sinto agraciada em participar de um projeto tão grandioso. Lendo a cena eu já ficava tocada. Temos várias pessoas sendo mortas por serem negras, então ter uma pessoa que escreve tendo um compromisso social é importante e isso me emociona. Obrigada, Manu". 

Alice Wegmann era uma das mais entusiasmadas: "Amei 'Justiça 1' e amei ser convidada para a 2. Admiro muito a Carolina. Ela sofre abuso dos 16 aos 18 anos e o tio dela vai preso. Depois ele é solto e ela não sabe o que vai acontecer. Se ele vai pedir desculpas, enfim... Mas ele tenta abusar dela novamente e aí ela o denuncia. Mas a família é contra porque ele é o que sustenta todos já que é dono de uma rede de supermercados. E a questão acaba em torno de denunciar ou não, mas eu como mulher sempre falo que o melhor caminho é a denúncia. Em uma série como essa a gente vê uma linguagem tão diferente do que a gente está acostumado que é um privilégio fazer e ver. Não é aquela série pesada que você não sente vontade de seguir acompanhando, pelo contrário, você se emociona e segue interessado, por mais que os temas sejam difíceis". 

Juan Paiva declarou: "É importante dar voz às pessoas que sofreram e sofrem injustiças. O Balthazar é honesto, íntegro, procura fugir dos erros. Ele quer o bem da avó e da namorada, quer melhorar de vida e está sempre na batalha. Ele tem respeito por todas as pessoas. O que ele tem em comum com o João Pedro de 'Renascer' é não abaixar a cabeça e lutar pelos seus direitos". 

Marco Ricca analisou seu papel: "É um vilão de verdade o meu personagem. É difícil achar um grau de sobrevivência para um perfil desse, mass não é diferente do que a gente acompanha na vida real. Eu parto muito do texto. Eu trabalho em cima disso e o texto me deu muita informação, tanto das vilanias quanto da vida dele. Tive companhia de grandes atores do lado, como Maria Padilha, que fez minha esposa. E eu não levo o personagem não porque se a gente entrar muito em um personagem desse a gente morre". 

Maria Padilha falou da força da história: "Acho incrível a Manu contar quatro histórias, onde dentro de cada história tem personagens que também vivem essa questão da justiça e da vingança. Ela consegue esmiuçar em milhões de situações. Foi um prazer interpretar a Silvana porque ela é completamente diferente de mim. E Marco Ricca é um ator que admiro demais. Minha personagem sofre muito, mas me diverti fazendo. A série tem um tom de interpretação muito legal. É uma série implacável, vocês podem esperar". 

Julia Lemmertz contou sobre a interpretação de uma mãe que se omite diante do abuso sofrido pela filha na série: "Minha xará Júlia acho que foi a personagem mais difícil que fiz. É emocionalmente frágil, fisicamente frágil. Toda a omissão e a falta de coragem dela em enfrentar o que ela via fizeram ela adoecer. Era um tormento. Saía da gravação arrasada. Era um momento de muita crueza. Não tinha maquiagem, não tinha nada. Uma pessoa sem qualquer vaidade. E sou uma mãe totalmente diferente da Júlia, mas eu e a Alice criamos um vínculo em cena. Ao mesmo tempo que foi sofrido foi também muito bom". 

Rita Assemany estava animada sobre sua estreia no Globoplay: "Faço Ingrid, uma mulher acima do tom inspirada nas peças de Nelson Rodrigues. Ela se mostra doente, desmaia o tempo inteiro para chamar atenção. Ela se acha a tal, mas também é frágil. É uma mulher dependente do irmão, então não há sororidade com a sobrinha. Quando a história do estupro é revelada não há qualquer dúvida a respeito do irmão dela. Fica do lado dele. E contracenar com Julia Lemmertz foi incrível porque é minha estreia na televisão e ela me apoiou muito". 

Giovanni Venturini fez uma importante observação: "Apesar de ser uma história pesada criamos um elo no set. Meu personagem, o Elias, tem um trabalho fofo de banho e tosa com cachorros, mas ele não é fofo. É um sujeito que tem inveja da prima. E quando veio o convite fiquei feliz demais porque sempre bati na trave nos testes e esse personagem não foi pensado para um ator que tem nanismo como eu. Essa questão nem é abordada". 

Nanda Costa comentou sobre a parceria com Paolla: "Minha personagem comete pequenos delitos, mas vai presa por um crime que não cometeu. Eu sou libriana, então odeio conflito. Não tenho nada próxima da minha personagem. Foi um presente gravar 'Justiça 2'. Fui fazer o teste com a Paolla e tinha conhecido a Paolla há 20 anos. A gente se reencontrou nesse dia e foi surpreendente. Além dela ser uma pessoa incrível, é muito generosa. E agradeço ter estado tanto tempo com ela". 

Paolla Oliveira complementou a amiga: "Deixo aqui registrado o meu desejo de estar na série. Eu já desejava conhecer a Manuela e ler um texto dela. Queria falar sobre isso, como não podemos deixar o trabalho do ator estacionar. Queria estar envolvida em arte sem estar preocupada em logística de uma novela, por exemplo. Queria falar o quanto foi gratificante estar em 'Justiça'. Quis fazer o teste para a série e estar com a Nanda e com o Marcello foi uma junção pessoal e profissional". 

Tereza Seiblitz falou rapidamente sobre sua participação na série, onde interpreta a mãe de Milena: "Eu e Nanda foi paixão à primeira vista de mãe e filha. É um texto muito bom de falar e de ler. Não é toda hora que a gente vê isso".

Danton Mello também comentou: "Uma alegria fazer parte desse elenco. O meu núcleo basicamente era com Belize e Ricca. Meu personagem é um viúvo com péssima relação com o filho e a série é maravilhosa. Agora fica a expectativa para assistir".

Gi Fernandes se emocionou com a força da produção: "O texto era muito rico e cada vez que eu lia uma coisa nova vinha, um sentimento diferente. Trabalhar com a Belize foi uma coisa inexplicável. Precisava passar por esse processo porque o tudo que aprendi foi imensurável. A Sandra veio em um momento certo e estava passando por problemas parecidos com os dela, estava estudando pro ENEM... Foi muito feliz esse trabalho". 

Marcello Novaes falou da falta que sente dos bastidores: "Já tem um tempinho que a gente rodou essa série e agora volta a saudade. Poucas vezes eu li um roteiro e vi que seria um grande sucesso. Isso acontece em 'Justiça'. Tivemos uma preparação muito bacana e uma direção especial. Sou fã do Gustavo. É extremamente carinhoso, educado e competente. Eu fiquei muito com a Paolla nesse trabalho, que é uma amiga particular, e foi muito bom trabalhar com ela. A Nanda é uma menina que quando entra em cena é um furacão. Gostaria de agradecer a Manu pelo convite e tenho muita confiança na série". 

"Justiça 2" estreia nesta quinta-feira, dia 11 de abril. 

Juan Paiva declarou: "É importante dar voz às pessoas que sofreram e sofrem injustiças. O Balthazar é honesto, íntegro, procura fugir dos erros. Ele quer o bem da avó e da namorada, quer melhorar de vida e está sempre na batalha. Ele tem respeito por todas as pessoas. O que ele tem em comum com o João Pedro de 'Renascer' é não abaixar a cabeça e lutar pelos seus direitos". 

6 comentários:

Marly disse...

Nossa, essa obra promete! A questão da justiça é complexa e se a gente a analisa segundo os fatos do cotidiano tende à descrença. E o local das gravações é Ceilândia? Pois isso é um atrativo pra mim! rsrs.

Beijão

Jovem Jornalista disse...

Quero muito assistir. Parece ser uma importante série. Fiquei curioso em saber como eles retrataram Ceilândia.

Boa semana!

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Até mais, Emerson Garcia

Madame X disse...

Sérgio, adoro seus textos! Essa série
Justiça me impactou demais qdo assisti a versão 1, principalmente na parte da garota que quer se vingar do estuprador. São vários questionamentos incríveis, vale muito assistir!

Sérgio Santos disse...

Ela prende, Marly!!!

Sérgio Santos disse...

Abçs, Emerson.

Sérgio Santos disse...

Fico honrado, Madame X.