Ano passado, a Globo lançou uma antologia do projeto "Falas" através de histórias ficcionais exibidas em episódios únicos ao longo do ano. "Falas Femininas" (em homenagem ao Dia Internacional da Mulher), "Falas da Terra" (em homenagem ao Dia dos Povos Indígenas), "Falas de Orgulho" (em homenagem ao Dia do Orgulho LGBTQIAP+), "Falas da Vida" (em homenagem ao Dia Internacional das Pessoas Idosas) e o "Falas Negras" (em homenagem ao Dia da Consciência Negra) tiveram tramas que impactaram de diferentes formas.
A emissora, agora, mudou o método. Sai de cena a dramaturgia e entra um programa que aborda várias questões pertinentes sobre cada tema na sociedade. E o primeiro foi o "Falas Femininas", exibido nesta sexta-feira, no Dia Internacional da Mulher. O formato nunca foi tão literal quanto em 2024. Intitulado "Louca", o programa foi inteiro sobre a voz das silenciadas, abandonadas, descredibilizadas, manipuladas, e a urgência de serem ouvidas.
Com apresentação de Taís Araújo e Paolla Oliveira, direção de Antonia Prado e autoria de Veronica Debom e Isabela Aquino, o episódio debateu a exaustão e os diversos fatores que impactam e corroem a saúde mental feminina, abordando temas como assédio, gaslighting e abandono.
Ao longo de 45 minutos, as apresentadoras conduziram o espectador em uma provocativa jornada que despertou a reflexão da sociedade como um todo.O formato escolhido foi o experimento social, que será o ponto de partida de todos os especiais "Falas" neste ano. A experiência consiste na captação da reação de brasileiros a simulações de situações comuns, e, não por isso, menos absurdas, vivenciadas no cotidiano de tantos. No caso do "Falas Femininas", alguns contextos co desfechos surpreendentes foram apresentados, como homens recebendo a proposta de um trabalho aparentemente impossível de ser executado. Diversos aprendizados surgem a partir da observação sobre a forma como cada participante é impactado, o que conduz a conversa proposta pelo episódio.
O trabalho doméstico, por exemplo, foi um dos temas e ficou provado através de dinâmicas, entrevistas e depoimentos que não é valorizado e sempre recai sobre a mulher, fazendo com que ela viva uma jornada dupla ou tripla na sua rotina. Ficou exposto que a sobrecarga está ligada ao imaginário de que cuidar do outro é uma tarefa exclusivamente feminina. A descredibilização da mulher ligada ao hábito de chamá-la de 'louca' ---- um costume antigo em relacionamentos abusivos, no abandono vivido pelas mulheres e no assédio em ambiente de trabalho ---- também foi demonstrada. Problemas que persistem.
Além dos experimentos, o episódio contou com a participação de especialistas como a advogada Fayda Belo e da psicóloga Jaqueline Gomes de Jesus, que contribuem com suas análises, assim como depoimentos de anônimas e famosas como Preta Gil. A influenciadora digital Ana Terra Oliveira, conhecida por mostrar as diferenças de percepção de mundo entre homens e mulheres, ainda ouviu a população nas ruas, exatamente como faz em seus vídeos.
O "Falas Femininas" de 2024 teve pesquisa de Jaqueline Alves e Zilda Raggio e produção de Ana Luisa Miranda. A direção de gênero é de Mariano Boni. A apresentação de Taís Araújo e Paolla Oliveira foi excelente, os dados expostos duramente incômodos e a reação das pessoas diante das entrevistas e dinâmicas reveladora. O formato mudou, mas segue assertivo.
24 comentários:
Vi a propaganda na tevê e fiquei interessada e sua matéria fortalece minha ideia de conferir. Bju
Parece que o novo formato escolhido vai ser interessante.
www.vivendosentimentos.com.br
Olá, tudo bem? O especial Falas Femininas voltou a ganhar fôlego com a nova proposta. No ano passado, gostei de nenhum episódio. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
Genial te mando un beso.
Independentemente do formato adotado para a veiculação das falas de determinados grupos, elas se fazem sempre necessárias e pertinentes. O método de conscientização utilizado nas falas deste ano será tão eficiente quanto o do ano anterior.
Guilherme
Infelizmente eu não vi este episódio, do projeto "Falas", erro que vou tentar corrigir.
Digo erro, porque tenho um interesse especial pelo assunto. Acho até que toda a problemática feminina decorre de um machismo milenar. Machismo esse que em vez de ser questionado, ao longo do tempo, foi se sedimentando em camadas, como as rochas.
Já sentimos que desfazer essas "rochas" exigirá muito esforço das mulheres.
Beijo e bom domingo
Parece ser um projeto bem interessante.
Abraços, bom Domingo e uma excelente semana
Ainda não acompanhei esse novo formato, parece interessante.
big beijos
Lulu on the sky
Não conhecia, como tal, e mais uma vez, agradeço a partilha!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Parece que foi ótimo. Vou assistir em breve.
Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Oi!
Não conhecia, mas para mim essa mudança de formato faz todo o sentido!
https://deiumjeito.blogspot.com/
Muito pertinente.
Vale a pena, Ro.
Foi bom, Monique.
Isso, Guilherme.
Concordo, Fabio.
Bjs, Citu.
Perfeito, Marly!
Bjs, Maria.
Bjs, Lulu.
Bjs, Teresa.
Vale a pena, Emerson.
Sim, Giovana.
Bjs, Fá.
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