sexta-feira, 29 de maio de 2020

Vale a pena rever o show de Letícia Colin em "Novo Mundo"

A reprise de "Novo Mundo", exibida pela Globo por conta da interrupção das gravações das novelas inéditas em virtude da pandemia do coronavírus, tem servido como uma preparação para "Nos Tempos do Imperador", novo folhetim de Alessandro Marson e Thereza Falcão, previsto para estrear depois de "Éramos Seis". A previsão para a nova história ainda é incerta, pois ninguém sabe sobre o futuro pós-pandemia. Mas os mesmos autores acertaram em cheio com a saga atualmente reprisada e um dos maiores êxitos foi a presença de Letícia Colin.


A escalação da intérprete para viver a princesa Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena, depois conhecida como Maria Leopoldina de Áustria, foi certeira. A personagem, que foi casada com Dom Pedro I, é uma das mais lembradas e citadas por historiadores, pois teve um papel fundamental para o processo de Independência do Brasil. E sua vida daria mesmo um dramalhão clássico de novela. A escolha para viver um perfil tão rico exigia muita responsabilidade, onde um erro seria fatal para o núcleo principal de "Novo Mundo". Mas o acerto ficou evidente logo no primeiro capítulo, firmando essa ótima impressão até hoje.

Foi nítido o trabalho, tanto de prosódia quanto de postura corporal, que a atriz teve para compor a princesa austríaca. O seu sotaque alemão era adorável e deixou a personagem cativante, pois serviu para imprimir um toque de doçura que casou perfeitamente com o papel.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

"Conversa com Bial" ficou ainda melhor com o novo formato

O "Conversa com Bial" estreou em maio de 2017, após uma longa jornada de Pedro Bial no comando do "Big Brother Brasil" (foram 16 temporadas em quinze anos). E o programa se mostrou um acerto. Escolhido para ocupar a faixa que abrigou por muitos anos o "Programa do Jô", o jornalista tinha uma responsabilidade grande: manter a qualidade das madrugadas. Conseguiu. Tanto que está até hoje no ar. Mas a pandemia do coronavírus alterou o formato. A plateia e as gravações em estúdio saíram de cena e o apresentador agora grava lives de casa com convidados.


A dinâmica da atração acabou alterada. Isso implicou em algo negativo? Pelo contrário. O formato ficou ainda melhor. O tom mais formal da "conversa" ficou de lado e agora virou um gostoso bate-papo intimista, onde a admiração dos convidados pelo entrevistador fica evidente. A recíproca é verdadeira, vale mencionar. Tem sido delicioso acompanhar as ótimas declarações que Bial consegue extrair dos entrevistados e todos sempre muito à vontade.

O nível dos convidados é elevado, assim como foi nas temporadas de 2017, 2018 e 2019. A credibilidade de Pedro Bial é incontestável e a forma como seu programa conquistou o público e os artistas é uma das muitas provas.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Nova aquisição da Globoplay, "A Favorita" vale a pena ver de novo

A Globoplay está cada vez mais empenhada em ampliar seu catálogo para atrair mais assinantes. Como a gravação de novas séries está interrompida por conta da pandemia do coronavírus, o serviço de streaming da Globo insere a partir de hoje, dia 25, uma lista de novelas que fizeram sucesso e são até hoje lembradas. Entre as escolhidas estão "Dancin`Days" (1978), "Baila Comigo" (1981), "Tieta" (1989), "Guerra dos Sexos" (1983), "Roque Santeiro" (1985), "Vale Tudo" (1988), "Vamp" (1991), "A Próxima Vítima" (1995), "Explode Coração" (1995), "Torre de Babel" (1998) e "Laços de Família" (2000). Há vários outros títulos escolhidos ainda sem previsão de estreia. O investimento contabiliza cerca de 50 produções em processo de resgate, sendo 21  liberados para publicação. Aliás, todos os folhetins já reexibidos pelo Canal Viva serão inseridos. E a primeira produção que inaugura esse projeto, hoje (dia 25), é "A Favorita" (2008).


É a primeira oportunidade do telespectador assistir ao folhetim em HD, já que em 2008 a maioria das televisões no Brasil não tinha resolução em alta definição. A novela marcou a teledramaturgia porque começou a ser exibida para o público sem as 'determinações' clássicas a respeito de quem era mocinha e quem era vilã. O telespectador não ficou na condição privilegiada de saber o contexto do enredo, muito pelo contrário, ele simplesmente passou a fazer parte daquela trama, podendo ser enganado ou não pelas duas principais personagens. Eram duas versões de uma mesma história e a pergunta exposta no teaser chamava atenção: "Quem está falando a verdade?". Um dos atrativos era justamente bancar o detetive, analisando o comportamento dos perfis.

O público se viu na mesma condição dos personagens, não podendo julgar quem acreditava ou não em quem. Afinal, o telespectador ficou tão em dúvida quanto várias figuras pertencentes ao enredo tão bem trabalhado pelo autor. Porém, João, muito inteligentemente, soube induzir com competência, abusando de esteriótipos clássicos em folhetins.

sábado, 23 de maio de 2020

"Pequenos Gênios" é uma ótima surpresa do "Caldeirão do Huck"

A pandemia do coronavírus implicou na paralisação quase total das gravações da área do entretenimento de todas as emissoras. A teledramaturgia encerrou suas atividades até a situação melhorar. Os programas também foram afetados e são poucos inéditos atualmente ou apresentados ao vivo. Por isso não deixa de ser um alento acompanhar a inédita primeira temporada de "Pequenos Gênios", novo quadro do "Caldeirão do Huck" que estreou no dia 2 de maio.


O formato conta com oito equipes formadas por crianças de 9 a 13 anos e o grupo vencedor leva R$ 200 mil, que será dividido igualmente entre os participantes. Todo sábado duas equipes compostas por três crianças se enfrentam e o trio vencedor acumula uma quantia para a semifinal. São provas de raciocínio rápido e impressiona a capacidade dos pequenos. Não são meninos e meninas com um nível de aprendizado comum. Huck costuma dizer, de forma carinhosa, que todos têm habilidades especiais. São as chamadas crianças superdotadas, embora essa classificação, comum antigamente, não seja usada.

"GPS Humanos", "Triturador de Números", "Ordnadelos" e "Memória Fotográfica" são nomes de alguns quadros da competição e todos exigem um intelecto que poucos atingem. As contas matemáticas cada vez mais complexas apresentadas aos pequenos, que conseguem somar, dividir e multiplicar mentalmente em segundos, deixam qualquer um impressionado.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Reprise de "Êta Mundo Bom!" foi uma boa escolha para o atual momento do país

"Tudo que acontece de ruim na vida da gente é "pa meiorá". A premissa de "Êta Mundo Bom!" é perfeito para o crítico atual momento do Brasil e do mundo, em virtude de uma pandemia assustadora do novo coronavírus. A maior parte população mudou sua rotina para diminuir os estragos e ainda assim muitas mortes vêm sendo registradas por conta da doença. Nada melhor que um produto leve para distrair quem está em casa por conta da quarentena. Por isso a escolha da novela de Walcyr Carrasco para o "Vale a Pena Ver de Novo" foi um acerto.


A Globo tinha escolhido o sucesso exibido em 2016 para substituir "Por Amor". Sérgio Guizé até gravou chamadas especiais com o burro Policarpo para anunciar a reexibição. Mas havia uma preocupação para manter os elevados índices que a reprise do clássico de Manoel Carlos alcançou. Embora Walcyr seja uma fábrica de sucessos em todas as faixas, a emissora mudou de ideia no meio do percurso. Silvio de Abreu, responsável pelo setor de teledramaturgia do canal, acabou convencido por outros colegas a selecionar "Avenida Brasil" para a missão. E funcionou. O fenômeno de João Emanuel Carneiro repetiu o êxito de 2012, ainda mais com a chegada da quarentena que implicou em um aumento ainda mais expressivo da audiência.

Era previsível, portanto, que a substituta seria "Êta Mundo Bom!". Já havia um planejamento. O fato é que o (trágico) acaso da pandemia transformou a escolha em algo perfeito para o atual momento. O folhetim reúne tudo o que Walcyr Carrasco apresentou na faixa das 18h: uma fazenda, guerra de comida, caipiras, quedas em chiqueiro, vilã muito diabólica, vários animais e bordões.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Canal Viva completa dez anos de sucesso

O Canal Viva, pertencente ao grupo Globosat, completa dez anos de existência nesta segunda-feira (18/05). Inaugurado no dia 18 de maio de 2010, o canal a cabo foi criado com o objetivo de reprisar vários programas, novelas, seriados e minisséries que marcaram a história da Rede Globo de Televisão. Inicialmente, apenas produtos muito antigos eram reexibidos, mas com o tempo essa regra acabou quebrada, o que não implicou em algo negativo. E a maior prova é a consolidação da liderança de audiência entre todos os canais de assinatura entre 1º de janeiro e maio de 2020.


O canal é um dos maiores acertos dos últimos anos. O público sempre cobrava da Globo as reprises de programas mais antigos e novelas clássicas que marcaram a história da televisão. O "Vale a Pena Ver de Novo" era um dos poucos recursos que a empresa dispunha para saciar essa saudade dos seus telespectadores, mas nos últimos anos há muitas reprises de novelas recentes e quase nenhuma de tramas mais antigas (com mais de quinze anos no mínimo). "Por Amor" (1997), reprisada ano passado, foi uma exceção. E foi justamente com a criação do Viva que o público tem tido suas vontades atendidas.

"Quatro por Quatro", "Por Amor", "Vamp", "Vale Tudo" e "Roque Santeiro", "Tieta", "Laços de Família" e "Pedra sobre Pedra" foram alguns folhetins icônicos reprisados. Atualmente o canal tem reexibido "O Clone" (2001), "Chocolate com Pimenta" (2003) e "Brega & Chique" (1987), novelas que fizeram muito sucesso e marcaram época.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

"Novo Mundo" e "Totalmente Demais" mostram as várias facetas de Vivianne Pasmanter

O sonho de todo ator ou atriz é mostrar versatilidade. Nada pior do que ficar preso a um determinado tipo de personagem. Tanto que as dúvidas a respeito do talento do intérprete até acabam levantadas. E, por ironia do destino, duas reprises escolhidas pela Globo para preencher a grade durante a pandemia do coronavírus (que resultou na interrupção das gravações de todas as novelas inéditas) ajudam a comprovar algo que todos já sabem há um bom tempo: Vivianne Pasmanter é uma atriz completa.


No ar nas reprises de "Novo Mundo", onde viveu com maestria a assustadora Germana, e de "Totalmente Demais", onde interpretou a elegante Lili, a intérprete dominou dois perfis completamente distintos com uma facilidade impressionante. E para sua sorte foram dois trabalhos em sequência. O fenômeno das 19h, escrito por Rosane Svartman e Paulo Halm, foi ao ar entre 2015 e 2016, enquanto o grande sucesso das 18h, de Alessandro Marson e Thereza Falcão, encantou o público em 2017. E a atriz raramente emendou trabalhos na televisão, mas a diferença gritante de estilos pesou para aceitar o convite para o folhetim das seis, pouco tempo depois do encerramento das gravações da trama das sete.

A exibição atual das produções ajuda a ressaltar ainda mais as várias facetas de Vivianne. A atriz não estava com sorte em seus últimos papéis antes da Lili. Sempre perfis que prometiam muito e cumpriam pouco. A última personagem realmente relevante era a Maria João, de "Uga Uga", há 16 anos. A amargurada e sofrida empresária de "Totalmente Demais" chegou em ótima hora.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Os 25 anos de "Malhação"

No dia 24 de abril de 1995, estreava um seriado que se tornaria um fenômeno entre os adolescentes e os adultos: "Malhação". Criada por Emanuel Jacobina e os saudosos Andrea Maltarolli e Roberto Thalma, a trama tinha o intuito de conquistar uma parcela do público até então ignorada pela emissora: os jovens. O título refletia a identidade do enredo que era ambientado em uma academia de ginástica. Os conflitos eram baseados nos problemas de todo adolescente: gravidez, virgindade, rivalidades entre grupinhos, o bad-boy ameaçador, enfim. Os primeiros protagonistas foram Danton Mello e Juliana Martins: Héricles e Isabella. Nascia ali um formato que dura até hoje.


O formato logo caiu nas graças da audiência. Afinal, é uma típica novela com capítulos bem mais curtos (em torno de 25 minutos) e apresentada através de temporadas. Durante um bom tempo, vale lembrar, vários personagens eram mantidos na temporada seguinte para não afastar o público. E funcionava, mesmo com situações muitas vezes repetitivas. A história dos mocinhos separados pelo vilão ou vilã virou praticamente um padrão a ser seguido, enquanto os núcleos paralelos desenvolviam clichês da adolescência.

A segunda temporada foi protagonizada por Claudio Heinrich (Dado) e Luiza (Fernanda Rodrigues), um dos mais lembrados. Já a permanência de Mocotó (André Marques) consagrou o sucesso do personagem e o transformou em uma espécie de ícone de "Malhação". Tanto que seguiu na terceira temporada, protagonizada por Pedro Vasconcellos (Vudu) e Luana Piovani (Patrícia).

sábado, 9 de maio de 2020

Regina Duarte nunca entendeu as personagens mais marcantes de sua carreira

A entrevista que Regina Duarte, atual secretária de Cultura do atual governo, deu à CNN, exibida nesta quinta-feira (07/05), foi a última pá de cal em sua imagem. As declarações desastrosas de uma das atrizes mais conhecidas do país provocaram uma reação de choque e repúdio, não só da classe artística, como de grande parte do público, com exceção dos fiéis seguidores do presidente. Ainda encerrou a entrevista com Daniel Adjuto, Reinaldo Gottino e Daniela Lima dando um ataque de falta de educação, se recusando a ouvir um depoimento de Maitê Proença cobrando melhorias no setor em plena crise.


A intérprete protagonizou um show de constrangimento ao vivo. Não respondeu aos questionamentos feitos e chegou a menosprezar a tortura cantando aos risos "Pra frente, Brasil! Salve a seleção", tema da Copa do Mundo de 70 e um dos símbolos da Ditadura Militar. Não conseguiu explicar a razão da falta de homenagens aos artistas mortos recentemente, como Aldir Blanc e Flávio Migliaccio. Chegou a declarar que a secretaria de cultura não era um obituário. Para culminar, inseriu o tema da COVID-19 ao falar da "morbidez que as pessoas estão trazendo" por conta da pandemia. Ou seja, também menosprezou as inúmeras vítimas do Brasil e do mundo. Enfim, uma entrevista desastrosa e indefensável.

Nada contra a ideologia de Regina, afinal, cada um com a sua. Não há certo ou errado na esquerda ou na direita. Mas há opiniões que são e devem ser universais. Ser contra a tortura e sentir empatia por vítimas de uma pandemia letal, por exemplo. Ou se preocupar em defender a sua classe durante o período mais caótico do setor.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Daisy Lúcidi: uma amante do rádio e das artes

A pandemia do novo coronavírus tem feito milhares de vítimas pelo mundo e Daisy Lúcidi foi uma delas. A atriz e radialista, de 90 anos, era do grupo  de risco e estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital São Lucas, em Copacabana, Rio de Janeiro, desde o dia 25 de abril. Perdeu a luta contra a doença na quinta-feira, dia 7.


A versátil profissional integrou o primeiro elenco de atores da Rádio Globo e fez sua estreia na televisão em 1960. Como radialista, comandou, durante 46 anos, o programa "Alô Daisy", na Rádio Nacional. Foi ainda vereadora e deputada estadual no Rio de Janeiro. Conseguiu mesclar bem todas as funções ao longo de sua vitoriosa carreira e sua vitalidade era invejável.

Daisy Lúcidi Mendes nasceu no dia 10 de agosto de 1929, no Rio. Seus pais, Clarice Lopez e Quinto Lúcidi, eram de origem portuguesa e italiana. Descobriu cedo o talento para a interpretação. Foi acompanhando seu pai nos ensaios de um curso de teatro amador que conquistou seu primeiro papel, aos seis anos de idade, na peça "Nuvem", de Coelho Neto, no teatro Dulcina, no Rio.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Reprises reforçam o talento de Malu Galli

A pandemia do coronavírus vem provocando um caos mundial e o isolamento social virou regra imprescindível em tempos de tanto contágio. O primeiro choque no Brasil foi através da paralisação das gravações das novelas da Globo, principal emissora do país. Medida necessária. E assim que passou a exibir reprises de folhetins que fizeram sucesso houve uma previsível coincidência em torno da presença de vários atores. Muitos estão em mais de uma trama no ar. Malu Galli é um dos casos e merece uma menção especial.


O caso da atriz é até diferente. Afinal, estava no ar em "Amor de Mãe" e agora está em "Malhação - Viva a Diferença" e "Totalmente Demais". E nunca foi uma profissional valorizada como merece. Tanto pelo público quanto por vários veículos que cobrem televisão. Com várias peças e filmes no currículo, sua carreira televisiva começou através de pequenas participações em novelas e minisséries na Globo. Seu primeiro papel de certo destaque foi na primorosa série "Queridos Amigos", em 2008. Na trama de Maria Adelaide Amaral foi possível observar que Malu podia muito mais.

E, graças aos papéis densos nos dois folhetins brilhantes de Lícia Manzo, a atriz conseguiu mostrar seu talento dramático. A emocionalmente frágil Dora, de "A Vida da Gente" (2011), e a bem-sucedida Irene, de "Sete Vidas" (2015), foram defendidas com muita entrega.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Fique em paz, Flávio Migliaccio!

Em meio ao colapso mundial provocado pelo coronavírus, mais uma notícia triste para os brasileiros: a morte de Flávio Migliaccio, aos 85 anos. O corpo do ator foi encontrado em seu sítio em Rio Bonito na manhã desta segunda-feira. O veterano se suicidou e deixou uma carta de despedida para familiares e amigos. Um soco no estômago de qualquer um durante um período tão turbulento. O mundo das artes cênicas, já bastante ferido pela crise atual, sofre um novo baque. O intérprete era um dos mais respeitados e queridos do meio.


Flávio Gomes Migliaccio nasceu em São Paulo, no bairro do Brás, e tinha 17 irmãos, entre eles Dirce Migliaccio, talentosa atriz conhecida como a Judiceia Cajazeira ("O Bem Amado") e como a Emília, do "Sítio do Pica-pau Amarelo". O ator chegou a trabalhar como balconista e mecânico até ingressar no mundo das artes no teatro Arena, onde iniciou sua carreira profissional. Seu primeiro papel teatral foi o de um cadáver em "Julgue Você". Aos 25 anos estreou no cinema em "O Grande Momento", de Roberto Santos. Já seu início na televisão foi no "Grande Teatro Tupi", em 1958, na extinta TV Tupi.

Em 1972, o ator viveu um de seus maiores momentos na carreira como o carismático Xerife, em "Shazan, Xerife & Cia", onde fez uma dupla até hoje lembrada ao lado do grande Paulo José.