terça-feira, 1 de maio de 2018

Os vencedores do "Prêmio Extra" de 2017

Criado em 1998, o "Prêmio Extra" não foi realizado em 2017. Embora o jornal carioca não tenha publicado declaração alguma a respeito, é fato que a crise do país influenciou bastante, assim como a perda do patrocínio. Porém, os responsáveis resolveram lançá-lo no primeiro semestre de 2018, mas sem cerimônia de premiação. Ou seja, os leitores escolheram os vencedores, mas sem festa, indicados marcando presença, entrevistas, enfim.


E a demora na seleção dos premiados implicou em um clima de 'evento velho'. Afinal, várias novelas e séries indicadas acabaram há um bom tempo e até o 'prazo' de consagração das mesmas já passou. Mas, ainda assim, é necessário um balanço dos escolhidos e dos vencedores da premiação, que teve "A Força do Querer" com 11 indicações, "Novo Mundo" com 8, "Rock Story" com 7 e "Tempo de Amar" com 5.

Curiosamente, ao contrário dos anos anteriores, houve uma maior justiça na seleção de cada categoria, que passou a contar com seis indicados, ao invés de cinco. Muito provavelmente houve esse aumento por causa da não realização do evento de entrega, evitando assim mais convidados e mais custos. "A Força do Querer" merecidamente venceu como Melhor Novela (38% dos votos), concorrendo com a igualmente ótima "Novo Mundo", a elogiada "Rock Story" e a mediana "Tempo de Amar".
O jornal ainda ignorou o novo termo "supersérie", inserindo a fraca "Os Dias Eram Assim" na categoria e a primorosa "Malhação - Viva a Diferença", que costuma se chamada de ''novelinha'' ou seriado.

A escolha das seis finalistas em Melhor Atriz foi extremamente justa, valorizando o talento de Juliana Paes como Bibi Perigosa, em "A Força do Querer" (eleita vencedora com 39% dos votos); de Paolla Oliveira como Jeiza, em "A Força do Querer"; de Letícia Colin como Leopoldina, em "Novo Mundo"; de Marjorie Estiano como Carolina, em "Sob Pressão"; de Alinne Moraes como Diana, em "Rock Story" e de Vera Holz, como Magnólia em "A Lei do Amor". Entretanto, a presença da fracassada trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari foi bastante controversa por ter terminado no primeiro semestre do ano passado, levando em consideração ainda a presença de vários atores já em outras novelas atualmente.


Veja o caso de Grazi Massafera, por exemplo, que concorreu como Atriz Coadjuvante pela Luciane, em "A Lei do Amor", mas está quase terminando sua participação como Lívia, em "O Outro Lado do Paraíso". E Laura Cardoso concorrendo pela sua atuação como Dona Sinhá, em "Sol Nascente", sendo que está dando um show como Caetana em "O Outro Lado do Paraíso". Não fez o menor sentido. Como o prêmio atrasou e muito, deveriam ter revisto essas indicações. No mais, as escolhas foram acertadas, valorizando o show de Elizângela, como Aurora em "A Força do Querer" (eleita com 24% dos votos); de Ingrid Guimarães, como Elvira Matamouros em "Novo Mundo"; Marisa Orh, como Celeste Hermínia em "Tempo de Amar"; e Julia Dalavia, como Nanda em "Os Dias Eram Assim".


Na categoria de Melhor Ator, também houve uma excelente seleção de finalistas, expondo a ótima atuação de Vladimir Brichta, como Gui Santiago em "Rock Story"; de Caio Castro, como Dom Pedro em "Novo Mundo"; Júlio Andrade, como Evandro em "Sob Pressão"; Renato Góes, como Renato em "Os Dias Eram Assim"; Emílio Dantas, como Rubinho em "A Força do Querer" (ganhador com 26% dos votos); e Bruno Ferrari como Vicente em "Tempo de Amar". Muito boa também a escolha de Melhor Ator Coadjuvante: Dan Stulbach, como Eugênio em "A Força do Querer"; Gabriel Leone, como Gustavo em "Os Dias Eram Assim"; Guilherme Piva, como Licurgo em "Novo Mundo"; Herson Capri como Gordo em "Rock Story"; Lúcio Mauro Filho, como Roney em "Malhação - Viva a Diferença" (escolhido com 28% dos votos); e Tony Ramos, como José Augusto em "Tempo de Amar".


A justiça também se fez presente em Revelação Feminina. Além de Carol Duarte pela Ivana em "A Força do Querer" (eleita com 41% dos votos) e Vitória Strada pela Maria Vitória em "Tempo de Amar", finalmente uma premiação lembrou de Daphne Bozaski pela Benê em "Malhação - Viva a Diferença"; Valentina Herszage pela Bebeth em "Pega Pega" e Isabella Dragão pela Cecília em "Novo Mundo". Já a escolha de Rayanne Morais pela Pietra em "Belaventura" foi equivocada. Ela esteve muito fraca na trama da Record. E em Revelação Masculina vale elogiar a presença de Matheus Abreu, como Tato em "Malhação - Viva a Diferença"; de Roberto Cordovani, como Sebastião em Novo Mundo"; e Silvero Pereira, como Nonato/Elis Miranda em "A Força do Querer" (escolhido com 50% dos votos). Concorreram ainda com Gabriel Sanches, como Lázaro em "Rock Story"; Danilo Grangheia como Hércules em "A Lei do Amor"; e Gabriel Sanches como Flávio/Rúbia em "Pega Pega".


"Aos Nossos Filhos" ("Os Dias Eram Assim"); "De Toda Cor" ("A Força do Querer"); "Essa Mina Louca" ("Pega Pega"); "Maior" ("A Lei do Amor"); "Me Espera" ("Rock Story") ---- vencedor com 34% dos votos ---- e "Olha a Explosão" ("A Força do Querer") concorreram como Tema de Novela, enquanto Fábio Porchat ("Programa do Porchat"); Fátima Bernardes ("Encontro"); Fernanda Lima ("Amor & Sexo"); Pedro Bial ("Conversa com Bial"); Tatá Werneck ("Lady Night") ---- escolhida com 43% dos votos ---- e Tiago Leifert ("BBB 17") como Melhor Apresentador(a). Só não deu para entender a presença de Leifert, que enfiou os pés pelas mãos estreando no Big Brother Brasil de forma bastante parcial e repetiu seu erro no "BBB 18".


"Sob Pressão" foi a vitoriosa em Melhor série com 53% dos votos, não podendo ser diferente. Que produção irretocável! Concorreu com as ótimas "Dois Irmãos", "Filhos da Pátria", "Questão de Família", "Mister Brau" e "Um Contra Todos". Já "Conversa com Bial", "Dancing Brasil", "Lady Night" (eleito com 42% dos votos), "Masterchef", "Popstar" e "Vai, Fernandinha" disputaram como Melhor Programa, enquanto "De perto Ninguém é Normal", "Escolinha do Professor Raimundo - Nova Geração" (escolhido com 40% dos votos), "A Praça é nossa", "Tá no Ar - a TV na TV", "Os Trapalhões" e "Zorra" concorreram como Melhor Programa de Humor. João Bravo (Dedé em "A Força do Querer") ---- vencedor com 38% dos votos ----; Lara Cariello (Chiara em "Rock Story"); Letícia Braga (Sol em "Detetives do Prédio Azul"); Lorena Queiroz (Dulce Maria em "Carinho de Anjo"); Theo Lopes (Quinzinho em "Novo Mundo"); e Xande Valois (Lucas em "Os Dias Eram Assim") concorreram como Ator/Atriz Mirim.


O "Prêmio Extra" de 2017 ocorreu bem tarde, mas fez justiça na maioria das seleções, assim como o público premiou com merecimento quase todos os indicados. Que ao menos a premiação de 2018 não demore tanto e tenha bons critérios nas escolhas em cada categoria, como aconteceu agora, tendo seis selecionados, ao invés de cinco.

24 comentários:

Anônimo disse...

Acho engraçado, tenho a impressão de que boicotam o Danilo Gentili nessas premiações, o The Noite é um dos melhores programas nesse segmento, não é raro ele ficar em primeiro lugar na audiência, aí todos os concorrentes estão indicados menos ele? Estranho né?

Denise disse...

Pensei que tinham cancelado.

Paula disse...

Podiam ter dado o premio de revelação pra Daphne Bozaski agora ao invés de premiarem a Carol Duarte DE NOVO!!!!!!!!

Heitor disse...

E não vai ter troféu dessa vez não?????? Vai ser só simbólico????

Anônimo disse...

Ele só ganharia num mundo que não existisse Tatá Werneck.

Clau disse...

Oi Sérgio,
Como não acompanho as novelas,
quem eu mais gostei de ter ganho
o Prêmio Extra, foi Tatá Werneck
com o seu "Lady Night",
simplesmente sensacional essa artista!
Bjs!

Lulu on the sky disse...

Gostei de saber os ganhadores deste prêmio.
Big Beijos
www.luluonthesky.com

Luli Ap. disse...

Olá Sérgio
Puxa que pena que atrasou bastantão né non?
Ao menos, foi nítido que na maior parte dos indicados foi feita uma avaliação justa e ganhou quem por direito merecia mesmo levar :)
Gostei de saber dos ganhadores e fico feliz que o Prêmio Extra tenha sido realizado, apesar do atraso, acho importante valorizar a arte de interpretação :D
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede

Outsiders disse...

Uma ressalva: é uma pena que o prêmio não tenha adotado as categorias de Ator/Atriz de Série, utilizadas em outras premiações que poderiam consagrar o produto ainda mais, com os excepcionais (e vitoriosos) desempenhos de Júlio Andrade e Marjorie Estiano, que foram incluídos junto aos atores de novelas. Graças a Deus que a excepcional série médica de Jorge Furtado, terá sua 2a temporada exibida no segundo semestre deste ano.

Outro quesito de vitória “menos justa” foi a da Nova Escolinha do Professor Raimundo. O seriado fez muito sucesso em 2015 e 2016. Todavia, a 3a edições não atraía a mesma intenção, dando sinais claros de perda de fôlego e sentido. Por exemplo, vários intérpretes originais estão vivos e afastados da TV. E para piorar, graças à fraca interpretação de Marco Luque (como Nerso da Capitinga) não surtiu efeito.

Em compensação, seria mais merecida uma vitória ao excelente Tá no Ar — A TV na TV, que finalizou recentemente sua 5ª edição com mais capacidade de se reinventar.

Ainda assim, consagrando ainda mais o sucesso Malhação — Viva a Diferença, essa edição trouxe boas escolhas e gratas surpresas merecidas.

E o mesmo reconhecimento, guardadas as proporções, foi destinado a Sob Pressão, vencedora em Melhor Série, a obra dirigida por Andrucha Waddington impactou o público ao mostrar o caos na saúde pública brasileira e a vida de guerra do atores Júlio Andrade e Marjorie Estiano, bem como seus conflitos pessoais nos personagens.

Enquanto no campo musical, em um tempo em que as novelas parecem desprezar a função dos temas de personagens e colocam suas trilhas para tocar aleatoriamente, ter um tema definido de um casal vencendo esta categoria não deixa de ser um alento. Digo isso, pois a categoria Tema de Novela premiou a belíssima Me Espera, dueto entre Sandy e Tiago Iorc, incluída na trilha da ótima Rock Story como tema de Gui e Júlia.

E outra vez, graças à competência de Tatá Werneck e sua habilidade em deixar seus entrevistados no clima da entrevista, e em algumas vezes até se sobrepor a eles... o Lady Night saiu vitorioso. Em 2017, esse foi um grande acerto da programação do Multishow demonstrou ser muito mais divertido que os pretensos programas de humor do canal. E de brinde rendeu os prêmios de Melhor Programa e Melhor Apresentadora para Tatá.

O conjunto de acertos fez com que A Força do Querer caísse rapidamente no gosto da crítica e do publico ao contrário da atual sucessora "O Outro Lado do Paraíso"e se tornasse praticamente uma unanimidade a mais que sua antecessora A Lei do Amor.

Adriana Helena disse...

Oi Sérgio, tudo bem?

Puxa, não estava sabendo que existia esse prêmio e parece até que vivo em outro mundo!! rsrs
Só sei que as escolhas foram acertadas!!
Pena que saiu com bastante atraso, pois como você muito bem disse, a maioria das atrizes indicadas já estão dando um novo show em novelas mais recentes, como a nossa querida personagem Caetana de o Outro Lado do Paraíso!! Ela está demais!!

Um beijo amigo e uma ótima semana!! ;)))

Anônimo disse...

Poise inclusive acho o programa dele mais completo e com boas entrevistas do que o Porchat

Paula Müller disse...

Discordo de alguns vencedores, mas levando em conta que essa é uma premiação escolhida pelo público, foi até mais justa que o esperado. Contudo, tenho que destacar o fato de Vivianne Pasmanter ter sido esquecida de novo... um absurdo a atuação dela em Novo Mundo não ser lembrada por nenhum prêmio.

Sérgio Santos disse...

Tb acho que ele poderia ter sido indicado, anonimo. Mas nao vejo boicote. O programa dele já ganhou vários premios.

Sérgio Santos disse...

Cheguei a pensar isso tb, Denise.

Sérgio Santos disse...

Concordo, Paula.

Sérgio Santos disse...

Boa pergunta, Heitor...

Sérgio Santos disse...

Sem problemas!

Sérgio Santos disse...

Verdade, anonimo...

Sérgio Santos disse...

Ela é maravilhosa, Clau.

Sérgio Santos disse...

Que bom, Lulu!

Sérgio Santos disse...

Pena tb não ter tido evento, Luli.

Sérgio Santos disse...

Perfeito, Adriana!!

Sérgio Santos disse...

Tb acho, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Ótima lembrança da Vivianne, Paula!