sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Por que a Globo não valoriza Lícia Manzo?

O Brasil sempre teve grandes autores de novelas. Tanto que o folhetim virou uma das grandes marcas do país, sendo referência em vários lugares do mundo. A Globo exporta produções com grande facilidade e as histórias já foram traduzidas em diversos idiomas. Uma das receitas deste sucesso é a pluralidade do time dos escritores. Cada um tem características específicas, o que implica na identidade de sua obra. E, mesmo tendo escrito apenas duas novelas, pode-se afirmar que Lícia Manzo vem se destacando neste cenário da teledramaturgia. 



A autora (que também é atriz, diretora, produtora e roteirista) já colaborou em vários episódios do extinto "Sai de Baixo"(1996/2002), e escreveu, em parceria com colegas, uma temporada de "Malhação" (2003/2004) ---- justamente a de maior sucesso do seriado adolescente (conhecida como a fase da "Vagabanda"). Estreou como titular na linda série "Tudo Novo de Novo", em 2009, sendo supervisionada por Maria Adelaide Amaral. Mas foi em 2011 que Lícia se tornou mais conhecida do grande público em virtude da impecável "A Vida da Gente", sua primeira novela. Ela emocionou o telespectador com uma história extremamente delicada e dramática. E se ainda havia alguma dúvida do seu talento, a mesma foi aniquilada depois de quatro anos. Afinal, a escritora voltou a sensibilizar com a sensível "Sete Vidas", em 2015.

Não é qualquer autor que consegue retratar a alma humana tão bem quanto Lícia. Seu estilo lembra muito o de Manoel Carlos, uma vez que também costuma utilizar as situações cotidianas para desenvolver a história e seus personagens são quase todos de classe média. Outra semelhança é a ausência de núcleo cômico, focando somente nos dramas.
Porém, a autora tem uma sensibilidade maior para a abordagem das relações. E a humanidade presente em cada perfil acaba com qualquer tipo de maniqueísmo, o que provoca uma maior identificação, tanto nas brigas e nos sofrimentos, quanto nos envolvimentos amorosos. Não há o lado certo ou o errado e sim acertos e equívocos de todos.

Em "A Vida da Gente", a escritora arrebatou o público com a envolvente história de Ana (Fernanda Vasconcellos), Manu (Marjorie Estiano) e Rodrigo (Rafael Cardoso). As duas eram irmãs e cúmplices, enquanto o rapaz era praticamente um irmão de criação, pois cresceu com elas. Ele e Ana acabam se apaixonando, mas não conseguem ficar juntos por causa da desavença dos pais (Eva - Ana Beatriz Nogueira, mãe dela, e Jonas - Paulo Betti, pai dele). A menina engravida e se vê obrigada pela mãe a ter o bebê fora do país para não prejudicar sua carreira no tênis. Ana só conta a verdade para Manu e tempos depois volta ao Brasil com a criança, resolvendo fugir com a irmã (que sempre foi rejeitada por Eva), após inúmeras desavenças familiares.



Só que um grave acidente de carro na estrada causa uma tragédia: a tenista entra em coma e Manu fica responsável pela criação de Júlia ao lado de Rodrigo e Iná (Nicette Bruno), sua doce avó. Essa aproximação com o irmão de criação, que quase foi seu cunhado, faz surgir um lindo sentimento entre eles. Os dois constroem uma bela história de amor através da dor da 'perda' e da cumplicidade. Mas, tudo vira de cabeça para baixo quando Ana acorda do coma. A história foi impecável e avassaladora. Foi impossível não mergulhar naquele enredo e não se colocar no lugar de cada um. A autora conseguiu criar uma trama lindíssima e repleta de dramaticidade. Não por acaso, o público se viu envolvido e houve uma divisão de torcidas em relação aos casais, provocando várias discussões sobre as atitudes dos personagens. Vale citar que a novela foi exportada para 113 países até agora e está em terceiro lugar na lista de mais vendidas da Globo ----- atrás apenas de "Avenida Brasil" (132) e "Caminho das Índias" (118).



Já em "Sete Vidas", Lícia optou por mostrar a construção da relação entre sete irmãos, onde cinco deles eram frutos de uma inseminação artificial. E o doador era justamente um sujeito repleto de complexidades, que apresentava sérias dificuldades de se relacionar com o outro. Todos aqueles personagens pareceram tão familiares que foi praticamente impossível não ter se envolvido com  aquela história e viajado junto com aqueles perfis tão distintos e semelhantes ao mesmo tempo. Miguel (saudoso Domingos Montagner em seu melhor papel), Lígia (Débora Bloch), Júlia (Isabelle Drummond), Pedro (Jayme Matarazzo), Bernardo (Ghilherme Lobo), Laila (Maria Eduarda de Carvalho), Joaquim, Luís (Thiago Rodrigues) e Felipe (Michel Noher) formaram uma família que foi se juntando aos poucos, à medida que iam se conhecendo e enfrentando seus problemas. A saga dessas pessoas foi arrebatadora e muito comovente.



Assim como na trama anterior da autora, houve um triângulo amoroso entre irmãos (Júlia, Pedro e Felipe) que dividiu torcidas, uma vez que santos e pecadores inexistiam. Todos eram culpados e inocentes, enquanto tentavam driblar as armadilhas que a vida tinha preparado para eles. Toda a angústia vivida por Miguel pôde ser sentida ao longo da novela e quando o protagonista conseguiu finalmente se livrar dela, dando um fim nas lembranças traumáticas de seu passado, se viu livre para ir atrás do seu merecido final feliz com seu grande amor e seus sete filhos. As cenas finais, com todos reunidos no barco do navegador e protagonizando momentos de pura intimidade familiar, foram emocionantes e encerraram a trama de uma forma linda. Desfecho tão delicado, aliás, quanto o de "A Vida da Gente", mostrando Ana, Lúcio (Thiago Lacerda), Manu, Rodrigo e Júlia passeando felizes, de mãos dadas, após tantos conflitos pesados e dramas complicados.



Então, após dois folhetins tão primorosos, fica a dúvida: por que a Globo não valoriza essa autora? O questionamento se faz necessário, pois Lícia estava escrevendo "Jogo da Memória", sua nova novela que iria ao ar às 23h em 2017. Porém, Silvio de Abreu, atual Diretor de Teledramaturgia da emissora, resolveu cancelar subitamente a obra, alegando não ter estrutura para se sustentar por 90 capítulos (esse era o número estabelecido por ele para a produção da faixa em 2017, agora chamada de "supersérie"). Cancelamentos ou mudanças de planos são comuns em qualquer empresa ou canal, todavia, o folhetim estava em processo de escalação de elenco e todos foram pegos de surpresa. O pior é que "Os Dias Eram Assim", trama substituta, se mostrou limitada e (ironicamente) sem fôlego para 90 capítulos. Após várias informações desencontradas, Silvio declarou que o enredo da autora havia sido transformado em minissérie e iria ao ar em 2018. Mas, a produção acabou engavetada e ninguém sabe se sairá do papel ou não. 

Desde essa notícia, o nome de Lícia não vem sendo colocado em nenhuma faixa. Ou seja, já há uma longa fila em todos os horários da emissora e ela não aparece em nenhuma. Nem às 18h, nem às 19h, nem às 23h e muito menos às 21h. Pelo menos até 2019. Mas qual a razão? O que leva uma emissora a deixar de lado uma profissional responsável pela terceira novela mais vendida da empresa? Competência ela já mostrou ter de sobra. Será que não há espaço para seu talento nos próximos anos? Nem em uma série ou minissérie? Realmente é algo que não dá para entender, ainda mais em um momento onde todos os escritores da Globo vêm sendo mais exigidos, ficando bem menos tempo parados. Nesta semana, a jornalista Patrícia Kogut noticiou que a escritora já concluiu os 51 capítulos de "Jogo da Memória" e entregou para a empresa. Também começou a preparar uma nova sinopse. Porém, tudo segue sem qualquer perspectiva.

Lícia Manzo é uma autora que consegue explorar todas as complexidades das relações sem descambar para o exagero e nem para o maniqueísmo, onde existe um lado certo e outro errado. Ela expõe a alma humana com extrema competência e seu principal método é a emoção. "A Vida da Gente" e "Sete Vidas" comprovaram não só o talento da escritora ---- que cria diálogos memoráveis ----, como também o seu dom de sensibilizar através das sutilezas de seus personagens e do imenso realismo de suas histórias. Resta torcer para que não fique afastada por muito mais  tempo e que Silvio de Abreu se dê conta disso, pois o público sempre necessita de obras tão bonitas quanto as suas.

37 comentários:

Melina disse...

Que texto maravilhosa, Serginho.Tao bom quanto o da Lícia. Também não entendo. Insistem nesse tal de Daniel Ortiz que só fez dois remakes e ruins ainda.Fora o Aguinaldo Silva com essa famigerada Sétimo Guardião, a novela plagiada. Enquanto isso a Licia fica na geladeira e nos privando de suas obras delicadas.Adorei ler e relembrar essas novelas. A série eu não conhecia , mas vou ver se acho pra assistir. Beijos, querido. Voltei! rsrs

Anônimo disse...

Tu é o melhor crítico que existe!

Valentina disse...

Não acredito que Licia escreveu a temporada da Vagabanda??? Agora tudo faz sentido.Foi dali que ela se apaixonou pela Marjorie e lhe deu a linda Manu!!!!!!!Adorei esse texto!!!! Quanta coisa boa eu soube. Nem sabia que A Vida da Gente era a terceira novela mais exportada da Globo.Que máximo!

chica disse...

Tu sabes escrever , criticar como ninguém. Beleza! Pena quando a não valorização se percebe! abração, lindo fds! chica

Outsiders disse...

Lícia demonstrou saber que as famílias mudaram e que não há mais fórmulas prontas.
Em A Vida da Gente falou de casamento, de paternidade e maternidade com a precisão de uma autora que sabe que não há mais laços consolidados. As mulheres casam tarde, engravidam quando querem (ou sem querer). Irmãos não são necessariamente criados sob o mesmo teto. Quantas são essas metades, de que maneira elas constroem nossas identidades?

Em Sete Vidas (2015), a protagonista está na casa dos 40. Tem carreira bem sucedida, irmãos com quem desenvolveu uma relação de amizade, amigos próximos que são a verdadeira base de suas relações. O amor complementa, mas não dá sustentação para a identidade. O casamento não é o objetivo principal.
Por esse brilhante obra, mereci sem dúvida ser a melhor novela de 2015!!!!

Como autora(antes escreveu o seriado Tudo Novo de Novo) sabe muito bem fazer uma trama Intrigante com os argumentos que nos instigam.

Outsiders disse...

Tudo Novo de Novo foi uma série de televisão brasileira, escrita por Carlos Gregório, Duba Elia, Fernando Rebello, Flávia Lins e Silva e Maria Camargo, com redação final de LÚCIA MANZO e com supervisão de texto de Maria Adelaide Amaral e direção de Flávia Lacerda, Natalia Grimberg e Allan Fiterman, com direção geral e núcleo de Denise Saraceni.

A série retratava a situação atual da família brasileira. O envolvimento da arquiteta Clara (Júlia Lemmertz) com o engenheiro Miguel (Marco Ricca) foi o pano de fundo para contar essa história. Clara é mãe de Carol (Daniela Piepszyk) e Léo (Felipe Santos) e se envolveu com Miguel (Marco Ricca), um homem recém-separado e muito ligado à filha Júlia (Poliana Aleixo). A aproximação entre os dois é o ponto de partida desta crônica de costumes. Além dos filhos, Clara (Júlia Lemmertz) convive com os seus ex-maridos Fred (Marcelo Szpektor) e Paulo (Guilherme Fontes), com a enteada Bia (Marina Ruy Barbosa), a irmã Nanda (Maria Eduarda) e a empregada e babá Salete (Analu Prestes).

No universo de Miguel, além da filha, estão a ex-mulher Ruth (Arieta Corrêa), o sócio e cunhado Otávio (Gustavo Trestini) e a irmã Lorena (Paula Braun). A arquiteta e o engenheiro terão de conviver, ainda, com os dramas pessoais dos clientes Teodoro (Mário Cardoso) e Ingrid (Cristina Flores): ele com quatro filhos de relacionamentos anteriores e nenhum desejo de se tornar pai novamente; e ela anos mais jovens e decidida a ter o primeiro filho.

Estreou dia 17 de Abril de 2009 e era exibida às sextas-feiras após o Globo Repórter.

Outsiders disse...

Lícia também foi atriz durante 15 anos e parou de atuar aos 30 anos.
Após isso, Manzo se tornou produtora, autora, roteirista e diretora. Outros trabalhos de Lúcia foram:

1996 em Sai de Baixo
2003/2004 em Malhação sendo Autora
2004 com A Diarista sendo Autora
2008 com Três Irmãs sendo Colaboradora

Em 1984, o grupo teatral Além da Lua, fundado por ela, conquistou o prêmio Molière de melhor grupo teatral para crianças.

Leitora disse...

Olá! Licia Manzo é maravilhosa. A vida da Gente e Sete Vidas podem ter dito lá seus defeitos porque nada é 100% perfeito, mas na minha humilde opinião ambas são obras primas da teledramaturgia. O telespectador sente que a Licia escreve com a alma e mesmo quando a cena não tem texto sentimos isso agora quantos autores conseguem essa proeza? Muitos conseguem sensibilizar, emocionar, mas nenhum toca tão profundamente quanto a Licia, aliás não sabia que ela tinha ajudado a escrever uma das melhores temporadas da Malhação. Vagabanda♥ (Saudade da época que ♪eu era feliz e não sabia♫) curioso que quando uma novela não tem núcleo cômico as pessoas reclamam e eu nunca vi ninguém reclamar disso nas novelas da Licia simplesmente porque o texto é tão primoroso e as atuações são tão maravilhosas que não sobra espaço para queixas.
A Licia ela é digamos humanista porque ela escreve sobre pessoas reais, claro que de alguma forma todo autor escreve sobre pessoas reais, mas a Licia faz isso de um jeito que quem tá assistindo consegue se ver naquela situação, se colocar no lugar da personagem ela consegue fazer o publico ter empatia vide o caso Ana e Manu, afinal de contas ali não existia certo ou errado. Como diria a filosofa, contemporânea e pensadora Dona Mercedes: "A vida são duas manchas de tintas que se misturam." (Hahahaha) os dramas que os personagens da Licia vivem são coisas que podem acontecer com qualquer um afinal é muito mais fácil você sofrer um acidente de carro e ficar anos em coma do que ser clonado, por exemplo. Não estou criticando o Clone muito menos a Glória Perez até porque o Clone é a minha paixão. isso foi apenas um exemplo, um outro exemplo é muito mais verossímil você descobrir que é fruto de inseminação artificial do que descobrir que é a princesa de Seráfia. Não estou criticando Cordel Encantado que eu também tenho paixão e nem suas autoras. Obvio que não tem comparação porque são todas novelas diferentes, mas acho que é compreensível aondeeu quero chegar.
São situações que por mais que a pessoa nunca tenha vivido, talvez ela conheça alguém que já tenha passado por aquilo e mesmo que não conheça são coisas que dão um click nas pessoas porque as estórias são coisas da vida, do cotidiano e os personagens são pessoas que a gente conhece, convive, inclusive nós mesmos.
É lamentável que uma autora desse porte não seja valorizada como merece.
Uma ultima palavra sobre as tramas de Licia: Cativantes!

Filha do Rei disse...

Sérgio, são poucos autores que escrevem sobre nós, suas obras são espelhos de nossas almas. Como definiu tão bem a Leitoras As obras de Licia são cativantes. Torço que ela volte logo, estamos precisando de suas histórias.
Bjs

Anônimo disse...

Sérgio, você descreveu perfeitamente o que eu penso sobre a Lícia Manzo, ela consegue retratar a alma humana como poucos autores. Diante de um texto tão maravilhoso não tenho nada a acrescentar, apenas externar a minha revolta com Silvio de Abreu, que era um ótimo autor, mas só vem fazendo merda como diretor de teledramurtagia, não só não valorizar a Lícia, mas adiar Verão 90 Graus com elenco quase fechado e insistir naquela novela "morta" do Aguinaldo.

Paula

Anônimo disse...

A grande verdade é que o Sílvio tem seus queridinhos e, infelizmente, a Lícia Manzo (E a Duca Rachid e a Thelma Guedes tbm) são "peixes pequenos" perto deles. Enquanto isso, o insosso do Daniel Ortizzzzz vai supervisionar a próxima temporada de Malhação (Que eu não estou botando muita fé) e ainda corre o risco de escrever uma novela para as 21h (Corre esse boato). Outro risco, tbm para esse horário, é o possível retorno de Manoel Carlos e Gilberto Braga, que Sílvio de Abreu está tentando promover. Na minha opinião, ele deveria deixar a direção do setor de dramaturgia e voltar a escrever novelas.

FABIOTV disse...

Olá, tudo bem? A Vida da Gente é uma das melhores novelas produzidas pela Globo nesta década. Aparece entre as minhas 10 favoritas neste período. Abs, Fabio www.tvfabio.zip.net

Malu disse...

Complicado mesmo. Silvio de Abreu não está bem no cargo de diretor de dramaturgia, devia voltar a escrever novelas, como disseram. O que ele faz com Lícia e também com Duca E Thelma (Que tiveram sinopse das 21h rejeitada, escreveram a sinopse de "Sal da Terra" várias vezes, adaptando o formato ora às 18h, ora às 23h, dependendo do humor de Silvio) beira o desrespeito! Lícia tem duas novelas primorosas na carreira, que, embora não tenham sido um estouro de audiência - uma pena - são lembradas até hoje pelo público como novelas quase perfeitas, foram maravilhosas na crítica e são de qualidade incontestável. A desculpa para o cancelamento de "Jogo da Memória", como bem observastes, foi furada, uma vez que ODEA foi salva pelas boas atuações e trilha sonora, história que é bom nada. Enquanto isso, temos o famigerado Daniel Ortiz, Claudia Souto, entre outros autores, escrevendo baboseiras e explodindo no ibope - mas será que é só isso que importa? Aliás, como uma novela sonífera como "Sol Nascente" foi aprovada? Essa sequer respondeu na audiência! Fora que algumas sinopses das novelas futuras parecem desanimadoras como essa próxima das 19h sobre uma família que congela e viaja no tempo (???), ou a próxima do Aguinaldo que tá uma farofa com isso de querer voltar com a Nazaré entre outras idéias doidas. Se não tem espaço pra ela nas novelas (o que é, pra mim, uma desculpa esfarrapada), que faça uma série! Tira essa chatice de Mister Brau, sei lá! Deixar uma autora como ela na geladeira é foda! E o triste é que, pelo menos na TV aberta, ela não tem pra onde correr. O mercado está péssimo no momento com a crise na dramaturgia da Record e o SBT, que nunca teve um núcleo bem organizado, investindo apenas nas novelas infantis. Lícia vai ter mesmo que esperar a boa vontade de Silvio de Abreu em lhe dar nova chance. Medo do que ele possa fazer com Cao Hamburguer...

Pedro Bertoldi disse...

Porque o Silvio de Abreu prefere colocar os amiguinhos dele como o Daniel Ortiz e seus textos infantis baseados de outros autores. É um saco.

Rafael disse...

Silvio é um porre nessa função, só faz burrada. Lícia é maravilhosa mesmo, inclusive as duas novelas dela foram as únicas das 18h que tive vontade e acompanhei na década de 2010

Anônimo disse...

porque vc comenta esses resumos chupados da Wikipedia? que doença kkkkk

Anônimo disse...

Licia Manzo e minha autora preferia seus diálogos são muito bem escrito.Queria muito que a globo colocasse ela no horário das 21h acho que ela surpreenderia, até pq teria mais liberdade na escrita que fica restrita no horário das 6 e também gostaria de ver ele com um outro diretor como rogerio gomes por exemplo. Tomará que ela volte logo

João Pedro disse...

Cara, eu assino embaixo de tudo o que o pessoal falou até agora. Acho que o maior problema, nesse caso, é a gestão do Sílvio de Abreu, que tá cagando em um monte de coisa. Beleza, teve novelas boas desde que ele assumiu a direção da dramaturgia, mas teve cada decisão de merda que ele tomou que a gente fica sem entender. E acho que a maior prova disso é justamente a chuva de sinopses que são canceladas, ressuscitadas, mudam de autor, mudam de horário, retornam ao horário anterior e o diabo mais a quatro que aconteceu na gestão do Sílvio até agora.
Fora isso, eu tô com MUITA saudade da Lícia. A Vida da Gente eu acompanhei pouco, mas considero a passagem do desfecho, no último capítulo, uma das mais bonitas, senão a mais bonita de todas as novelas que assisti até agora - até salvei no meu PC o texto dos e-mails trocados entre a Ana e o Rodrigo. Já Sete Vidas é minha paixão, tanto que eu assisti a TODOS os capítulos, às vezes ao vivo, às vezes pela internet. E fiquei com muita raiva quando comecei a perceber que Globo tava cagando pra Licia. Meu maior medo é ela cagar pra Globo também, especialmente porque a gente sabe que, apesar de tudo, a Globo ainda é a melhor emissora em termos de dramaturgia do Brasil e com certeza, se houvesse o espaço, as histórias dela seriam muito bem executadas.
Fica aqui o meu textão (kkkkkk) e o meu agradecimento a você, Sérgio, por ter tocado num assunto que me incomodou tanto nos últimos tempos e que voltou à tona justamente após a nota da Patrícia Kogut.

Luli Ap. disse...

Olá Sérgio
Simplesmente perfeito seu texto e quanta verdade expressa em forma poética nas suas linhas.
Lícia Manzo reinventou as histórias, criando verdades que não são absolutas e apresentando, descortinando e mostrando as diversas formas de família que se já não mais as tradicionais, são norteadas da mesma maneira por dificuldades e obstáculos e regadas com amor, afeto e união.
A vida da gente e Sete vidas são duas das minhas novelas favoritas da vida e ambas trouxeram um ar fresco, um Q maiúsculo de novi e foram tão bem delineadas, escritas, interpretadas, vivenciadas que marcaram época e memória afetiva <3
Não sabia das curiosidades a respeito da autora e ameeeeeei seu texto completo e representativo.
Excelente semana pra ti
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede

Debora disse...

Olá Sergio tudo bem???


Nossa ela é maravilhosa!!! A Globo deveria investir mais nesses "novos" autores, pois eles conseguem fazer coisas diferente e mais a cara da nova população...


Beijinhos;
Débora.
https://derbymotta.blogspot.pt/

Sérgio Santos disse...

Tá sumida, Melina!!!

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Escreveu, Valentina. E tb acho que foi por isso que chamou Marjorie pra Manu.

Sérgio Santos disse...

Grato, Chica.

Sérgio Santos disse...

Exato, Daylights.

Sérgio Santos disse...

Onde eu assino, Leitora????

Sérgio Santos disse...

Tb torço, Cleu!

Sérgio Santos disse...

Mt obrigado, Paula!!!

Sérgio Santos disse...

É uma pena, anonimo...

Sérgio Santos disse...

Concordo, Fabio.

Sérgio Santos disse...

Perfeita colocação, Malu.

Sérgio Santos disse...

Pena, Pedro.

Sérgio Santos disse...

Licia é maravilhosa, Rafael.

Sérgio Santos disse...

Tomara, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Eu que agradeço, João! Abraço!

Sérgio Santos disse...

Valeu, Luli. Beijão!!!!!

Sérgio Santos disse...

Devia msm, Déboraa.