Ela também tem um grande número de fãs e seguidores, não ficando muito atrás das duas colegas. Mas a verdade é que nada disso interessa no enredo. O que vale é a soma de personagem e atuação. O início do folhetim das sete teve como foco a vida da plebeia Amália (Marina) e a ambição da princesa Catarina (Bruna). Só que, aos poucos, Lucrécia foi crescendo no roteiro de Daniel Adjafre, dirigido por Fabrício Mamberti. Assim que a princesa de Alcaluz entrou na história, juntamente com seu tio (Heráclito - Marcos Oliveira), o clima mudou e a comédia passou a ter mais importância.
Antes, Rodolfo (Johnny Massaro) e seus fiéis escudeiros idiotas ---- Orlando (Daniel Warren) e Patrônio (Leandro Daniel) ---- eram os únicos responsáveis pela comicidade do enredo. Porém, obviamente, Tatá chegou e virou o centro das atenções. Os absurdos ditos por Lucrécia divertiram de imediato, assim como sua "bipolaridade" diante de situações de tensão, variando entre um olhar esperançoso e uma expressão chorosa de desespero.
A luxúria da princesa também virou uma das melhores características da personagem, vide os momentos hilários de "pegação" entre ela e Rodolfo ou com qualquer outro homem que ficasse "vulnerável" aos seus impulsos.
Não demorou para Tatá formar uma dupla ótima com Johnny Massaro e protagonizar divertidas cenas com Marcos Oliveira, o tio gay da princesa. Aliás, Lucrécia conseguiu ficar ainda mais engraçada quando se casou com Rodolfo, virando rainha, se deslumbrando com o poder e não sabendo se comportar diante de seus súditos. A rivalidade com Catarina foi outro ponto positivo, destacando ainda mais a atrapalhada e nada discreta personagem. Sua química com Bruna, sua amiga na vida real, ajuda muito. E assim ela foi crescendo cada vez mais na história, até virar um ponto positivo de "Deus Salve o Rei".
Enquanto Amália sofreu com uma falta de conflitos próprios ao longo da novela e Catarina enfrentou uma série de ajustes, entre elas a criticada interpretação de Bruna, Lucrécia passou incólume pelo enredo, ganhando uma maior quantidade de cenas. E Tatá vem aproveitando como pode, vide os seus visíveis improvisos em várias sequências, não só no texto, como também na postura da personagem. É perceptível quando a atriz coloca 'cacos' impagáveis nos diálogos ou então faz algo inesperado, como colocar uma parte de uma armadura na cabeça, após a rainha ter dito que ia ajudar na guerra.
Outra boa surpresa foi a dobradinha que a humorista fez com a talentosa Júlia Guerra, grata revelação do folhetim, intérprete da fiel escudeira Latrine. A 'faz-tudo' de Lucrécia mal tinha falas no começo, mas cresceu junto com a sobrinha de Heráclito e a sua expressão constante de desânimo era um show à parte. As duas divertiram juntas e formaram uma inesperada dupla cômica. É de se lamentar, apenas, que Latrine tenha saído da trama antes de seu final ---- ela fugiu com a gangue de sanguinários que Rodolfo tentou contratar para derrubar Afonso (Rômulo Estrela).
Lucrécia ainda protagonizou momentos engraçadíssimos ao lado da grande Noemi Gerbelli (perfeita como Madre Superiora) quando a princesa de Alcaluz foi expulsa pelo marido e acabou em um convento. Um dos pontos altos era a tentativa constante da ex-poderosa em incorporar um ser evoluído e iluminado, sem conseguir, obviamente. Ficou perceptível, também, uma liberdade ainda maior nos improvisos da intérprete, que não perdeu qualquer oportunidade. O ódio por Catarina era o principal causador de "tropeços" na luta pela fé da personagem. As situações poderiam até cair na repetição, mas não aconteceu justamente pela mudança de "fases" da personagem. Tanto que depois dessa sua saga pelo caminho da fé, a ex de Rodolfo voltou para seu antigo reino, onde se deparou com um castelo caindo aos pedaços e uma tia louca, vivida pela talentosa Cristina Mutarelli, com quem também fez uma divertida parceria.
Não é a primeira vez que Tatá Werneck se sobressai em uma novela, vide o imenso sucesso de Valdirene, em "Amor à Vida" (2013), seu primeiro papel na Globo, na trama de Walcyr Carrasco, que lhe rendeu todos os troféus de atriz revelação na época. Lucrécia não tem o mesmo apelo da periguete, mas já pode ser considerada o seu segundo melhor papel, após dois tipos que se perderam pelo caminho nas fracas "I Love Paraisópolis" (2015) e "Haja Coração" (2016). A apresentadora do ótimo "Lady Night" (Multishow) presenteia o público com os momentos mais engraçados de "Deus Salve o Rei".
20 comentários:
Ri muito com ela e essa reta final tá ótima. Poderia ter sido assim sempre.
Sergio, aquele babaca do Thalys segue lendo tudo o que tu posta. Não mudou nada.Inveja grita kkkkkkkkkkkkk
Adorei esse texto, Zamenza!!!!Tomara que Tatá leia!!!!!!
O ator que fazia o Beiçola tava precisando de emprego e que bom que conseguiu nessa novela ao lado da Tatá. Ri muito com eles.
Deviam ter explorado mais os embates com a Catarina e a presença dela com Afonso, mas ela me arrancou boas risadas.
COMO NÃO AMAR TATÁ????????
Ela foi um dos pontos que salvaram a novela.
Achei essa novela bem mediana e fraca no geral, apesar de ter melhorado nessa reta final.E concordo com o texto, Tatá Werneck realmente roubou a cena e sua Lucrécia foi uma ótima personagem, me arrancava mtas risasdas, ela inclusive salvava quando a novela tava no período do marasmo.E amei a parceria dela com Jhonny Massafaro, Bruna Marquezine(concordo com o leitor acima que os embates com Catarina deveriam ter sido mais explorados) e Noemi Gerbelli.
Olá Sérgio
Simplesmente ameeeeeei a Tatá Werneck com sua Lucrécia divertida e as inserções de tecnologia no ambiente medieval foram uma sacada genial!
Johnny Massaro, Marcos Oliveira e Júlia Guerra tb abrilhantaram o núcleo.
A "Luc' mandou super bem!!!!!!
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.c.br
Oi Sérgio,
Tatá Werneck é um espetáculo
à parte! Sou fã!
Bjs!
Exato, Heitor.
Nossa, que desgraça, anônimo. Depois nega que tenha feito conta fake pra me espionar. kkkk Me ama.
Obrigado, Larissa.
Bem lembrado, Bethania.
De mim tb, Gabriella.
Como, anonimo?
Concordo, Liliane.
Ela foi mt bem, Dean.
Concordo plenamente, Luli.
Idem,. Clau!
Postar um comentário