Além dos trabalhos já mencionados, a atriz fez quatro novelas e uma série. Em "Cordel Encantado" (2011) viveu a Bartira, um papel pequeno, e em "Amor Eterno Amor" (2012) interpretou a periguete Valéria, onde se destacou bem mais, protagonizando muitas cenas cômicas. Em "Sangue Bom" (2013), ótima produção das sete, fez uma participação e emocionou ao lado de Sophie Charlotte na sequência mais tocante da trama, quando sua personagem (a Simone) morreu ao lado da irmã (Amora). Ela ainda mostrou seu talento na série "A Teia", ao dar vida a Celeste, e em 2014 convenceu na pele da geniosa Maria Clara, uma das filhas do comendador José Alfredo em "Império".
Porém, apesar de várias ótimas atuações, Andreia não ganhava uma protagonista nas novelas. Ela chegou a ser escalada para a mocinha Tóia, em "A Regra do Jogo", mas a escolha foi logo mudada em virtude da escalação de Alexandre Nero para viver Romero Rômulo. Afinal, seria estranho os dois protagonizarem uma relação amorosa pouco depois de terem sido pai e filha na trama anterior. Ou seja, parecia que um papel de grande destaque nunca viria para atriz.
Mas, esse 'imprevisto' acabou sendo benéfico para a intérprete. Afinal, o folhetim de João Emanuel Carneiro enfrentou alguns problemas e a Tóia não foi bem desenvolvida pelo autor.
Mas, esse 'imprevisto' acabou sendo benéfico para a intérprete. Afinal, o folhetim de João Emanuel Carneiro enfrentou alguns problemas e a Tóia não foi bem desenvolvida pelo autor.
Até que finalmente Andreia Horta foi recompensada ao ser escalada para viver a personagem central de "Liberdade, Liberdade". E ela não demorou para provar que merecia uma protagonista há tempos. Assim que surgiu em cena já conseguiu exibir a força da filha de Tiradentes, interpretada pela carismática Mel Maia na curta primeira fase. Joaquina parece ter sido escrita sob medida para a atriz, que tem honrado o protagonismo da história em torno da luta dos revolucionários contra a Coroa portuguesa. É, inclusive, um caso raro, onde um dos melhores perfis do enredo é justamente o protagonista.
Destemida, irônica e à frente do seu tempo, Joaquina chegou a Vila Rica com seu pai adotivo Raposo (Dalton Vigh) e se mostrou horrorizada com a escravidão e a imensa desigualdade social desde que se mudou com sua família. A personagem ainda descobriu a existência de um grupo de revolucionários disposto a enfrentar a Coroa portuguesa ---- que tinha uma política abusiva e com constante elevação de impostos ----, fazendo do Brasil um país livre e terminando a missão que Tiradentes havia tentado iniciar anos atrás. Ela também fez questão de conhecer mais sobre seu falecido pai, iniciando veladamente um plano para vingar a sua morte e punir quem o traiu. Portanto, é um perfil bastante atrativo.
E a personagem tem como 'aliada' a licença poética, pois há poucos registros sobre a sua trajetória e traços de sua personalidade. Apesar do enredo ser baseado no livro "Joaquina - filha do Tiradentes", de Maria José de Queiroz, a trajetória da protagonista tem toda a liberdade dramatúrgica necessária para ser utilizada da melhor forma. E o autor Mário Teixeira tem conduzido o papel com competência, sabendo aproveitar todo o talento de Andreia Horta, que já protagonizou várias boas cenas, ainda que um pouco rápidas ----- uma característica da novela é o curto tempo das sequências, o que muitas vezes é uma pena, pois quando se atinge a 'temperatura' necessária (que pode ser o clímax de uma tensão ou emoção), a mesma é encerrada.
A atriz consegue um grande domínio cênico, evitando qualquer tipo de exagero, mesmo quando a situação se mostra com um tom acima. Um exemplo é seu desempenho nos momentos em que Joaquina discursa a favor dos menos favorecidos e faz questão de se opor aos poderosos. São instantes que poderiam, dependendo do desempenho da intérprete, soar cansativos ou então demagogos, provocando uma alusão aos discursos de vários políticos canastras conhecidos. Mas ela consegue evitar as armadilhas, expondo apenas a figura de uma mulher que realmente se preocupa com o outro e tenta de todas as maneiras mudar o que está errado através de sua força de vontade. É uma atuação visceral.
Vale citar ainda a sua visível química com Bruno Ferrari, intérprete do revolucionário Xavier. Os atores estão ótimos juntos e o par funciona desde a primeira troca de olhar. Andreia também tinha uma perfeita sintonia com Dalton Vigh, o que implicava em bons momentos de pai e filha, onde um sempre provocava o outro e tentava exercer poder, apesar do forte carinho que os unia ---- toda a sequência da dor de Joaquina pelo cruel assassinato do pai adotivo, inclusive, foi brilhantemente interpretada por ela. Já a sua parceria de sucesso com Lília Cabral e Caio Blat em "Império" (que interpretaram sua mãe e seu irmão na trama de Aguinaldo Silva) segue a mesma, proporcionando várias sequências merecedoras de elogios. Sheron Menezzes (Bertoleza), Nathalia Dill (Branca), Marco Ricca (Mão de Luva), Zezé Polessa (Ascenção), Maitê Proença (Dionísia) e Mateus Solano (Rubião) são outros ótimos atores que protagonizam cenas muito boas com a atriz.
Na reta final do folhetim, a heroína da história se encontra frágil emocionalmente e perdida em meio aos inúmeros dramas que tem vivido. Assim como ocorreu com seu pai e sua mãe no passado, seu pai adotivo foi assassinado. Além desse trauma, sua tia Dionísia se vê cada vez mais desequilibrada em virtude da sombra do marido morto, seu irmão André está preso acusado de sodomia e o grande amor da sua vida está casado com sua pior inimiga. Ou seja, uma verdadeira avalanche emocional, proporcionando para a intérprete uma grande quantidade de cenas difíceis.
Andreia Horta tem se mostrado um dos maiores êxitos de "Liberdade, Liberdade" e vê-la interpretando um perfil da importância de Joaquina é um prazer. Estava merecendo há tempos uma protagonista em novelas e finalmente a oportunidade chegou com a atual trama das onze. Seu grande desempenho apenas comprova que já estava pronta para o desafio. Finalmente a chance foi dada a ela. Antes tarde do que nunca.
Destemida, irônica e à frente do seu tempo, Joaquina chegou a Vila Rica com seu pai adotivo Raposo (Dalton Vigh) e se mostrou horrorizada com a escravidão e a imensa desigualdade social desde que se mudou com sua família. A personagem ainda descobriu a existência de um grupo de revolucionários disposto a enfrentar a Coroa portuguesa ---- que tinha uma política abusiva e com constante elevação de impostos ----, fazendo do Brasil um país livre e terminando a missão que Tiradentes havia tentado iniciar anos atrás. Ela também fez questão de conhecer mais sobre seu falecido pai, iniciando veladamente um plano para vingar a sua morte e punir quem o traiu. Portanto, é um perfil bastante atrativo.
E a personagem tem como 'aliada' a licença poética, pois há poucos registros sobre a sua trajetória e traços de sua personalidade. Apesar do enredo ser baseado no livro "Joaquina - filha do Tiradentes", de Maria José de Queiroz, a trajetória da protagonista tem toda a liberdade dramatúrgica necessária para ser utilizada da melhor forma. E o autor Mário Teixeira tem conduzido o papel com competência, sabendo aproveitar todo o talento de Andreia Horta, que já protagonizou várias boas cenas, ainda que um pouco rápidas ----- uma característica da novela é o curto tempo das sequências, o que muitas vezes é uma pena, pois quando se atinge a 'temperatura' necessária (que pode ser o clímax de uma tensão ou emoção), a mesma é encerrada.
A atriz consegue um grande domínio cênico, evitando qualquer tipo de exagero, mesmo quando a situação se mostra com um tom acima. Um exemplo é seu desempenho nos momentos em que Joaquina discursa a favor dos menos favorecidos e faz questão de se opor aos poderosos. São instantes que poderiam, dependendo do desempenho da intérprete, soar cansativos ou então demagogos, provocando uma alusão aos discursos de vários políticos canastras conhecidos. Mas ela consegue evitar as armadilhas, expondo apenas a figura de uma mulher que realmente se preocupa com o outro e tenta de todas as maneiras mudar o que está errado através de sua força de vontade. É uma atuação visceral.
Vale citar ainda a sua visível química com Bruno Ferrari, intérprete do revolucionário Xavier. Os atores estão ótimos juntos e o par funciona desde a primeira troca de olhar. Andreia também tinha uma perfeita sintonia com Dalton Vigh, o que implicava em bons momentos de pai e filha, onde um sempre provocava o outro e tentava exercer poder, apesar do forte carinho que os unia ---- toda a sequência da dor de Joaquina pelo cruel assassinato do pai adotivo, inclusive, foi brilhantemente interpretada por ela. Já a sua parceria de sucesso com Lília Cabral e Caio Blat em "Império" (que interpretaram sua mãe e seu irmão na trama de Aguinaldo Silva) segue a mesma, proporcionando várias sequências merecedoras de elogios. Sheron Menezzes (Bertoleza), Nathalia Dill (Branca), Marco Ricca (Mão de Luva), Zezé Polessa (Ascenção), Maitê Proença (Dionísia) e Mateus Solano (Rubião) são outros ótimos atores que protagonizam cenas muito boas com a atriz.
Na reta final do folhetim, a heroína da história se encontra frágil emocionalmente e perdida em meio aos inúmeros dramas que tem vivido. Assim como ocorreu com seu pai e sua mãe no passado, seu pai adotivo foi assassinado. Além desse trauma, sua tia Dionísia se vê cada vez mais desequilibrada em virtude da sombra do marido morto, seu irmão André está preso acusado de sodomia e o grande amor da sua vida está casado com sua pior inimiga. Ou seja, uma verdadeira avalanche emocional, proporcionando para a intérprete uma grande quantidade de cenas difíceis.
Andreia Horta tem se mostrado um dos maiores êxitos de "Liberdade, Liberdade" e vê-la interpretando um perfil da importância de Joaquina é um prazer. Estava merecendo há tempos uma protagonista em novelas e finalmente a oportunidade chegou com a atual trama das onze. Seu grande desempenho apenas comprova que já estava pronta para o desafio. Finalmente a chance foi dada a ela. Antes tarde do que nunca.
36 comentários:
Merecia MESMO! E tá linda de Joaquina!Adoro!
ADOREI O TEXTO!!!!! ELA MERECE E QUE VENHAM MAIS!
Ela é uma grande atriz e estava merecendo um destaque como esse.Só lamento que seja nessa novela que eu particularmente acho bem chatinha.
Os "detalhes" fazem a diferença! Andréia realmente está muito bem em "Liberdade, Liberdade", como esteve em outros trabalhos, bem observado pelo autor da matéria. Cabe "só" acrescentar que, pelo seu talento, fez o papel de ELIS REGINA em filme com previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano. Emoção à vista!!!
Grande atriz que sou fã desde que surgiu em JK!
Joaquina é uma boa personagem em meio a tantos perfis equivocados na minha opinião. Tirando ela, Mão de Luva e Rubião eu salvo poucos.
Ela em Sangue Bom me fez chorar muito com a Sophie Charlotte!
Que texto bom! A Andreia além de merecer uma protagonista também merecia uma crítica dessas há tempos.Adorei!
Ótimo blog,convido a conhecer e seguir o meu tbm. Beijos
Vc é o melhor que tem.Muito crítico metido a entender deveria aprender com vc o que é uma crítica bem feita.
A Andréia é ótima mesmo e realmente merecia há tempos uma protagonista. Em Império o autor destruiu a personagem dela e fiquei triste quando ela saiu do elenco de A Regra do Jogo, mas vendo que a Tóia era uma personagem péssima, ela deu foi sorte de sair de lá pra entrar em Liberdade, Liberdade. Ela convence em todas as cenas e estou ansioso e com medo de qual vai ser o final dela.
Abraços
Ela ta fazendo um excelente trabalho. Estava merecendo mesmo , e esta fazendo bonito sua interpretação. Gostei muito de te ler Sérgio. Sempre escrevendo com muita mestria suas postagens.
Feliz Dia do Amigo pelo Dia de hoje Sérgio!
Tinha esquecido dessa data. Foi uma amiga que me lembrou rsrs.
Beijos!
Adorei o texto Sérgio. Andréia tava realmente merecendo uma protagonista. Achei muita sacanagem tirarem ela do elenco de "A Regra". Viveram pai e filha sim mas e dai? Murilo Benício e Mariana Ximenes fizeram um enorme sucesso de par romântico e anos depois também viveram pai e filha. Ninguém esqueceu que os dois protagonizaram "Chocolate com Pimenta" e nem por isso rejeitaram " A Favorita". Águas passadas. Como você mesmo disse, foi benéfico pra própria atriz, Tóia perdeu espaço fácil pra Atena.
Agora em "Liberdade" ela finalmente teve oportunidade e não faz por menos. Pra mim essa novela tem um dos melhores elencos atuais.
Joaquina é uma ótima protagonista, me faz ter uma vaga lembrança da Laura de lado a lado. Pena Liberdade não ser tão boa quanto a novela das seis. Sem dúvidas foram duas protagonistas que despertaram o interesse pras novelas em questão.
Gosto muito da Andreia Horta e concordo com você fazia muito tempo que ela merecia uma protagonista.
big beijos
A Andréia é boa,não chega a ser uma Vanessa Giácomo ou uma Giovanna Antonelli,mas dá conta do recado.
É certo que merecia uma protagonista, porém seu único defeito na minha opinião é sua voz um tanto estranha,meio melosa.Sei lá.
Joaquina é uma papel que proporciona ótimas cenas pra intérprete e ela vem mostrando competência.
Na novela,ela tem sido um pouco ofuscada por Natália Dill,Lilia Cabral e Maitê Proença,mas não tira o mérito de sua boa atuação.
Tb adoro, Kika.
Obrigado, anonimo.
Entendo, Lisandra. bjs
Marcos, fico honrado em ver que o pai da Andreia tenha lido meu texto e gostado. E com certeza ela vai brilhar nesse filme mesmo.Não tenho a menor dúvida. E mais uma vez obrigado pela visita. Abraços!
Eu tb, Heitor.
Tb adoro esses 3, Daniela. bjs
Ela e a Sophie protagonizaram a cena mais linda de Sangue Bom, anonimo.
Mt obrigado, Juliana!
Fico feliz que tenha gostado, Elisabete.
Fico honrado com o elogio, Liliane.
É ótima mesmo, Ed. E eu tb lamentei a saída dela em ARDJ, mas acabou sendo um benefício isso. E a Maria Clara foi destruída msm. abçsss
Ela é maravilhosa, Smareis. E feliz dia do amigo atrasado. bjão e obrigado pelo carinho.
Obrigado, Pâmela.E boa lembrança do Murilo com Ximenes. O elenco dessa novela é grandioso mesmo, concordo. Fora que ela dá show. bjssss
Saudades da Laura, Thaynara. E é verdade, a atual não é uma trama tão boa quanto aquela. Bjss
Há tempos que ela merecia, Lulu. bjs
Discordo, anonimo. Não acho a voz dela nada melosa e tb não vejo sendo ofuscada por Nathalia, nem Lilia. Todas têm seu espaço na trama. E o protagonismo da Joaquina fica bem explícito em todos os momentos.
Anônimo Discordo Primeiramente que acho a Nathalia Dill uma péssima atriz e sem sal esse e o melhor papel dela só que ela e muito ruim na interpretação, já as outras são boas mais só de assistir dá pra perceber que a protagonista e disparado a Andreia "Joaquina" só pela sua interpretação ....
CONCORDO CONTIGO PLENAMENTE NO GENÊRO E NO GRAU ANÕNIMO, ESSA NATHÁLIA DILL NÃO DEVIA SER ATRIZ DE JEITO ALGUM, ELA SER MUITO RUIM COMO INTÉRPRETE DE PERSONAGENS DA TV MESMO, ALIÁS, MUITO FRACA! DAS PIORES QUE JÁ VI INTÉ GORINHA.
Postar um comentário