Bussunda era ator, dublador, cronista esportivo, escritor, editor de revista, jornalista e humorista. Um profissional de vários talentos e que se destacou em todas as áreas, principalmente, claro, no humor. Tanto que deixou algumas matérias prontas para o "Casseta", dias antes de falecer, interpretando um de seus personagens de maior sucesso: o Ronaldinho Fofômeno, imitação do Ronaldo Fenômeno, fazendo jus ao período da Copa do Mundo. Ou seja, saiu de cena trabalhando no mais amava: divertir os outros.
Ele foi o integrante mais popular do "Casseta & Planeta", programa que ajudou a criar juntamente com os companheiros inseparáveis Helio de la Peña, Cláudio Manoel, Reinaldo, Marcelo Madureira, Beto Silva e Hubert. A atração surgiu em virtude da junção das turmas do tabloide "O Planeta Diário" e da revista "Casseta Popular", fazendo um imenso sucesso e ficando no ar ao longo de 18 anos na Globo.
O formato chegou ao fim em 2010, já desgastado e com piadas que haviam se perdido no tempo. Obviamente, entre outros problemas evidentes, a perda de Bussunda foi um golpe duro no programa, que sentiu muito a sua ausência.
O humorista conseguia fazer rir sem esforço algum, pois sua postura (um pouco sonsa e sacana) já era naturalmente engraçada, não havendo a necessidade de sempre se apoiar em alguma imitação ou personagem. Ele por si só divertia. Mas a sua imensa galeria de perfis também merece menção, claro. E foram muitos ao longo dos anos. Sua imitação de Lula era incomparável ---- passando com maestria a "malandragem" do ex-presidente ----, assim como a sua performance como Sérgio Chapelin (apelidado de Sérgio Chapeleta) no comando do "Globo Repórter".
E os tipos ficcionais eram outros sucessos do comediante. Afinal, como esquecer do marrento Montanha, melhor amigo de Maçaranduba (Cládio Manoel), que vivia querendo "dar porrada"? Ou então do Marrentinho Carioca, um dos "ídolos" do Tabajara Futebol Clube? Aliás, o ator ainda arrancava gargalhadas nas paródias que o "Casseta & Planeta" fazia das novelas globais. O seu desempenho como Helena (Vera Fisher) em "Esculachos de Família" ("Laços de Família"), por exemplo, era sensacional.
O Canal Viva, inclusive, exibiu um especial do "Casseta & Planeta Urgente" para homenagear Bussunda, nesta sexta, às 22h, com a sua imitação de Helena sendo relembrada. Foi um compacto com os personagens mais marcantes dele, incluindo ainda participações especiais do também saudoso Ayrton Senna (em uma entrevista divertidíssima) e do ídolo Pelé. O programa foi exibido originalmente na Globo em 2006, logo depois da morte do humorista. Tem ainda depoimentos dos colegas do Casseta e a exibição de cenas escolhidas pelo diretor José Lavigne. A reprise foi válida e apropriada para o momento que mistura tristeza e vazio. A GloboNews também o homenageou através do ótimo "Arquivo N".
Cláudio Besserman Viana, o verdadeiro nome de Bussunda, está eternizado nas lembranças de todos os brasileiros. A sua morte é até hoje muito difícil de ser digerida e nem parece que dez anos já se passaram. A saudade nunca irá cessar, mas os bons e impagáveis momentos protagonizados por esse talento multifacetado ficarão para sempre na história do humor nacional.
18 comentários:
Saudades!
Lindo texto. Esse sabia fazer graça, digo sempre que o Casseta perdeu sua "alma" depois que ele se foi.
Parabéns pela merecida homenagem!
A ironia é que os humoristas mais engraçadas são sempre os que morrem primeiro, vide Os Trapalhões.
Dez anos! Nossa! Como voa!
Saudades!
O Bussunda era o melhor desse programa e depois que ele se foi nunca mais o programa me fez rir.Não à toa que acabou.Homenagem merecida e nem dá para crer que já se passaram dez anos. O tempo é um ladrão mesmo.
Sérgio, achei realmente curioso ter comentado sobre o Bussunda ontem, quando vi a chamada do seu post, pois estava lembrando dele pela manhã, rsrsrsr. Era uma figura tão marcante no mundo humorístico que o Casseta e Planeta praticamente acabou depois de sua partida. Parabéns pela postagem, destacando momentos marcantes desse artista. Abraços!
Muitas, Hector.
Mt obrigado, Pâmela. E não deixou de perder mesmo, infelizmente. bjs
Obrigado, Lisa.
Pior que é mesmo, anonimo....
Voa mesmo, Caio.
Mtas, anonimo.
O tempo é ladrão msm, Galdino. Boa definição.
Que bom que gostou, Bia, e que coincidência, então. Bjão!
Oi Sérgio :)
Pôxa...10 anos já sem ele?
Me lembro, que quando me contaram demorei acreditar.
Ele era realmente muito talentoso
e faz falta. Bussunda era naturalmente engraçado!
Gostei da postagem em homenagem a esse artista
que era, multifuncional.
Beijos!
Pois é, Clau. O tempo voa. E ele faz mta falta msm. bjssss
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