A história era baseada na reencarnação, abordando o espiritismo, tema que a autora já havia retratado em suas duas novelas anteriores. O enredo se tratava de um dramalhão clássico, onde todos os clichês folhetinescos eram usados sem qualquer vergonha. Porém, Elizabeth ousou e entrou para a história da teledramaturgia contando sua trama em duas fases distintas, onde cada uma teve início, meio e fim. A primeira foi ambientada no século XIX, por volta de 1895, e a outra contada em 2015, com todos os perfis reencarnados, com os mesmos nomes, em uma cidade fictícia do Sul. Nunca antes um folhetim sobre vidas passadas havia apresentado o roteiro dessa forma inovadora.
Foi uma novela 'duas em uma'. Uma de época, com desenvolvimento impecável, figurino caprichado e enredo envolvente. E outra contemporânea, com um início um pouco lento, cuja quebra de ritmo pôde ser claramente sentida, mas que ganhou fôlego perto da reta final, conseguindo se mostrar tão atrativa quanto a anterior.
Aliás, a autora foi muito corajosa ao mudar drasticamente seu folhetim, mesmo com a fase ambientada no século XIX sendo tão bem aceita pelo público. E ela acabou fazendo jus ao título de sua obra, mostrando que nada é resolvido em uma vida só e que há muitos sentimentos que ultrapassam o tempo.
A trama da primeira fase teve 87 capítulos, mas inicialmente não estava previsto esse número. A fase fez tanto sucesso que acabou estendida duas vezes, durando bem mais tempo do que se imaginava. Todo o clima de época, incluindo a presença de uma elegante e poderosa Condessa, interpretada magistralmente por Irene Ravache, conquistou o telespectador. Outra peculiaridade foi a mudança de rumo de Emília. A personagem estava prevista para morrer nas primeiras semanas, só voltando na segunda fase. Mas, Ana Beatriz Nogueira teve um desempenho tão admirável que a autora mudou o desfecho, mantendo a atriz do início ao fim das duas fases. E fez muito bem.
O enredo ambientado por volta de 1895 era um folhetim rasgado. Os mocinhos (Lívia e Felipe - Alinne Moraes e Rafael Cardoso), ele rico e ela pobre, precisaram lutar pelo amor que sentiam enfrentando dois vilões terríveis (Melissa e Pedro - Paolla Olveira e Emílio Dantas), passando ainda por cima da rivalidade entre as famílias, provocada pelo ódio entre Emília di Fiori e Vitória Castellini. Tudo em busca do tão sonhado final feliz. Uma situação clássica e que, quando bem conduzida, sempre atrai. A autora soube desenvolver todo o conjunto muito bem e dava gosto de assistir aos desdobramentos na vida daqueles personagens.
O figurino de época enchia os olhos, assim como o capricho dos cenários, havendo também a preocupação da luz de velas em todos os ambientes, uma vez que não ainda havia eletricidade. A frieza da Condessa e sua busca incessante pelo filho Bernardo (Felipe Camargo); o desenvolvimento do romance de Lívia e Felipe; os planos de Melissa com a mãe Dorotéia (Júlia Lemmertz) e o irmão Roberto (Rômulo Estrela); a amargura da governanta Zilda (Nívea Maria) e suas constantes brigas com o filho Afonso (Caio Paduan); a crueldade do asqueroso Bento (Luiz Carlos Vasconcelos) e sua obsessão pela cozinheira Rosa (Carolina Kasting); a comicidade presente na família de Mássimo Pasqualino (Luis Melo); o lindo amor surgido entre Gema (Louise Cardoso) e Raul (Val Perré); o imenso rancor de Emília e seus embates com Vitória; enfim, tudo funcionou a contento, fazendo da novela uma produção impecável.
A reta final da primeira fase fez jus ao todo, presenteando o público com sequências avassaladoras. O momento que a Condessa atira no próprio filho foi impactante, ao mesmo tempo que primou pela emoção todo o desenvolvimento do imenso amor que surgiu entre Vitória e a neta Lívia. Foi a mocinha, inclusive, a responsável pelo amolecimento do coração da avó. A linda fuga da protagonista com Felipe, no dia do noivado do Conde com Melissa, remetendo aos contos de fadas, também foi uma sequência memorável. O aguardado abraço que Lívia deu em Vitória, para o desgosto de Emília, foi outro grande momento. Já todas as cenas derradeiras do quarteto central em um penhasco tiraram o fôlego do público. O instante que Pedro e Felipe fazem um duelo de esgrima, enquanto Melissa empurra a rival desfiladeiro abaixo, impressionou pelo alto nível de tensão. O mesmo vale para a hora que o vilão mata a ex de Felipe com um golpe certeiro de espada e assassina o mocinho, fazendo o inimigo cair com Lívia abraçada a ele.
E a mudança de fase foi uma das sequências mais aguardadas da produção, honrando a expectativa do telespectador. Tanto que foi uma das maiores audiência da novela. A cena em que Lívia opta por morrer afogada ao lado do seu grande amor --- em uma clara alusão ao clássico "Romeu e Julieta" ---, sendo imediatamente engolida pelas águas, enquanto o tempo é bruscamente alterado, já exibindo os mocinhos se encontrando em uma estação de metrô (mais de 100 anos depois), foi impecável. Tudo ao som da bela música "Together", do grupo The XX. Um momento que já entrou para a história, sem exagero. Toda a química entre Alinne Moraes e Rafael Cardoso, aliás, ajudou a deixar aquele instante ainda mais arrepiante.
A autora conseguiu fazer uma transição de fase primorosa, deixando toda aquela situação claramente absurda e fantasiosa, (por que não?) crível. Por um momento, mesmo que rápido, até o mais cético espectador se viu tocado por uma ligeira esperança de recomeço. E o início da segunda fase se mostrou extremamente atrativo em virtude dos reencontros de todos, com muitos deles reencarnados de uma forma diferente ---- vide Zilda (extremamente amorosa), Emília (milionária e fria) e Vitória (sofrida e triste), por exemplo. Todas as cenas que exibiram esses novos (mas velhos) encontros proporcionaram grandes arrepios. As rivalidades da vida passada reacenderam, assim como os laços afetivos e amores renasceram. As situações despertaram interesse, principalmente em torno do que viriam a se transformar na nova encarnação. E a direção acertou em cheio ao usar diálogos marcantes da fase anterior como complemento das cenas e no encerramento dos capítulos, provocando um clima de tensão maior.
Entretanto, como já mencionado, houve uma brusca queda de ritmo que foi claramente percebida. A grande demora em desenvolver as novas relações foi sentida e até mesmo Lívia e Felipe perderam o destaque que tinham. A Vitória sem o aparato de Condessa ficou mais apagada, inevitavelmente. Outros perfis também perderam a importância, como Zilda, que ficou sem história, e Luís (Carlos Vereza), que era padre na primeira fase e virou um prefeito passivo na segunda. O enredo caminhava a passos lentos e muitas vezes não havia nada de interessante nos capítulos. O núcleo cômico, inclusive, perdeu parte do encanto, uma vez que a família de Mássimo demorou demais para se 'reunir' e quando todos se juntaram já não havia tanto destaque. A própria audiência decaiu, embora o horário de verão tenha colaborado um pouco, claro. Parecia que a impecável novela não era mais tão perfeita assim.
Porém, quando a segunda fase foi chegando por volta da metade ---- mais especificamente quando Alberto (Juca de Oliveira) chegou em Belarrosa ---- , Elizabeth Jhin voltou a contar uma história interessante, acelerando os acontecimentos. A separação de Felipe, provocando um descontrole emocional em Melissa, e a esperada revelação de que Emília era filha de Vitória, proporcionaram boas reviravoltas na trama ambientada em 2015. Destaque, inclusive, para a dilacerante e grandiosa cena em que Alberto conta para a ex que a Mili estava viva, implicando no embate entre mãe e filha, e na fortificação do laço entre avó e neta, que foram outras excelentes sequências. Vale mencionar ainda o impactante acidente de carro de Emília, que ficou entre a vida e a morte depois que descobriu que o pai a enganou durante todo o tempo, alimentando um ódio sem fundamento.
E os dois últimos dias de novela foram primorosos. O penúltimo capítulo exibiu a aguardado abraço de Vitória e Emília, que finalmente se reconciliaram. Um perdão que não aconteceu na primeira fase, provocando todo um rancor na segunda, desta vez com as rivais sendo mãe e filha. A cena das duas personagens chorando copiosamente, após Emília ter saído do coma e apertado a mão de Vitória, foi lindíssima. Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache foram magistrais e vale elogiar ainda Alinne Moraes, que depois participou da sequência, representando as três gerações da família juntas em harmonia. Lívia conseguiu, finalmente, juntar a mãe e a avó em 2015, depois de muito tentar no século XIX. Outras belas sequências foram os pedidos de casamento: Mássimo se declarou para Salomé, provocando a alegria de Felícia (Mel Maia), Bernardo perdoou Emília, e Anita expôs todo o seu amor para Afonso, pedindo a sua mão. Luis Melo, Inês Peixoto, Letícia Persiles e Caio Paduan se destacaram.
Já o último capítulo foi de tirar o fôlego. A morte de Alberto, que cai das escadas, pedindo perdão para a filha e não resistindo, foi emocionante. Juca de Oliveira brilhou. A cena de perseguição de Felipe a Pedro foi ótima e o momento que o mocinho coloca a sua caminhonete na frente do jatinho do vilão muito bem dirigido. E a melhor cena foi a alusão ao desfecho da primeira fase, mas com resultados bem diferentes. Lívia e Felipe foram ameaçados por Pedro com uma arma, diante do mesmo penhasco de séculos atrás, mas desta vez conseguiram escapar do fim trágico. Melissa salvou a vida do casal e, em meio a uma luta corporal, atirou em seu algoz do passado. O canalha morreu e Melissa estendeu a mão para Lívia (agora era a mocinha quem se apoiava na pedra e não Felipe). Ariel aumentou as forças da mãe de Alex, que conseguiu salvá-los, se redimindo no final. Paolla Oliveira, Rafael Cardoso, Alinne Moraes e Emílio Dantas impecáveis. Vale mencionar a música Together (The XX), tocada na primeira fase e durante a sequência, que foi mesclada com flashbacks. Arrepiou.
É preciso ainda elogiar todas as cenas restantes. O casamento de Afonso e Anita emocionou, assim como o casório de Salomé e Mássimo. O tocante conselho que Dorotéia deu para Melissa também merece menção, assim como o desempenho de Júlia Lemmertz e Paolla Oliveira. E a declaração de amizade eterna que Vitória fez para Zilda destacou o talento de Irene Ravache e Nívea Maria. O momento divertido ficou por conta do desfecho de Dorotéia, toda feliz com seu marido rico. Já a última sequência, com todos reunidos e confraternizando ---- onde personagens e atores se misturaram por alguns minutos ----, enquanto o Mestre declamava um texto lindo de amor e evolução, foi belíssima. Othon Bastos deu show. A última cena, inclusive, foi a de Lívia e Felipe se beijando, diante de uma bela vista, mostrando o amor que não cabia em uma só vida --- o lema do folhetim. Ainda houve o tocante áudio de uma bela mensagem do espírita Chico Xavier, enquanto os créditos subiam, encerrando a novela com chave de ouro.
A trama fechou seu ciclo e cumpriu sua missão. É necessário ainda fazer uma menção ao talentoso elenco escalado, que engrandeceu o folhetim. Alinne Moraes e Rafael Cardoso tiveram muita química, Paolla Oliveira se destacou como a vilã Melissa, Emílio Dantas estreou na Globo com o pé direito vivendo o psicótico Pedro, Ana Beatriz Nogueira deu um show na pele da amargurada Emília e Irene Ravache mostrou o porquê de ser uma das mais respeitadas atrizes brasileiras com a sua nobre Vitória. E os elogios se estendem a Juca de Oliveira (Alberto), Luis Melo, Inês Peixoto, Luiz Carlos Vasconcelos (Bento), Carolina Kasting (Rosa), Júlia Lemmertz (Dorotéia), Nívea Maria (Zilda), Romulo Estrela (Roberto), Dani Barros (Severa), Felipe Camargo (Bernardo), Letícia Persiles, Caio Paduan, Louise Cardoso (Gema), Val Perré (Raul), Zécarlos Machado (que entrou na segunda fase como o preconceituoso Queiroz), Carlos Vereza, Norma Blum (Matilde), Ana Flávia Cavalcanti (Carola), Daniela Fontan (Rita), Flora Diegues (Bianca), Wagner Santisteban (Pérsio), Marcelo Torreão (Botelho), Nica Bonfim (Neném), Klara Castanho (Alice), Maria Joana (Michele), Cadu Libonati (Mateus), Othon Bastos (Mestre), Michel Melamed (Ariel), Cassiano Carneiro (Walmir), Saulo Arcoverde (Cícero), Elisa Brites (Berenice) e as crianças Mel Maia, João Gabriel D`Aleluia (Chico) e Kadu Schons (Alex).
"Além do Tempo" foi a melhor novela de Elizabeth Jhin. A autora conseguiu contar uma história tipicamente folhetinesca de forma inovadora e envolvente, deixando a sua marca na teledramaturgia através da impactante cena da mudança de fases. A trama de época foi bem mais atrativa que a contemporânea, mas o conjunto se mostrou merecedor de vários elogios, principalmente em virtude da ideia ousada da escritora. A produção chegou ao fim com um ótimo capítulo, onde a emoção e a tensão se misturaram, fazendo jus ao encerramento de toda boa novela. Os amores ultrapassaram o tempo; alguns personagens evoluíram, enquanto outros repetiram os mesmos erros; as vidas se entrelaçaram várias vezes; o perdão foi exposto de todas as formas, e o público foi presenteado com uma trama muito bem estruturada. Valeu a pena ter mergulhado nessa dupla fantasia.
40 comentários:
Foi mesmo. Estou em êxtase até agora com esse maravilhoso capítulo que eu farei questão de rever amanhã. Sete Vidas foi muito bem substituída mesmo. Tô com saudades.
Não sei se já te falei isso, mas você é o que melhor escreve sobre as novelas.
NOVELA LINDA! AMEI!!!!!!!!!!!!!!!!!
Concordo plenamente, inclusive com a crítica do início lento da segunda fase. Aliás, a autora enrolou muito e no final correu demais. Eu li que teria uma festa a fantasia com todos caracterizados como na primeira fase e fiquei animada. Mas não mostraram nada.
Pois é Sérgio...
... eu sempre começo meus comentários aqui no "De Olho nos Detalhes" dizendo: "Algo a comentar..."
Mas o teu post está perfeito e completo. Assim que acontece uma estreia de novela, ou uma cena ou sequências de cenas importantes, venho aqui pra conferir teus textos. Não foi diferente com esse primoroso último capítulo de "Além do Tempo", que já entrou no rol das melhores novelas das seis da tv Globo.
Aplausos a Elizabeth Jhim, diretores e produtores e ao impecável elenco.
abraços...
Zamenzito, que texto maravilhoso! Que elenco espetacular! Que novela linda! Que final épico, duplamente épico, porque o final da primeira fase foi de deixar qualquer arrepiado, sem fôlego. Há muito tempo eu não me conectava a uma novela da mesma forma que me conectei a Além do Tempo. Acho que o tema também ajuda. Não sou espírita, mas o pouco sei, me deixa fascinada. Sempre tive vontade de aprender mais sobre. É tão bonito pensar que temos uma segunda, terceira chance, em que podemos recomeçar e aprender com nossos erros. Acho bonita a mensagem da novela. É uma faísca de esperança neste mundo em que vivemos, aliás, como eu já comentei, acho que a arte é exatamente isso, a esperança em forma, cor e som (ai já quero chorar de novo). Foi tudo tão lindo... O final de Lívia e Felipe, que eram cúmplices, companheiros, melhores amigos... Eram um conjunto completa em plena sintonia. E acho que o amor é isso né? Essa mistura de vários em "dois só". E Afonso e Anita? A construção do relacionamento deles, a passos curtos, desde a primeira fase, foi linda. Eles enriqueceram um ao outro, ajudaram um ao outro a superar seus medos, suas limitações. E no final ainda casaram numa linda e divertida cena com Salomé e Mássimo. Ahh Salomássimo, tão divertidos! Confesso que gostei deles mais na segunda fase. Salomé veio mais divertida, mais simples, mais gente boa. A parceria do núcleo foi tão boa. A relação de Felícia com Mássimo, bem explorada na primeira fase foi de encher os olhos. Sempre achei linda a relação que eles tinham de pai e filha, a cumplicidade dos dois, o amor que eles sentiam um pelo outro. Me marcou bastante... Gema e Raul finalmente puderam ficar juntos, depois daquela triste e dolorosa separação em 1895. E mais do que isso Gema pôde ter uma família completinha, cheia de amor. Foi lindo. Ela e Raul adotando Chico e Clara foi uma cena tão delicada. O amor definindo o que é família S2. Bernardo e Emília sofreram muita até ficar juntos na primeira fase e na segunda passaram por muitas e fortes emoções. Foi sempre muito intenso e o melhor Bernardo, na segunda fase, foi a luz da vida da Emília junto com a Lívia. É tão lindo isso. Tem pessoas que realmente se iluminam quando estão juntas e acho que todos os casais trouxeram isso, essa luz, esse brilho, principalmente Lívia e Felipe. Talvez seja raro nos dias de hoje, mas foi bonito ver que ainda existe por aí, mesmo que seja na arte. É tanta coisa pra comentar que fica difícil escrever tudo... Se fosse escrever tudo, ficaria gigante o comentário. Então, vou tentar ser sucinta hehe. Emílio Dantas esteve impecável na pele do Pedro. As cenas finais dele foram muitos fodas. Arrepiante. Já disse, o personagem me dava muito medo. Paolla em estado de graça, Irena mostrando o porquê de ser tão maravilhosa, Nívia Maria se destacando, Kadu Schons mostrando que tem muito futuro pela frente (as cenas dele no avião me deixaram arrepiadas), assim como João Gabriel e Mel Maia. Só para finalizar, o que é ter Juca de Oliveira numa novela? Meu Deus, que ator!!!! E nosso querido mestre? Amei muito. Queria que ele tivesse aparecido mais. Enfim, foi uma experiência maravilhosa! Que venham novas novelas pra gente. Mais uma acompanhando contigo yeiii. hahahaha Beijos! Ai Deus, cansei!
Essa novela foi boa mesmo Sérgio! Que seu novo ano esteja sendo ótimo e repleto de coisas boas! :)
Bjs
Teve erros, mas a autora soube mesmo mesclar o tradicionalismo do folhetim com a ousadia dessa mudança de fase. E nem havia notado que antes era o Felipe na pedra e não a Lívia. Vc é bom observador.
Ótima análise, Sérgio! Você foi bem detalhista e disse tudo. Além do Tempo substituiu muito bem 'Sete Vidas' e foi uma excelente novela.
Abraços!
Sergio,
O seu texto é tão bom que nada tenho a dizer, somente compartilhar.
Já estou com saudades desta novela unica. Emocionante.
Assim é a vida.
Bjs
Concordo plenamente com o texto e com as críticas que vc fez co começo lento da segunda fase e da perda da importância do núcleo Mássimo. Mas vamos citar também os erros do último capítulo. Ficou tudo muito corrido. A autora enrolou muito pra no final acelerar demais. Como o Pedro sabia que o Felipe e a Livia tavam no penhasco? E Melissa? Foi presa? Ela evoluiu e tal mas matou uma pessoa, né? E pra que deixar o sequestro do Alex pro último capítulo? Poderia ser no penúltimo ou antes pra não ficar tudo tão corrido. Ainda deixaram pro final também aquela ótima armação de Livia e Felipe contra Pedro e Melissa na compra da vinícola. Foi uma linda novela e eu amei, mas esses pontos ficaram devendo.
Eu tô sem palavras pra descrever o quão linda foi essa novela. Elizabeth Jhin acertou muito ao mesclar o clássico e o inovador e o resultado foi sua melhor obra.
Alinne Moraes tava fazendo falta e voltou com tudo. A Lívia dela foi maravilhosa, mesclando doçura e atitude, daquelas mocinhas pra se torcer com gosto, o que tem sido difícil. Deu show, esbanjou química com Rafael e fez cenas maravilhosas com Ana Beatriz, Juca, Irene Tomara que não demore tanto pra voltar. Paolla Oliveira fez muito bem em investir em rumos diferentes e isso explica seu merecido sucesso ano passado. Melissa foi uma vilã muito boa, em ambas as fases. E que venham mais papeis diferentes pra ela. Rafael Cardoso, mesmo com mais um mocinho, fez o melhor da carreira. Felipe era um bom personagem, em especial na segunda fase, onde ele já sabia do que Melissa era capaz. Sem contar os outros bons nomes jovens: Emílio Dantas e Rômulo Estrela (que já mostraram potencial pra protagonistas, chega de tanto Caio Castro e Cauã Reymond), Letícia Persiles (linda demais e ótima também no canto), Caio Paduan (melhorou bastante desde a fraca Malhação Conectados), Elisa Brites
Irene Ravache: simplesmente magnífica. O grande nome. Digna do Emmy. Ela merece de novo concorrer e dessa vez ganhar.
Ana Beatriz, Louise Cardoso, Nívea Maria, Júlia Lemmertz, Felipe Camargo, Luís Melo, Inês Peixoto, Carlos Vereza, Dani Barros, Othon Bastos, Luiz Carlos Vasconcellos, Carol Kasting, Val Perré, Flora Diegues, Michel Melamed, Norma Blum na primeira fase, Zé Carlos Machado na segunda, muita gente boa brilhando em bons papeis, isso é maravilhoso de ver. Sem exagero, um dos melhores elencos que já vi. Só achei que a Nica Bonfim, a Dani Fontan na segunda fase e a Maria Joana podiam ser melhor aproveitadas.
E o legal foi ver também um núcleo cômico engraçado de verdade: Salomé, Mássimo, Felícia e Bianca hilários, foram um dos pontos mais altos da primeira fase.
O uso dos áudios nos encerramentos (e também intervalos e aberturas) foi uma sacada bem legal, acho que é a primeira trama que eu vejo isso.
Quanto à perda de fôlego e ritmo, concordo e acrescento também: achei sem sentido a história da Doroteia forjar um DNA pra Lívia ser irmã da Melissa porque teve um caso. Parecia mais uma desculpa pra botar a mão na grana dela e não colou porque ela conseguiu o marido rico. E também tinha uma questão de cartas envolvendo o Luís e o Bento que não sei em que deu, acho que foi esquecida também.
Ainda assim, valeu pelo destaque ao Zé Carlos Machado, pela redenção do Bento e pela chegada do Alberto, que movimentou de novo a história e rendeu cenas maravilhosas. Valeu ainda pela questão da alienação parental da Melissa, que a Jhin já tinha abordado em Escrito nas Estrelas.
O final foi de arrepiar. Foi uma coisa linda e emocionante demais. Sequências lindas e impactantes, em especial a do penhasco, como na primeira fase, agora com o final feliz. E as sequências finais (os finais de todo mundo, a confraternização, a despedida dos mestres e o beijo final do casal) foram de arrepiar. E ainda terminando com a mensagem linda do Chico. Nossa, foi emoção pura.
Quando a gente ama uma novela e ela acaba, bate mesmo o vazio, ainda mais quando ela é tão bem-recebida e tem esse conjunto todo de acertos. E Além do Tempo mereceu muito os elogios e o sucesso. Valeu a pena viajar, sonhar, experimentar essa leveza. A melhor trama da Jhin vai deixar muitas saudades. Todos os aplausos pra ela, Papinha, elenco e equipe responsáveis por uma novela tão maravilhosa.
Com o fim de Além do Tempo, provavelmente eu passe a acompanhar apenas Totalmente Demais. Mas torço para que Eta Mundo Bom seja boa.
Primeira perda de 2016 (a segunda viria logo em seguida no fim da noite), a novela finalizou mt bem a jornada dos personagens revisitando novamente o temível penhasco, dessa vez claro com um final feliz para o casal protagonista. Li q originalmente eles cairiam do penhasco novamente mas eu acho q iria odiar se fosse assim, para mim ñ faria sentido nenhum acompanhar duas vidas dos personagens para ver eles se lascando de novo, para mim ficou mt melhor do jeito q foi ao ar, se bem q ñ reclamaria se eles morresem de novo e na segunda começasse uma fase futurista. Além do tempo aliás daria uma ótima premissa de série com cada temporada sendo em uma época e/ou país diferente, fica a ideia rs.
No total foi uma ótima novela q deu uma caída no início da segunda fase, nos tempos atuais, como vc bem falou as tramas demoraram mt para se desenvolver e o núcleo cômico perdeu mt da graça com a família separada, mas quando engrenou se redimiu com cenas tão boas quanto a da fase de época.
Tomara q seja bem substituída por era mundo bom mantendo o bom nível no horário.
Eita foram 2 desculpe ñ sei excluir.
Gostei demais!!! E nada tenho a acrescentar à sua ótima postagem. Bjs.
Olá Sergio, foi com enorme satisfação que acompanhei a trama Além Do Tempo do início ao fim, seu último capítulo não poderia ter sido melhor. Porém, a meu ver, a primeira fase foi mais marcante, não tirando o mérito da segunda que conseguiu cumprir o seu objetivo. Irene Ravache e Ana Beatriz Nogueira estiveram esplêndidas nas duas fases, protagonistas e personagens secundários idem (apesar de alguns terem perdido o peso em sua segunda fase), trilha sonora e direção estiveram impecáveis assim como o texto inspirado de Elizabeth Jhin - se a novela teve alguns erros, pode-se dizer que foram pouquíssimos. Vale ressaltar também a direção de Rogério Gomes que soube muito bem caprichar as cenas da trama, em especial as cenas cruciais como a fuga de Lívia e Felipe, os embates de Emília e Vitória etc. A cena final da confraternização dos personagens foi maravilhosa, fiquei feliz que a novela não se esqueceu de nenhum personagem em seu último capítulo - até mesmo a personagem Bianca foi lembrada.
Agora é aguardar a próxima trama, Eta Mundo Bom, que promete ser uma substituta à altura das anteriores.
Eu fiz questão de rever tb.
Muito obrigado, Renato.
Tb amei.
Tb achei uma lástima terem cancelado a cena de todos fantasiados como eram na outra fase. Seria uma sacada de mestre que o diretor jogou fora. Pena.
É verdade, F Silva. E fico feliz que tenha gostado do texto. Abração.
Obrigado, linda. E obrigado pelo seu carinho de sempre. Seu comentário também ficou maravilhoso e poderia ter ficado ainda maior que não me incomodaria em nada. Fique à vontade pra escrever o que quiser. E concordo plenamente com vc. Beijão!!! =)
Que o seu tb esteja, Bia. bjsss
Valeu, William.
Mt obrigado, Décio. Abraços.
Sissym, como eu gosto de te ver aqui. bjão!
Concordo com vc que houve uma correria desnecessária porque a autora poderia ter desenvolvido coisas antes. Tb acho que a questão da assinatura da venda poderia ter sido feita lá pra segunda e olhe lá pra não tomar espaço. E o Pedro e a Melissa terem descoberto onde Livia e Felipe foi uma falha mesmo. Nçao explicaram. Mas discordo da Melissa. Não tinha como ela ser presa. Ela agiu em legítima defesa e ficou claro. Ainda salvou Livia e Felipe que devem ter testemunhado a seu favor, lógico. Bjs
Com relação ao núcleo do Mássimo e da Salomé, faltou você mencionar a saída de cena da Flora Diegues, intérprete de Bianca. A atriz teve que ser operada ás pressas e não pôde voltar pra gravar o final da novela, o que esvaziou ainda mais esse núcleo. Alías, muitos questionaram a quase que total ausência de humor nessa segunda fase de Além do Tempo, mas eu não vi como um problema grande. Elizabeth Jhin nunca foi muito boa nisso de criar núcleos cômicos(ou alguém ria com as tramas paralelas de Escrito nas Estrelas e Amor Eterno Amor?) e só acertou mesmo agora com a família do Mássimo, principalmente na fase de época. Além disso, Júlia Lemmertz, como Dorotéia, conseguiu fazer ótimas e divertidas cenas em meio a um enredo tão melodramático. Esse negócio de núcleo cômico em novela só vale a pena se tiver grande importância na história. Se for só pra "preencher a cota de comédia" e ocupar preciosos minutos na tela com cenas sem a menor graça(como acontece em A Regra do Jogo), melhor nem existir.
Concordo que Além do Tempo, apesar de ótima, chegou a ficar arrastada e cansativa na segunda fase, mas a autora se redimiu criando uma reta final emocionante. O último capítulo, então, foi maravilhoso e de tirar o fôlego, apesar de a gente já saber que dessa vez Lívia e Felipe não iam morrer. Ou seja, o previsível também funciona se for bem feito. E a mensagem do Chico Xavier enquanto subiam os créditos finais foi de arrepiar!
O elenco, em sua maior parte, também fez bonito. Só é de se lamentar o subaproveitamento de Elisa Brites(sua personagem, Berenice, nem precisava aparecer na segunda fase pois praticamente não teve função) e Maria Joana(Michele) que não merecia fazer figuração de luxo depois de ter dado um show como a lutadora Nat de Malhação Sonhos. Além disso, Cadu Libonati, na pele de Mateus, praticamente repetiu seu papel anterior. Claro que no roteiro, até o contexto(um garoto sensivel que enfrentava o machismo do pai) era o mesmo, mas ele não se esforçou pra buscar nada de diferente. Precisa amadurecer mais pra virar um ator de verdade.
Além do Tempo fez um merecido sucesso e mostrou que Elizabeth Jhin realmente aprendeu com os erros de suas novelas anteriores. Essa foi sua melhor trama e deixará muita saudade. Valeu!
A questão do DNA só seria válida se a Melissa fosse msm irmã da Livia, mas foi um recurso inútil pq ela nem era e serviu só pra encher linguiça. Na segunda fase além desses três atores, a própria Nivea perdeu destaque e o núcleo Mássimo ficou menos interessante. Mas a novela em si foi excelente, o elenco primoroso e fechou seu ciclo em grande estilo. Valeu a pena ter acompanhado a melhor novela da Jhin.
Foi a primeira grande perda do ano msm, Gabriel. E junta de Ligações Perigosas que começou e já acabou. Pois é, eu tb acho que daria pra uma terceira fase, mas agora com os descendentes dos personagens. Seria interessante mesmo. Poderia ter o título de Além da Vida. E foram dois comentários msm, já exclui um. =) abçs.
Tb gostei mt, Marilene.
Oi Reinaldo! Eu tb acompanhei e foi um prazer. Mas é verdade. A primeira fase foi mt mais marcante e melhor, isso é fato. A segunda teve uma queda perceptível, mas no final conseguiu se recuperar. Foi um grande folhetim e deu gosto de ver. A próxima realmente promete ser tão boa quanto. Abraços!
Oi, Sérgio!
Além do Tempo, foi sem dúvida uma boa surpresa em 2015; já falamos disso em outros posts seus. E concordo com você que essa sem dúvida foi a melhor trama de Elizabeth Jhin até então. Mas teve seus defeitos.
Como já tinha dito antes, apesar da ótima primeira fase, toda a minha expectativa estava guardada para a famosa segunda-fase, a tão celebrada inovação trazida pela novelista para os folhetins. E foi grande o meu desapontamento quando vi que a criatividade da autora acabou pouco depois da criação do argumento dessa “nova chance”, pelo menos do ponto de vista da trama principal. Se a autora acertou rearranjando a dinâmica entre a boazinha e a mazinha no caso de Emília e Vitória e com a inserção de bons personagens como no caso de Queiroz, o que se viu na história de Lívia e Felipe foi um simples repeteco disfarçado com exatamente o mesmo argumento da primeira-fase: uma paixão à primeira vista, um casal que tem que lutar contra as diferenças sociais e oposições dentro da própria família para ficar junto. Até os empata-final-feliz se repetiram: Melissa e Pedro seguiram o mesmo caminho das vidas anteriores e tinham como único motivo de existência aporrinhar os apaixonados pobinhos. Se essa história na primeira fase não me agradou, na segunda fase só deu sono mesmo. E apesar de concordar com o fato de a história deles ser o argumento central da novela, o tal Amor Além do Tempo, e da necessidade de eles conseguirem viver esse amor plenamente na segunda fase dado o final trágico da primeira, acho que a autora pecou muito em apenas repetir a mesma história de amor já contada. Já que ela mudou – e mudou muito bem – a história de quase todos os coadjuvantes, porque não fazer algo diferente também para os protagonistas? O público já torcia mesmo para o casal, não tinha nem porque ter medo de rejeição. Não é à toa a sensação de embarrigamento que ficou nos telespectadores, que inclusive abandonaram em parte a novela na segunda-fase.
O grande segundo defeito da segunda fase foi o excesso de doutrinamento kardecista e explicações doutrinárias relativas aos acontecimentos das tramas. Os assuntos que eram pincelados na primeira fase (e talvez em por isso em parte mais bem-sucedida) foram martelados insistentemente na segunda fase. Talvez fosse pra encher linguiça mesmo e preencher a falta de história. Mas não consigo entender a necessidade dessa senhora na sua terceira novela espírita, continuar insistindo em ficar pregando as doutrinas do espiritismo no meio das suas tramas. Aliás, esse sempre foi um dos grandes motivos da minha falta de interesse nas novelas dela. Sempre quis mais história e menos pregação. Já percebeu que só existe novela espírita na Globo? Não tem novela católica, ou evangélica, ou ubandista, ou judaica, apesar do surgimento recente das novelas bíblicas na Record, que pegam até bem leve com a questão religiosa. Para dar um exemplo dentro da própria Globo, Duca Rachid e Thelma Guedes fizeram um ótimo trabalho em Jóia Rara que tinha como pano de fundo o budismo, mas em nenhum momento foi forçada com a religião que retratou. Passou da hora da Jhin deixar a panfletagem religiosa de lado e pegar mais leve. O público não-espírita agradece.
Olá Sérgio
Realmente essa é a melhor novela da Jhim, ela conseguiu um elenco em estado de graça e uma direção caprichada para o desenvolvimento da sua história.
Concordo que a novela perdeu o ritmo e posso estar enganada mas acredito essa perca de ritmo deve-se aos problemas que eles enfrentaram durante a novela, fazendo ela quase ao vivo, mas tbm a autora poderia ter inserido mais assunto para ser desenvolvido como o caso do Mateus que nem teve a exposição dos desenhos, entre outros assuntos que ficaram perdidos na trama, mas no geral a novela foi boa.
O final foi maravilhoso, apenas gostaria que eles tivesse colocado um filho para o casal principal, que era um sonho deles desde 1800 mais enfim, já foi.
E sobre o lindo texto post que você fez sobre Lipvipe, vou aproveitar aqui para comentar que realmente Alinne e Rafael tiveram muita química , lindos juntos mesmo com pouco destaque na segunda fase.
Alias quero agradecer a autora por ter deixado eles juntos antes do final da novela, mesmo que em cenas de segundos eles conseguiam mostrar todo o amor que sentiam um pelo o outro, apenas pelo olhar, impressionante.
Alem do tempo vai deixar saudade e espero que ela concorra ao Emmy de melhor novela e que Irene concorra de melhor atriz e que ganhe, pq ela merece pelo que fez na novela.
Queria fazer um adendo
Vou fazer uma reclamação a Rede Globo, uma pena que eles não usaram todo seu poder de marketing e publicidade na reta final da novela.
Não passou uma chamada se quer falando sobre o último capítulo na programação noturna no dia anterior, qdo tem mais gente vendo tv, e nem levou os atores nos programas como Mais você ou Encontro do Fátima Bernardes (tudo bem que levaram o emilio, nivea e leticia no penúltimo capitulo mas na sexta não levaram os protagonistas, não levaram nínguem) e até mesmo no video show.
Isso eu não entendi até agora!
Também gostei de Além do Tempo, e, no capítulo final, destaco a mensagem dos Anjos. Linda demais!
Concordo, Raquel. Teve defeitos mesmo e eu os citei todos no texto, como esse embarrigamento na segunda fase. Aliás, isso só comprovou que ela é melhor em trama de época mesmo, como jaá havia falado. E eu gostei dela repetir o final no penhasco pra tero final diferente. Só que o casal teve menos destaque na segunda fase e isso foi sentido. Tb me incomodei com aquelas pregações dos anjos e citei. Mas foi uma grande novela. E já teve novela católica na Globo, foi A Padroeira, e foi bem fraca. Mas evangélica não tem msmo e nem precisa, basta a Record já. E eu gosto de novela espírita, quando bem feita. Caso dessa. Amor Eterno Amor, por exemplo, foi péssima. Escrito nas Estrelas ótima até a metade.
Oi Mariana. É verdade, um filho no caso deles fez muita falta mesmo. Ia ser a propagação de tudo o que foi mostrado. E senti falta da festa à fantasia com todos de época. Mas foi uma ótima novela e fico feliz que vc tenha lido o post de Livipe que eu escrevi antes. Eles formaram um lindo casal msm. E torço pro Emmy tb pra Irene!
Ah, Mariana, é verdade. Tb não entendi isso em relação ao final. Fez falta mesmo levarem os atores nos programas.
Elvira, é verdade, a mensagem foi linda.
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