segunda-feira, 15 de julho de 2013

Estreia de "Chiquititas" apresenta um capítulo promissor e evidencia a evolução do SBT

Após o bem-sucedido remake de "Carrossel" (que ainda está no ar), o SBT resolveu apostar na nova versão de um outro sucesso: "Chiquititas", fenômeno dos anos 90 que estreou há 15 anos na emissora de Silvio Santos, já oriunda da obra original argentina. E baseada na versão de 1997 de Patrícia Maldonado, Cris Morena e Gustavo Barrios, o remake da novelinha, adaptada por Íris Abravanel e dirigida por Reynaldo Boury, estreou nessa segunda (15/07).


Com um capítulo sem grandes pretensões e focado exclusivamente em fisgar e conquistar o público de "Carrossel", foi possível constatar a preocupação da emissora em evoluir no ramo da teledramaturgia. Ainda está muito longe de voltar aos bons tempos da extraordinária "Éramos Seis" (remake exibido em 1994), mas é visível a melhora nos cenários e na produção. Porém, apesar de ser uma boa estratégia para fidelizar o telespectador da trama anterior, o fato de estrearem uma produção que substituirá uma outra que ainda está no ar apenas ressalta que o SBT persiste com algumas de suas peculiaridades.

O público infantil que transformou o remake de "Carrossel" em um sucesso, tem tudo para gostar dessa nova história. A trama infanto-juvenil conta a vida das crianças e adolescentes que moram no orfanato "Raio de Luz", casarão comprado e transformado pelo empresário José Ricardo (Roberto Frota). Entre as moradoras do orfanato estão Mili (Giovanna Grigio), Ana (Giulia Garcia), Cris (Cinthia Cruz), Vivi (Lívia Inhudes),
Tati (Gabriella Saraivah) e Bia (Raissa Chaddad), além de muitas outras crianças que futuramente passarão a integrar a turma. A partir desse início, inúmeros conflitos ocorrerão ao longo dos mais de 300 capítulos desse folhetim que abordará, entre muitos temas, a chegada da puberdade, abandono e rejeição.

O clássico sucesso de 1997 que lançou nomes como Bruno Gagliasso, Fernanda Souza, Débora Falabella, entre tantos outros, foi devidamente atualizado. Agora a internet, o mundo dos blogs e as modernidades que já fazem parte do cotidiano dos jovens estarão presentes e serão incorporados na trama adolescente. Vale ressaltar, também, que, ao contrário da versão dos anos 90, os atores-mirins não serão dublados na hora de cantar. Todos fizeram aulas de canto para ajudar na composição dos personagens e o bom resultado já pôde ser visto no primeiro capítulo: ótimos e bem produzidos clipes foram exibidos, demonstrando o capricho do SBT, o bom elenco escolhido e a qualidade da direção.

Depois do tiro do escuro que foi a volta de "Carrossel", agora o SBT sabe no que precisa se preocupar: nas crianças que não têm opção alguma de entretenimento na televisão aberta às 20h30m. Foram elas que devolveram a vice-liderança da emissora no horário e que serão as responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso desse novo projeto. O primeiro capítulo mostrou que a equipe tem consciência da responsabilidade e todos estão dispostos a não deixar que os fãs da Professora Helena e seus alunos mudem de canal.

A estreia de "Chiquititas" proporcionou uma agradável história e ainda demonstrou a evolução do SBT, que realmente investiu para lançar esse novo projeto. Apesar de ser um erro a emissora insistir em velhos sucessos para tentar se reerguer, ao invés de apostar no cada vez mais necessário sopro de novidade, é visível que houve uma preocupação em cima desse remake, que já tem uma frente de 30 capítulos gravados. Íris Abravanel, que também adaptou "Carrossel", está se especializando em atualizar clássicos infantis e ao emendar um projeto no outro prova que está muito empenhada em agradar às crianças. Esse empenho, inclusive, foi reconhecido pela audiência: a estreia marcou 13 pontos de média com 15 de pico, mantendo a emissora na vice-liderança isolada. Se os demais capítulos tiverem a mesma qualidade que o primeiro, a autora, os telespectadores e o SBT terão muitos motivos para sorrir.

17 comentários:

Unknown disse...

Bom dia Sérgio
Parece-me que muita da cultura geral passa pelas novelas.
O povo vê e as audiências sobem.
Penso que é urgente criar espaços diferentes e participativos - dias com teatro, dias com música, dias com festas e culturas regionais...

Sempre e só telenovelas é criar ilusão nas pessoas, embrutecê-las...

eder ribeiro disse...

Sérgio, ainda fico com a impressão q as crianças são mal dirigidas. Qto ao cenário, realmente houve uma evolução. Abçs.

Unknown disse...

Bom dia Serginho vim deixar um abraço
nesse post não vou deixar comentários
pq não assisto novelas dessa emissora
espero que seja boa para quem assiste
bjusss com carinho
Rita!!!!

Nada contra assisto muitos programas
dela menos novelas.....bjusss

Felisberto T. Nagata disse...

Olá!Boa tarde
Sérgio
...minha filha e irmã assiste Carrossel e não vão perder Chiquititas. O SBT , lógico, precisa melhor MUITO em sua produção, mas não podemos negar que seu passo foi acertado, na produção de novelas do SBT, com um público-alvo bem definido.
E numa válida tentativa de não deixar escapar o telespectador conquistado estreou uma novela,sem terminar a outra...
Obrigado pelo carinho da visita
Bela terça feira
Abração

Thallys Bruno Almeida disse...

Uma coisa é certa, Sérgio: o SBT merece o reconhecimento por, em meio a várias transformações de programações, continuar sendo talvez a emissora (das cinco grandes) que mais aposta no público infantil e infanto-juvenil. E curiosamente, quando estavam prestes a lançar Carrossel, o clima era meio despretensioso, nem eles imaginavam o sucesso todo que faria. Nem vou comentar da mania de terminar uma novela sem encerrar a outra pq isso é uma das "marcas" do SBT, seja com novela brasileira ou mexicana.

O elenco adulto foi bem escalado, quanto ao infantil, ficou um pouco da sensação de texto decorado, embora esteja bem melhor em comparação ao pouco que vi do Carrossel. Acredito que com um melhor trabalho de preparação de elenco infantil, isso será ao menos atenuado ao longo dos próximos episódios.

Manter as músicas consagradas em novas versões foi outro acerto, preservando a sensação nostálgica da versão original de 1997 e os clipes (assinados por Ricardo Mantoanelli, diretor do extinto QST) mostrados na estreia ficaram bem legais, o cenário bem elaborado, bem colorido... um saldo bem positivo.

"sem querer querendo", o SBT acabou sendo esperto com Carrossel e aproveitou pra conquistar o público infantil, aproveitando que a segunda temporada de Rebelde da Record foi de uma total sucessão de erros que resultou na antecipação de seu fim. E a julgar por essa estreia, o SBT continua na vice do horário sem problemas. Ponto pra Sílvio Santos, Íris Abravanel, Reynaldo Boury, Ricardo Mantoanelli e cia. Abç!

Thallys Bruno Almeida disse...

Errata: transformações de público-alvo feitas pelas emissoras em suas programações

Paty Michele disse...

Apesar de não assistir, eu acho ótimo! Todos os dias meus alunos comentam as novelas e depois de Carrossel eles pararam de ver novela de "adulto" e agora vêem algo escrito para a faixa etária deles.
Apoio totalmetne a empreitada do Sílvio.

Um bjo, Sérgi.

Carlos disse...

Não gosto dessas repetições, principalmente no SBT que só vive disso, mas se pararmos pra pensar que a emissora é a única que investe no público infantil já é uma ótima pedida e alternativa. Só acho uma pena que a TV viva de remakes. Antes a sensação era de que os remakes vinham com cautela. Talvez o fato de só a Globo fazer novelas faça eu ter essa sensação. Mas sei lá, me incomoda um pouco. Entretanto parabéns ao SBT e às demais emissoras que têm investido na dramaturgia e abrindo espaço para os atores.

Só torço que no futuro não escolham por rostinho, por ser amigo do amigo, por testes estranhos, etc. Sei que é pedir demais, mas acho válido para a arte do país escolher pelo talento e não pelo jeitinho brasileiro.

Abraços

Elvira Silva disse...

Olá Sergio,
bacana seu post sobre mais este trabalho da televisão brasileira.
Gostei do sucesso e vou gostar mais ainda se outros vierem nas pegadas deste.

Um abraço!!!

Sergio querido, visite a Buymazon para saber as novidades. espero você por lá.

Sérgio Santos disse...

Luis, obrigado pelo comentário. abç

Sérgio Santos disse...

Eder, eu gostei das crianças. Claro que muitas são fracas, mas isso não importa para o público destinado. abraços.

Sérgio Santos disse...

Sem problemas, Rita. bjssss

Sérgio Santos disse...

Pois é, Felis, o SBT ainda está longe de estar a pleno vapor, mas demonstrou evolução e isso ficou claro. Espero que eles não voltem a se perder. Abraços.

Sérgio Santos disse...

Verdade, Thallys. Depois daquele tiro no escuro, agora parece que o SBT apostar certo e se preparou bastante pra isso. O bom resultado ficou evidente. Não será difícil manter o público de Carrossel com esse belo trabalho em Chiquititas. Tem tudo pra conseguir isso. abraços.

Sérgio Santos disse...

Os seus alunos gostam, Paty? É a prova de que o SBT atingiu mesmo esse público. E acertou em mantê-lo grudados na tv! Bjs e obrigado pelo comentário.

Sérgio Santos disse...

Carlos, eu também detesto essa mania do SBT de viver do passado e não buscar nada de novo, porém, nesse caso não deixa de ser uma espécie de "aprendizado" para o futuro. Se solidificando nessa produções, quem sabe daqui a pouco a emissora não lança uma novela infantil inédita ou então volte aos bons tempos de Éramos Seis... Resta torcer.

Sim, tb torço para que escalem e escolham talentos e não rostinhos bonitos. Abração.

Sérgio Santos disse...

Oi Ana. Obrigado pelo comentário. bjsssssssss