A personagem, escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, é a mais sofrida da novela das sete e desde o primeiro capítulo ficou perceptível o quanto que aquela mulher sangrava por dentro. A empresária, dona da Bastille, nunca superou a 'morte' trágica da filha e precisou enfrentar um desgaste no seu casamento após tanta tristeza. Mesmo amando Germano (Humberto Martins), deu um basta em seu casamento assim que descobriu o antigo caso que o marido teve com a babá da família, anos atrás.
Para culminar, acabou se envolvendo com o ex-genro, Rafael (Daniel Rocha), que namorava a sua filha, 'morta' em um acidente. Seu relacionamento com o filho Fabinho (Daniel Blanco) também passou por muitas provações, até eles finalmente se entenderem.
Ou seja, a personagem enfrenta uma avalanche de conflitos emocionais diariamente e ainda precisa lidar com todas as suas angústias e tristezas que a acompanham todos os dias. Um atriz limitada poderia jogar esse interessante perfil no lixo, desperdiçando as difíceis cenas e deixando tudo 'mexicano' demais.
Ou seja, a personagem enfrenta uma avalanche de conflitos emocionais diariamente e ainda precisa lidar com todas as suas angústias e tristezas que a acompanham todos os dias. Um atriz limitada poderia jogar esse interessante perfil no lixo, desperdiçando as difíceis cenas e deixando tudo 'mexicano' demais.
Entretanto, é a Vivianne Pasmanter. A escalação dos autores foi precisa e a intérprete aproveita todas as cenas (que são muitas) para mostrar seu brilhantismo. A tristeza constante de Lili é transmitida pelo olhar e até mesmo os raros sorrisos que a personagem esboça carregam a dor que ela sente. Não é um perfil fácil de ser interpretado, mas a atriz o defende com extremo profissionalismo. Dá gosto de vê-la no ar e interpretando uma personagem tão rica dramaticamente. A dona da Bastille, aliás, é um dos tipos mais densos, dramáticos e fortes da novela.
A cena em que Lili descobre que o ex-marido teve uma filha no passado, por exemplo, foi uma das muitas merecedoras de aplausos. Ao ouvir de Carolina (Juliana Paes) que Eliza é fruto do relacionamento do presidente da Bastille com a então babá Gilda (Leona Cavalli), a personagem estapeia a rival e vomita toda a sua indignação pelo gesto baixo da diretora da revista "Totalmente Demais". Vivianne deu um show ao lado de Juliana, protagonizando uma grande sequência. Seus momentos ao lado de Humberto Martins, repetindo pela terceira vez a ótima parceria (já vista em "Mulheres de Areia" e "Uga Uga"), também são muito bons --- tanto os românticos quanto os de confronto
E a atriz vem se destacando cada vez mais, principalmente agora que a trama apresentou uma nova virada com a volta de Sofia (Priscila Steinman). A filha de Lili forjou sua própria morte e foi 'curtir' a vida com o dinheiro que havia roubado com a ajuda do parceiro Jacaré (Sérgio Malheiros). Mas a grana acabou, o que a fez retornar para roubar mais dinheiro da família. A garota é uma sociopata e ainda terá como alvo a Eliza (Marina Ruy Barbosa), nova irmã que não será nada bem recebida por ela. A cena em que Lili vê Sofia de relance foi angustiante, uma vez que Vivianne expôs com riqueza o desespero daquela mãe com a possibilidade da filha estar viva.
A intérprete ainda se destacou quando a personagem tentou, sem sucesso, convencer primeiramente Rafael e depois Germano e Fabinho sobre a foto desfocada que mostra Sofia observando a mãe. Sua cena com Sérgio Malheiros, quando o marginal se indigna com a investigação de Lili e a enforca, também merece elogios, pois culminou em um choro desolador da personagem. São muitas sequências que exigem uma completa entrega da atriz.
Vivianne Pasmanter está impecável em "Totalmente Demais" e honra toda a complexidade e densidade do papel, tão bem escrito por Rosane Svartman e Paulo Halm. Após ter sido subaproveitada em várias produções, uma das melhores atrizes da sua geração vem brilhando na pele de uma personagem que faz jus ao seu talento. A sofredora Lili não poderia ser vivida por outra pessoa.
26 comentários:
MARAVILHOSA VIVI! Seu texto faz jus ao que ela representa.
A Lili é o tipo mais triste da novela e concordo com cada linha.Merecida demais essa postagem.
Meu Deus! Só eu sei o que senti ao ler essas linhas. Cada dia sinto mais orgulho dessa mulher. Vivianne é uma atriz maravilhosa e está sempre se superando.
Um texto justo para uma grande atriz que de fato ganhou uma grande personagem depois de muito tempo.
Viviane é uma grande atriz, estava merecendo um papel a sua altura.
É a segunda melhor atriz do elenco de Totalmente Demais, atrás apenas da grande Glória Menezes.
Novela gostosa demais e a Vivianne está fantástica.Choro com Lili o tempo todo e torço pra ficar com Germano!
SOU FÃ DA VIVIANE E HÁ TEMPOS QUE NÃO A VIA TÃO BEM NUMA NOVELA.ESTOU ENCANTADA POR ELA, PELA NOVELA E PELO SEU TEXTO.
Sempre gostei dela.
bjokas e um lindo dia pra você =)
Tomara que a Vivianne leia seu texto como a Juliana Paiva leu o dela.
Olá, Sérgio...confesso que Vivianne Pasmanter nunca tinha me convencido em anteriores papéis,mas,dessa vez como Lili, ela está muito bem e convicente, portanto,justa e merecida homenagem...Belos dias,abraços!
Resumindo seu post fantástico: Vivianne sendo Vivianne. #FIM
Concordo com seu comentário, Sérgio. Lili é uma personagem rica, cheia de conflitos, e Vivianne Pasmanter sabe como ninguém dar conta do recado, além de contracenar bem com todos os atores do seu núcleo.
Oi Sérgio,
No início, cheguei a duvidar do desempenho dela, mas depois compreendi que tal atuação era resultante do perfil sofrido de sua personagem. Portanto, concordo com as suas considerações. Vivianne Pasmanter está perfeita dentro da densidade do perfil que representa.
Abraço.
Que bom, Bruna!
Valeu, Daniela.
Concordo, Emilay!
Valeu, Sandro!
Glória e ela são fantásticas mesmo, anonimo!
Tb torço, Karina!
Que bom, anonimo!
Eu tb, Bell. Bjão!
Quem sabe, Ulisses. abçs
Sem problemas, Felis. Abração!
Isso, Pãmela.
Obrigado, Elvira. E eu endosso o seu!
O papel é mt difícil, Vera, e a atriz está fantástica. bjs
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