sábado, 31 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os destaques do ano

A última retrospectiva do blog, como já virou costume, é sobre tudo o que se destacou ao longo de 2016. Tivemos duas novelas (uma das seis e outra das sete) que foram fenômenos de audiência e repercussão, duas minisséries primorosas, uma participante que virou a protagonista do "BBB", uma boa surpresa da teledramaturgia da Record, mais um acerto infantil do SBT, a transmissão impecável das Olimpíadas, enfim... Vários acertos que merecem ser listados e relembrados. Vamos a eles.





"Ligações Perigosas":
A minissérie da até então estreante Manuela Dias primou pelo capricho, tanto da produção de arte, quanto da direção de Vinícius Coimbra. A interpretação precisa do elenco brilhantemente escalado foi outro acerto, sendo necessário citar Selton Mello, Patrícia Pillar, Marjorie Estiano, Alice Wegmann, entre outros. A trama, baseada no clássico da literatura francesa "As Ligações Perigosas", de Chordelos de Laclos", foi a primeira grande produção da Globo em 2016. Foram 10 capítulos primorosos, repletos de cenas instigantes.






"Totalmente Demais":
A novela de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida por Luiz Henrique Rios, foi um fenômeno de audiência e repercussão. Chegando a marcar 33 pontos de audiência na reta final, a novela atingiu índices que o horário não alcançava desde "Cheias de Charme". Os autores emplacaram o terceiro sucesso seguido, após o êxito das temporadas "Intensa" (2012) e "Sonhos" (2014) de "Malhação". A trama da florista Eliza, do humilde Jonatas, da arrogante Carolina, do ambicioso Arthur e da atrapalhada Cassandra conquistou o público, destacando nomes como Marina Ruy Barbosa, Felipe Simas, Juliana Paes, Fábio Assunção, Juliana Paiva, entre tantos outros.



sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

Foram muitas grandes cenas ao longo de 2016. Portanto, isso implica em ótimas atuações, sendo mais do que necessário listar as melhores atrizes e atores do ano que está perto do seu fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas, minisséries e séries. Vamos a eles.


Melhores Atrizes:



1- Patrícia Pillar.
Um nome que engrandece qualquer produção. E não foi diferente em "Ligações Perigosas", primeira grande produção da Globo em 2016. A atriz se destacou na pele da ardilosa Isabel, figura que representava a manipulação e a sedução na minissérie de Manuela Dias. Sua parceria com Selton Mello foi maravilhosa e as cenas da personagem exigiam um toque de sarcasmo que Patrícia soube imprimir com maestria.





2- Selma Egrei.
O grande nome feminino de "Velho Chico". A atriz, veterana no teatro, mas com poucas participações na televisão, ganhou seu melhor papel na carreira na novela de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi. A amargurada Encarnação participou das suas fases da trama e chegou aos 100 anos, graças ao trabalho primoroso da equipe de caracterização. Selma brilhou em todos os momentos e mostrou o seu imenso talento ao longo dos meses. Foi um prazer vê-la em cena. Ela, por sinal, já ganhou dois prêmios merecidos: "Prêmio Extra" e "APCA".


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: as melhores cenas do ano

Mais um ano se passou e foram muitas cenas merecedoras de elogios exibidas ao longo de 12 meses. Vários atores se destacaram, protagonizando sequências repletas de drama, tensão e comicidade. Teve momento para todos os gostos e uma retrospectiva dessas grandiosas interpretações (incluindo, claro, direção e texto) merece ser feita. Vamos, então, relembrar tudo o que aconteceu de mais marcante na teledramaturgia em 2016.





Cena final do penhasco em "Além do Tempo":
Elizabeth Jhin foi muito feliz nessa sua novela e o último capítulo foi em grande estilo, reproduzindo a sequência mais marcante do final da primeira fase, mas com um desfecho diferente. Pedro (Emílio Dantas) matou Melissa (Paolla Oliveira) e os mocinhos Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) na vida passada, só que mais de cem anos depois foi ele quem pagou por tudo o que fez. Melissa matou o vilão com um tiro e se regenerou, salvando a vida dos até então inimigos, os retirando do precipício com a ajuda do anjo Ariel (Michel Melamed). A sequência ficou tão boa quanto a da primeira fase e os atores deram um show.




Mariana morre de tristeza em "Ligações Perigosas":
Após descobrir que Augusto (Selton Mello) era um galanteador e estava apenas a usando, Mariana começa a definhar. A religiosa que adorava a vida perdeu a alegria que tinha e mergulhou em uma profunda depressão, vivendo praticamente estática em uma cama. Apesar dos cuidados das freiras e de pessoas próximas, não conseguia mais comer e mal andava. Só tinha força para chorar. No final, se entregou para a morte. A interpretação visceral de Marjorie Estiano impressionou e a atriz mais uma vez mostrou a grande atriz que é. Foi impossível não ter se emocionado vendo a personagem naquele estado deplorável.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os melhores casais do ano

Os romances foram e sempre serão fundamentais em qualquer obra ficcional. Ter um ou mais casais para torcer é vital para o desenvolvimento de uma novela ou série. E em 2016 tivemos vários pares ótimos, implicando em muitos nomes de "shippers" (combinações de nomes de casal). Aliás, o termo "shippar" já entrou no vocabulário do brasileiro, o que só comprova a importância dos romances na ficção. Vamos, então, aos melhores pares do ano.





Romero e Atena ("A Regra do Jogo"):
O único casal atrativo da novela de João Emanuel Carneiro. Os bandidos que tinham um lado humano protagonizaram as melhores cenas da novela ao lado do divertido Ascânio (Tonico Pereira). Alexandre Nero e Giovanna Antonelli transbordaram química em "Salve Jorge", quando viveram Stênio e Helô, e repetiram a boa sintonia com Romero Rômulo e Francineide. O nome "Romena" se proliferou nas redes sociais e os personagens caíram no gosto do público, apesar dos vários problemas que a trama apresentou ao longo de sua exibição.




Mariana e Augusto ("Ligações Perigosas"):
A minissérie exibida em janeiro, escrita por Manuela Dias e baseada no romance de Choderlos de Laclos, foi primorosa e um dos acertos foi a relação intensa desse casal. O frio Augusto seduziu a religiosa Mariana com o intuito de vencer uma aposta, mas acabou se apaixonando perdidamente por ela, caindo na própria armadilha. Marjorie Estiano e Selton Mello protagonizaram grandes cenas, onde o drama e a química se fizeram presentes até o fim. A morte trágica dos personagens também merece menção, fechando o ciclo desse romance de uma forma sombria e muito triste.


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os piores do ano

Como já virou tradição no blog, a última semana do ano será voltada exclusivamente para as retrospectivas. A primeira foi sobre os artistas que nos deixaram e essa é sobre tudo de ruim que a televisão nos apresentou em 2016. Infelizmente, todas as emissoras estão inseridas na lista e tivemos novelas, séries e programas que pecaram em vários aspectos. É melhor citar os piores primeiro para depois priorizar apenas os produtos de qualidade que foram apresentados ao longo do ano. Vamos a eles.





Segunda temporada de "Os Dez Mandamentos":
Provando que não sabe lidar com o sucesso, a Record resolveu esticar tanto o fenômeno de audiência "Os Dez Mandamentos" que criou uma nova fase de 66 capítulos. Isso após já ter estendido a novela original, passando de 150 capítulos para 176. O resultado foi catastrófico. Além de ter prejudicado o final da trama (que ficou incompleto), a emissora exibiu uma segunda fase com bem menos recursos financeiros que a primeira. Ou seja, os efeitos toscos se fizeram presentes e a enrolação da história foi inevitável. Não havia mais nada de relevante para contar. E o mais constrangedor foi a caracterização do elenco idoso. Como os atores não foram substituídos, tiveram que envelhecer todos e ficou ridículo. Ver nomes como Guilherme Winter, Gisele Itiê e Marcela Barrozo (que nem 30 anos tem) com rugas artificiais e fazendo voz de velhinhos foi triste. É preciso citar ainda o talco branco jogado nas perucas, deixando o conjunto ainda mais vergonhoso. A emissora poderia ter terminado no auge e colhendo elogios, mas preferiu prejudicar a qualidade em virtude de uns números a mais na audiência.




"Sol Nascente":
Após uma trinca de ouro no horário das seis da Globo ("Sete Vidas", "Além do Tempo" e "Êta Mundo Bom!"), a emissora viu a qualidade da sua faixa cair bruscamente. A novela escrita por um acomodado Walther Negrão, além de Suzana Pires e Júlio Fisher, é uma das piores que a faixa já apresentou e apresenta um conjunto de equívocos. A trama é simplória, os personagens cansativos, o elenco equivocado em grande parte, os conflitos insossos e o ritmo arrastado. Apesar da audiência não ser considerada ruim para os parâmetros (embora tenha derrubado os índices expressivos da anterior), é um folhetim de repercussão nula e assim que acabar será completamente esquecido. Sem dúvida, é a pior novela de 2016 (e provavelmente será a de 2017, pois só acaba em abril).


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2016 não foi nada fácil. Aliás, foi um dos anos mais complicados para o Brasil. Além dos inúmeros problemas voltados para o meio político e economia do país, teve ainda a partida de muitas figuras queridas que deixaram o meio artístico mais vazio. Atores, diretores, jornalistas, enfim, foram várias perdas dolorosas ao longo do ano e vale a pena lembrar (e homenagear) todos os que faleceram.





Domingos Montagner (1962 - 2016):
A morte mais chocante do ano. O ator mais talentoso da sua geração brilhava protagonizando "Velho Chico", quando se afogou nas águas do Rio São Francisco no dia 15 de setembro, durante o intervalo das gravações. A novela estava em plena reta final e o elenco acabou tendo que contracenar com uma câmera representando o querido Santo dos Anjos. Ele nos deixou cedo demais e essa tragédia jamais será esquecida. Ainda tinha uma legião de personagens para interpretar e emocionar o público. Tinha apenas 54 anos. O sentimento de inconformismo ainda permanece vivo.




Umberto Magnani (1941 - 2016):
O grande ator faleceu em abril, aos 75 anos, e também estava no elenco de "Velho Chico". Interpretando com competência o afetuoso padre Romão, Umberto participou de toda a linda primeira fase da novela e também participaria da segunda. Mas não deu tempo. Logo nos primeiros capítulos da nova fase, ele sofreu um Acidente Vascular Encefálico e não resistiu. Deixou um legado de ótimos personagens e muita saudade no coração do telespectador.


sábado, 24 de dezembro de 2016

Feliz Natal!


Quero desejar aos leitores um Natal cheio de paz, saúde, luz e realizações. Agradeço a presença constante de todos no blog. Não só aqueles que comentam os textos, como também os que apenas leem as postagens. Esse espaço (bem simples, por sinal) não existiria sem vocês e foi criado exatamente para isso. Que o espírito natalino se mantenha vivo sempre, pois nunca precisamos tanto dele quanto agora. Felicidades a todos!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Mudanças no "The Voice Brasil" foram válidas, mas não surtiram efeito

A quinta temporada do "The Voice Brasil" estreou excepcionalmente em uma quarta-feira (05/10), a primeira de outubro, iniciando mais um ciclo de apresentações de novos talentos da música. O conjunto, após cinco anos, precisava urgentemente de novidades. E ficou perceptível a tentativa de alterações nesta edição. Os técnicos continuaram os mesmos ---- Cláudia Leitte, Lulu Santos e Carlinhos Brown seguem no time, além de Michel Teló que estreou na função em 2015 ----, mas as mudanças em relação aos anos anteriores ocorreram a partir da segunda fase da atração, que é justamente a mais atrativa: a das batalhas.


Ivete Sangalo virou a supertécnica, a novidade da edição. Ao invés de quatro assistentes (um para cada técnico), a etapa das batalhas teve a cantora como auxiliar geral. Ela foi a conselheira de todos, participando do 'treinamento' dos cantores. Essa alteração se deve, com toda certeza, ao imenso sucesso do "The Voice Kids", onde Ivete se destacou como técnica ao lado de Carlinhos, Victor e Leo. A novidade foi mais do que bem-vinda, até porque o formato está desgastado, principalmente pela permanência dos mesmos jurados por tanto tempo. Porém, não surtiu efeito.

Ao contrário do que se esperava, Ivete não esteve no palco junto dos técnicos participando das avaliações. Ela apenas aparecia rapidamente na hora em que os candidatos ensaiavam. E foi só. Ou seja, além de ter sido uma espécie de propaganda enganosa, a cantora de 'supertécnica' não tinha nada.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Amanda de Godoi e Laryssa Ayres ganharam uma oportunidade melhor em "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz"

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" quebrou um padrão que já tinha ficado estabelecido no seriado adolescente desde 2008: a migração de alguns personagens de uma temporada para a outra. Isso foi extinto no ano citado, iniciando do zero a nova fase, fechando completamente o ciclo da antiga. Até mesmo os autores mudavam, assim como diretores, equipe, enfim, tudo. Agora nada foi assim. Optaram pelo resgate do que ocorria anos atrás: alguns perfis da fraca "Malhação - seu lugar no mundo" foram mantidos e o autor é o mesmo: Emanuel Jacobina. A situação rendeu erros e um acerto. O êxito está justamente na permanência de Jéssica (Laryssa Ayres) e Nanda (Amanda de Godoi).


As personagens já se sobressaíam na temporada passada, mas Jacobina não soube desenvolver o enredo delas (e nem a trama toda, diga-se). Nanda ainda teve um bom destaque inicial, formando o melhor casal da história ao lado de Filipe (Francisco Vitti). Já Jéssica sempre ficou avulsa, servindo de escada para os demais perfis, subaproveitando o talento da intérprete. E após alguns meses de trama, até mesmo a Nanda perdeu a função juntamente de seu namorado, só ganhando destaque na reta final, quando o rapaz morreu em um gratuito (e mal realizado) acidente de moto. As últimas semanas evidenciaram o imenso sofrimento da menina, destacando a entrega da atriz. 

Agora, em "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz", as duas ganharam importância desde o início da história. Principalmente Jéssica, que ficou em segundo plano na temporada passada. Um dos graves erros, por sinal, era a ausência de uma família para poder explorar mais o perfil. O autor criou uma irmã mais nova para ela (Martinha - Malu Pizzatto), cuja atriz escolhida é bastante semelhante fisicamente, inclusive.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

"A Cara do Pai" tem uma proposta honesta

Estreou no último domingo (dia 18/12), após uma semana de adiamento em virtude da tragédia envolvendo o voo do time da Chapecoense, "A Cara do Pai" ---- indo ao ar logo depois do "Esquenta!". A série foi idealizada por Paulo Cursino e escrita por Daniel Adjafre, com direção de Fabrício Mamberti. A produção marca a volta de Leandro Hassum à tevê depois de ter emagrecido mais de 65 quilos (isso porque em "Chapa Quente" ele ainda estava no processo de emagrecimento). O ator e Mel Maia são os protagonistas e a trama se mostra harmoniosa em cima do tema proposto.


A série conta a história de Théo, um comediante sem prestígio que ganha a vida fazendo stand-up comedy contando a sua rotina com a filha, a esperta Duda, que tem 10 anos. Assim que se divorciou de Silvia (Alessandra Maestrini), o personagem iniciou uma verdadeira saga ao lado da filha, fazendo de tudo para provar a todos (e até a si mesmo) que é um ótimo pai. Entretanto, as suas tentativas sempre resultam em momentos de puro constrangimento, expondo a sua total imaturidade e a vergonha de Duda, que se mostra mais madura que ele.

Além dos três personagens citados, a série conta com mais alguns, como Joana (Cristina Pompeo), a ex-namorada e atual vizinha de Théo, que criou sozinha a sua filha única, Alice (Pietra Hassum) ---- uma típica 'it-girl' e melhor amiga de Duda, sendo uma fonte de inspiração da menina.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

"Sete Vidas", "Além do Tempo" e "Êta Mundo Bom!" formaram uma trinca de ouro no horário das seis

A faixa das seis da Globo apresentou uma boa sequência de novelas, começando no início de março de 2015 e chegando ao fim em agosto deste ano. Uma novela impecável foi substituída à altura e a substituta cedeu lugar à outra tão boa quanto. Ou seja, três folhetins da melhor qualidade e que presentearam o público com histórias repletas de atrativos. As produções são "Sete Vidas", "Além do Tempo" e "Êta Mundo Bom!", escritas por Lícia Manzo, Elizabeth Jhin e Walcyr Carrasco, respectivamente.


As novelas não apresentam semelhança alguma no quesito história, entretanto, as similaridades se dão justamente através de pontos fundamentais de um bom folhetim: elenco bem escalado, trilha sonora primorosa, personagens construídos com competência, dramas envolventes, conflitos convidativos e bom ritmo. As três tramas enriqueceram o horário das seis, cada um a seu modo. Para completar o conjunto harmonioso, todas representaram um crescimento de audiência na faixa, expondo o interesse do telespectador.

"Sete Vidas" elevou em dois pontos a média do horário, obtendo 19,4 no salgo geral, revertendo uma queda que parecia inevitável. Lícia Manzo conseguiu emocionar o público mais uma vez, após já ter atingido o objetivo com sua primeira novela, exibida em 2011: a inesquecível "A Vida da Gente".

domingo, 18 de dezembro de 2016

As justiças e as injustiças do "Melhores do Ano" de 2016

A vigésima primeira edição do "Melhores do Ano" foi ao ar neste domingo, dia 18 de dezembro. Repetindo o que ocorre em todos os anos, a premiação comandada por Faustão foi uma grande confraternização do elenco da Globo e o evento contou com algumas indicações justas, alguns esquecimentos graves e vencedores que fizeram jus ao troféu na maioria das categorias. A edição de 2016, por sinal, contou com uma nova categoria (Melhor Personagem) com o claro intuito de corrigir injustiças frequentes envolvendo atores veteranos, muitas vezes esquecidos vergonhosamente.


Foi o programa mais longo do ano, começando às 17h30 e terminando às 21h25. Quase quatro horas de premiação. Foi uma bonita festa. A categoria de Melhor Ator ou Atriz Mirim contou com JP Rufino (que convenceu como Pirulito em "Êta Mundo Bom!", se consagrando vencedor), Mel Maia (que fez a primeira fase de "Liberdade, Liberdade") e Gabriel Palhares (que deu um show como Caju em "Liberdade, Liberdade"). Gabriel era o mais merecedor e Mel, embora seja um poço de talento, não merecia a indicação pois participou apenas de um capítulo. Xande Valois (Claudinho de "Êta Mundo Bom!"), Tobias Carrieres (Jesus de "Justiça") e Giovanna Rispoli (Jojô de "Totalmente Demais") mereciam a vaga dela.

Em Atriz Revelação houve um merecimento triplo. As três indicadas tiveram ótimos desempenhos em sua respectivas produções. Amanda de Godoi surpreendeu como Nanda na fraca "Malhação - seu lugar no mundo", Giullia Buscacio emocionou com a sua Olívia em "Velho Chico" e Lucy Alves deu um verdadeiro show na pele da complexa Luzia em "Velho Chico", ganhando importância de veterana.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

As madrugadas não serão as mesmas sem o "Programa do Jô"

Nesta sexta, dia 16, o "Programa do Jô" saiu da grade da Globo definitivamente. A atração estreou na emissora em abril de 2000, ou seja, ficou 16 anos no ar. Um tempo respeitável. Porém, Jô já havia comandado por 11 anos o "Jô Soares Onze e Meia", no SBT, entre agosto de 1988 e dezembro de 1999. Portanto, juntando os dois períodos da carreira, o apresentador fez parte das madrugadas do telespectador por 27 anos. Foram 5.600 programas e 14.426 entrevistas somando todo esse período. Analisando essa vitoriosa trajetória, é impossível não se indignar com a estupidez da Globo em acabar com um programa tão icônico.


Jô foi o pioneiro no formato popularmente conhecido como "talk-show", engrandecendo a televisão brasileira com um produto que fazia (e ainda faz) muito sucesso no exterior. Mas, claro, a atração nunca foi uma mera cópia. Havia a identidade do apresentador, que ainda contava com um quinteto de talentosos músicos, que posteriormente viraria um sexteto. Humorista nato, Jô sempre contava piadas e fazia introduções bem-humoradas em todo programa, usando com talento a sua trupe musical como escada. A intimidade deles fazia diferença nas interações, dando um charme à parte e criando um clima confortável de família.

Até mesmo durante as entrevistas, Jô costumava pedir a opinião de alguns dos integrantes da banda, principalmente Derico, um dos mais sacaneados por ele. E a gargalhada contagiante de Bira virou uma das maiores marcas da atração, assim como os clipes musicais que faziam para divulgar o e-mail do programa.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Dayse venceu o "MasterChef Profissionais" e o machismo

Nesta terça (13/12), foi ao ar a final do "MasterChef Profissionais". Após três meses de mais uma temporada do maior sucesso sucesso da Band, o público finalmente conheceu o vencedor do reality culinário, cujo nome foi anunciado depois da uma da manhã. Dayse foi a merecida vencedora e o seu triunfo lavou a alma de grande parte do público, coroando a vitória da competente participante em cima dos adversários que sempre a subestimaram e consagrando a derrota do machismo.


Isso porque o machismo entrou em voga quando a participante começou a ser constantemente menosprezada principalmente por Marcelo, Ivo e Dário. Ao longo do primeiro mês, a disputa seguiu normalmente, havendo muita rivalidade e competitividade, o que é plenamente normal nesse tipo de programa. Foi assim nas três temporadas do "MasterChef" 'amador' e se manteve no 'Profissionais', embora com uma guerra de egos bem maior. Entretanto, à medida que as semanas se passavam e o número de competidores diminuía, o clima foi pesando, atingido quase sempre Dayse.

A disputa pessoal da competidora com Ivo, seu ex-chef (ela chegou a trabalhar com ele em um restaurante), rendia várias discussões e o machismo do cozinheiro chegou ao ápice quando o mesmo mandou Dayse varrer o chão depois que a companheira de grupo reclamou da ausência de tarefas na reta final da prova de imunidade.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

"Rock Story" vem se mostrando uma agradável surpresa

A atual novela das sete estreou no dia 9 de novembro, ou seja, está há pouco mais de um mês no ar. E a trama da estreante Maria Helena Nascimento vem agradando bastante. "Rock Story" reúne elementos de um delicioso folhetim, ao mesmo tempo que foge das características das últimas produções da faixa. Afinal, a história não tem muito humor, não há excesso de cores ou casais adolescentes em posições de destaque e seu protagonista é um roqueiro falido quarentão. Para culminar, como o próprio título comprova, a trilha é composta por rock e pop.


A ousadia da autora é muito válida, mas vale ressaltar que não há nada de errado em ter personagens jovens protagonistas ou apresentar a comédia contrabalançando o drama. Afinal, o fenômeno "Totalmente Demais" foi um dos maiores acertos de 2016, reunindo um conjunto impecável que arrebatou o público. Já "I Love Paraisópolis" foi péssima e "Haja Coração" começou promissora, mas se perdeu por completo. Portanto, repetir fórmulas nem sempre dá certo, assim como fugir do comum pode ser um grave erro.

No caso da atual trama, houve uma nova proposta, cujo maior objetivo é mesclar a música com a dramaturgia, tendo uma premissa semelhante ao sucesso "Cheias de Charme", mas deixando de lado o tom caricato e carnavalesco da obra atualmente reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo". Em "Rock Story há um tom mais 'sombrio', principalmente em torno do protagonista, que representa a figura de um ídolo que viu tudo o que conquistou escorrer pelos seus dedos.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Felipe Simas e Sophia Abrahão elevaram o nível da "Dança dos Famosos" de 2016

A décima terceira temporada da "Dança dos Famosos" estreou no dia 28 de agosto e chegou ao fim neste domingo, dia 11 de dezembro. A competição deveria acabar no dia 18, mas a final foi antecipada em virtude do adiamento da última rodada do campeonato brasileiro ---- por causa da tragédia que abalou o país, envolvendo a queda do avião que levava o time da Chapecoense. A alteração fez com que a última rodada contasse com três casais, ao invés de dois previstos inicialmente. E a disputa de 2016 teve um diferencial, comparada aos anos anteriores: o nível de igualdade de dois participantes: Sophia Abrahão e Felipe Simas.


Os dois se mostraram dançarinos natos desde a primeira rodada. Tanto que viraram favoritos logo na primeira apresentação, quando ainda havia a divisão de grupo feminino e grupo masculino. Ela era a melhor das mulheres e ele o melhor dos homens. Além dos dois, participaram Solange Couto, Marcelinho, Nego do Borel, Rainer Cadete, Brenno Leone, Leona Cavalli, Valesca, Lisandra Souto, Letícia Lima e Sidney Magal. Nenhum deles conseguiu chegar perto da dupla, que parecia até profissional, sem exagero. Ficava claro que neste ano duas competições ocorriam separadamente: Sophia e Felipe disputavam entre eles e os demais faziam um enfrentamento paralelo pelo terceiro lugar.

E foi isso mesmo que aconteceu, sem maiores surpresas. O agraciado pela terceira posição foi Rainer Cadete, que se mostrou um bom competidor, conseguindo com méritos a vaga na final. Mas, como já era previsto, ele foi figurante na última rodada. Sophia Abrahão e Felipe Simas tiveram o placar zerado, como sempre ocorre, mas mesmo se mantivessem as colocações nada mudaria simplesmente porque ambos estavam rigorosamente empatados em primeiro lugar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

"Nada Será Como Antes" foi uma grande decepção

A série escrita por Guel Arraes, João Falcão e Jorge Furtado estreou no dia 27 de setembro esbanjando capricho e iniciando uma promissora trama sobre a história da televisão no Brasil. O nascimento da fictícia TV Guanabara e tudo o que a criação desse tão importante veículo representava na vida do público engrandeciam o enredo, mesclando fantasia e realidade através de uma deliciosa metalinguagem. Entretanto, ao longo dos episódios, a premissa da produção foi se diluindo, cedendo espaço para as idas e vindas do casal protagonista Saulo (Murilo Benício) e Verônica (Débora Falabella), além de umas sequências eróticas envolvendo Beatriz (Bruna Marquezine).


O principal diferencial da série foi jogado fora ao longo de sua exibição. Os primeiros episódios foram convidativos justamente porque focaram no surgimento da tevê e nas desconfianças que o novo veículo provocava, levando em consideração a sobrevivência do rádio. Aliás, o trabalho minucioso da equipe merece um destaque à parte, reproduzindo com perfeição os estúdios, figurinos, equipamentos e as câmeras da década de 50. A direção de José Luiz Villamarim sempre engrandece qualquer produto e não foi diferente agora, assim como a brilhante fotografia de Walter Carvalho. O elenco se destacava, principalmente Débora Falabella e Murilo Benício, em torno da elaboração do fictício folhetim "Anna Karenina", enfim. Todo esse conjunto é merecedor de reconhecimento, fazendo valer a premissa do seriado.

Porém, os dramas dos personagens se mostraram limitados desde o início. E a série decaiu justamente porque passou a focar somente nisso, esquecendo todo o contexto que a cercava. Os conflituados bastidores das telenovelas, a guerra de egos, o difícil mercado do patrocínio, a disputa por audiência, o preconceito que atores negros enfrentavam na hora de ganhar papéis, o medo do galã do folhetim ter a sua homossexualidade exposta, entre tantos outros temas inicialmente abordados no seriado, foram se apequenando para focar principalmente no relacionamento de Saulo e Verônica, deixando algumas outras cenas para o triângulo raso composto por Beatriz, Otaviano (Daniel de Oliveira) e Júlia (Letícia Colin).

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" prova que Emanuel Jacobina perdeu a habilidade de conduzir bem um roteiro

Que "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" é melhor que a temporada passada não há dúvidas. O enredo central é muito melhor estruturado, apresentando desdobramentos que despertam interesse do público, além de ter uma vilã bem construída. Entretanto, uma semelhança começou a surgir ao longo da trama, lembrando os equívocos observados em "Malhação - seu lugar no mundo": a perda de rumo da história. Infelizmente, Emanuel Jacobina vem comprovando que perdeu a habilidade de encaminhar com competência um roteiro.


A nova temporada começou de forma promissora e os únicos defeitos eram justamente frutos do resquício da fase passada: o núcleo do colégio Dom Fernão (completamente avulso) e o desnecessário casal Krica (Cynthia Senek) e Cleiton (Nego do Borel) ---- Nanda (Amanda de Godoi) e Jéssica (Laryssa Ayres) foram as exceções, pois ganharam um bom destaque através de novas tramas. Mas atualmente até mesmo o novo enredo vem apresentando falhas, principalmente em torno das mudanças forçadas criadas pelo autor, sem o mínimo de lógica, abusando da inteligência do telespectador.

Joana (Aline Dias), por exemplo, veio do Ceará atrás de uma melhor condição de vida no Rio de Janeiro e em busca do pai, até então um desconhecido. Conseguiu um emprego na academia Forma, cujo proprietário é justamente o seu pai, Ricardo (Marcos Pasquim).

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Entre honrosos vencedores, "APCA" reconhece o êxito de "Justiça"

Os vencedores da "APCA" (Associação Paulista de Críticos de Artes) foram anunciados na noite da última quarta-feira (30/11), na Sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Como sempre ocorre em todos os anos, foram vários segmentos, incluindo teatro, Literatura, Dança,Artes Visuais, Moda, Rádio, cinema e televisão. Foram sete categorias para eleger os melhores da TV e a justiça mais uma vez prevaleceu, pois os vitoriosos fizeram jus aos troféus através de grandes trabalhos ao longo de 2016, ainda que muitos dos derrotados também merecessem.


"Justiça" ganhou como Melhor Série/Minissérie e a vencedora não poderia ser outra. O enredo ousado de Manuela Dias, que interligava quatro histórias independentes ao longo de quatro capítulos por semana, foi primoroso e arrebatou o público. O sucesso foi merecido e o trabalho do elenco merece inúmeros aplausos, sendo necessário destacar Adriana Esteves, Jesuíta Barbosa, Débora Bloch, Antônio Calloni, Leandra Leal, Marjorie Estiano, Enrique Diaz, Drica Moraes, entre outros. Das concorrentes, só uma também fez jus ao troféu: "Ligações Perigosas", da mesma Manuela Dias, exibida em janeiro. Já "Supermax", "A Garota da Moto" e "Me Chama de Bruna" (da Fox), embora boas, não chegaram a merecer premiações.

Ainda em cima da excelente minissérie vencedora, José Luiz Villamarim ganhou como Melhor Diretor e com total mérito. Seu trabalho em "Justiça" confirmou mais uma vez a sua extrema competência, já vista em obras excepcionais como "O Canto da Sereia", "Amores Roubados" e "O Rebu".

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Destaque como Luciane em "A Lei do Amor", Grazi Massafera ganhou muito mais que um Emmy

A ex-Miss Paraná apareceu para o grande público na quinta edição do "Big Brother Brasil" (2005), conquistando uma imensa torcida na época. Acabou em segundo lugar, mas com frutos de campeã. Afinal, começou a cursar artes cênicas e estreou nas novelas em 2006, vivendo a interiorana Thelminha em "Páginas da Vida". Embora muito crua ainda, já dava para notar o seu potencial. Enfrentou muito preconceito ao longo de sua trajetória, inclusive de colegas da Globo, que a menosprezavam. Batalhou muito para provar o seu talento e ---- após seis novelas no currículo ----chegou ao auge em "Verdades Secretas" (2015), quando viveu a ex-modelo e drogada Larissa. Ganhou diversos prêmios por esse trabalho e ainda foi indicada ao Emmy Internacional. Agora brilha em "A Lei do Amor", interpretando a impagável Luciane. Essa batalhadora é Grazi Massafera.


A intérprete não ganhou o Emmy de Melhor Atriz, mas isso já era esperado, inclusive pela própria. A única surpresa foi a derrota da favorita Judi Dench para Christiane Paul. Entretanto, Grazi ganhou muito mais que um troféu. Ela não precisa mais provar nada para ninguém na profissão que escolheu. É uma ótima atriz. Sua atuação na trama de sucesso de Walcyr Carrasco impressionou pela total entrega, protagonizando cenas impactantes e que ficaram na memória do público e na história da teledramaturgia. A sequência em que Larissa se olha no espelho e chora copiosamente é apenas um dos muitos exemplos. Todos os prêmios nacionais que ganhou como Atriz Coadjuvante foram merecidos.

E confiando na capacidade de Grazi, Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari a escalaram para "A Lei do Amor", lhe presentando com um dos melhores perfis da atual trama das nove. Luciane roubou a cena assim que apareceu e desde então só tem crescido na história, se transformando em um dos trunfos do folhetim.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Os vencedores do "Prêmio Extra" de 2016

A edição de 2016 do "Prêmio Extra" aconteceu nesta (29/11), no Vivo Rio. Apresentada por Tatá Werneck e Gabriel Godoy, a premiação teve Glória Pires como a grande homenageada da noite e distribuiu troféus em 13 categorias ---- Melhor Novela, Programa, Atriz, Ator, Atriz Coadjuvante, Ator Coadjuvante, Revelação Feminina, Revelação Masculina, Série, Apresentador, Tema de Novela, Ator/Atriz Mirim e Programa de Humor ----, onde algumas delas pecaram pela ausência de nomes que brilharam no ano, ao mesmo tempo que fizeram justiça com outros profissionais. Por sinal, quase todos os vencedores foram merecidos.


A categoria Ator/Atriz Mirim teve finalistas justos em sua maioria. Giovanna Rispoli se destacou como a rebelde gótica Jojô em "Totalmente Demais", Larissa Manoela é o maior nome de "Cúmplices de um Resgate", Xande Valois brilhou como Claudinho em "Êta Mundo Bom", Tobias Carrieres emocionou como Jesus em "Justiça" e Gabriel Palhares fez jus ao troféu, pois foi uma grata surpresa de "Liberdade, Liberdade", divertindo na pele do carismático Caju. Já a indicação de João Guilherme, cujo desempenho em "Cúmplices de um Resgate" deixa bem a desejar, deveria ser substituída por JP Rufino em "Êta Mundo Bom" ou Letícia Braga pela Mayara de "Justiça".

No quesito Revelação Feminina, vale destacar a indicação da maravilhosa Lucy Alves, que impressionou pelo seu desempenho em "Velho Chico". Parecia uma veterana vivendo a Luzia e sua vitória foi incontestável. Giullia Buscacio foi outra boa selecionada, uma vez que emocionou vivendo a Olívia na mesma novela de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Por que "Supermax" foi uma das séries mais fracassadas da Globo?

Criada por Fernando Bonassi, José Alvarenga Jr. e Marçal Aquino, "Supermax" é um dos projetos mais ousados da Globo por várias razões: primeira produção nacional voltada para o terror, sobrepondo o suspense e abusando de sequências sanguinolentas; elenco quase todo formado por atores pouco conhecidos do público; e estilo muito semelhante aos seriados americanos do gênero. Outro traço de ousadia foi a forma de divulgá-la: a emissora lançou 11 episódios na internet (através do aplicativo Globo Play), deixando somente o último (décimo segundo) inédito para ir ao ar na televisão. A questão é que todos esses pontos podem explicar o fracasso do produto, que configura a menor audiência de uma série da líder na faixa das 23h, superando até mesmo a problemática "O Dentista Mascarado".


A série estreou com 15 pontos e foi perdendo audiência a cada semana. Até chegar aos 9 pontos, perdendo algumas vezes a liderança para o sucesso "MasterChef Profissionais" ---- na penúltima terça de novembro (dia 22), a Band chegou a ficar mais de uma hora em primeiro lugar (74 minutos) -----, e até mesmo ficando atrás do SBT. É um resultado péssimo, onde sua média geral é de apenas 12 pontos. Entretanto, o capricho da produção é evidente. O presídio construído é grandioso e os efeitos especiais dos elementos sobrenaturais passam longe de qualquer tipo de 'tosquice', por exemplo. Então qual a razão do público não corresponder? É difícil fazer qualquer tipo de análise de um fracasso, pois não existe ciência exata em se tratando de televisão. Mas, como citado no primeiro parágrafo, há algumas explicações plausíveis.

O 'thriller' é um gênero de nicho, ou seja, só agrada um determinado tipo de público. Uma pessoa que não gosta de comédia romântica, hipoteticamente, pode vir a gostar de um seriado ou filme com essas características caso o enredo lhe agrade. Mas um telespectador que não gosta de terror por causa das cenas fortes e momentos de 'susto'' jamais se interessará por alguma produção do tipo, por mais que a história seja interessante.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Débora Falabella é o grande destaque de "Nada Será Como Antes"

"Nada Será Como Antes" vem cumprindo menos do que prometeu. A série escrita por Guel Arraes, Jorge Furtado e João Falcão tem uma boa premissa, mas o enredo deixa a desejar, pois foca em situações não muito atrativas em detrimento da história do surgimento da televisão. Os dramas da ficção são fundamentais para o conjunto, mas, infelizmente, os que foram criados não prendem o telespectador, ainda mais em um formato semanal. Entretanto, a direção precisa de José Luiz Villamarim novamente se sobressai , extraindo o melhor do elenco muito bem escalado. E um dos grandes destaques é Débora Falabella.


A atriz estava longe da telinha desde a sua ótima participação em "Dupla Identidade" (2014), onde viveu a complexa Ray, namorada do serial Killer Edu (Bruno Gagliasso). Em 2015 ainda esteve em um dos episódios da série "As Canalhas", do canal a cabo GNT, mas não participou de nenhuma outra produção. O seu retorno é mais do que bem vindo e o seu papel faz jus ao seu talento, principalmente porque explora várias vertentes cênicas, incluindo uma deliciosa metalinguagem. Débora interpreta justamente uma atriz que enfrenta problemas pessoais e profissionais, precisando lidar com o julgamento da sociedade e com o inesperado rumo que sua carreira toma.

É um perfil muito atrativo, o que proporciona para a intérprete bons momentos na série. Verônica era uma atriz de rádio-novela que viu sua vida mudar quando conheceu Saulo (Murilo Benício), seu grande amor. Ele virou uma espécie de empresário da esposa e a fez ficar ainda mais famosa --- no caso, a sua voz.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

"Carinha de Anjo" é uma graça de novela

Mantendo a já tradição de produzir folhetins infantis, o SBT estreou, nesta segunda-feira (21/11), "Carinha de Anjo", nova produção da emissora que com certeza terá uma duração tão grande quanto as tramas que vieram antes. Entrando no ar simultaneamente com a reta final de "Cúmplices de um Resgate", o novo remake tem como principal objetivo manter os pequenos diante da televisão, preservando a ótima audiência de "Carrossel", "Chiquititas" (que vem sendo reprisada logo depois) e da atual novelinha protagonizada por Larissa Manoela que está perto do seu fim.


Porém, apesar de seguir mantendo o mesmo tipo de público, houve uma mudança na equipe. A autora Íris Abravanel e o diretor Reynaldo Boury, responsáveis pelas três novelas anteriores, saem de cena e cedem lugar para Leonor Corrêa (responsável pela condução do roteiro) e Ricardo Mantoanelli (na direção). É verdade que Íris não saiu tão de cena assim, pois é supervisora de texto, entretanto, já é uma renovação importante. A própria história, por sinal, exige uma alteração na forma de ser contada, uma vez que é ainda mais infantil que as antecessoras.

É uma novela de crianças para crianças, onde a 'fofura' é o mote do enredo. Ao contrário das outras produções, que tinham personagens saindo da infância e entrando na pré-adolescência, "Carinha de Anjo" é totalmente infantil. O elenco é repleto de pequenos cuja idade máxima não passa de sete ou oito anos. E a protagonista tem apenas cinco aninhos, fazendo jus ao título da trama.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Emmy Internacional consagra o estrondoso sucesso de "Verdades Secretas"

O 44º Emmy Internacional foi promovido nesta segunda-feira (21/11), no hotel Hilton, em Nova York, Estados Unidos. A importante e prestigiada premiação teve seis indicações brasileiras em cinco categorias, sendo elas: Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Comédia, Melhor Telefilme/série e Melhor Novela. Alexandre Nero (pelo Romero de "A Regra do Jogo") perdeu para Dustin Hofmann (Roald Dahl`s Esio Trot); Grazi Massafera (pela Larissa de "Verdades Secretas") perdeu para Christiane Paul (Unterm Radar); "Zorra" perdeu para "Hoff the Record" (Reino Unido) e "Os Experientes" perdeu para "Capital" (Reino Unido). Somente "Verdades Secretas" triunfou, derrotando também a brasileira "A Regra do Jogo", que nem deveria estar concorrendo e, sim, "Sete Vidas" ou "Além do Tempo".


Com exceção da trama de João Emanuel Carneiro, a sua mais fraca da carreira, todos mereceram as indicações. Alexandre brilhou como Romero, Grazi deu um show como Larissa, "Zorra" foi totalmente reformulado e está muito melhor sem o humor popularesco, e "Os Experientes" foi uma série primorosa de Fernando e Quico Meirelles, valorizando os atores veteranos. Infelizmente nenhum levou o troféu, mas as indicações já valeram bastante. Já o triunfo de "Verdades Secretas" foi a consagração de um dos melhores trabalhos de Walcyr Carrasco, que conseguiu criar um folhetim extremamente ousado, onde vários temas polêmicos foram abordados com maestria, conquistando o público do primeiro ao último capítulo.

A novela tinha como pano de fundo a prostituição no mundo da moda, despertando a fúria de várias agências de modelos que faziam questão de negar o esquema. Mas a verdade é que o autor se baseou em fatos reais, tocando na ferida e ainda usando a situação como um ótimo elemento ficcional. Não demorou para o telespectador se interessar pela saga da protagonista Arlete (a grata revelação Camila Queiroz), que acabou virando a sensual Angel assim que entrou na agência da cafetina Fanny (brilhante Marieta Severo).

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Fazendo jus ao protagonismo de "A Lei do Amor", Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu transmitem a linda sintonia de Pedro e Helô

A missão não era nada fácil: repetir a química arrebatadora vista entre Chay Suede e Isabelle Drummond na primeira fase de "A Lei do Amor". Entretanto, Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu conseguiram atingir o objetivo com louvor e logo na primeira cena deles, na segunda fase da novela das nove, que está há pouco mais de um mês no ar. A essência do par foi mantida, assim como a sintonia observada no prólogo de cinco capítulos do folhetim, protagonizado pelos jovens atores citados.


Pedro e Helô têm uma história muito bem construída por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que souberam conquistar o telespectador com uma primeira fase voltada praticamente para o nascimento desse amor. E o par representou um dos maiores clichês da teledramaturgia em seu início: a mocinha pobre e o mocinho rico que se apaixonam, mas acabam tendo a paixão destruída por uma armação dos vilões, representados pelo pai e pela madrasta do rapaz. Vinte anos se passaram, mas o sentimento continuou intenso, apesar da distância e do mal entendido (uma traição inexistente) provocado por Fausto (Tarcísio Meira) e Magnólia (Vera Holtz).

O receio do encanto do casal ter se quebrado com a mudança de fase era inevitável, afinal, Chay e Isabelle formaram um par encantador. Mas Gianecchini e Cláudia logo acabaram com esse medo assim que protagonizaram o reencontro dos protagonistas, justamente em uma praia que representava um dos locais mais marcantes dos personagens.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

"MasterChef Profissionais" expõe a longevidade do formato tão explorado pela Band

No dia 4 de outubro estreou o "MasterChef Profissionais", menos de dois meses depois do término da terceira temporada do "MasterChef", que durou quase seis meses. A nova versão do reality culinário, como o próprio nome diz, é composto somente por cozinheiros experientes, onde o nível da disputa é bem maior. Mas, apesar da leve mudança, não deixa de ser mais do mesmo. E a grande questão era uma só: a Band estaria desgastando o formato? Pois o imenso sucesso da atual fase apenas expõe que esse programa tem uma longevidade invejável, por mais que a emissora esteja mesmo abusando de sua exibição.


A atual edição não demorou para apresentar índices expressivos de audiência, ao contrário das temporadas anteriores, que começaram de forma mais 'tímida' nos números. A atração chegou até a liderar, deixando a série "Supermax" e o "Jornal da Globo" para trás. Ou seja, o público aprovou o reality e não se cansou nem um pouco dele, pelo contrário. Mesmo com um intervalo muito curto entre uma temporada e outra, a competição mantém o interesse do telespectador, se firmando como a galinha dos ovos de ouro da Band.

A emissora, inclusive, agora só tem esse programa para se apoiar. Afinal, abriu mão dos direitos do Campeonato Brasileiro e dos jogos estaduais, deixando toda a equipe de jornalismo esportivo apreensiva. A estreia do "X Factor", que seria um novo produto para atrair público, ainda decepcionou, apresentando jurados equivocados e candidatos fracos.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

"Pai Herói", "A Gata Comeu" e "Torre de Babel": três ótimas reprises do Canal Viva

O mês de outubro foi marcado por três grandes estreias do Viva. O canal começou a reprisar uma trinca de novelas de imenso sucesso e que marcaram a história da teledramaturgia, após as reprises bem-sucedidas de "Laços de Família", "Mulheres de Areia" e "Meu Bem Meu Mal". "Torre de Babel"  (a polêmica trama de Silvio de Abreu) estreou no dia 10, "Pai Herói" (um dos grandes clássicos da saudosa Janete Clair) no dia 17 e "A Gata Comeu" (um dos inúmeros êxitos da inesquecível Ivani Ribeiro) no dia 24. As três produções têm estilos completamente distintos e as reprises são um presente para o público saudosista.


As histórias, o ritmo, as temáticas, as épocas, enfim, os folhetins se diferem em tudo. Ou seja, tem novela para todos os gostos e é muito interessante observar as narrativas de cada momento da teledramaturgia, além do processo de cada autor, sendo que dois deles precisaram lidar com adversidades em seus trabalhos. Janete e Silvio enfrentaram desafios complicados: ela recebeu a missão de escrever uma novela rapidamente para substituir Lauro César Muniz (que se adoentou e não pôde desenvolver a sua trama prevista para a faixa nobre) e ele precisou mexer em toda a estrutura de sua obra em virtude da rejeição do público. Os dois foram bem-sucedidos na difícil tarefa. E no caso de Ivani não houve complicações, emplacando outro remake de sucesso de sua carreira.

"Pai Herói" (1979) foi dirigida por Walter Avancini, Gonzaga Blota e Roberto Talma, três diretores de extrema competência. A autora --- conhecida como a 'maga' das novelas --- fez o folhetim cair nas graças do público através da saga de André Cajarana (Tony Ramos), homem humilde que sempre admirou o pai e faz questão de investigar as causas da sua morte, além de lutar bravamente para limpar seu nome.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Por que o "Estrelas" tem um quadro de culinária?

O "Estrelas" estreou nas tardes de sábado no dia 8 de abril de 2006. Ou seja, completou dez anos neste ano. E a trajetória do programa comandado por Angélica é respeitável. Ao longo deste tempo sofreu algumas modificações, até chegar ao formato ideal, valorizando o bate papo da apresentadora com seus convidados. Entretanto, um dos problemas da atração (e que curiosamente nunca foi solucionado) é a presença de um quadro de culinária.


Angélica já declarou várias vezes a sua falta de aptidão para a cozinha, portanto, são os convidados que fazem os pratos. Enquanto cozinham, há uma conversa quase sempre sem relevância. E para culminar, a apresentadora tem várias restrições alimentares, amplamente divulgadas por ela, inclusive. Não come carne, gorduras e nem chocolate, citando apenas alguns exemplos. Ou seja, alimentos presentes em inúmeras receitas, ainda mais de pessoas que não são cozinheiras profissionais, como é o caso de cada ator, atriz ou cantor que participa.

Portanto, não são poucas as vezes em que Angélica se recusa a provar algum prato. Claro que quando isso ocorre se instaura um clima desagradável, por mais que haja uma tentativa de aparentar naturalidade. E até quem assiste se sente incomodado. Recentemente, por exemplo, João Baldasserini (que viveu o Beto em "Haja Coração") preparou uma carne de panela e ela não comeu.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

"Rock Story" tem estreia movimentada e com elementos promissores

"Uma história de amor movida a música e uma história de música movida a amor". Esse slogan anunciado nas chamas iniciais resume o enredo de "Rock Story", nova novela das sete, que estreou nesta quarta (09/11) ---- em virtude do término atípico da produção anterior ----, substituindo "Haja Coração". A trama marca a estreia de Maria Helena Nascimento como autora solo, após vários trabalhos como colaboradora. O desafio maior será manter a média alta da obra de Daniel Ortiz, que por sua vez manteve os ótimos índices de "Totalmente Demais". E o primeiro capítulo conseguiu mostrar tudo o que está por vir, priorizando os conflitos que envolvem o núcleo central, não poupando acontecimentos.


Dirigida por Dennis Carvalho e Maria de Médicis, a novela tem a música como pano de fundo e o imenso sucesso de "Cheias de Charme" (reprisada atualmente no "Vale a Pena Ver de Novo") é um bom indicativo para a atual produção. Claro que repetir o fenômeno é quase impossível, mas há bons elementos para atrair o público. Afinal, não é nem um pouco anormal observar a rivalidade entre dois cantores famosos, disputando espaço entre os fãs lançando hits que estouram no mercado musical. E o folhetim retrata justamente isso, expondo ainda todos os meandros que costumam ficar nos bastidores. O intuito não é ser um retrato da realidade, mas as situações são de fácil comparação com alguns casos da vida real, embora a ficção seja bem mais exagerada, obviamente.

A estreia foi promissora. A autora não poupou conflitos e nem apresentou os personagens, como se costuma fazer no início de qualquer história. A sensação de correria se fez presente por alguns momentos, mas, ainda assim, o capítulo (que chegou a parecer o 25 e não o 1) prendeu atenção e nem deu para piscar em virtude das constantes reviravoltas que ocorreram logo no começo.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

"Haja Coração" tinha todos os ingredientes de uma ótima novela das sete, mas deixou a desejar

Foram apenas cinco meses no ar e 139 capítulos. "Haja Coração" estreou em 31 de maio, excepcionalmente uma terça-feira, e chegou ao fim (também excepcionalmente) nesta terça, dia 8 de novembro ---- o caso da estreia houve a justificativa plausível de adiar o fim de "Totalmente Demais" para não enfrentar um feriado prolongado, mas no caso da trama atual foi algo gratuito e desnecessário mesmo. A segunda novela de Daniel Ortiz foi um remake de "Sassaricando" (1987), grande sucesso de Silvio de Abreu, e cumpriu sua missão no quesito audiência: teve média de 27,5 pontos, empatada tecnicamente com o fenômeno anterior de Rosane Svartman e Paulo Halm (27,4). Excelentes números. Porém, a produção poderia ter sido muito melhor do que foi.


Após seu bom trabalho como estreante em "Alto Astral" (2014), o autor apresentou um início promissor de seu segundo folhetim. Havia ali todos os ingredientes de uma deliciosa novela das sete. E o primeiro mês foi animador, onde a dupla formada por Fedora (Tatá Werneck) e Teodora (Grace Gianoukas) logo se destacou, assim como o trio impagável de amigas interesseiras formado por Rebeca (Malu Mader), Penélope (Carolina Ferraz) e Leonora (Ellen Roche). A composição de Mariana Ximenes como Tancinha também agradou e parecia uma ótima protagonista, tendo ainda a rivalidade com Fedora como um dos atrativos. Os erros observados em alguns núcleos paralelos deslocados e na história cansativa do mocinho Apolo (Malvino Salvador) pareciam pequenos diante dos acertos.

Entretanto, ao longo dos meses, Ortiz começou a dar claros sinais de falta de domínio de seu enredo. Os problemas começaram a crescer e até mesmo os pontos positivos começaram a ficar negativos. A falsa morte de Teodora foi um dos mais graves equívocos do autor, que preferiu seguir o roteiro original de "Sassaricando", ignorando a diferença do contexto atual. O resultado foi catastrófico para o núcleo Abdala, que era o melhor da novela. Com a saída da melhor personagem da família, todos os perfis ficaram sem função e perdidos na história.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Mariana Ximenes compôs uma ótima Tancinha em "Haja Coração"

"Haja Coração" chega ao fim nesta terça (08/11), marcada por altos e baixos. Apesar do êxito nos números de audiência, a novela de Daniel Ortiz teve sérios problemas de condução e equívocos evidentes. Entre eles a falta de um enredo que fizesse jus ao protagonismo de Tancinha, personagem icônico de Cláudia Raia em "Sassaricando", que voltou ao ar 29 anos depois nas mãos de Mariana Ximenes. Mas, apesar da falta de história, o perfil foi defendido com brilhantismo pela intérprete, cujo desempenho arrancou merecidos elogios.


Na novela original de Silvio de Abreu, exibida em 1987, Tancinha era um perfil pequeno que foi crescendo até dominar a trama, ofuscando o enredo principal. Tudo graças ao talento de Cláudia Raia, que adotou um tom caricato da feirante que comia o plural, inseria o pronome 'me' em todas as frases e exagerava no sotaque paulistano. Visando esse sucesso, o autor optou em transformar a personagem em protagonista de "Haja Coração". Entretanto, se esqueceu de criar um enredo digno de perfil principal e que move a história. Inicialmente, até parecia que a trama dela renderia, pois a rivalidade com Fedora (Tatá Werneck) funcionou e a investigação sobre o desaparecimento do pai gerava interesse.

Mas ao longo dos meses nada se manteve. A rivalidade da feirante com a patricinha se diluiu quase por completo e a procura dela pelo pai acabou sem maiores explicações. A única função da personagem passou a ser a indecisão amorosa. Tancinha ficou 'divididinha' entre Beto (João Baldarreini) e Apolo (Malvino Salvador), protagonizando cansativas idas e vindas com ambos. Até mesmo o sonho da personagem (fazer balé) era fruto do desejo da mãe e não dela.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Bárbara França é uma grata revelação de "Malhação - Pro Dia Nascer Feliz"

"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz" estreou no final de agosto e desde então tem sido possível observar um bom enredo, principalmente se comparado com a fraca temporada passada, escrita pelo mesmo Emanuel Jacobina. O principal acerto é o núcleo central, envolvendo Ricardo (Marcos Pasquim), o dono da Academia Forma. Tudo que está ligado a ele desperta atenção, vide a sua relação conturbada com as três filhas, seu romance com Tânia (Deborah Secco), o desgaste com a namorada Tita (Paula Possani), a rivalidade com o ex-amigo Caio (Thiago Fragoso) e a descoberta da filha Joana (Aline Dias). Mas entre todos os pontos da trama principal, há um que merece uma menção especial: o desempenho de Bárbara França.


A intérprete da vilã Bárbara, ironicamente o seu nome real, se sobressaiu logo na estreia, já prometendo bons momentos no seriado adolescente. E a promessa vem sendo cumprida com louvor. A personagem é riquíssima, cheia de nuances, proporcionando para a atriz ótimas cenas. Não é apenas um perfil malvado, pois há todo um contexto explicativo para a sua personalidade nada fácil. A irmã de Juliana (Giulia Gayoso) e Manuela (Milena Melo) tem uma relação de extrema carência com o pai, fazendo de tudo para ter aprovação ou reconhecimento do seu esforço ---- ela trabalha na academia e é o braço direito dele. A ausência da mãe (já falecida), com quem era muito ligada, a afeta e o seu relacionamento amoroso com Gabriel (Felipe Roque) é de insegurança, refletindo um ciúme intenso e tentativa de posse.

Todas essas características engrandecem o papel, provocando várias vezes uma compreensão pelas suas motivações. Muitas de suas atitudes não têm justificativa, mas têm explicação. E quando isso ocorre é sinal claro da densidade do perfil. O conjunto que a cerca sempre foi desenhado e vem sendo bem desenvolvido pelo autor desde a estreia, valorizando a intérprete.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Marisa Orth pôde explorar uma faceta dramática pouco conhecida em "Haja Coração"

Todo ator foge do estigma. Nenhum intérprete gosta de ser conhecido apenas por um determinado tipo de papel. O sonho de um profissional das artes cênicas é justamente ter a possibilidade de exercer versatilidade, mostrando que é capaz de viver qualquer tipo. Nem todos conseguem. Alguns por falta de oportunidade e outros por falta de talento mesmo. Marisa Orth, por exemplo, ficou conhecida por muito tempo pelos seus papéis cômicos, especialmente a inesquecível Magda, de "Sai de Baixo". Mas, em "Haja Coração", pôde mostrar que também tem talento de sobra no drama.


A batalhadora Francesca se viu abandonada pelo marido ---- o sumiço de Guido (Wernner Schunemann) foi um dos 'mistérios' da novela, só sendo revelado no último mês ---- e criou os quatro filhos sozinha, trabalhando como feirante. Tem uma relação de cumplicidade com o filho Giovanni (Jayme Matarazzo), enquanto demonstra um grande afeto por Tancinha (Mariana Ximenes) e uma superproteção com Shirlei (Sabrina Petraglia). O seu relacionamento com Carmela (Chandelly Braz) é bastante problemático e ainda demorou muito para se abrir a um novo amor. Ou seja, é um perfil que não tem absolutamente nada de cômico.

Daniel Ortiz confiou no talento da atriz para o papel e valeu a pena. Inicialmente, a personagem seria interpretada por Christiane Torloni, com quem o autor trabalhou em "Alto Astral", mas a intérprete foi deslocada para "Velho Chico", havendo assim a troca. Sorte da Marisa, que pôde exercer uma faceta não muito conhecida do grande público.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Reprise de "Torre de Babel" no Viva comprova a coragem e a ousadia de Silvio de Abreu

O Viva começou a reprisar a polêmica "Torre de Babel" no dia 10 de outubro e desde então tem sido possível observar com mais clareza o quanto a novela de Silvio de Abreu, dirigida por Denise Saraceni, era ousada e corajosa para época. Aliás, seria ousada até nos tempos atuais, levando em consideração o politicamente correto e a rejeição do público por questões mais complexas. A novela, exibida originalmente em 1998, teve um início muito conturbado e problemas de audiência. No entanto, o autor conseguiu reverter a situação, a transformando em um imenso sucesso. E são várias as razões que explicam o porquê da resistência inicial do telespectador 'médio', assim como expõem a riqueza do enredo e a coragem do autor.


As primeiras semanas da história foram muito pesadas e não havia um casal protagonista parta torcer. O enredo se baseava primeiramente em três pontos: a vingança do agressivo Clementino (Tony Ramos), o romance de Rafaela (Christiane Torloni) e Leila (Silvia Pfeifer) e as implicações provocadas pelo vício em drogas de Guilherme (Marcelo Antony). Três situações consideradas polêmicas. Para culminar, as cenas do primeiro capítulo foram muito fortes e hoje em dia só poderiam ir ao ar em uma novela das 23h. O personagem vivido magistralmente por Tony flagrou a sua mulher com dois homens e a matou com golpes de pá. Ele também chegou a matar um dos amantes. Uma sequência chocante e grandiosa, toda ambientada em 1978. Já no final da estreia da novela, após uma passagem de vinte anos, houve uma invasão de traficantes na mansão dos pais do rapaz viciado, iniciando um tiroteio no meio de uma luxuosa festa.

Ou seja, foi um início nem um pouco 'suave'. E isso não foi um demérito, pelo contrário. Mostrou a coragem do autor em sair do mais do mesmo, apostando em um enredo denso e repleto de situações extremamente dramáticas. Porém, quem arrisca muitas vezes paga um preço e Silvio pagou com a rejeição do público, que considerou tudo pesado demais.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Na pele da sofrida Shirlei, Sabrina Petraglia foi o maior destaque de "Haja Coração"

"Haja Coração" está quase no seu fim e a segunda novela de Daniel Ortiz teve mais erros que acertos. Entretanto, a trama apresentou alguns bons destaques e outros que fizeram um sucesso além do esperado. O caso de Shirlei, por exemplo, ultrapassou até o mais otimista: a personagem tinha uma participação relativamente pequena no início do enredo, mas foi crescendo à medida que Sabrina Petraglia ia mostrando o seu talento. Até chegar ao ponto de virar um dos trunfos do folhetim das sete, ganhando ares de protagonista.


A personagem foi a única que não fazia parte de "Sassaricando", produção de Silvio de Abreu que originou a atual versão, e sim de outra novela: "Torre de Babel", do mesmo autor, cuja reprise pode ser vista no Canal Viva. A menina extremamente sensível, com baixa autoestima e que tem uma deficiência na perna fez um imenso sucesso na obra original, destacando Karina Barum, que emocionou e cativou o público na época. Ironicamente, agora, não foi diferente. O perfil mais uma vez caiu nas graças do telespectador.

Para culminar, Shirlei ainda protagoniza um romance claramente inspirado nos contos de fadas, especialmente "Cinderela". Ela conheceu Felipe (Marcos Pitombo) quando o rapaz quase a atropelou e perdeu sua bota ortopédica, que ficou com ele até o aguardado reencontro. O 'príncipe' calçou a bota em sua amada e aí o amor se concretizou, iniciando uma saga que encantou o público.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Jurados equivocados e candidatos fracos fazem do "X Factor" uma decepção

O "X Factor" é um vitorioso formato que faz sucesso no mundo todo. Criado em 2004 por Simon Cowell, a atração não é muito diferente dos inúmeros outros programas do gênero. Consiste em achar talentos musicais e transformá-los em estrelas. Quatro jurados são os responsáveis em julgar os concorrentes até a grande final. A versão nacional até que demorou bastante para surgir, mas finalmente veio e na Band, que adquiriu o produto em coprodução com a TNT e a Freemantle, estreando a primeira temporada no dia 29 de agosto.


Apresentado por Fernanda Paes Leme (que está em seu primeiro trabalho fora da Globo), o programa tem o produtor musical Rick Bonadio e os cantores Paulo Miklos, Di Ferrero e Alinne Rosa integrando o juri. A emissora, com o intuito de resolver um pouco os buracos que surgiram na sua grade após a desistência dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, colocou a atração em dois dias da semana: segundas e quartas, às 22h30. Em virtude do sucesso do formato, havia um otimismo grande em relação ao retorno do público. Porém, já há quase dois meses no ar, o resultado não poderia ser mais desanimador.

Infelizmente, quase nada tem funcionado na versão nacional. O nível dos candidatos é fraquíssimo; os jurados estão cada vez mais equivocados e muitas vezes forçados; não houve explicação em cima da seleção dos escolhidos para as primeiras audições; e a duração do programa (mais de duas horas, ou seja, praticamente quatro horas e meia por semana) se mostra acima do necessário em função do que vem sendo apresentado.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

"Rock Story": o que esperar da próxima novela das sete?

A próxima novela das sete chegou a se chamar "Sonha Comigo" por um bom tempo, até mudar definitivamente para "Rock Story". E a trama marca a estreia de Maria Helena Nascimento como autora solo, após ter sido colaboradora de vários autores, como Antônio Calmon ("Caras & Coroa", "Um Anjo Caiu do Céu", "O Beijo do Vampiro" e "Começar de Novo"), Aguinaldo Silva ("Suave Veneno") e Gilberto Braga ("Pátria Minha", "Celebridade", "Paraíso Tropical" e "Insensato Coração"), entre outros. Agora o seu desafio é manter os bons índices de audiência de "Haja Coração" e conquistar o público de uma das faixas mais complexas da Globo.


A trama será bem musical, tendo um quê de "Cheias de Charme" (fenômeno das sete que vem sendo reprisado no "Vale a Pena Ver de Novo"). O mocinho é interpretado por Vladimir Brichta, que retorna aos folhetins após 11 anos (sua última novela foi "Belíssima", em 2005). Ele viverá o Gui, um roqueiro que fez muito sucesso nos anos 90, mas enfrenta um período de esquecimento, principalmente pela perda de espaço do rock no mercado da música. Seu objetivo é tentar se reerguer nos dias atuais. E seu maior inimigo será Léo Régis (Rafael Vitti), cantor romântico que faz imenso sucesso entre as adolescentes.

A rivalidade se dará por conta da canção "Sonha Comigo", que Gui garante ser sua e acusa o concorrente de roubá-la. A situação lembra um pouco, guardada as devidas proporções, a vivida por Maria Clara Diniz (Malu Mader) e Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu) em "Celebridade. Na trama, a empresária ganha fortunas após ser intitulada a "Musa do Verão", em virtude da música de mesmo título escrita para ela.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Ótima surpresa de "Haja Coração", Cristina Pereira fazia falta nas novelas

Ela estava afastada das novelas desde 2012 (quando atuou na fraca "Balacobaco", da Record) e seu último trabalho na Globo havia sido em 2005, em "A Lua me Disse", folhetim das sete escrito por Miguel Falabella. Sua última aparição na televisão foi em um episódio da série "Milagres de Jesus" (2014), da Record, fazendo parte do elenco de apoio. Agora, onze anos depois, Cristina Pereira retorna à emissora que a consagrou e se destaca merecidamente em "Haja Coração, na pele da arrogante Safira, tia de Fedora Abdala (Tatá Werneck).


A personagem chegou para movimentar o núcleo Abdala, que se perdeu completamente após a saída de Teodora (Grace Gianoukas). E a sua participação também é uma justa homenagem, pois Cristina interpretou a Fedora em "Sassaricando", imenso sucesso de Silvio de Abreu em 1987. A Safira, inclusive, reúne muitas semelhanças propositais com a filha de Aparício (na época Paulo Autran e hoje Alexandre Borges) no folhetim da década de 80. As vestimentas e acessórios todos vermelhos, a prepotência e sexualidade à flor da pele remetem imediatamente ao papel vivido pela atriz, que foi um de seus mais populares perfis da carreira.

A tia de Fedora chegou com o objetivo de decidir para quem irá transferir os seus 2% da empresa, alvo de cobiça da sobrinha e de Aparício. Porém, a situação fica em segundo plano diante dos momentos hilários protagonizados por ela, que tem a comicidade em seu DNA.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Juliana Silveira foi um bom destaque do elenco de "A Terra Prometida"

Nesta semana, foi ao ar uma sequência muito aguardada de "A Terra Prometida": a queda das muralhas de Jericó. A prévia da cena já havia sido mostrada na estreia da novela, no dia 5 de julho, antes do enredo retroceder no tempo, exibindo tudo o que ocorreu antes da chegada de Josué (Sidney Santiago) com o povo hebreu. Os momentos de batalha honraram a boa audiência (17/18 pontos), culminando ainda em uma quase mudança de fase. Afinal, muitos personagens importantes morreram e novos estão entrando. E um dos perfis vitimados foi a rainha de Jericó, vivida por Juliana Silveira.


A atriz foi um dos destaques da trama bíblica, mostrando mais uma vez o seu conhecido talento. Kalesi foi uma vilã extremamente caricata, parecendo as bruxas de peças infantis. Tudo era 'over': tanto a vestimenta, quanto as situações que protagonizava e o texto que proferia. Juliana seguiu o que foi imposto: imprimiu uma interpretação quase teatral e cumpriu a sua missão com louvor. Seria bem mais proveitoso se o papel tivesse um tom a menos, porém, a direção de Alexandre Avancini não quis assim e nem o autor Renato Modesto. Ou seja, a intérprete corria uma avalanche de riscos.

Mas Juliana conseguiu se sair muito bem na complicada empreitada. Apesar das inúmeras armadilhas que a personagem lhe impunha constantemente (muitas cenas eram exageradas demais), a atriz se destacou positivamente e foi um dos trunfos do elenco.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Insossa e com conflitos simplórios, "Sol Nascente" é uma novela sem atrativos

A atual novela das seis estreou no final de agosto (dia 29), ou seja, está há pouco mais de um mês no ar. A trama começou com belíssimas imagens e pouca história. Poderia ter sido apenas uma impressão inicial, revertida ao longo dos capítulos. Entretanto, não foi. Pelo contrário. Tudo o que havia sido observado no início se confirmou com o tempo, lamentavelmente. O folhetim escrito por Walther Negrão, Suzana Pires e Júlio Fisher ---- dirigido por Leo Nogueira ----, resumindo em apenas uma palavra, é entediante.


O enredo é fraquíssimo e não há atrativos que provoquem interesse em acompanhar a trama. O núcleo central é baseado no romance bobinho protagonizado por Mário (Bruno Gagliasso) e Alice (Giovanna Antonelli). A história do casal seria limitada até mesmo se fosse correspondente a um par coadjuvante, quanto mais protagonistas. Nunca houve empecilho para os dois ficarem juntos. Os dois são amigos desde a infância e só agora o rapaz se descobriu apaixonado. Ele se declarou, mas ela recuou, não querendo estragar a amizade. Passaram-se dois anos e a mocinha acabou se envolvendo com o vilão César (Rafael Cardoso), que deseja dar um golpe na família dela.

A situação já se esgotou com um mês de novela no ar. Não há elementos possíveis para se manter até março de 2017. Mário, nas primeiras semanas, se mostrou um sujeito quase obcecado e as cenas do personagem se lamuriando por amor foram constrangedoras. Nem mesmo os adolescentes da "Malhação" fariam algo parecido.