segunda-feira, 29 de abril de 2024

Bebel e Olavo foram a sensação de "Paraíso Tropical"

 A reprise de "Paraíso Tropical" no "Vale a Pena Ver de Novo" reforçou todas as qualidades da novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dirigida por Dennis Carvalho. A trama teve muitos acertos e impressiona rever como o rodízio dos núcleos eram bem realizados, proporcionando um destaque de todos. Mas o folhetim não ficou na memória do grande público. A história sofreu uma rejeição inicial em 2007 e os autores só conseguiram reverter a situação com algumas mudanças no enredo, entre elas o maior destaque para o casal Bebel e Olavo. 


Os vilões acabaram tomando o lugar dos mocinhos, que fracassaram logo no início por conta da construção equivocada e muito apressada do romance. Fábio Assunção e Alessandra Negrini tiveram um ótimo desempenho e a culpa do fiasco do amor de Daniel e Paula não foi deles. Mas os intérpretes foram inevitavelmente ofuscados por Camila Pitanga e Wagner Moura. Até porque Gilberto e Ricardo foram muito mais hábeis no envolvimento do grande vilão da história com a garota de programa que sempre sonhou com uma vida de luxo. 

Olavo foi inicialmente apresentado como um típico malvado maniqueísta. Não havia um contexto para a personalidade egocêntrica e arrogante do sujeito que sempre quis destruir Daniel na empresa de Antenor Cavalcante (Tony Ramos). O empresário nutria inveja pelo rival, principalmente por conta da relação de carinho que Antenor e Ana Luísa (Renée de Vielmond) tinham com o 'filho do caseiro'.

sábado, 27 de abril de 2024

A vovó e a irmã sumiram em "Família é Tudo"

 A atual novela das sete vem elevando os índices do fiasco de "Fuzuê" e faz por merecer. Daniel Ortiz é um autor que domina bem o horário das sete (até hoje só escreveu para a faixa) e são vários os personagens carismáticos. É uma trama gostosa de acompanhar, ao menos por enquanto. Porém, a maior mentira propagada pela Globo em cima da produção foi o sobre o suposto protagonismo de Arlete Salles.

Tanto nas chamadas quanto nas coletivas de imprensa a maior informação sobre a história era a respeito da presença da atriz vivendo gêmeas, aos 85 anos, pela primeira vez na carreira. Já era sabido que Frida desapareceria no mar para o enredo dos cinco netos ter todos os desdobramentos em cima da herança. O que ninguém sabia era que a gêmea 'sumiria' junto com a irmã. Isso porque Arlete Salles dominou os primeiros capítulos da produção e conseguiu diferenciar as personagens com talento. Enquanto uma era solar e extrovertida, a outra era sombria e amarga. 

No capítulo em que Frida sumiu no mar, no entanto, ficou claro que Catarina, apesar de tudo, amava aquela irmã e fez de tudo para que seu filho, Hans (Raphael Logam), a salvasse. Até agora nada foi divulgado a respeito da ação do vilão e é um dos mistérios do enredo.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

"No Rancho Fundo" tem início menos corrido que "Mar do Sertão"

 Mário Teixeira foi chamado às pressas pela Globo para apresentar uma nova sinopse para a faixa das seis. Isso porque "O País de Alice", novela que Lícia Manzo preparava para o horário e já em processo de escalação, foi  cancelada de última hora pela cúpula da emissora por considerar o enredo elitista. E após o fiasco do remake de "Elas por Elas", o objetivo era reerguer a audiência com uma história de apelo popular. O autor, então, decidiu produzir uma espécie de continuação de "Mar do Sertão". E nasceu "No Rancho Fundo", que estreou segunda-feira passada, dia 15.


A novela sofreu uma avalanche de críticas nas redes sociais assim que seu material começou a ser divulgado e grande parte da indignação veio de nordestinos, que não aguentam mais se verem representados como miseráveis. As fotos da família central do enredo apresentavam os personagens sujos, com roupa maltrapilha e pele queimada do sol através de uma maquiagem bem evidente. A produção da trama sentiu o peso dos apontamentos do público e mudaram um pouco o figurino dos personagens, segundo matérias de vários sites de notícias. 

E dá para entender a revolta de parte das pessoas, afinal, esse tipo de abordagem é algo comum em se tratando de nordeste na ficção. São sempre cenários áridos, com pessoas de pouca condição financeira e uma aparência de seca por todo lado. Por mais que a desigualdade social no Brasil seja uma constante e ainda tenha muita gente passando sérias dificuldades (não é uma situação inverossímil), já passou um pouco da hora de mudar esse tipo de abordagem na teledramaturgia.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Morte de Venâncio rende ótimas cenas em "Renascer"

 Nesta segunda-feira, dia 22, foi ao ar o assassinato de Venâncio (Rodrigo Simas) em "Renascer". A morte trágica de um dos filhos de José Inocêncio aconteceu na versão original por conta de uma briga entre Taumaturgo Ferreira, intérprete de Venâncio em 1993, e o autor Benedito Ruy Barbosa. Alguns dizem que a morte estava planejada e foi antecipada, mas é uma polêmica antiga. Bruno Luperi, como costuma copiar e colar praticamente todo o enredo do avô, manteve o desfecho do personagem e a morte rendeu um grande capítulo. 


O momento de maior catarse foi toda a sequência da tocaia armada por Egídio (Vladimir Brichta). A direção de Gustavo Fernández e equipe merece aplausos de pé, principalmente porque nos tempos atuais há uma preguiça em grande parte da direção de novelas da Globo, além de corte de custos da emissora que prejudica bastante o resultado final de várias cenas, principalmente nas produções das seis e das sete. Toda a tensão daquele instante trágico foi demonstrado com precisão, tanto nas movimentações de câmera quanto nas imagens escolhidas. 

A cena da tocaia durou um minuto e 25 segundos. Egídio no alto de um grande pedregulho (como ele subiu até lá é uma liberdade poética) mirando no caminhão dirigido por João Pedro (Juan Paiva), enquanto Zé Inocêncio (Marcos Palmeira) cavalga em busca dos filhos e Inácia (Edvana Carvalho) reza diante de Nossa Senhora com duas velas acesas.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Série "Tributo" presta merecidas homenagens, mas expõe a hipocrisia da Globo

 Uma reverência ao legado de artistas apaixonados por seu ofício. Com essa perspectiva, "Tributo" reúne um grupo de pessoas cujas trajetórias profissionais se confundem intensamente com a própria história da televisão brasileira e deixam marcas profundas na cultura da nossa sociedade. A série documental, que já conta com seis episódios no Globoplay, terá uma leva de quatro deles exibida na Globo e o primeiro foi ao ar nesta sexta-feira, dia 19, após o "Globo Repórter", em homenagem a Lima Duarte.


O projeto "Tributo" ---- com redação de Isadora Wilkinson e Lalo Homrich, direção artística de Antônia Prado, direção de Matheus Malafaia e direção de gênero de Mariano Boni ---- foi iniciado no Globoplay em 23 de agosto de 2023 com uma bonita homenagem a Léa Garcia em virtude de sua morte no mesmo dia. Ainda irão ao ar na tevê aberta as homenagens a Laura Cardoso, Manoel Carlos (que estreou recentemente no Globoplay), Zezé Motta, Fernanda Montenegro, Ary Fontoura e Boni. Além de um processo de pesquisa em diversas fontes ---- acervo da TV Globo, jornais, revistas e películas ----, foram captadas cerca de dez horas de gravações inéditas para cada um dos convidados. 

O programa sobre Lima Duarte valorizou a grandiosidade de um dos maiores atores do país, que aos 20 anos estava presente na cerimônia de inauguração da TV Tupi --- a emissora pioneira no país ---, em 18 de setembro de 1950.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Com ótimo elenco e campeão justo, "BBB 24" foi um sucesso de audiência e repercussão

 A vigésima quarta edição do "Big Brother Brasil" chegou ao fim nesta terça-feira, dia 16, com tudo o que um bom reality precisa ter: ótimo elenco, boas rivalidades, entrega no jogo, polêmicas, barracos e o melhor: repercussão. Após duas temporadas fracassadas em sequência ("BBB 22 e 23"), Boninho voltou a sorrir com o "BBB" de volta na boca do povo, o que refletiu na audiência e no engajamento das torcidas. 


Mesmo diante dos problemas que a temporada teve, todos bem visíveis, é inegável que o "BBB 24" entra para a lista de melhores edições do reality. Não chegou nem perto dos fenômenos "BBB 20 e 21", que explodiram na época da pandemia, mas forneceu o que o fã do formato espera. Embora tenha repetido o erro de manter uma parte do elenco com famosos, os chamados "Camarotes", Boninho voltou a selecionar pessoas que realmente precisam do dinheiro e não querem apenas número de seguidores nas redes sociais para ganhar com publicidade. Isso fez toda diferença. 

O time "Pipoca" foi recheado de participantes carismáticos e que quiseram jogar sem maiores medos. O diretor só errou ao colocar 26 pessoas na casa para criar um início mais movimentado com várias eliminações por semana. O começo 'turbo' do "BBB" prejudicou o andamento do jogo porque o público não tinha tempo para conhecer quase ninguém e os paredões não causavam emoção alguma.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

"No Rancho Fundo": o que esperar da nova novela das seis?

 A Globo estreou nesta segunda-feira (15/04) a segunda continuação de uma novela sua. O primeiro caso foi com "Verdades Secretas 2", mas a trama de Walcyr Carrasco foi direcionada apenas para o Globoplay. O segundo foi com "Nos Tempos do Imperador", uma sequência de "Novo Mundo". Por mais que os responsáveis neguem, "No Rancho Fundo" é, sim, uma espécie de segunda parte de "Mar do Sertão", trama de sucesso exibida entre 2022 e 2023 na faixa das seis. Tanto que há uma aposta na produção por ser considerada algo mais 'seguro' para levantar os índices do horário, após o fracasso do remake de "Elas por Elas". 


A história tem todos os clichês que costumam funcionar e deram certo em "Mar do Sertão". Na beira do riacho, Quinota (Larissa Bocchino), moça de Lasca Fogo, um pequeno distrito fictício do Cariri, sonha em encontrar Marcelo Gouveia (José Loreto), que ela acredita ser seu grande amor. Enquanto Quinota nasceu e foi criada em meio às galinhas, Marcelo viveu em Lapão da Beirada, a parte urbana da região sertaneja. Dois universos distintos que se caracterizam pelo contraste, onde a cultura e as tradições se misturam e desempenham papel fundamental na identidade do sertão brasileiro. 

Criada e escrita por Mário Teixeira com direção artística de Allan Fiterman, "No Rancho Fundo" é uma comédia romântica contemporânea e narra a trajetória dos Leonel Limoeiro, conduzidos pelo braço forte e coração aberto da matriarca Zefa Leonel (Andrea Beltrão), a líder da família do interior que precisa lidar com o choque entre o lugar onde vivem e a cidade.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

"Elas por Elas" teve problemas visíveis, mas foi prejudicada pelo horário

 Ao contrário do que a atual cúpula da Globo pensa, remake não é garantia de sucesso. Até porque a emissora já teve muitas provas disso ao longo de seus quase 60 anos de existência. E "Elas por Elas", que chegou ao fim nesta sexta-feira (12/04), entra para a lista de adaptações que não deram certo na teledramaturgia. No entanto, a releitura da obra de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1982, não merece ser classificada como uma novela ruim. Muitos pontos precisam ser analisados a respeito da rejeição do público ao enredo que contou a saga de sete amigas. 


A sinopse era simples. Lara (Deborah Secco), Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) se conheceram em um curso de inglês e, inseparáveis, compartilharam as alegrias e desafios típicos da juventude. Porém, em uma viagem de fim de semana, um trágico acontecimento quebra esse laço e provoca um hiato nessa amizade. Duas décadas e meia depois, Lara encontra uma foto antiga e tem a ideia de juntar o grupo novamente em sua casa, sem desconfiar que o momento do reencontro, que deveria ser de apenas alegria, iria trazer também grandes revelações e desenterrar mágoas que tinham ficado guardadas no passado. 

A trama original era marcada pelo marasmo, onde a ausência de grandes conflitos era uma constante. Até porque era outra época. Não havia internet, celular, redes sociais, enfim, uma avalanche de distrações para o telespectador. Nem mesmo a concorrência nos demais canais de televisão provocava uma disputa. Mas já naquela época o quesito comicidade fazia a diferença nos folhetins das sete.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Insuportavelmente marcante no "BBB 24", Beatriz do Brás será lembrada por bem mais que 127 horas

 Hoje foi o fim da trajetória de Beatriz do Brás no "BBB 24". A participante marcou a vigésima quarta edição "Big Brother Brasil", mas caiu na maldição da perda do favoritismo na reta final por conta de atitudes impensadas, assim como aconteceu com Pink no "BBB 5" e Daniel Rolim no "BBB 11". Ela não tinha a menor chance de ganhar, mas garantiria o segundo lugar com certa folga. No entanto, sua presença será eternamente lembrada, tanto pelos que gostaram quanto que odiaram. 


Bia foi uma máquina de memes ao longo da temporada e caiu na boca do povo assim que apareceu nas chamadas por conta de sua personalidade histriônica. Isso porque vários vídeos seus fazendo propaganda de produtos no Brás, Região Central do município de São Paulo, caíram nas redes e comprovaram que ela não estava fazendo um tipo na casa mais vigiada do Brasil. E claro que não demorou para a participante se destacar na edição. É um perfil que não tem como passar despercebido. 

O jeito exagerado de Beatriz logo passou a gerar ódio de parte do público ao mesmo tempo que provocou simpatia de uma grande parcela. Ela jamais despertou indiferença e isso também valeu para seus concorrentes. Não demorou para a participante despertar um ranço em vários rivais, principalmente Fernanda e Pitel.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Tudo sobre a coletiva online de "Justiça 2", a nova série do Globoplay

 O Globoplay promoveu na primeira quarta-feira de abril, dia 3, a coletiva virtual de "Justiça 2", a nova série da plataforma de streaming. Participaram a autora Manuela Dias, o diretor Gustavo Fernández e os atores Murilo Benício, Leandra Leal, Paolla Oliveira, Nanda Costa, Belize Pombal, Juan Paiva, Leandra Leal, Alice Wegmann, Marco Ricca, Maria Padilha, Julia Lemmertz, Rita Assemany, Giovanni Venturini, Danton Mello, Gi Fernandes, Marcello Novaes, Tereza Seiblitz e Danton Mello. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 


Manuela Dias analisou sua obra: "Não é uma série focada nas questões judiciais, é focada no que a gente acredita o que é a justiça. A gente acredita tanto na justiça que quando a justiça na terra falha a gente acaba acreditando que uma justiça divina vai acontecer. E há crimes que não há reparação. Se você tem um carro roubado, ele pode ser recuperado. Mas, se você foi abusada, qual a reparação? A maior parte da série se passa em Ceilândia e é uma forma da gente abordar questões sociais ali. Foi maravilhoso gravar lá. A série restitui a humanidade a pessoas que são apagadas pela sociedade. São 28 episódios e as quatro histórias se entrelaçam".

Gustavo Fernández acrescentou: "A primeira ideia era gravar em uma cidade da Bahia, localizada no oeste, próximo da divisa com Maranhão, Piauí e Tocantins.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Ótimo como Sérgio, Marcos Caruso foi valorizado em "Elas por Elas"

 O telespectador mais atento já está cansado de saber que todas as novelas depois da pandemia praticamente aboliram a presença de atores mais velhos em cena. Dá para contar nos dedos de uma mão quantos estão no elenco dos três folhetins atuais da Globo. O etarismo está a cada dia mais descarado. Ator ou atriz com mais de 65 anos na televisão virou raridade. Por isso é tão gratificante ver Marcos Caruso em "Elas por Elas". 


O veterano, aos 72 anos, ganhou um dos melhores personagens do remake de Alessandro Marson e Thereza Falcão. O personagem foi interpretado brilhantemente pelo saudoso Mário Lago na obra original de Cassiano Cabus Mendes, exibida em 1982. Mas há 42 anos o pai de Helena (Aracy Balabanian) não tinha o mesmo destaque que tem agora. Até porque a releitura dos autores passou a contar uma história inédita depois do centésimo capítulo, que marcou o encerramento da obra na época. A descoberta da troca dos bebês ocorreu apenas no penúltimo capítulo e nem deu tempo para aproveitar os bons desdobramentos que aquele crime causaria. A dupla soube aproveitá-los na adaptação. 

E o aproveitamento dos conflitos em torno do principal núcleo de "Elas por Elas" vem proporcionando para Caruso uma sucessão de ótimas cenas. Até porque na versão original Sérgio era o responsável pela troca das crianças, mas não pelo assassinato de Bruno.

sábado, 6 de abril de 2024

"Caldeirão com Mion" emocionou com homenagem a Caetano Veloso e Maria Bethânia

 ‘Reconvexo’, ‘Olhos nos Olhos’, ‘Leãozinho’, ‘Quereres’, ‘Índio’ foram alguns dos clássicos que os irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia cantaram no palco do "Caldeirão com Mion", neste sábado (06/04), para o ‘Especial Setlist Caetano & Bethânia’, que celebra a cumplicidade, a trajetória dos artistas e, principalmente, a música. Os filhos de Dona Canô, nascidos na década de 1940, em Santo Amaro, na Bahia, falaram sobre a turnê que estreiam juntos em agosto, relembraram momentos importantes de suas carreiras e foram homenageados por diversos artistas presentes na plateia. Nomes como Regina Casé, Fátima Bernardes, Claudia Ohana, Dira Paes, Mart’nália, Andreia Horta, Maria Ribeiro, Rita Batista, Sandra Annenberg, entre outros talentos e fãs, participaram desta homenagem.


Durante a gravação, além de experenciar as performances destes dois grandes artistas, o público testemunhou ainda o grande carinho que existe entre os irmãos. “Esse último disco dele me tocou muito. Quando eu ouvi fiquei deslumbrada e falei para ele que era muito próximo de mim e muito comovente. Tem muita potência e muita dramaticidade, somada a uma voz e a um autor extraordinário. Tinha toda a suavidade e uma potência musical que me arrebatou”, diz Maria Bethânia sobre o mais recente trabalho autoral de Caetano. Já o cantor não disfarçou o orgulho de ter seu trabalho reconhecido pela irmã mais nova.  “Foi uma surpresa para mim a reação de Bethânia ao álbum ‘Meu Côco’. Ela ouviu o disco e ficou impressionada. Depois foi ver o show, e foi mais de uma vez (risos). Fora do comum. Fiquei super orgulhoso, ela falava com entusiasmo”, disse Caetano.

Os convidados presentes fizeram diversas declarações emocionada sobre a dupla, e amigos como Gilberto Gil, Alcione e Djavan enviaram mensagens exibidas no programa. Mas o vídeo que mais os tocou foi uma gravação de Nicinha Veloso interpretando a música ‘Alguém Cantando’. A irmã mais velha foi uma grande influência para os dois e sempre os cuidou. Ela foi adotada por Dona Canô aos 3 anos.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Tudo sobre a coletiva online de "No Rancho Fundo", a próxima novela das seis

 A Globo promoveu nesta segunda-feira, dia 1º, a coletiva online de "No Rancho Fundo", a próxima novela das seis escrita por Mário Teixeira e dirigida por Allan Fiterman. Participaram o autor, o diretor e os atores Alexandre Nero, Andrea Beltrão, Mariana Lima, Larissa Bocchino, Túlio Starling, Welder Rodrigues, Titina Medeiros, Igor Jansen, Clara Moneke, Haroldo Guimarães, Rhaisa Batista, Eduardo Moscovis, Valdineia Soriano, Luisa Arraes, José Loreto, Iris Broken, Debora Bloch, Thardelly Lima, Leandro Daniel, entre outros. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. 


Mário Teixeira explicou sua nova trama: "Essa novela é um retrato do Brasil e decidi fazer essa história a partir de uma família. Essa família representa muito bem um microcosmo da família brasileira. Os pais tiveram a grandeza de adotar várias crianças, o que é comum no nordeste. Esse elo familiar que a história tem com a realidade tem a ver com nosso sonho de ver as coisas dando certo. O diferencial dessa novela é que é uma produção das seis e a forma de contar. Esses arquétipos representam o nosso imaginário e são símbolos muito fortes. Os romances em si, apesar de serem mergulhos existenciais, todos eles se inserem no nosso imaginário. O que há em comum nas novelas é o amor, o ódio e a vontade de ser feliz. E em uma novela os atores são o diferencial. A ideia de trazer personagens de 'Mar do Sertão' surgiu junto com o Allan. Gosto de Balzac e ele faz isso: cruza perfis de uma história para outra. Essa é a melhor novela que já escrevi. São quase 30 páginas por dia e queria dizer que o processo está passando quase em branco para mim porque tem sido prazeroso demais". 

Allan Fiterman acrescentou: "Fico feliz em fazer essa novela de novo com o Mário. A família principal é a mais simples da novela e a mais rica em valores. Vamos ver essa família seguindo junto e transcendendo da pobreza para a riqueza. Apesar de termos dez personagens de 'Mar do Sertão' é uma história totalmente nova.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Isabel Teixeira domina a cena como Helena em "Elas por Elas"

 O elenco principal de "Elas por Elas" tem sete protagonistas, o que é um desafio para qualquer autor. É uma missão difícil desenvolver bem o enredo de todas, ainda mais em um folhetim das seis, onde a duração dos capítulos é menor que de uma produção das nove. Cassiano Gabus Mendes não conseguiu explorar todas as suas personagens em 1982, assim como Alessandro Marson e Theresa Falcão não conseguiram no remake. Mas os autores souberam valorizar a força cênica de Helena. 

Interpretada com destreza por Isabel Teixeira, a personagem teve uma importância infinitamente maior na releitura de 2024. Helena foi interpretada pela saudosa Aracy Balabanian há 42 anos e teve um tom mais sóbrio. A novela original utilizava o exagero apenas na figura do Mário Fofoca (Luis Gustavo) e focava em uma narrativa mais naturalista no conjunto. Agora tudo foi diferente, o que provocou até uma rejeição do público, ainda mais por se tratar de uma obra das seis e não das sete. Mas o excesso nunca prejudicou o desenvolvimento de Helena. 

O comportamento de uma vilã de novela mexicana proporcionou para a atriz um trabalho totalmente diferente do realizado em "Amor de Mãe" e "Pantanal". Apesar da longa carreira no teatro, a veterana ainda é considerada uma 'novata' em novelas.