quarta-feira, 31 de julho de 2013

"3 Teresas": uma grata surpresa do GNT

Para cumprir a lei de audiovisual que obriga os canais a cabo a oferecerem conteúdo nacional no horário nobre, o GNT estreou um pacote de séries próprias há quase dois meses. Começou com "Copa Hotel" e depois, quase que simultaneamente, iniciou "As Canalhas", "Surtadas na Yoga" e "3 Teresas". A primeira ficou devendo, a segunda alterou altos e baixos, e a terceira conseguiu divertir; porém, não há dúvidas que a quarta foi a melhor estreia do canal.


A série sobre a convivência de três gerações de mulheres da mesma família em uma casa --- que funcionou como uma quarta protagonista --- conquistou pela simplicidade da história. Teresa (Denise Fraga), Teresinha (Cláudia Mello) e Tetê (Manoela Aliperti) se amam e enfrentam inúmeros problemas do cotidiano, que quase sempre causam desentendimentos entre elas. Porém, os desentendimentos acabam as unindo cada vez mais. As três têm visões bem diferentes a respeito da solução dos percalços mas, apesar de sempre baterem de frente, se apoiam apesar de tudo.

Todos os episódios misturaram humor e drama, mas ambos foram inseridos de uma forma leve, evitando situações muito carregadas. Apesar de não ter apresentado ganchos que motivassem o telespectador, a série conseguiu conquistar justamente pelo carisma das três personagens e pela despretensiosa

terça-feira, 30 de julho de 2013

Valdirene e Carlito: o casal mais cativante de "Amor à Vida"

Um casal composto por dois personagens cômicos apresenta várias dificuldades. Para agradar o público e funcionar na história, primeiramente é necessário que os dois atores sejam talentosos (assim como em qualquer par romântico tradicional). Depois é necessário que ambos tenham química em cena. E, finalmente, é preciso que os tipos sejam realmente engraçados, estando juntos ou separados. Se todos esses requisitos forem preenchidos, o casal tem boa chances de cair no gosto popular. E em "Amor à Vida", Valdirene (Tatá Werneck) e Carlito (Anderson Di Rizzi) formam um par que reúne tudo o que foi citado.


A filha de Márcia (Elizabeth Savalla) é uma periguete que não consegue ser periguete e vive se dando mal em suas conquistas. Para culminar, não tem um pingo de educação, principalmente na hora de comer. Já o filho de Denizard (Fúlvio Stefanini) mistura burrice com inocência de uma forma cativante e sempre foi completamente apaixonado pela Valdirene. Ela, ainda se aproveita desse sentimento para usá-lo em seus 'planos' de ficar milionária. Porém, é evidente que a periguete também gosta do seu 'admirador'.

O título da série "Tapas & Beijos" combina com o casal, que passa mais tempo se desentendendo do que se amando. Aliás, foram poucos os beijos dados até então. As brigas se sobrepõem aos carinhos, e é justamente por isso que a dupla rende tanto na novela. Chamada de "Delícia" por ele e chamado de "Palhaço" por ela, Valdirene e Carlito protagonizam cenas engraçadas e até românticas. Ocupam com facilidade o

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Matérias exclusivas evidenciam o acerto do "Fantástico" e o equívoco do "Domingo Espetacular"

O "Fantástico", da Globo, e o "Domingo Espetacular", da Record, não são apenas concorrentes diretos nas noites de domingo. São programas que apresentam formatos muito semelhantes. Aliás, o "DE" foi criado pela emissora de Edir Macedo com esse intuito: ser parecido com a revista eletrônica da líder. Porém, no último domingo (28/07) ---- por causa da coincidência em relação ao tratamento dado a uma entrevista exclusiva ----, ficou evidente o êxito de uma reportagem e o equívoco da outra, deixando de lado qualquer similaridade às vezes presente entre as atrações.


Enquanto o jornalístico da Globo anunciava uma entrevista com o Papa Francisco, representando um furo de reportagem de repercussão mundial, o programa da Record anunciava com destaque uma matéria repercutindo a traição de Tony Salles (marido de Scheila Carvalho, participante de "A Fazenda", que foi traída por ele recentemente). O que chamou atenção foi justamente a diferença do nível de reportagem de dois programas teoricamente semelhantes.

O "Fantástico" há tempos tem deixado a desejar, fazendo por merecer muitas críticas pela falta de matérias que realmente chamem atenção do público. Entretanto, o programa acertou quando estreou o polêmico quadro "Vai fazer o quê?", no domingo passado (21/07), e deu um banho de jornalismo ao conseguir

sexta-feira, 26 de julho de 2013

"Carrossel": chega ao fim um dos grandes acertos do SBT

Chegou ao fim o projeto responsável pela retomada do SBT, após um crítico período, onde a vice-liderança foi perdida para a Record em todos os horários. O remake de "Carrossel", que estreou em maio de 2012 e explodiu em audiência, teve seu último capítulo exibido nessa sexta-feira (26/07), deixando um saldo extremamente positivo para a emissora de Silvio Santos.


Tentando atingir o mesmo sucesso alcançado anos atrás com a produção de excelentes novelas ---- vide "Éramos Seis" (1994), "As Pupilas do Senhor Reitor" (1995), "Ossos do Barão" (1997) e "Fascinação" (1998) ----, o SBT resolveu voltar a investir em teledramaturgia em 2008 com a produção de "Amigas & Rivais", versão nacional da obra homônima mexicana. Não deu certo. Novas tentativas foram feitas com a exibição de "Revelação", "Vende-se um véu de Noiva", "Corações Feridos" e "Amor e Revolução", mas, novamente, o bom resultado não veio. Todos os projetos fracassaram. Porém, ao invés de jogar a toalha de vez, a emissora resolveu apostar no remake da obra infantil mexicana que foi um fenômeno na década de 90 e virou febre no Brasil quando foi exibida pelo mesmo SBT.

O risco valeu a pena. O sucesso não demorou muito para chegar e a novela adaptada por Íris Abravanel novamente fez a alegria das crianças e da emissora. Sem querer, acabaram constatando o óbvio: o público infantil não tem absolutamente nada para assistir à noite nos canais abertos. O telespectador-mirim que

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sérgio Mamberti e Juca de Oliveira: os grandes destaques de "Flor do Caribe"

Normalmente é uma estratégia infalível: escalar um bom ator para interpretar um interessante personagem para viver uma boa história é garantia de êxito. Portanto, Walther Negrão mostrou que sabia exatamente o que estava fazendo quando escalou Sérgio Mamberti para dar vida ao Dionísio Albuquerque e Juca de Oliveira para viver o Samuel em "Flor do Caribe".


Desde o primeiro capítulo, ficou evidente que esses dois grandes atores haviam recebido ótimos papéis. Em uma novela onde o 'mais do mesmo' se fez presente em quase todos os núcleos, foi um grande acerto do autor abordar a questão do nazismo, ainda que tenha precisado usar da licença-poética para justificar a diferença de idade entre os personagens.

Dionísio participou ativamente do nazismo delatando as famílias dos judeus, as enviando diretamente para o campo de concentração. Entre os traídos pelo vilão, estava Samuel, na época uma criança, e seus pais. O pai de Ester (Grazi Massafera) acabou ficando sozinho no mundo, enquanto que o avô de Alberto

quarta-feira, 24 de julho de 2013

"Bem Estar": informação e qualidade nas manhãs da Globo

O programa estreou na Globo em 2011 sem grandes pretensões. O objetivo era falar sobre saúde de uma forma simples e direta, tendo como principal objetivo informar e esclarecer as dúvidas dos telespectadores. Após quase três anos no ar, pode-se dizer que o "Bem Estar" tem honrado seu compromisso e desde que começou a ir ao ar se tornou uma ótima opção para o público matutino.


Mariana Ferrão e Fernando Rocha comandam muito bem a atração e esbanjam simpatia. O entrosamento e a boa relação entre os apresentadores contribuem para deixar o programa mais leve e até mesmo divertido. Aliás, a intimidade é benéfica para qualquer situação. Da mesma forma que a dupla foi se mostrando cada vez mais afinada, os médicos foram se soltando e ficando bem mais à vontade.

O "Bem Estar" sempre convida vários profissionais da saúde, mas tem o seu time 'fixo'. São os chamados 'consultores'. Alfredo Halpern (endocrinologista), Ana Escobar (pediatra), Caio Rosenthal (infectologista), Fábio Atui (proctologista), José Bento (ginecologista), Roberto Kalil Filho (cardiologista), Márcia Purceli (dermatologista) e Daniel Barros (psiquiatra) fazem parte do 'elenco' do programa. Todos

terça-feira, 23 de julho de 2013

"Sangue Bom": A complexidade de Amora e o talento de Sophie Charlotte

"Sangue Bom" é uma novela repleta de qualidades e uma delas é justamente a complexidade da maioria de seus personagens. Quase todos apresentam inúmeras peculiaridades; como segredos, fragilidades, desvios, arrogância, submissão, enfim. Porém, em meio a vários tipos atraentes, não há a menor dúvida de que Amora Campana (Sophie Charlotte) é a personagem mais interessante da novela, justamente por esbanjar complexos por todos os lados.


Amora é de origem pobre, foi criada na rua sem os pais, ao lado da irmã, que por sua vez a abandonou, até ser deixada na casa de Gilson (Daniel Dantas) e Salma (Louise Cardoso). Viveu com Bento (Marco Pigossi) um amor de infância até ser adotada por Bárbara Ellen (Giulia Gam). A oportunista atriz a criou em um meio onde a aparência e a futilidade ditam as regras. Cresceu aprendendo com a mãe adotiva que os sentimentos não levam a lugar algum e que para crescer na vida é preciso passar por cima de quem quer que seja em busca dos seus interesses. Apagou seu passado e acabou virando uma famosa e rica 'it girl', que faz (fez) sucesso no mercado publicitário.

A personagem faz parte do sexteto protagonista e é a principal responsável pela movimentação da história. Tem a arrogância como sua principal característica e não pensa duas vezes antes de ofender, ignorar ou destratar alguém que considere de 'nível inferior'. Muitas vezes maltrata até mesmo os poucos

segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Amor à Vida" e a maldição do politicamente correto

Há muito tempo que a censura foi extirpada do Brasil. Com o fim da Ditadura Militar, a liberdade de expressão reinou absoluta. Obviamente que todo o país foi beneficiado com isso, inclusive a televisão. As novelas, por exemplo, não precisavam mais passar por duros cortes do governo e nem corriam o risco de serem canceladas por causa de algum tema mais 'polêmico'. Entretanto, o politicamente correto (ou censura disfarçada) foi se intensificando nos últimos anos e muitas vezes acaba ultrapassando todos os limites do tolerável. Quase sempre há, independente do tema em questão, uma tentativa de impedir que algo seja exibido na teledramaturgia e o alvo da vez é "Amor à Vida", a trama das nove da Globo.


A obra de Walcyr Carrasco vem sofrendo críticas de inúmeras categorias de profissionais, ou as chamadas 'classes representativas', desde o início de sua exibição. Nas primeiras semanas, houve uma revolta de algumas ex-chacretes depois que Márcia (Elizabeth Savalla, que pegou várias dicas com Rita Cadillac para compor o papel) declarou ter tido a necessidade de se prostituir quando saiu do programa do Chacrinha. As ex-dançarinas se revoltaram e se sentiram extremamente ofendidas.

Não demorou muito para que a classe das enfermeiras se indignasse com o autor, chegando ao ponto de reclamar no Conselho Regional de Medicina. O motivo foi o fato de Perséfone (Fabiana Karla) ficar assediando todos os médicos e enfermeiros do hospital. Segundo elas, as cenas denigrem a imagem da profissão e

sexta-feira, 19 de julho de 2013

"A Grande Família" emociona ao homenagear Rogério Cardoso

Uma das mais longevas séries da Globo não tem conseguido evitar os sinais do tempo. "A Grande Família" tem apresentado um natural desgaste, que começou a ser mais evidenciado no início de 2012. Porém, os dez anos da morte de Rogério Cardoso fizeram o programa parar para refletir o seu passado. As tentativas de novas linguagens, os diferentes e atualizados conflitos da família, a nova fase dos personagens, enfim, tudo foi deixado de lado por pelo menos um dia. A equipe resolveu recordar os bons tempos, homenagear um inesquecível ator e ainda emocionar o público.


O episódio dessa quinta-feira (18/07) foi dedicado ao saudoso intérprete do Seu Flor e relembrou inúmeras cenas protagonizadas pelo impagável pai da Nenê (Marieta Severo). A família Silva contou para Florianinho a origem do seu nome, o que acabou gerando várias recordações e momentos tocantes. Momentos esses que emocionaram o elenco e o público, fazendo aumentar ainda mais a saudade de Rogério Cardoso, que começou na série em 2001 e deixou o programa em julho de 2003, após sofrer um infarto fulminante. 

A preocupação em exibir boas lembranças e proporcionar uma bela homenagem ficou evidente. A surpresa do episódio ficou por conta da participação de Suely Franco, que vivia uma namorada de Seu Flor. A personagem visitou os Silva, recordou vários bons momentos com seu amor e depois acabou falecendo no sofá da sala com um sorriso no rosto. Lineu e companhia fizeram questão de enterrá-la perto de Floriano para que

quinta-feira, 18 de julho de 2013

"A Liga" estreia sua quarta temporada mantendo a qualidade das anteriores

A quarta temporada de "A Liga" estreou com uma excelente audiência (média de 11 pontos e picos de 13), deixando a Band na vice-colocação e na liderança por 27 minutos. Abordando o mundo do funk e a ostentação de muitos funkeiros bem-sucedidos, o programa conseguiu atrair a atenção do público, incomodou a concorrência e começou sua nova fase de uma forma bastante positiva.


Criado pela produtora argentina Eyeworks, o programa estreou em maio de 2010 na Band e agradou ao apresentar um formato semelhante ao do "Profissão Repórter", da Globo, mas sem a rigidez do jornalismo. Sempre composto por uma equipe que busca exibir e vivenciar cada tema escolhido, a atração tinha o polêmico Rafinha Bastos como figura central. E esse 'protagonismo' acabou custando caro quando o humorista foi dispensado da emissora após a controversa briga com Wanessa Camargo, depois da piada infeliz feita no "CQC".

"A Liga" perdeu uma expressiva audiência por causa da saída do apresentador e muitos acharam que a atração jamais conseguiria recuperar os bons índices alcançados na época em que Rafinha estava presente. O período mais crítico foi durante a terceira temporada, em 2012. Foi cogitado até o cancelamento do

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"Saramandaia" perde o encanto

A nova novela das onze apresentou uma estreia promissora. Com um capítulo colorido e caprichado, Ricardo Linhares começou a recontar a clássica história de Dias Gomes, tendo a felicidade de estrear um produto que exibia a manifestação dos saramandistas justamente na época em que o Brasil enfrentava inúmeros protestos por um país melhor. Entretanto, após algumas semanas de trama no ar, pode-se dizer que os inúmeros atrativos foram se dissipando.


O remake continua bem produzido, a utilização do linguajar de Odorico Paraguaçu (de "O Bem Amado") rende divertidas expressões, a direção não faz feio e o elenco foi muito bem escalado, porém, a história não empolga e nem apresenta conflitos atraentes. A rivalidade entre famílias soa ultrapassada ainda mais em uma obra que não é de época. Para culminar, a briga entre os Vilar e os Rosado não tem gerado cenas interessantes, pelo contrário, quase sempre são exibidas sequências que acabam caindo na repetição. É quase uma cansativa briga de vizinhos à distância.

A trama principal também não entusiasma. A exigência pela mudança do nome Bole-bole para Saramandaia, causando intrigas e desavenças entre os personagens, pode ter prendido a atenção do telespectador anos atrás, mas, atualmente, não rende o esperado. É quase impossível desenvolver dignamente todos

terça-feira, 16 de julho de 2013

Enquanto Damáris e Bárbara Ellen divertem, Marisa Orth e Giulia Gam se destacam em "Sangue Bom"

A novela das sete é recheada de atores jovens, incluindo os seis protagonistas. Alguns até chamam "Sangue Bom" de "Malhação" justamente por ter esse elevado número de atores entre 20 e 30 anos no seu elenco ---- e é importante ressaltar que esse tipo de comparação não se sustenta justamente por causa da história, que é bem mais complexa do que a que costuma ser contada na novelinha adolescente. Entretanto, ficou visível desde a estreia, e tem se confirmado a cada capítulo, que os grandes destaques da trama são justamente duas atrizes veteranas: Marisa Orth e Giulia Gam.


Damáris e Bárbara Ellen são as personagens que mais divertem o público na novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. As peruas exageradas e fúteis vêm protagonizando cenas engraçadíssimas desde que surgiram na história e os autores sempre escrevem inspirados diálogos para as duas. Aliás, as melhores frases da trama são sempre proferidas por elas e os momentos mais hilários da novela são proporcionados por essa dupla. Ambas não têm a menor noção do ridículo e as semelhanças não param por aí, embora a primeira seja uma boba e a segunda tenha sérios desvios de caráter.

Enquanto uma tentou impor sua nova religião em prol da moral e dos bons costumes, e agora planeja atrapalhar o romance do seu ex, a outra faz de tudo para conseguir voltar a se destacar na mídia. E em meio aos seus respectivos interesses, os filhos acabam ficando em segundo plano. Damáris pouco se importa com

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Estreia de "Chiquititas" apresenta um capítulo promissor e evidencia a evolução do SBT

Após o bem-sucedido remake de "Carrossel" (que ainda está no ar), o SBT resolveu apostar na nova versão de um outro sucesso: "Chiquititas", fenômeno dos anos 90 que estreou há 15 anos na emissora de Silvio Santos, já oriunda da obra original argentina. E baseada na versão de 1997 de Patrícia Maldonado, Cris Morena e Gustavo Barrios, o remake da novelinha, adaptada por Íris Abravanel e dirigida por Reynaldo Boury, estreou nessa segunda (15/07).


Com um capítulo sem grandes pretensões e focado exclusivamente em fisgar e conquistar o público de "Carrossel", foi possível constatar a preocupação da emissora em evoluir no ramo da teledramaturgia. Ainda está muito longe de voltar aos bons tempos da extraordinária "Éramos Seis" (remake exibido em 1994), mas é visível a melhora nos cenários e na produção. Porém, apesar de ser uma boa estratégia para fidelizar o telespectador da trama anterior, o fato de estrearem uma produção que substituirá uma outra que ainda está no ar apenas ressalta que o SBT persiste com algumas de suas peculiaridades.

O público infantil que transformou o remake de "Carrossel" em um sucesso, tem tudo para gostar dessa nova história. A trama infanto-juvenil conta a vida das crianças e adolescentes que moram no orfanato "Raio de Luz", casarão comprado e transformado pelo empresário José Ricardo (Roberto Frota). Entre as moradoras do orfanato estão Mili (Giovanna Grigio), Ana (Giulia Garcia), Cris (Cinthia Cruz), Vivi (Lívia Inhudes),

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Marina Ruy Barbosa, Walcyr Carrasco, "Amor à Vida" e a exagerada polêmica dos cabelos raspados

Desde que foi divulgado na imprensa, ainda no início de "Amor à Vida", que Nicole (Marina Ruy Barbosa) teria câncer terminal, começaram as especulações a respeito da possibilidade da atriz raspar a cabeça. Os admirados fios ruivos viraram um dos assuntos mais comentados do momento. E quando foi ao ar a cena em que um médico revelava que a solitária menina rica teria apenas seis meses de vida, todo o burburinho em torno dos famigerados cabelos de Marina aumentaram ainda mais. Para piorar, a imprensa noticiou que uma marca de cosméticos para produtos de cabelo estava envolvida e que a empresa esperava apenas a atriz completar 18 anos para assinar um contrato milionário. Ou seja, estava instaurada a polêmica.


O drama da personagem e a atuação da atriz foram totalmente ignorados e o único assunto a respeito de um dos núcleos mais pesados de "Amor à Vida" era o que fariam com o cabelo da Marina. A situação piorou nessa semana, quando foi divulgado no Jornal Extra que Walcyr Carrasco já havia entregue as cenas em que Nicole raspava a cabeça. Poucos dias depois, o autor ainda deu uma entrevista dizendo que Marina tinha se comprometido a raspar a cabeça e que ele esperava que ela cumprisse. A confusão só aumentou quando Aguinaldo Silva, desafeto de Walcyr desde "Morde & Assopra", resolveu se meter mais uma vez no trabalho alheio. O autor protestou contra a possibilidade da atriz ficar careca e ainda enfatizou que não seria novidade, uma vez que "Laços de Família" já havia exibido a cena antológica com Carolina Dieckmann.

O final desse imbróglio aconteceu na quarta-feira à noite. Walcyr disse em seu Twitter que havia desistido de raspar a cabeça da atriz e que adiantaria a trama da personagem, surpreendendo o público com uma história emocionante. Todos os veículos divulgaram quase que imediatamente a declaração do autor, colocando

quinta-feira, 11 de julho de 2013

"Vídeo Show": o programa que perdeu o rumo

O telespectador, assim como qualquer crítico formado, sabe observar quando alguma novela ou programa está totalmente sem rumo. E tudo fica mais fácil quando o produto em questão não tenta nem ao menos disfarçar o quanto que está perdido. Esse é o caso do "Vídeo Show", que completou trinta anos recentemente.


O programa sofreu grandes alterações quando foi assumido por Boninho e foi se adaptando aos poucos até entrar em um período de, digamos, conforto. Porém, nos últimos meses houve uma queda de audiência, o que fez o programa sofrer novas mudanças. A principal delas foi a perda da identidade do "Novelão da Semana". O quadro, que havia sido criado para reprisar novelas muito antigas, acabou virando uma espécie de "Vale a Pena Ver de Novo", ou seja, passou a reprisar tramas recentes e que ainda estão frescas na memória do público.

O cenário foi totalmente reformado e os apresentadores passaram a ter bancadas e vários apetrechos em suas respectivas mesas. Vários convidados também passaram a marcar presença no estúdio para conceder uma pequena entrevista. Esse parecia ser o novo caminho que a atração ia seguir. Entretanto, ocorreu

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A volta triunfal de Yoná Magalhães em "Sangue Bom"

Afastada das novelas desde 2009, quando viveu a picareta Adalgisa em "Cama de Gato", Yoná Magalhães estava fazendo falta na televisão. E para a sorte do público, após uma rápida participação na série "Tapas & Beijos", a atriz voltou a dar o ar da graça em "Sangue Bom". Entretanto, nas primeiras semanas da novela das sete, parecia que Yoná faria apenas uma figuração de luxo. Mas, felizmente, foi apenas uma impressão. Com o passar dos capítulos, foi possível ver que sua personagem tinha uma grande importância e ainda apresentava uma história muito rica.


Glória é uma mulher autoritária e já teve uma excelente condição financeira. Mãe de Perácio (Felipe Camargo), sofreu um baque quando perdeu sua filha ---- hipertensa, a mulher teve complicações no parto e faleceu. A morte coincidiu com o momento de ruína da família. Com raiva de tudo e culpando o genro (Wilson - Marco Ricca) pela perda da filha, a matriarca deu o neto (Bento - Marco Pigossi) para o primeiro que apareceu, no caso Silvério (Norival Rizzo). Anos se passaram e a distinta senhora acabou se tornando uma pessoa amarga e infeliz.

Nos capítulos mais recentes, a personagem descobriu a identidade do seu neto. E foi a partir dessa situação que a atriz comprovou o quanto que é esplêndida. Yoná Magalhães protagonizou grandiosas cenas e emocionou em todos os momentos. Tanto quando explica as razões do abandono para Silvério e Salma (Louise Cardoso), quanto

terça-feira, 9 de julho de 2013

"Vai que Cola" estreia com erros se sobrepondo aos acertos

Após o Canal Viva apostar na volta do clássico "Sai de Baixo", em quatro episódios inéditos já exibidos, chegou a vez do Multishow apostar na fórmula que consagrou a família do Arouche. Assim sendo, estreou, nessa segunda-feira (08/07), o "Vai que Cola", série de humor que conta a vida dos inquilinos da pensão de Dona Jô (Catarina Abdalla), localizada no Méier, subúrbio do Rio de Janeiro.


Impulsionado pela Lei de Cota de Produção Nacional na TV Fechada e depois do sucesso da ótima "Oscar Freire 279", o canal a cabo resolveu apostar no humor popular, apoiado, muitas vezes, nas piadas de duplo sentido. Despretensiosa e abusando do texto que debocha das diferenças sociais, a série busca, sem muito êxito, mirar no sucesso alcançado durante anos por projetos como "Família Trapo", "Sai de Baixo" e "Toma Lá Dá Cá". Há uma plateia que acompanha a história como se fosse um teatro, porém, nesse caso, há vários cenários que giram sobre um eixo, o que proporciona uma visão ampla da pensão, englobando quartos, sala, enfim. E claro que esse fato proporciona um maior dinamismo para o programa.

Apesar de muitas vezes abusarem de algumas piadas previsíveis e totalmente infames, a série consegue arrancar algumas boas risadas do público. E não foi nenhuma surpresa constatar que Paulo Gustavo é o protagonista da atração. O ator ---- que vive um grande momento na carreira com "Minha Mãe é uma Peça, o filme", fenômeno de bilheteria, e que também foi um sucesso no teatro ---- proferiu frases impagáveis do

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Nova "Malhação" estreia com clima de novela das sete

Estreou, nessa segunda-feira (08/07), a vigésima-primeira temporada de "Malhação". Após uma ótima fase escrita por Rosane Svartman e Glória Barreto, chegou a hora de Ana Maria e Patrícia Moretzsohn assumirem o comando. Sendo dirigida por Dennis Carvalho (núcleo) e Vinícius Coimbra (geral), a história agora não terá mais o colégio como figura central e sim um casarão, no Grajaú, que reúne filhos de diferentes casamentos, formando uma família bastante conflituosa.


O primeiro capítulo foi agradável, embora não tenha acontecido nada de muito relevante. Nem foi possível uma apresentação mais rica das protagonistas (Sofia - Hanna Romanazzi  e Anita - Bianca Salgueiro), quem mais apareceu foi Ben, mocinho vivido por Gabriel Falcão. Mas o foco mesmo ficou voltado para o casarão. Nele moram Ronaldo (Tuca Andrada) e Vera (Isabela Garcia) com seus seis filhos. Aliás, o casal acabou de se mudar para o local, o que despertou a fúria de Maura (Alexandra Richter), uma perua que fará de tudo para infernizar os vizinhos. Do outro lado da cidade, mais especificamente na Barra da Tijuca, vive Bernardete (Fernana Souza) e Caetano (Paulo Betti). Uma periguete deslumbrada que namora um homem bem mais velho. Caetano, por sinal, é ex-marido de Vera.

Pelo pouco do que foi visto, tanto em relação à trama quanto ao elenco, pode-se dizer que a história tem seus atrativos e que Anna Rita Cerqueira (Flaviana), Hanna Romanazzi, Bianca Salgueiro,Vitor Tiré (Sidney), Bruna Griphao (Giovana), Isabela Garcia, Patrícia Pinho (Soraia) e Tuca Andrada se destacaram

sábado, 6 de julho de 2013

Com um último capítulo nostálgico, "Malhação" emociona e encerra sua temporada em grande estilo

Iniciada em agosto de 2012, e permanecendo quase um ano no ar, chegou ao fim, nessa sexta-feira (05/07), a vigésima temporada de "Malhação". Escrita por Rosane Svartman e Glória Barreto, a novelinha 'teen' teve a missão de devolver a identidade perdida na fase passada ---- quando o cotidiano dos adolescentes acabou ficando de lado, dando lugar a temas relacionados ao misticismo e priorizando vilões e mocinhos repletos de caricaturas. Porém, assim que estreou, ficou claro que as autoras tinham a intenção de retratar o universo adolescente da forma mais real possível e que a missão de resgatar a identidade desse longevo formato seria cumprida sem grandes dificuldades.


E de fato foi. A vigésima temporada procurou apresentar uma trama repleta de personagens verossímeis e carismáticos que enfrentavam todos os tradicionais conflitos comuns ao universo adolescente. Houve ainda a preocupação ao escalar atores que realmente tinham ou aparentavam ter entre 16 e 18 anos, ao contrário de algumas fases passadas onde atores de 20/25 anos eram selecionados para viver tipos de 15. Bullying, virgindade, namoros conturbados, drogas, bulimia, racismo, cotidiano na escola, enfim, inúmeros temas foram colocados de forma competente perante o público e apenas enriqueceram o contexto dramatúrgico, fugindo do risco de cair na pieguice.

Em meio à pluralidade de temas, vários atores se destacaram através de seus personagens e conquistaram o público. Juliana Paiva brilhou do início ao fim na pele da desinibida Fatinha e a periguete caiu no gosto popular. Rodrigo Simas também se destacou interpretando o ativista Bruno e seu papel ganhou uma imensa torcida quando começou a se envolver com Maria de Fátima dos Prazeres, a amada Fatinha. O casal fez um imenso e merecido sucesso. Agatha Moreira e Daniel Blanco também

sexta-feira, 5 de julho de 2013

"Na Moral" volta ao ar, apresenta um rico debate e estreia sua segunda temporada da melhor forma possível

Após uma bem-sucedida e elogiada primeira temporada, voltou ao ar nessa quinta-feira (04/07), substituindo o "Globo Mar", o "Na Moral, programa de debates comandado por Pedro Bial. Conduzindo com muita competência um rico debate envolvendo a questão das drogas, incluindo sua legalização ou não e como a sociedade age diante desse tabu, Bial começou a segunda temporada de sua atração da melhor forma possível.


Contando com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, da atriz Fernanda Montenegro, do cantor Marcelo D2, de um militar da Polícia Civil (Orlando Zaccone), de um coronel da Polícia Militar (Mário Sérgio) e de dois psiquiatras (Antonio Geraldo da Silva e Dartiu Xavier da Silveira), o programa cumpriu muito bem o papel de esclarecer alguns fatos e ainda debateu, exibindo prós e contras, de uma forma teoricamente simples, tudo o que o controverso tema das drogas pedia, incluindo questões de segurança e saúde.

O "Na Moral" voltou sem grandes mudanças. A edição rápida continua e o cenário não sofreu nenhuma alteração. Pedro Bial também continua afiado e ainda faz questão de colocar seu ponto de vista durante o debate, o que é ótimo para enriquecer a discussão. Aliás, é visível o quanto que o jornalista gosta de comandar

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Agatha Moreira, Alice Wegmann e Juliana Paiva: o trio que roubou a cena em "Malhação"

A atual temporada de "Malhação" termina nessa sexta-feira (05/07) com mais motivos para comemorar do que para lamentar. Foram muitos mais acertos do que erros. E entre os inúmeros acertos da trama, está a escalação de três atrizes que brilharam e mostraram o quanto são talentosas. Agatha Moreira, Alice Wegmann e Juliana Paiva formaram um trio de ouro, roubaram a cena e conquistaram o público da novelinha teen.


Agatha encantou na pele da doce e ingênua Juliana. Apesar do início um pouco apagado, a personagem foi ganhando força a cada capítulo e não demorou muito para cair na graças do telespectador. A amizade com Lia era o ponto-chave da fase inicial e a atriz formou uma boa dupla com Alice Wegmann. Já no quesito par romântico, Ju também não ficou devendo. O que faltou em química com Dinho (Guilherme Prates), ganhou com Gil (Daniel Blanco). O jovem tímido e introvertido combinou em todos os sentidos com a menina que estava cansada de se decepcionar e o casal formou um dos melhores pares da trama.

Alice Wegmann, depois de ter participado da ótima temporada de 2010 de "Malhação", e de ter brilhado em "A Vida da Gente", voltou a se destacar vivendo a roqueira Lia. A protagonista enfrentou inúmeros conflitos ao longo dos capítulos e a rebelde garota exigiu muito da atriz. Exigência essa que foi plenamente correspondida:

quarta-feira, 3 de julho de 2013

"Sai de Baixo Chatice" mata a saudade do público e sai de cena como um dos grandes acertos do Canal Viva

Na última terça (02/07), foi ao ar o quarto e último episódio inédito de "Sai de Baixo". O especial com quatro episódios de um dos melhores humorísticos da televisão brasileira chegou ao fim comemorando os três anos do Canal Viva e o imenso sucesso que essa iniciativa proporcionou. O público estava morrendo de saudades de Caco Antibes (Miguel Falabella), Neide Aparecida (Márcia Cabrita), Vavá (Luis Gustavo), Cassandra (Aracy Balabanian) e Magda (Marisa Orth), e demonstrou esse sentimento prestigiando a volta do programa na televisão e disputando os convites que foram distribuídos para convidados e telespectadores.


Ideia de Letícia Muhana, diretora do Viva, o retorno da turma do Arouche foi um verdadeiro presente para os fãs e saudosistas. Apesar das inúmeras dificuldades, Letícia conseguiu convencer Falabella (que também era roteirista da atração) a entrar de cabeça nessa 'loucura'. Apesar de estar envolvido em inúmeros trabalhos (incluindo a série "Pé na Cova"), Miguel ainda dispôs seu tempo para colocar no papel o roteiro sobre a volta dessa família. Roteiro esse que ele já tinha na cabeça; ou seja, apesar de nunca ter cogitado esse retorno até então, havia uma esperança na cabeça do intérprete do impagável Caco.

Após quatro programas exibidos, todos excelentes e hilários, ficou claro que a iniciativa foi mais do que acertada. O risco de trazer de volta uma atração tão bem-sucedida e manchá-la com um fracasso era iminente. Um exemplo recente foi o remake de "Guerra dos Sexos". Apesar de ter sido uma novela muito agradável, o

terça-feira, 2 de julho de 2013

"Flor do Caribe" apresenta claros sinais de esgotamento e não consegue sair do lugar

Não é nada fácil um autor conseguir manter o interesse do telespectador em cima de uma história que precisa ficar no ar por, pelo menos, seis meses. A grande maioria dos autores não consegue evitar a famosa 'barriga' (momento em que nada de útil ocorre na trama), enquanto que outros lidam melhor com essa dificuldade mesclando os desenvolvimentos dos núcleos e 'disfarçando' as enrolações com situações atraentes. Infelizmente, Walther Negrão faz parte do time dos que não evitam e nem disfarçam o período de estagnação em suas obras.


"Flor do Caribe" vive um momento de pura enrolação, que só vem aumentando com o passar dos capítulos. A sensação é de que a história se esgotou muito antes do tempo estipulado e que tudo anda em círculos. Normalmente, para evitar a impressão de marasmo no núcleo principal, o autor opta pelo desenvolvimento dos núcleos paralelos. Porém, no caso da atual novela das seis, os núcleos paralelos não têm muita história pra contar, o que apenas ressalta as fragilidades da trama.

Ester (Grazi Massafera) está brigada com Cassiano (Henri Castelli) por causa de um motivo totalmente bobo (ciúme de Cristal - Moro Anghileri) e, mesmo após ter denunciado o esconderijo onde Dionísio (Sérgio Mamberti) guardava as relíquias roubadas na época do Nazismo, continuou morando na mansão alegando para Guiomar (Cláudia Netto) que não tinha para onde ir (?). Resultado, a mocinha foi presa por