tag:blogger.com,1999:blog-39938103790677708492024-03-19T01:40:27.753-03:00De Olho Nos DetalhesBlog exclusivo para quem gosta de televisão e criado por uma pessoa apaixonada por esse tema. Sempre de olho nos detalhes da tevê. Entre e fique à vontade! Instagram: https://www.instagram.com/zamenzatv/?hl=pt-brSérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.comBlogger2441125tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-90040101435536973332024-03-14T21:20:00.003-03:002024-03-17T02:26:56.232-03:00Segunda fase de "Renascer" apresenta histórias principais cansativas e sem construção<p> A primeira fase de "Renascer" foi um primor. E Bruno Luperi acertou em cheio ao deixá-la com 13 capítulos, nove a mais que a da versão original que teve apenas quatro por ordens de Boni, que tinha medo do público se apegar demais aos personagens e rejeitar a segunda. O todo poderoso da Globo, no entanto, tinha sua razão. A segunda fase da trama de Benedito Ruy Barbosa apresenta uma queda brusca de qualidade em 1993 e o mesmo acontece agora com o remake. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhjkZcfui0Pz1CwximfM98H8UylsZOAo-z3l3wlMPsL9Z9BQ4a8pdMy1VeEVGwkO9ZJHpApG3ZKYcR6jmpG0mrQK5NW1a_g2_AwPjyoS26OZ6_luxsjIwCwq0x2c_3oa6_w14OM1NmEk1cmjw67sWWltM5RptyOd21qYSiDLNGjsV6aG-qZwoK6jdw1VxE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="480" data-original-width="717" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhjkZcfui0Pz1CwximfM98H8UylsZOAo-z3l3wlMPsL9Z9BQ4a8pdMy1VeEVGwkO9ZJHpApG3ZKYcR6jmpG0mrQK5NW1a_g2_AwPjyoS26OZ6_luxsjIwCwq0x2c_3oa6_w14OM1NmEk1cmjw67sWWltM5RptyOd21qYSiDLNGjsV6aG-qZwoK6jdw1VxE=w400-h268" width="400" /></a></div><br />Um dos grandes problemas da história é o triângulo central formado por Zé Inocêncio (Marcos Palmeira), Mariana (Theresa Fonseca) e João Pedro (Juan Paiva). Há 31 anos, o enredo sofreu uma forte rejeição do público e quem mais sofreu foi Adriana Esteves, que teve sua atuação massacrada pela crítica especializada e entrou em depressão no fim da novela. No entanto, a atriz não teve culpa e a imprensa preferiu criticá-la ao invés de apontar o equívoco na condução do autor. Tudo o que envolve o trio principal é ruim. <p></p><p>O fator decisivo para o estranhamento dos telespectadores na época, além do incômodo contexto envolvendo pai e filho se apaixonando pela mesma mulher, foi a rapidez com que tudo aconteceu. Não houve uma mínima construção para deixar aquelas relações críveis. Tudo foi simplesmente jogado e o público que engolisse. Pois não engoliu. <span></span></p><a name='more'></a>E a chance da adaptação era consertar os erros para, ao menos, diminuir a rejeição ao imbróglio amoroso. Mas Bruno Luperi é conhecido por copiar e colar praticamente tudo o que seu avô escreve e suas alterações são tão sutis que muitas vezes passam despercebidas. A própria emissora também tem sua parcela de culpa ao anunciar "Renascer" como uma obra prima. Afinal, a descrição faz parecer que a produção não tinha defeitos, mas tinha. <p></p><p>João Pedro conhece Mariana na casa de Jacutinga (Juliana Paes) e se apaixona subitamente a ponto de querer levá-la para sua fazenda naquele instante. O filho caçula do protagonista acaba não levando, mas realiza seu desejo logo no dia seguinte. E os dois já viram grandes amigos enquanto a menina conhece o lugar. E, com uma rapidez assustadora, o rapaz se declara, a beija, e a garota diz que o considera como um irmão. Isso tudo em menos de dois dias. Que paixões e irmandades são essas? Para piorar, Zé Inocêncio conhece Mariana pouco tempo depois e os dois já se 'apaixonam'. Só que a personagem tinha um plano inicial de se vingar do todo poderoso porque é neta de Belarmino (Antônio Calloni) e seu avô foi assassinado por Inocêncio. Mas é outro enredo que acaba desfeito com uma pressa inexplicável. Ela conta no dia seguinte toda a verdade sobre sua origem. Um plot que, poderia render uma catarse mais adiante, é simplesmente jogado no lixo. </p><p>E ainda é necessário acrescentar que, também em tempo recorde, Mariana pergunta a Inocêncio se pode chamá-lo de 'painho'. Ele permite e o termo logo vira um apelido carinhoso. É importante ressaltar que nada é pior para a teledramaturgia do que moralismo, mas há de convir que isso contribui mais ainda para a rejeição da menina diante da audiência. Se a personagem fosse mesmo uma mulher vingativa que estivesse usando pai e filho para dar um golpe, seria compreensível o objetivo do autor. Mas não é o caso. Tudo é contado de forma romantizada e sem qualquer construção. O pior é o sofrimento do filho caçula por uma mulher que ele conheceu há menos de uma semana. Beira o ridículo. E a correria da narrativa é tão grande que Inocêncio e Mariana se casam em menos de um mês.</p><p>A pressa em contar essa história não se justifica porque não há qualquer carta na manga a ser usada ao longo dos meses. Essa ladainha envolvendo o triângulo perdura ao longo da novela e em um ritmo arrastado, que só provoca desinteresse. O remake não poderia ter ao menos desenvolvido melhor esse sentimento entre os personagens para deixá-lo menos superficial? Evitar a rejeição seria difícil, mas certamente deixaria o conjunto mais palatável a ponto de compreender o sofrimento do filho caçula e a paixão que surgiu entre o fazendeiro e a neta de seu falecido inimigo. O ponto positivo em meio a tantos equívocos é a chegada de Sandra, antes vivida por Luciana Braga e agora pela talentosa Giullia Buscacio, que mexe com João Pedro. </p><p>O problema é que a segunda fase não tem apenas o núcleo central com o desenvolvimento falho. A trama de Buba (Gabriela Medeiros) também peca pelo atropelo dos acontecimentos. Assim como aconteceu na versão original, o público conheceu Venâncio (Rodrigo Simas) e Buba já tendo um caso. A única diferença da história de 1993 é que agora a personagem é trans e não intersexo --- o termo usado na época era hermafrodita. O público não viu o surgimento desse amor, o que nem faz sentido já que eles nem tinham transado ainda. E essa apresentação deixa o drama dos personagens rasa. Afinal, o irmão de João ainda é casado com Eliana (Sophie Charlotte), acabou de pedir o divórcio e já levou a amante para a fazenda do pai para conhecer Mariana. Buba ficou lá por pouco mais de uma semana e trocou duas palavras com Inocêncio, mas foi o suficiente para a personagem se encantar com o sogro a ponto de querer dar um neto a ele. E o desejo virou obsessão. O casal só fala disso o tempo todo e Buba atropelou recentemente uma moradora de rua. Preocupada, a psicóloga levou a jovem para casa e lá descobriu que Teca (Lívia Silva) está grávida. Agora há um interesse em cuidar da menina até ela parir a criança e assim ficar com o bebê. É uma situação que exigia o mínimo de cuidado para despertar a empatia do telespectador. Mas não houve. Foi tudo tão jogado que a única percepção possível é que todos ali são um bando de desequilibrados. E novamente a pergunta se faz necessária: qual o motivo da pressa? O resultado da correria inicial tem sido um enredo agora enfadonho e caminhando a passos lentos. </p><p>A segunda fase de "Renascer" vem cometendo os mesmos erros da versão original e com o agravante dos problemas serem de dois núcleos principais. Vale lembrar que o chamariz da história de 1993 era em cima da saga de Tião Galinha, antes interpretado pelo brilhante Osmar Prado e agora vivido pelo excepcional Irandhir Santos, e do casal Egídio (antes Herson Capri e hoje Vladimir Brichta) e Dona Patroa (antes Eliane Giardini e hoje Camila Morgado). Porém, nem eles têm conseguido despertar um maior interesse diante da monotonia do enredo, o que também era um dos problemas da obra de 1993. Resta aguardar como esse conjunto se desdobrará ao longo dos próximos meses. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-575631136127837882024-03-12T23:30:00.001-03:002024-03-13T19:24:01.528-03:00Tudo sobre a coletiva online da segunda temporada de "Encantado`s"<p> O Globoplay promoveu nesta segunda-feira (11/03) a coletiva virtual da segunda temporada de "Encantado`s", que estreou nesta terça na plataforma de streaming da Globo. Participaram as autoras Renata Andrade e Thais Pontes, além dos atores Luiz Miranda, Vilma Melo, Evelyn Castro, Augusto Madeira, Ludmillah Anjos, Digão Ribeiro, Dandara Mariana, Romeu Evaristo, Luellen de Castro, João Côrtes e Eliane Giardini. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiGuGBIqDIXFdmmXj5ag97FbLTZEFGJ9v3wzva0fcJfwk29hG4q8Ebc4ntj8I_qHpg6YmN6irc0cCRGWz8183rlVeSJ6EjRfBOavQxzLx7aplp8Kewy24Ta8G5Vd7GbJ8EcFOqSpOGBGEIPZliZmy-LCLLbTLPdcppTKYxUdmfrI9-theMpX9ik94et3qU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiGuGBIqDIXFdmmXj5ag97FbLTZEFGJ9v3wzva0fcJfwk29hG4q8Ebc4ntj8I_qHpg6YmN6irc0cCRGWz8183rlVeSJ6EjRfBOavQxzLx7aplp8Kewy24Ta8G5Vd7GbJ8EcFOqSpOGBGEIPZliZmy-LCLLbTLPdcppTKYxUdmfrI9-theMpX9ik94et3qU=w400-h400" width="400" /></a></div><br />Vilma Melo falou brevemente da dupla central e da importância de um projeto coo esse: "Precisa ter o Eraldo para ter a Olímpia. Eles funcionam muito juntos. E temos surpresas na segunda temporada. Olímpia está mais cansada porque na primeira ela segurou com pulso firme o supermercado e as autoras prepararam um revés... E ter pessoas pretas em um contexto como na série, que não fala disso, é importante demais. A gente não fala sobre pretitude, sobre racismo. É só o pano de fundo. A série poderia ser com uma família branca, mas seria outra série. Somos profissionais independente da caixinha que queiram nos colocar. Cresci vendo as atrizes mais velhas pretas sempre nos mesmos lugares e agora não mais. O audiovisual tem uma importância muito grande na vida do brasileiro. A gente liga a tevê e aquelas pessoas entram nas nossas casas sem a gente convidar. Eu ainda não tinha visto uma série brasileira com esse porte, só em produções americanas, como "Todo Mundo Odeia o Cris", "Eu, a Patroa e as Crianças", enfim... E mostramos que preto também vende". <p></p><p>Eliane Giardini não escondeu a empolgação a respeito de sua entrada na segunda temporada: "Dalva entra na posição que o Tony Ramos ocupava, mas ela é muito mais passional. Ela vem para se vingar dessa família. É divertidíssimo porque essa turma é uma bagunça louca. Nunca vi um elenco mais maluco. Delicioso esse povo. <span></span></p><a name='more'></a>E o Henrique Sauer é um diretor que sabe tudo o que ele quer, o que é muito confortável para o ator. Dá para brincar muito. Me acolheram muito bem todos. Minha personagem também é da comédia, não é séria e nem dramática. Tem o exagero, a dramaticidade, mas é da comédia. Comecei a gravar 'Encantado`s' no mesmo estúdio que gravei 'Terra e Paixão'. Trouxe um pouco da loirice da Dalva para a Agatha", contou a veterana.<p></p><p>Evelyn Castro se emocionou quando falou sobre a questão do estereótipo: "A Evelyn julga muito a Maria Augusta porque não temos nada a ver. Fui me adaptando, tentando me encontrar e consegui. Ela chega a ser infantil de tanto que quer ser aceita. Ela virar gerente (do supermercado) até cabe nesse lugar de querer ser aceita. Ela admira tanto a Olímpia e quer tanto ser aceita e influencer que acaba exagerando e criando tanta confusão. Essa série é tão emblemática que essas autoras maravilhosas me colocaram como influencer, como perua. Eu sempre fui a machona e a empregada doméstica. Faço uma série no Multishow de muito sucesso em que os suburbanos são estereotipados. Acabo sendo bastante estereotipada. Obrigada a elas por me tirar do estereótipo que a televisão sempre me colocou".</p><p>Luis Miranda falou sobre o dilema de seu protagonista diante da disputa entre a sua esposa e a irmã: "Eraldo está totalmente confortável no momento de disputa. Basta ele não contrariar as duas ao mesmo tempo. Porque o objetivo dele é chegar à Sapucaí. A sensação que eu tenho é que na segunda temporada está mais obstinado a isso, o que faz com que ele meta ainda mais os pés pelas mãos. E na segunda temporada vai ter uma aproximação dele com o pai. A busca incessante em se ver refletido no pai. A história entre a irmã e a esposa dele é até bem resolvida porque ele ama as duas". </p><p>Luellen de Castro comentou a semelhança com sua personagem: "Ana Shaula vai ter um breve momento de sorriso nessa segunda temporada, mas é bem rápido. Não acho que eu seja muito diferente dessa minha personagem. A diferença é que o humor tem uma certa lente de aumento. É uma cara fechada que nunca muda, é para ser algo divertido. Quando comecei a fazer a Ana Shaula meus amigos falavam que estavam me pagando para fazer eu mesma. Somos parecidas mesmo. Não tenho o humor mais maravilhoso do mundo...", se divertiu.</p><p>Ludmillah Anjos falou sobre a questão da representatividade: "As autoras nos colocam em posições que as pessoas se veem. É muito importante eu estar em uma série assim. E Cristal mudou a visão que tinha sobre as estoquistas de supermercado. Não toquem no mostruário, gente", declarou aos risos.</p><p>Dandara Mariana falou sobre a parceria com seu pai na segunda temporada: "A gente discute o texto juntos, estamos sempre conversando sobre os personagens. Vamos ao Projac juntos. Nunca tinha feito uma obra junto com meu pai e meu namorado (Dhonata Augusto, intérprete do Pedro). Já Romeu Evaristo complementou a resposta: "No samba do 'Encantado`s' nunca me deliciei tanto. É um elenco jovem da geração da minha filha. Eu voltei no tempo porque a geração desses meninos fazem televisão gostando de fazer televisão. Estou muito feliz mesmo".</p><p>Digão Ribeiro foi mais um que se emocionou ao falar da série: "O projeto tem uma relevância muito grande para o nosso povo. Vendo o resultado da primeira temporada e a boa repercussão vemos que conseguimos atingir o nosso objetivo que é trazer humanidade para corpos como o meu. Um tipo amoroso, gentil. A descoberta do Flahsback pelo afeto agora tem outro plot porque agora ele tem uma relação. É tudo novo construir isso como ator porque ele é meu primeiro galã e me aquece o coração. Uma terapia comigo mesmo que faz valer meu trabalho".</p><p>João Côrtes expôs sua animação com a qualidade da trama: "Tanto coisa me fez querer fazer essa série. É absolutamente original, um mercado virar escola de samba. É genial. Não é a história de uma pessoa só, é uma família junta, cada uma com sua característica. É um desbunde para a alma fazer esse projeto. Nos conectamos de uma forma muito sensível e é muito legal se conectar nesse lugar. O Celso é um personagem maravilhoso. Na segunda temporada, eu senti acertar em como era o Celso. Ajustei umas coisinhas que não consegui fazer na primeira. A acontece uma coisa muito legal que não posso falar, mas eu coloco o tempero da música e da dança. Fazer um personagem gay que não pede desculpa por ser quem ele é e não ser retratado como uma vítima que apanha e sofre, enfim... Sou um ser humano melhor por causa desse personagem. É um time maravilhoso e humor se faz junto". </p><p>Thais Pontes foi breve: "São personagens estruturados no real. Vendo vocês falando fico mais emocionada e feliz, foi um encontro de todo mundo e quando estamos juntos nos sentimos bem. A série passa um pouco na tevê esse sentimento", se orgulhou a autora. Renata Andrade acrescentou: "E o público percebe essa energia do quão unidos vocês são. O resultado é muito reflexo disso", concluiu.</p><p>Augusto Madeira finalizou dando alguns spoilers: "E tem tanta participação nessa temporada. Tia Surica, Mateus Solano, Xande de Pilares, Paolla Oliveira, muita gente bacana. Tá ficando chique fazer participação no 'Encantado`s' e isso é sinal do sucesso", resumiu o ator.</p><p>A coletiva refletiu o êxito da série que já está com sua terceira temporada encaminhada. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-51371606669419712622024-03-08T23:55:00.002-03:002024-03-09T01:02:26.570-03:00"Falas Femininas" muda de formato em 2024 e se mantém assertivo<p> Ano passado, a Globo lançou uma antologia do projeto "Falas" através de histórias ficcionais exibidas em episódios únicos ao longo do ano. "Falas Femininas" (em homenagem ao Dia Internacional da Mulher), "Falas da Terra" (em homenagem ao Dia dos Povos Indígenas), "Falas de Orgulho" (em homenagem ao Dia do Orgulho LGBTQIAP+), "Falas da Vida" (em homenagem ao Dia Internacional das Pessoas Idosas) e o "Falas Negras" (em homenagem ao Dia da Consciência Negra) tiveram tramas que impactaram de diferentes formas. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhD30VPpyAsG2fmXwZM35tkor564X-9Ss6e6bCiHXPw8X2rkdnU0GRNZnBztwxwUzcvXQZ_OW0wMTW-0xr9HQ3Sxp2-7n0t3oxFzmcPgtC1K7FgbKAjaSvWG9LjBGvogh7rmxTMu0IXqBlTyF7zh75lae_iN0_jN0tOONaZiRasxfg-GdUvolKeA59oj2U" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="656" data-original-width="984" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhD30VPpyAsG2fmXwZM35tkor564X-9Ss6e6bCiHXPw8X2rkdnU0GRNZnBztwxwUzcvXQZ_OW0wMTW-0xr9HQ3Sxp2-7n0t3oxFzmcPgtC1K7FgbKAjaSvWG9LjBGvogh7rmxTMu0IXqBlTyF7zh75lae_iN0_jN0tOONaZiRasxfg-GdUvolKeA59oj2U=w400-h266" width="400" /></a></div><br />A emissora, agora, mudou o método. Sai de cena a dramaturgia e entra um programa que aborda várias questões pertinentes sobre cada tema na sociedade. E o primeiro foi o "Falas Femininas", exibido nesta sexta-feira, no Dia Internacional da Mulher. O formato nunca foi tão literal quanto em 2024. Intitulado "Louca", o programa foi inteiro sobre a voz das silenciadas, abandonadas, descredibilizadas, manipuladas, e a urgência de serem ouvidas. <p></p><p>Com apresentação de Taís Araújo e Paolla Oliveira, direção de Antonia Prado e autoria de Veronica Debom e Isabela Aquino, o episódio debateu a exaustão e os diversos fatores que impactam e corroem a saúde mental feminina, abordando temas como assédio, gaslighting e abandono. <span></span></p><a name='more'></a>Ao longo de 45 minutos, as apresentadoras conduziram o espectador em uma provocativa jornada que despertou a reflexão da sociedade como um todo. <p></p><p>O formato escolhido foi o experimento social, que será o ponto de partida de todos os especiais "Falas" neste ano. A experiência consiste na captação da reação de brasileiros a simulações de situações comuns, e, não por isso, menos absurdas, vivenciadas no cotidiano de tantos. No caso do "Falas Femininas", alguns contextos co desfechos surpreendentes foram apresentados, como homens recebendo a proposta de um trabalho aparentemente impossível de ser executado. Diversos aprendizados surgem a partir da observação sobre a forma como cada participante é impactado, o que conduz a conversa proposta pelo episódio. </p><p>O trabalho doméstico, por exemplo, foi um dos temas e ficou provado através de dinâmicas, entrevistas e depoimentos que não é valorizado e sempre recai sobre a mulher, fazendo com que ela viva uma jornada dupla ou tripla na sua rotina. Ficou exposto que a sobrecarga está ligada ao imaginário de que cuidar do outro é uma tarefa exclusivamente feminina. A descredibilização da mulher ligada ao hábito de chamá-la de 'louca' ---- um costume antigo em relacionamentos abusivos, no abandono vivido pelas mulheres e no assédio em ambiente de trabalho ---- também foi demonstrada. Problemas que persistem. </p><p>Além dos experimentos, o episódio contou com a participação de especialistas como a advogada Fayda Belo e da psicóloga Jaqueline Gomes de Jesus, que contribuem com suas análises, assim como depoimentos de anônimas e famosas como Preta Gil. A influenciadora digital Ana Terra Oliveira, conhecida por mostrar as diferenças de percepção de mundo entre homens e mulheres, ainda ouviu a população nas ruas, exatamente como faz em seus vídeos. </p><p>O "Falas Femininas" de 2024 teve pesquisa de Jaqueline Alves e Zilda Raggio e produção de Ana Luisa Miranda. A direção de gênero é de Mariano Boni. A apresentação de Taís Araújo e Paolla Oliveira foi excelente, os dados expostos duramente incômodos e a reação das pessoas diante das entrevistas e dinâmicas reveladora. O formato mudou, mas segue assertivo.</p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-64294790001806231442024-03-06T23:30:00.001-03:002024-03-07T01:53:43.460-03:00"Mulheres de Areia" repetiu o sucesso em sua terceira reprise<p> No dia 1º de fevereiro, a estreia de "Mulheres de Areia" completou 31 anos. O remake da saudosa Ivani Ribeiro, com direção de Wolf Maya, foi um imenso sucesso e marcou a carreira de vários atores que participaram da produção. Foram muitos personagens emblemáticos e a história arrebatou o público da mesma forma como ocorreu em 1974, quando foi exibida a versão original protagonizada por Eva Wilma. A novela foi reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" duas vezes: entre novembro de 1996 e abril de 1997, e entre setembro de 2011 e março de 2012. A sua terceira reprise estreou em 26 de junho de 2023, no início das tardes, em uma faixa que até hoje não foi nomeada pela Globo. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiMIQNp8lfB4mTkY8495CoIUKxUYALB2AxMnJ8ZyEhUdo9e_-Jn535kJvsBN9P8iEDoLuFtCj3G8uhPTHrsa3I6w_-eD8KaKqCEO_1yp2NXxHQVl8f45QYjMN36IJ3YyXrlvYOjBF-bORyQll7MlPjsDMLP48eotFLSqGZELj4XpnN6S3D3ANe93Vlk7Ms" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiMIQNp8lfB4mTkY8495CoIUKxUYALB2AxMnJ8ZyEhUdo9e_-Jn535kJvsBN9P8iEDoLuFtCj3G8uhPTHrsa3I6w_-eD8KaKqCEO_1yp2NXxHQVl8f45QYjMN36IJ3YyXrlvYOjBF-bORyQll7MlPjsDMLP48eotFLSqGZELj4XpnN6S3D3ANe93Vlk7Ms=w400-h225" width="400" /></a></div><br /><span style="text-align: left;">A trama central aborda a clássica rivalidade de duas irmãs gêmeas que, embora fisicamente idênticas, têm personalidades completamente distintas. Gloria Pires brilhou absoluta interpretando Ruth e Raquel em uma época onde os efeitos visuais ainda estavam engatinhando, o que provocava um trabalho ainda maior nas cenas que necessitavam da presença das irmãs juntas. A doce Ruth é uma mulher tímida que volta para a fictícia cidade Pontal D`Areia, após dar aulas para alunos em uma fazenda do interior. Raquel (que tem um caso com o malandro Wanderley - Paulo Betti) é uma mulher ambiciosa e extremamente sedutora que tem como principal objetivo de vida ficar rica sem fazer esforço.</span></div><br />As duas são filhas de Isaura (Laura Cardoso) e Floriano (Sebastião Vasconcellos), humildes pescadores que lutam para ter uma vida digna. A mãe tem uma clara predileção por Raquel, enquanto que o pai se identifica com Ruth.<br /><a name='more'></a>A mocinha se envolve com o poderoso empresário Marcos Assunção (Guilherme Fontes), que se encanta pela professora assim que retorna à cidade litorânea para administrar os negócios da família. Porém, o rapaz vira alvo da irmã má, que se interessa por sua excelente condição de vida.<div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi0uzzHte31kXW9vuBEH1V8IanH23AG0hQxv62Tj0aGE12J0po9PsSricnF9ai6gHwp9duhHIJvCMB5gs1S6vX6mMM-EVgxec432daLu-Jos3fmo9k964bql5e-YrDs-VIDOtDCEDr9Nxym-9Z8ghDvFjzKbss5NfSYj6thmMqCOiZ6nMNq4QZ0txQHywI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="674" data-original-width="984" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi0uzzHte31kXW9vuBEH1V8IanH23AG0hQxv62Tj0aGE12J0po9PsSricnF9ai6gHwp9duhHIJvCMB5gs1S6vX6mMM-EVgxec432daLu-Jos3fmo9k964bql5e-YrDs-VIDOtDCEDr9Nxym-9Z8ghDvFjzKbss5NfSYj6thmMqCOiZ6nMNq4QZ0txQHywI" width="320" /></a></div><br />Raquel inicia um plano para separá-lo da irmã e quem percebe suas reais intenções é o Tonho da Lua (Marcos Frota), homem com deficiência mental que faz lindas esculturas na areia e tem um carinho imenso pela sua fiel amiga Ruth. A vilã o tortura psicologicamente com frequência e várias vezes destrói as estátuas feitas por ele. Aliás, o ator viveu seu melhor personagem na carreira neste remake. Até hoje sua interpretação é lembrada e elogiada. Foi um tipo muito marcante.</div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgm2yVAxNnxrscPxlgiDEiI4vxR0rowsak0pz6pAk_SyG5IpXtUQmK8hEI7h9L7BhDcG3aHKhRG5cjV2f4qD1x296UOVOoHBWizO-AggWH0qjjAbl0tbIfekEsxzWqq2_l_5rInaz4_hW2LB-7U6MXanEVU-XmFBHBgq2c0IO6lx9-yPYXwzD65ZsIGh_k" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="400" data-original-width="600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgm2yVAxNnxrscPxlgiDEiI4vxR0rowsak0pz6pAk_SyG5IpXtUQmK8hEI7h9L7BhDcG3aHKhRG5cjV2f4qD1x296UOVOoHBWizO-AggWH0qjjAbl0tbIfekEsxzWqq2_l_5rInaz4_hW2LB-7U6MXanEVU-XmFBHBgq2c0IO6lx9-yPYXwzD65ZsIGh_k" width="320" /></a></div><br />Vale lembrar ainda da crueldade que Donato (saudoso Paulo Goulart, que deu um show do início ao fim) fazia com Tonho da Lua. O vilão era padrasto dele e maltratava muito o enteado. Para culminar, o asqueroso homem (que explorava os pescadores da região) ainda assediava sexualmente Glorinha (Gabriela Alves), sua outra enteada --- situação impensada hoje em dia em uma novela das seis diante do que pode ser chamado de retrocesso dramatúrgico, já que há um constante medo de exibir cenas mais fortes para o público. Paulo teve um desempenho grandioso e o papel foi um dos mais importantes de seu respeitável currículo.<div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhKn1qUlbYYOZe8d6iBDoyyH8jAdvdj6djQLjiYd4BPM0fyth-mmTZ3D4fx9aaJ7q53y-YSL_3Te5F74eUR4jJcA0I5UReYlA9XAbB6rLkhCug5GjH6tstLigtCRtzW7vh_xmg1hPFmYX8vhHWjDk2_bTUDdzhVDxhBLeHyUryzBWNx4rgHExWw1M8sElM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="630" data-original-width="1200" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhKn1qUlbYYOZe8d6iBDoyyH8jAdvdj6djQLjiYd4BPM0fyth-mmTZ3D4fx9aaJ7q53y-YSL_3Te5F74eUR4jJcA0I5UReYlA9XAbB6rLkhCug5GjH6tstLigtCRtzW7vh_xmg1hPFmYX8vhHWjDk2_bTUDdzhVDxhBLeHyUryzBWNx4rgHExWw1M8sElM" width="320" /></a></div><br />Outro mau caráter que se destacou na história de Ivani Ribeiro foi o Virgílio, pai de Marcos, vice-prefeito e dono do maior hotel da cidade, que sonhava transformar o lugar em uma grande centro turístico. Casado com a submissa Clarita (ótima Susana Vieira), o vilão demonstrou interesse por Tônia (Andrea Beltrão) e era um típico galinha. Interpretado magistralmente pelo saudoso Raul Cortez, o personagem não tinha escrúpulos para alcançar seus objetivos. Além de querer manipular a vida do filho, ainda protagonizava vários embates com Malu (Vivianne Pasmanter), sua outra filha, que transbordava rebeldia e culpava o pai pela morte de seu noivo. A garota foi 'domada' pelo vaqueiro rústico Alaor (Humberto Martins), homem por quem se apaixonou, formando um ótimo casal que vivia entre tapas e beijos ---- um contexto que transbordava machismo e nos dias atuais certamente sofreria alterações. Vale lembrar a marcante trilha da personagem: "Ovelha Negra", de Rita Lee. <div><br /><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjtzuQr7eR6OSxF9uoZ-nV7hTgwSp7bahEciwcrF_UzOlfRKB315xdWl1Q9y_PZEqm3naFk64exkQMiq0Hkove3iPW6PuMKm0sW59lbtfRYI-8Y_BK5e59fhTTFOwo9lRwXyW3UuUC7VaEkQhkUlbbp3ilPG5qq3hDemeX5lkPT6wwsUzQ6PlBun8O2y4k" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="404" data-original-width="404" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjtzuQr7eR6OSxF9uoZ-nV7hTgwSp7bahEciwcrF_UzOlfRKB315xdWl1Q9y_PZEqm3naFk64exkQMiq0Hkove3iPW6PuMKm0sW59lbtfRYI-8Y_BK5e59fhTTFOwo9lRwXyW3UuUC7VaEkQhkUlbbp3ilPG5qq3hDemeX5lkPT6wwsUzQ6PlBun8O2y4k" width="240" /></a></div><br />A grande virada da trama se dá quando Raquel se casa com Marcos e depois sofre um acidente de barco, sendo dada como morta. Ruth assume o lugar da irmã para ficar perto do seu grande amor, sem saber que a gêmea perversa não morreu. A vilã volta para se vingar, promovendo uma reviravolta inesquecível. Gloria Pires esteve impecável em todos os momentos: quando vivia a mocinha, quando interpretava a vilã e quando fazia a boazinha fingindo ser a malvada, ou vice-versa. Foi seu maior papel da carreira, com todo respeito a Maria de Fátima", de "Vale Tudo". É preciso citar também o grandioso desempenho da grande Laura Cardoso e do saudoso Sebastião Vasconcellos, que protagonizaram muitas cenas dramáticas e densas.</div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgYGZKxZC6sXjXgGKeHCgsPBS2OR8-dMRiPAmyJeS3CwNHyKG5O4YjnBjNU-U5AeA96NV9lWPjdXN_3X0yk0ltJxvPXB5jjYVywcgP_jbnWJBUtsTjH5QBrJpT0cmLm1Tp_WFqvXgabeOyZgFLEwMzHvFtOqZ-gNW-yzp3xupCPcm93TBxmB8h-2S3I0fc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgYGZKxZC6sXjXgGKeHCgsPBS2OR8-dMRiPAmyJeS3CwNHyKG5O4YjnBjNU-U5AeA96NV9lWPjdXN_3X0yk0ltJxvPXB5jjYVywcgP_jbnWJBUtsTjH5QBrJpT0cmLm1Tp_WFqvXgabeOyZgFLEwMzHvFtOqZ-gNW-yzp3xupCPcm93TBxmB8h-2S3I0fc" width="320" /></a></div><br />Além dos talentosos atores mencionados, o elenco ainda contou com Daniel Dantas (o ambientalista Breno), Evandro Mesquita (o gente boa Joel), Nicette Bruno (a perua Juju), Eduardo Moscovis (Tito), Jonas Bloch (Alemão), Irving São Paulo (Zé Luiz), Denise Milfont (Vilma), Thais de Campos (Arlete), Giovanna Gold (Alzira), Henrique Pagnoncelli (César), Carlos Zara (José Pedro), Ricardo Blat (Marujo), Suely Franco (Celina), Serafim Gonzalez (Garnizé) ---- o saudoso ator é quem fazia as esculturas de Tonho da Lua ----, Totia Meirelles (Sônia), Edwin Luisi (Dr. Munhoz), Adriano Reys (Oswaldo), Stepan Nercessian (Delegado Rodrigo), entre outros.</div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiAWeUBzmmLhBlGNSEgjLQIUkSAyQ6QejCZcrt16wY29v9RZsn2v2GYdHLCVF79XP7RUyLWaeTZYL3EQzAHIJarnP5JVZpUCanKkxWSlX4FosNrT-elHnBoG47nRdjO51RKUClH_5gruq-xy5bhtk6kXdOgefCzG-1lFJBs-RXakX6hcWJvhY4oIVDmdmU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiAWeUBzmmLhBlGNSEgjLQIUkSAyQ6QejCZcrt16wY29v9RZsn2v2GYdHLCVF79XP7RUyLWaeTZYL3EQzAHIJarnP5JVZpUCanKkxWSlX4FosNrT-elHnBoG47nRdjO51RKUClH_5gruq-xy5bhtk6kXdOgefCzG-1lFJBs-RXakX6hcWJvhY4oIVDmdmU" width="320" /></a></div><br /></div><div>"Mulheres de Areia" foi um remake primoroso e deixou sua marca. Ivani Ribeiro conseguiu reunir um elenco de peso e conquistou o público com uma inesquecível novela das seis. O sucesso em sua terceira reprise apenas demonstra mais uma vez a força de um dos maiores clássicos da autora que faz falta na teledramaturgia. </div></div></div></div>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-6746038219118993222024-03-04T20:30:00.003-03:002024-03-10T00:25:42.566-03:00"Família é Tudo": o que esperar da nova novela das sete? <p> As confusões geradas por causa do tesouro de "Fuzuê" saíram de cena e agora o horário dá lugar aos tradicionais dramas familiares. Entrelaçada por laços de sangue, parentesco, amizade ou convivência --- muitas vezes imperfeitas ----, toda "Família é Tudo" e mais um pouco. É assim, em plena capital paulista, que a nova novela das sete da Globo, que estreou nesta segunda-feira (04/03), criada e escrita por Daniel Ortiz com direção artística de Fred Mayrink, vai orbitar pelas alegrias, aventuras e conflitos que marcam as relações familiares. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhg9Mcp_HfE9ZvvfRWy12AAL0f-BFP37Tqsegu8fv81zPpA5b9kLTfd7YJbHSv2oqey9t4kdZ6CI2yyZqRTYEccjsic6b8-xxeZIOBA4NDmS5xxXDgv9br3U6Z3WFQG7jNsLGUMbi_TnB19jrQEFmBGMcPsX-u4Zw-CJxljzCke0wRSJvjTXrWLNoWTeGk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="675" data-original-width="1200" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhg9Mcp_HfE9ZvvfRWy12AAL0f-BFP37Tqsegu8fv81zPpA5b9kLTfd7YJbHSv2oqey9t4kdZ6CI2yyZqRTYEccjsic6b8-xxeZIOBA4NDmS5xxXDgv9br3U6Z3WFQG7jNsLGUMbi_TnB19jrQEFmBGMcPsX-u4Zw-CJxljzCke0wRSJvjTXrWLNoWTeGk=w400-h225" width="400" /></a></div><br /><span style="text-align: left;">A avó, Frida Mancini (Arlete Salles), sonha reunir seus cinco netos ---- Vênus (Nathalia Dill), Júpiter (Thiago Martins), Andrômeda (Ramille), Electra (Juliana Paiva) e Plutão (Isacque Lopes) ----, que estão há anos sem se ver. Mais que isso, ela deseja ---- e fará qualquer coisa ---- para ter sua família unida novamente. Por ironia ou não do destino, é seu desaparecimento que promove a união do clã. Mas será que apenas o desejo de uma matriarca é capaz de superar as diferenças de personalidade, o tempo e a distância física que separam a família? </span></div><p></p><p>Para a obstinada Frida, dona da gravadora Mancini Music, sim. Confiante na reunião da família, a avó organiza um cruzeiro para celebrar seu aniversário e o de sua irmã gêmea, Catarina (Arlete Salles). Porém, em meio a rusgas e armações, os netos não comparecem e ela embarca apenas com a irmã e o sobrinho, Hans (Raphael Logam). Mas um acidente em pleno alto mar resulta em um misterioso sumiço.<span></span></p><a name='more'></a> Ao ser dada como morta, Frida surpreende a todos com seu testamento. Com diferentes motivações e liderados por Vênus, os irmãos Mancini vão encarar uma missão que transformará suas vidas: além de morar juntos, a despeito das diferenças entre si, terão que trabalhar para reconstruir o lugar que marcou o início da gravadora da família, criada por sua avó. A meta é clara: ao final de um ano, se o desempenho dos irmãos não for satisfatório (ou seja, gerar um lucro de quatro vezes o valor que vão receber para investir no local) eles não ganham nada e a herança a que teriam direito será entregue ao sobrinho ambicioso que, junto com a mãe, Catarina, nunca mediu esforço para atrapalhar a relação entre avó e netos. <p></p><p>A saga dos Mancini começa com a morte de um pai e a separação de todos os seus filhos. Quando a avó Frida vê a prole de seu filho Pedro (Paulo Tiefenthaler) se distanciar após o acidente que culminou na morte dele, ela decide agir. Suas antigas noras não ajudam em nada, pois se detestam ---- Leda (Grace Gianoukas), mãe de Júpiter; Lulu (Cris Vianna), mãe de Andrômeda; e Nanda (Ana Carbatti, que criou Electra desde pequena e é mãe de Plutão. O afastamento entre os irmãos foi inevitável e, apesar de ter mantido contato com os netos, Frida nunca conseguiu reunir a família novamente. </p><p>Além de não se importarem uns com os outros, nenhum dos irmãos Mancini se interessou pelos negócios da família --- nem mesmo aqueles que dependiam disso para manter seus luxos. Em meio a tanta desunião, uma pessoa parece compartilhar o desejo da matriarca: Vênus, a neta que vai liderar os irmãos na empreitada depois que os Mancini veem suas vidas estremecerem. Acreditando ser a última oportunidade de unir sua família novamente, Vênus se dedica a costurar as relações perdidas e atua como voz da razão quando os mais novos saem do prumo. Com diferentes motivações, o quinteto aceita encarar a missão que transformará suas vidas. </p><p>Despindo-se dos privilégios de herdeiros, os irmãos rumam, em uma kombi, ao casarão da Zona Leste de São Paulo em que precisarão morar e reformar. Nesta jornada, além de lidar com as mazelas do local, será latente o desafio de aturar uns aos outros com suas características, especialmente os defeitos e as limitações que um não cansa de apontar ao outro. E, como se não bastassem todas as adversidades, os irmãos terão de encarar os principais antagonistas da empreitada, o primo Hans e a tia Catarina. </p><p>Em meio a revelações do passado, histórias de amor, crises e entraves para o próprio sucesso pessoal, cada Mancini lida com situações externas que influenciam suas relações. E, assim como acontece na realidade, convivendo dia após dia, essa família precisará confrontar seus julgamentos para alcançar o apoio mútuo e superar os falatórios para enterrar desentendimentos, a fim de resgatar o amor que nunca deixou de existir e reescrever a história familiar. </p><p>Os cinco irmãos apresentam características e conflitos distintos. Vênus é a neta mais velha de Frida, de quem herdou o gosto pelo trabalho. Foi criada pelo pai e pela avó. Testemunhou a morte do pai, seu melhor amigo. Criou a Fundação Todos Humanos, voltada para o acolhimento e qualificação profissional a jovens em situação de vulnerabilidade. Noiva de Mathias (Fernando Pavão), acredita que ter uma vida tranquila, ainda que sem paixão, é suficiente. Mas nunca esqueceu a dor de ter sido traída pelo seu primeiro e único amor, Tom (Renato Góes). </p><p>Júpiter é um mulherengo incorrigível, o segundo neto de Frida. Um playboy com um grande coração, mas nunca foi chegado nos estudos e só se graduou por insistência da avó e com a ajuda das colegas de turma. Vive da mesada de Frida e mantém um cargo de fachada na gravadora para impressionar suas conquistas amorosas. É completamente dependente de Marieta (Cristina Pereira), sua ex-babá, que ainda organiza sua vida pessoal. Vai namorar a perita Elisa (Thaila Ayala), que deixa claro seu terror com a hipótese de o playboy ficar pobre. E despertará o interesse de Lupita (Daphne Bozaski), a quem rechaçará, por conta da aparência fora de seus padrões de beleza. </p><p>Electra é filha do terceiro casamento de Pedro, perdeu a mãe muito cedo e foi criada como filha pela quinta esposa do pai, Nanda. É determinada, justa e pé no chão. Era alegra e extrovertida até sofrer um grande revés: foi acusada de tentar matar seu namorado, Luca (Jayme Matarazzo). Apesar de jurar inocência ---- ela insiste que colocaram alguma substância em sua bebida na noite do crime ----, foi condenada e, no início da novela, é beneficiada pela liberdade condicional. Fora da cadeia, quer recomeçar a vida e, acimda de tudo, provar que foi vítima de uma injustiça. Ainda é apaixonada pelo ex e não nota o interesse do irmão dele e seu advogado, Murilo (Henrique Barreira). </p><p>Andrômeda é filha de Pedro com a quarta mulher, Lulu, e foi criada como princesa. Vive comprando e ostentando, sobretudo nas redes sociais. Tem uma autoestima inabalável e uma queda para o drama. Determinada, é capaz das maiores loucuras para alcançar seu sonho de ser uma cantora famosa, apesar de ser muito desafinada. É apaixonada por animais e trata Britney, sua cachorrinha, como ser humano. </p><p>E Plutão é o neto caçula de Frida e filho de Nanda, a esposa número cinco. Sonha em ser campeão de skate. É independente, leva uma vida simples, longe dos luxos da família, e não aceita a ajuda financeira da avó. Faz bicos como professor para pagar treinadores e participar de competições. Esconde dos amigos que é um dos herdeiros da Mancini. </p><p>A viagem de cruzeiro planejada para marcar a união da família precisou de dez dias de gravações para a execução das cenas que são exibidas nos primeiros capítulos da trama. Para ambientar a sequência, a integração entre o conceito artístico e tecnologia (efeitos visuais e especiais) foi determinante para materializar não apenas o navio, mas toda a ação presente no texto que leva ao sumiço da vovó após uma tormenta sem igual. Vale lembrar que o título inicial da novela era "A Vovó Sumiu". A sequência de cenas do temporal contou com o uso de efeitos especiais, envolvendo inundações, quedas, curtos-circuitos e outros elementos de aventura para retratar o caos dentro do navio. Já o mar agitado foi todo criado com computação gráfica, que também adicionou fortes ventos e ondas gigantes. </p><p>A cidade de São Paulo é o cenário para os encontros e conflitos do enredo. Locais conhecidos como as avenidas paulista e Brigadeiro Faria Lima, além do Museu do Ipiranga, o Palácio Tangará e os novos points, como Sky Sampa, serviram de locações para a trama. Um dos destaques foi a gravação do pedido de casamento de Tom (Renato Góes) a Vênus. A cena, exibida no primeiro capítulo, se passa quando a mocinha está na faculdade. Rodada na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), mobilizou mais de 200 pessoas no saguão com famosos vitrais, em uma surpresa que o futuro publicitário faz à amada. </p><p>A novela ainda tem a gravadora Mancini Music como cenário para participações musicais especiais ao longo da história. "Jardins da Babilônia", sucesso de Rita Lee regravado por Jão e Julia Mestre, embala a abertura, enquanto "Só Hoje", gravada pela banda Jota Quest, conduz o romance de Vênus e Tom. JJá as cenas da vilã Paulina (Lucy Ramos) com o ex-marido contam com a voz de Vanessa da Mata e sua "Vem Doce". Marisa Monte, Tiago Iorc, Nattan, Luiza Possi e OutroEu também então na trilha. </p><p>"Família é Tudo" é uma novela criada por Daniel Ortiz e escrita por Ortiz com Flavia Bessone, Nilton Braga, Daisy Chaves e Claudio Lisboa. Com direção artística de Fred Mayrink e direção de Felipe Louzada, Mariana Richard, Augusto Lana e Naína de Paula. A produção é de Mariana Pinheiro e Claudio Dager e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.</p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-55889838692562765942024-03-01T20:30:00.006-03:002024-03-02T20:58:17.366-03:00E não rolou o "Fuzuê"<p> A missão de Gustavo Reiz não era das mais fáceis: manter a audiência em alta, após o fenômeno "Vai na Fé", de Rosane Svartman, e com uma proposta totalmente diferente da trama anterior. O início de "Fuzuê" até manteve o interesse do público e parecia uma produção promissora. Mas, ao longo dos meses, o interesse do telespectador foi diminuindo gradativamente diante do roteiro repetitivo e a queda nos números do Ibope se tornou uma constante. O folhetim chegou ao fim nesta sexta-feira (01/03), depois de muitas intervenções na narrativa, e com o título de maior fracasso do horário das sete. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiTWpuRpLu-bCHnvCVhnl9_ofpzw0DSXP3K99OFNngSFUjb6ejuzRI9WgxfpsHEvMsTL22Uu-8dC6vAA-mhbuw-4jsc1_GhKfnS8Bq_WqG13131G35yxyqRS9Mld8LaOVhqaVC8dxrd9tYbVSf7WIAjNAF3xLnpJBA2s_TutQWXTE0PkNWNybthcrnfP_c" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiTWpuRpLu-bCHnvCVhnl9_ofpzw0DSXP3K99OFNngSFUjb6ejuzRI9WgxfpsHEvMsTL22Uu-8dC6vAA-mhbuw-4jsc1_GhKfnS8Bq_WqG13131G35yxyqRS9Mld8LaOVhqaVC8dxrd9tYbVSf7WIAjNAF3xLnpJBA2s_TutQWXTE0PkNWNybthcrnfP_c=w400-h400" width="400" /></a></div><br />A estreia do autor na Globo, infelizmente, não foi bem-sucedida. Gustavo escreveu "Os Ricos Também Choram", no SBT em 2005; o remake de "Dona Xepa", na Record em 2013; além de "Escrava Mãe" (2016) e "Belaventura" (2017) na emissora do bispo Edir Macedo. A sua proposta em "Fuzuê", prevista inicialmente para 2019 e depois adiada por conta da pandemia, era devolver ao horário das sete a conhecida comédia pastelão repleta de cenas farsescas. No início, até funcionou, vide o enredo dinâmico e bem conduzido nas duas primeiras semanas, principalmente em torno do quarteto central formado por Luna (Giovana Cordeiro), Miguel (Nicolas Prattes), Preciosa (Marina Ruy Barbosa) e Heitor (Felipe Simas). A forma como o casal de mocinhos e o par de vilões se conheceram proporcionou momentos divertidos. <p></p><p>No entanto, foi ficando claro que a proposta da história, dirigida por Fabrício Mamberti, era até interessante em uma série curta, mas não em uma novela com mais de 170 capítulos. Um filme de caça ao tesouro costuma ser repleto de ação e boas viradas, o que desperta atenção do público, mas o desafio de proporcionar isso em um folhetim é bem mais complicado. Até porque o recurso ficcional exige que pistas sejam colocadas com cautela, a ponto de manter o interesse de quem assiste sem entregar muito o conteúdo para não esvaziar o roteiro.<span></span></p><a name='more'></a> O autor não conseguiu e o enredo virou um festival de repetições, onde praticamente o elenco inteiro estava envolvido na tal busca pela chave de sol e chave de lua que levariam até a fortuna escondida. Isso também se tornou um problema de difícil solução para uma mudança na trama. Normalmente, um novelista costuma criar vários núcleos para que o enredo tenha outros conflitos enquanto a trama principal não anda. E não havia conflito paralelo algum para destacar. <div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhnyW9Dh99qXa07Ba0Z6xnH8PYRtRu8ABHWCZWmP-GyW-KObm0oahiNrk3FI0qlQW6a3B7PKLO0wlBH3zEPu9Hb496rhtyicU6Kv-G82TFo-Zuq4tzFnUEIGRY3lqYs7ipZr8a5mDFTD9c5X9fqyWKeIa3t1iIpCxuqKPg-XLrY0q41noovDpPr3-tdxQI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhnyW9Dh99qXa07Ba0Z6xnH8PYRtRu8ABHWCZWmP-GyW-KObm0oahiNrk3FI0qlQW6a3B7PKLO0wlBH3zEPu9Hb496rhtyicU6Kv-G82TFo-Zuq4tzFnUEIGRY3lqYs7ipZr8a5mDFTD9c5X9fqyWKeIa3t1iIpCxuqKPg-XLrY0q41noovDpPr3-tdxQI" width="320" /></a></div><p>Aliás, a novela pecou pela ausência de histórias. Praticamente nenhum personagem teve algum drama pessoal para ser desenvolvido. Nem mesmo os perfis que integravam o núcleo da loja que dava título ao folhetim. Nero (Edson Celulari) tinha tudo para ser um dos destaques, mas nunca foi porque não teve conflito algum. O objetivo do empresário era manter o sucesso de sua loja cafona e seguir sua vida com seus filhos. É uma missão que qualquer ser humano teria na vida real, mas na ficção é algo que não desperta interesse. Qual foi a importância do personagem para o roteiro? Nenhuma. Até mesmo os demais integrantes não tiveram momentos relevantes. Alicia foi defendida com talento por Fernanda Rodrigues, mas a patricinha deslumbrada com a fama só tinha a função de protagonizar cenas de pastelão. Seu único 'problema' foi decidir se queria ou não um segundo filho com o marido, Cláudio (Douglas Silva), outro perfil que não teve enredo. Perto da reta final, a personagem ganhou um podcast e passou a entrevistar pessoas. E só.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi_6tGkFxbit93-AJWhZ1Iv5ej825cpqox5i3T3D9U58VS8bEFJSXKQaOHQMUZT-jfOLeKWTvN_a5KFUy9FYEnpNLiJOIpbfsixiIMXTmVhDn8J2tNL6HfDMhM6MPrtINtXpLrsZz8-vlmQF0OIiwzwDaijVlZ8InWzyadJWLqH0D_yO83ccxcsmrdCM0o" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1234" data-original-width="2528" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi_6tGkFxbit93-AJWhZ1Iv5ej825cpqox5i3T3D9U58VS8bEFJSXKQaOHQMUZT-jfOLeKWTvN_a5KFUy9FYEnpNLiJOIpbfsixiIMXTmVhDn8J2tNL6HfDMhM6MPrtINtXpLrsZz8-vlmQF0OIiwzwDaijVlZ8InWzyadJWLqH0D_yO83ccxcsmrdCM0o" width="320" /></a></div><br />Miguel se mostrou um mocinho deslocado. No início, o advogado até protagonizou o conhecido clichê da ex que aparece grávida para atrapalhar o romance com a mocinha, mas a farsa foi desfeita e Olívia (Jessica Córes) sumiu da trama. Depois o rapaz viveu em função da Luna. Era quase um segurança particular. Tanto que o casal se apaixonou subitamente no primeiro capítulo, transou no terceiro e nunca mais se separou. Houve uma breve crise, mas nada de grave. E nada pior para um casal do que a rápida junção e a ausência de melodrama. O público perde o interesse de torcer. Vai torcer pelo que se estão felizes desde o primeiro dia? O personagem podia ao menos ter uma boa rivalidade com o irmão, o ambicioso Francisco (Michel Joelsas), mas nem isso se concretizou. Por sinal, Francisco ficou no 'quase' a novela toda. Quase foi um vilão, quase teve um embate com o irmão e quase teve um romance bem desenvolvido com Soraya Terremoto (Heslaine Vieira). Um pena, pois Michel é talentoso. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgJJnzTWReT4D2YUbng3msgAHb7eP7-Gxs-IsDIHJ5E3vdNfRE2S5BeHkob0MyEwkjPoj-FzFEBX7x4mbQTO4PZfJdCOW7_doMph78hF2UDyNJRg8EaUFmyf2s9VTMGwMnQZxVZh0qpCkoOsCyBtWopz1vkJBhu2bf_YfvACR04Wx5RT2kH-JFw0Ly4pJo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgJJnzTWReT4D2YUbng3msgAHb7eP7-Gxs-IsDIHJ5E3vdNfRE2S5BeHkob0MyEwkjPoj-FzFEBX7x4mbQTO4PZfJdCOW7_doMph78hF2UDyNJRg8EaUFmyf2s9VTMGwMnQZxVZh0qpCkoOsCyBtWopz1vkJBhu2bf_YfvACR04Wx5RT2kH-JFw0Ly4pJo" width="320" /></a></div><br />Os núcleos secundários também não se destacaram e tinham potencial diante da competência dos atores. Mas não havia conflito. A turma do Beco do Gambá era repleta de tipos carismáticos e começava por Lampião, o dono do lugar. Mas Ary Fontoura foi um figurante de luxo durante quase toda a novela e somente perto da reta final ganhou a companhia da igualmente grandiosa Ana Lucia Torre para protagonizar uma bonitinha história de amor. Ainda assim, os dois ficaram deslocados. Ao menos o veterano ganhou mais cenas, o que merece reconhecimento. Já os demais seguiram sem função, como Bartolomeu (Guil Anacleto) e Caíto (Clayton Nascimento). E que desperdício de talento ver um ator tão incrível quanto Clayton, que arrebata o país protagonizando a peça "Macacos", na pele de um perfil que tinha como único objetivo soltar elogios a vários personagens icônicos da teledramaturgia. O intuito de homenagear a história das novelas é válido, mas precisava de um contexto. O amigo de Soraya servia apenas como conselheiro de problemas alheios e ainda assim conselhos bem breves. Ele até protagonizou um rápido conflito quando disputou e ganhou o concurso de Rainha da Fuzuê, mas foi uma abordagem tão superficial sobre a homofobia que nem merece menção. Até porque aquela Raquel, uma referência ao papel da gêmea má de "Mulheres de Areia", era algo feito para comicidade e não tinha graça. O pior foi a tentativa de destacá-lo apenas nas últimas semanas através de um romance sem qualquer construção com Vitor (Danilo Maia), que mal apareceu na novela e tinha tudo para se destacar com a bonita relação que vinha sendo encaminhada com Bianca (Guilhermina Libanio). Só que do nada os dois se apaixonaram conversando sobre folhetins e a garota foi deixada de lado. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOmR_KzheeOw1OA_yL0RpaOflZ97q_tGiqAkClc36xhLOvDK2X30Hwcz4wfwS0ElUbrdzlIiw1G_cnbzxHRkQRuDlS3Bvj14uYVCNeFsRnro7evDAORZw276_ae_iQd8Cel_i2yZ2prVHax1Q_oKO-xOA5knL2QnYKBW17FrkzLyVhf5DonS7__Qy7wkc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="800" data-original-width="1400" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOmR_KzheeOw1OA_yL0RpaOflZ97q_tGiqAkClc36xhLOvDK2X30Hwcz4wfwS0ElUbrdzlIiw1G_cnbzxHRkQRuDlS3Bvj14uYVCNeFsRnro7evDAORZw276_ae_iQd8Cel_i2yZ2prVHax1Q_oKO-xOA5knL2QnYKBW17FrkzLyVhf5DonS7__Qy7wkc" width="320" /></a></div><p>As mudanças mais bruscas no roteiro tiveram dedo de Ricardo Linhares, que assumiu a supervisão de texto para tentar elevar os índices de audiência. Ricardo é experiente e virou especialista em salvar produções problemáticas da Globo, mas nada do que foi feito em "Fuzuê" surtiu efeito e acabou piorando o que já estava ruim. Além do envolvimento raso entre Caíto e Vitor, também não deu para entender a mudança súbita da personalidade de Heitor. O político corrupto era cúmplice de todas as armações de Preciosa e sem qualquer aviso prévio passou a condenar tudo o que a esposa fazia, como se fosse um poço de integridade. Até a interpretação caricatural de Felipe Simas foi neutralizada. Só que a dupla formada pelos vilões não era um problema na novela, pelo contrário, era um dos poucos acertos. E destruíram isso. Para piorar, o ex-vilão cômico ensaiou um flerte com Alicia e depois teve um breve caso com Selena Chicote (Talita Younan). Duas situações que nada acrescentaram até porque entrada da cantora sertaneja tinha tudo para destacar outro perfil que era uma das raras qualidades da produção: Jefinho Sem Vergonha. Micael Borges esteve muito bem na pele do cantor, mas o rapaz vivia em função da Luna, assim como Miguel. Selena era a chance de dá-lo um enredo próprio. Talita brilhou como de costume, mas o casal não protagonizou nenhuma situação atrativa. Só faziam shows, brigavam e voltavam. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjCKFEvrDsDr4wfrB-sz7AOL9dSXU4w0BrIaHqEjOXVdZFOFlvU0-r0MF8Zo1_cTK2eF4_8iBJ4ddySVC7YEb8rt4b4mL0oGE3pHK6my1Tp5tXwha9cMkfHYWZituCCtuDB4fzIZqf9808Uh2UDTiFvWJLjOVYF3e5ZaXFH_6WN9qH4Vilx2rU3nSGrwRs" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="615" data-original-width="984" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjCKFEvrDsDr4wfrB-sz7AOL9dSXU4w0BrIaHqEjOXVdZFOFlvU0-r0MF8Zo1_cTK2eF4_8iBJ4ddySVC7YEb8rt4b4mL0oGE3pHK6my1Tp5tXwha9cMkfHYWZituCCtuDB4fzIZqf9808Uh2UDTiFvWJLjOVYF3e5ZaXFH_6WN9qH4Vilx2rU3nSGrwRs" width="320" /></a></div><br />Outro grave problema da novela foi o conjunto de catarses fraco. Os poucos conflitos existentes resultavam em cenas que não tinham o impacto necessário. A volta de Maria Navalha (Olívia Araújo), que tinha tudo para provocar uma virada no enredo, não teve força. A mãe de Luna retornou mantendo vários segredos sobre sua busca ao tesouro e não tomou uma posição mais ativa, foi apenas uma espécie de porto seguro da filha. E a sua ambição pela fortuna deixou frágil demais a sua negação em contar para a mocinha que ela era irmã da vilã. Até porque esse, sim, era um plot que despertava atenção e representava o clássico dramalhão. Tanto que a história aqueceu quando a dupla se enfrentou no evento em que Luna descobriu que a víbora tinha plagiado suas biojoias, o que resultou na revelação do parentesco das duas. Houve até um breve julgamento sobre o plágio feito pela vilã, que foi condenada a prestar serviços comunitários. Uma rivalidade em cima de uma disputa pelo mercado seria bem-vinda. Mas foi algo pontual e logo depois tudo voltou a ficar em torno da caça ao tesouro. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh_SoBFxXKObYwm1UaIl5fd4qfyoXae2QrVYfBts_-C1TAuotJIqAJsRC9HS_QkCUAtLKqk9w4qiLGRnLNBWE7mYsBaaeRwBEoDDVI4nt4249s0sfgN2RoeijVvHdsrt_P9Zs6EkIadm7DD90CFddYRxAQTxHqCE0_rMLvngDMLV3SzjOp9bBib9Csx-n8" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="435" data-original-width="774" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh_SoBFxXKObYwm1UaIl5fd4qfyoXae2QrVYfBts_-C1TAuotJIqAJsRC9HS_QkCUAtLKqk9w4qiLGRnLNBWE7mYsBaaeRwBEoDDVI4nt4249s0sfgN2RoeijVvHdsrt_P9Zs6EkIadm7DD90CFddYRxAQTxHqCE0_rMLvngDMLV3SzjOp9bBib9Csx-n8" width="320" /></a></div><br />Até mesmo a aguardada descoberta do tesouro decepcionou. Uma novela que tem como único mote a busca por uma fortuna escondida tinha a obrigação de proporcionar uma sequência épica para o momento do encontro. E não aconteceu. Após tanta investigação e pistas, foi frustrante aquele momento em que Miguel e Luna acharam a caverna com as joias e pior ainda o ataque de loucura de Preciosa diante de todas as peças que tanto desejou. Também não deu para entender o excesso de bondade de Nero, que abriu mão de todo o dinheiro achado em seu terreno só porque Maria e Luna eram herdeiras da chamada Dama de Ouro (Zezé Motta). Uma disputa por ao menos uma parte daquele ouro renderia um bom embate e entre personagens íntegros, o que dividiria a torcida do público. Mas nada aconteceu.<p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjggICKKCDHfOUI1irSBkc32MQ0U6wZ8b8qBb_1mMcGn2RAy1rHQpH71SbC0P8y-M2SslCzZf0LomAALnhXuqAae5h1WwFv8ADdDxq_67wKeuHqMYs6wUfYaDXec437iY7z-CQm8nxWgI2Bv8GXY77JKUGHdDkaHAJPA-9aDz5qtEiIle9fie22rB36w9Q" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="590" data-original-width="1050" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjggICKKCDHfOUI1irSBkc32MQ0U6wZ8b8qBb_1mMcGn2RAy1rHQpH71SbC0P8y-M2SslCzZf0LomAALnhXuqAae5h1WwFv8ADdDxq_67wKeuHqMYs6wUfYaDXec437iY7z-CQm8nxWgI2Bv8GXY77JKUGHdDkaHAJPA-9aDz5qtEiIle9fie22rB36w9Q" width="320" /></a></div><br />A única catarse que funcionou, ainda que previsível, foi a volta de César Montebello durante o casamento de Nero e Bebel. E muito por conta da excelência dos atores. Leopoldo Pacheco virou um especialista em interpretar canalhas na ficção e o desespero da então viúva diante daquele 'fantasma' mostrou como Lilia Cabral é grande, o que nunca foi novidade. Até mesmo o trabalho da direção de Fabrício Mamberti merece elogios porque o diretor homenageou "Deus Salve o Rei", outra novela problemática (mas que conseguiu ser melhorada com as intervenções na época) dirigida por ele em 2018, através da trilha incidental da abertura e da igreja caracterizada com toques medievais. Uma pena que tenha sido algo pontual. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiutwb7MEWl8zc_KrmkhfKuVKT5OZ0WDUb1tkjtJ6iTFp8zI4kE0q3fx_882xUx83XL-gXF50e6LM-J8Wof8_mCfASoi5RKJpqv4BT9oL30LpnzQMCP9pigKsZay2Qr33xm4rCMP1lRy01vXZ0dgBTyVHwXdJpGtbjFVmJsWCLs-tjN4pT2EUFz8R6yhl0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="615" data-original-width="984" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiutwb7MEWl8zc_KrmkhfKuVKT5OZ0WDUb1tkjtJ6iTFp8zI4kE0q3fx_882xUx83XL-gXF50e6LM-J8Wof8_mCfASoi5RKJpqv4BT9oL30LpnzQMCP9pigKsZay2Qr33xm4rCMP1lRy01vXZ0dgBTyVHwXdJpGtbjFVmJsWCLs-tjN4pT2EUFz8R6yhl0" width="320" /></a></div><br />A saga de Cecília (Cinnara Leal) poderia ser uma alternativa ao enredo central diante de sua vingança contra Pascoal (Juliano Cazarré), mas logo foi exposto que a sua família foi morta pelo vilão por causa do tesouro. Ou seja, mais uma personagem que entrou para ficar no ciclo monotemático. E é preciso mencionar o grave equívoco de terem depositado a maior parte das maldades da história nas mãos de um vilão sem carisma e com uma interpretação burocrática do ator. Pascoal nunca despertou qualquer interesse. Não provocou repulsa, nem raiva e muito menos torcida, como ocorre com alguns vilões na dramaturgia. Gerou apenas indiferença. Não por acaso, Preciosa perdeu muito de seu carisma quando se juntou a ele. Não deu para entender a movimentação de Gustavo Reiz e Linhares. Outros vilões que não aconteceram foram o interesseiro Rui (Pedro Carvalho) e o dúbio Julião (Rômulo Arantes Neto). Tanto que, coincidentemente ou não, os dois tiveram mortes toscas. O primeiro foi atropelado em uma cena que provocou constrangimento de tão artificial, enquanto o segundo se desequilibrou e caiu de um passarela em um momento que sequer foi filmado. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhZPRnQ0HziGF4yKU-EZ0g8MBQYuJtMvFyPy-zpsy-Ig6iId6F9JphFpWm18j0w_Rf2IbAGrS2A2bLtCbh0poq7pWiUkeX06Vi9bbwK1EsfUQ5HbpsRSnid8m1bVv2XL0IBOewpea0aMNBv4WelzjWh6Si4HbqH2YgNbQdF5hAxJ2PcLfgHmLgv_r7c4RU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="430" data-original-width="730" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhZPRnQ0HziGF4yKU-EZ0g8MBQYuJtMvFyPy-zpsy-Ig6iId6F9JphFpWm18j0w_Rf2IbAGrS2A2bLtCbh0poq7pWiUkeX06Vi9bbwK1EsfUQ5HbpsRSnid8m1bVv2XL0IBOewpea0aMNBv4WelzjWh6Si4HbqH2YgNbQdF5hAxJ2PcLfgHmLgv_r7c4RU" width="320" /></a></div><br />No entanto, a novela também teve pontos positivos. Lilia Cabral defendeu com talento as nuances de sua Bebel e a parceria da veterana com o pequeno Theo Mattos foi uma grata surpresa. O menino foi uma revelação mirim de "Mar do Sertão", exibida ano passado, e novamente brilhou em cena. A naturalidade com que diz o texto impressiona. Giovana Cordeiro estava pronta para protagonizar uma trama e mereceu a oportunidade como Luna. Marina Ruy Barbosa esteve muito bem como vilã caricata e repetiu a química com Felipe Simas, vista no fenômeno "Totalmente Demais" (2016). Já Ruan Aguiar se tornou o maior destaque da história e ganhou a melhor chance que teve em sua carreira até então. O ator aproveitou o crescimento de seu personagem e fez do carismático Merreca um êxito. O bandido de bom coração teve uma redenção justa e bem construída. Também foi ótimo o destaque de Olívia Araújo como Maria Navalha, que emocionou na reta final por conta do tratamento contra um câncer de mama. Vale citar ainda o Hilton Cobra, que esteve incrível como Cata Ouro. E Heslaine Vieira? Brilhou como Soraya Terremoto, um perfil totalmente diferente de tudo o que tinha feito até agora. Pena que o triângulo amoroso tenha prejudicado tanto a personagem a ponto do autor colocá-la como uma sonsa fazendo Francisco de idiota e transformando o rapaz em um ciumento possessivo, algo que nunca tinha sido. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjtioqO5pYJ30wSSnvW5T8HGSN-RNYLh01LcdWOkM7y57uEuXB1PhKts0-qZZJDxTKWYj2UyoyxWSELrbbsnQT2fyoksThJ9Rh70qBlnCCA5nO0f0qIQHZR2oU7asAeO3mFQ0aE8NeW6RU1LDDLCcEW4xKNm3QSvELIGh4ucDenlySr97_GUxRv0MVtdYo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="506" data-original-width="900" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjtioqO5pYJ30wSSnvW5T8HGSN-RNYLh01LcdWOkM7y57uEuXB1PhKts0-qZZJDxTKWYj2UyoyxWSELrbbsnQT2fyoksThJ9Rh70qBlnCCA5nO0f0qIQHZR2oU7asAeO3mFQ0aE8NeW6RU1LDDLCcEW4xKNm3QSvELIGh4ucDenlySr97_GUxRv0MVtdYo" width="320" /></a></div><br />A última semana da trama passou em brancas nuvens. A repercussão foi nula, assim como aconteceu ao longo dos meses, e a falta de acontecimentos relevantes acabou expondo os motivos da produção não ter caído no gosto popular. A entrada de Vitória Strada somente para gerar um ciúme da mocinha pelo mocinho foi um desperdício de talento. A condenação do Pascoal não teve o impacto que merecia, Heitor rompeu com Selena de uma forma forçada, enquanto César Montebello ficou avulso na reta final sem ter muito o que fazer e somente no último capítulo o vilão agiu ao lado da filha para roubar o tesouro de Luna e Maria Navalha ---- sim, a mesma situação que se repetiu exaustivamente. E as cenas do final foram muito mal dirigidas. O desfecho de César e Pascoal foi decepcionante. O ex-aliado do pai de Preciosa e Luna sequestrou as filhas do vilão e o pai conseguiu salvá-las, mas em uma situação sem qualquer nexo. César estava armado e conseguiu se desvencilhar de Pascoal, mas ao invés de matá-lo preferiu correr até uma ribanceira e ao chegar lá não estava mais com a arma que segurava. Pascoal foi atrás, os dois brigaram e Pascoal resolveu fazer um discurso de malvadão de desenho da Disney de costas para o rival, que se aproveitou e o empurrou do penhasco, caindo junto com ele. Ridículo. E como Luna e Preciosa foram libertadas? Ninguém sabe. E por que diabos a comparsa do Pascoal foi contar para Preciosa sobre o ursinho que tinha a senha da conta no exterior? Enfim, tudo pareceu feito às pressas para a equipe se livrar logo daquilo. O casamento de Luna e Miguel ao menos foi delicado, mas o desfecho de Preciosa e Heitor se dando bem merecia um acabamento melhor porque o efeito do Chroma Key saltou aos olhos ----- por sinal, o deputado se regenerou do nada para depois voltar a ser um canalha? Incompreensível. Já a sequência com todo o elenco dançando foi bonitinha, encerrando com os grandes Ary Fontoura e Ana Lucia Torre.</div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjg30E61h9cSjxMRUOdJLXClONChWEL6eQQiCpRqjlGxDa5mPLvcHUiROkC1ifTIoX2KQfu8nX0aPkKYyVtYHu5jnRLIJb9g3p7sRb9Ni0W5b3VFr45tywyYmWn8KtD1sgOIsnHdEHXl7G6gwMZadUvpz7dcCJ3gOiYrgsbUz60s0jaDkmq9dqawrrsC4A" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjg30E61h9cSjxMRUOdJLXClONChWEL6eQQiCpRqjlGxDa5mPLvcHUiROkC1ifTIoX2KQfu8nX0aPkKYyVtYHu5jnRLIJb9g3p7sRb9Ni0W5b3VFr45tywyYmWn8KtD1sgOIsnHdEHXl7G6gwMZadUvpz7dcCJ3gOiYrgsbUz60s0jaDkmq9dqawrrsC4A" width="320" /></a></div><p>A primeira novela de Gustavo Reiz na Globo fechou seu ciclo deixando uma má impressão. O autor é talentoso e merece novas oportunidades, mas sua história tinha graves problemas de desenvolvimento e não houve melhora durante o conturbado percurso. O último capítulo, que poderia ao menos ter encerrado a produção com dignidade, ainda se mostrou pior do que se imaginava. Infelizmente, ao contrário do que dizia o refrão da divertida abertura cantada por Michel Teló, não rolou o "Fuzuê".</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiot9MhwRa0AT2yhbgZiUvRpxq0Q9ZsDtQNgKwheNTTyW77CqMa3erw9WEJjwtJ6jpGSNMhUl3_vXZHds2jI-DCtAICUIt_FFx57H22r0Qbys3o0N4lk54LQXF-Z_dy5RDlBXcozTFGFwJcRflzlPv61jDIpCSmUUcbc0GmAZKvGNTVchkP9WEAvXFQAXo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiot9MhwRa0AT2yhbgZiUvRpxq0Q9ZsDtQNgKwheNTTyW77CqMa3erw9WEJjwtJ6jpGSNMhUl3_vXZHds2jI-DCtAICUIt_FFx57H22r0Qbys3o0N4lk54LQXF-Z_dy5RDlBXcozTFGFwJcRflzlPv61jDIpCSmUUcbc0GmAZKvGNTVchkP9WEAvXFQAXo=w400-h225" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p></div>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-59986743517952091532024-02-29T11:30:00.001-03:002024-02-29T11:36:01.999-03:00Tudo sobre a coletiva online da terceira temporada de "As Five"<p> O Globoplay promoveu nesta terça-feira (27/02) a coletiva online da terceira temporada de "As Five", que marca o fim da série originada do sucesso "Malhação - Viva a Diferença". Participaram as atrizes Heslaine Vieira, Gabriela Medvedovski, Manoela Aliperti, Daphne Bozaski e Ana Hikari. Fui um dos convidados e conto sobre o bate-papo. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgr7_IPcIcqr4-orn-a3qd1VjqD53-NwvsQee28CLjevg2NYO3HV7zL7ZAt5-gpSNvyjIqmT1dzyOf9SgZa23PgOIQSj2Cfvtlexmkxo56QeyzkYGKVTtxuD0kh02kATZ9QaLj0pg0XNKITVU8sltkiOGW-jyo6UkLZCtorrchKkiJpJsZ-xpTpNo71wHo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgr7_IPcIcqr4-orn-a3qd1VjqD53-NwvsQee28CLjevg2NYO3HV7zL7ZAt5-gpSNvyjIqmT1dzyOf9SgZa23PgOIQSj2Cfvtlexmkxo56QeyzkYGKVTtxuD0kh02kATZ9QaLj0pg0XNKITVU8sltkiOGW-jyo6UkLZCtorrchKkiJpJsZ-xpTpNo71wHo=w400-h400" width="400" /></a></div><br />Gabriela Medvedovski falou sobre a sensação de fechamento de ciclo: "Ao mesmo tempo que a gente está muito feliz em entregar esse trabalho, estamos tristes em nos despedir delas. Quando acabamos 'Malhação' sentimos que ainda tínhamos muita história para contar. A Keyla terá uma relação com o personagem do Edu, vivido pelo Samuel de Assis, e existe um processo grande de amadurecimento nela. A vida cobrava isso dela há muito tempo e agora consegue dar uma estabilizada e vai poder aproveitar um pouco os benefícios de ter alguém que cuide de você. Era sempre o filho, o outro, ela nunca era prioridade. Agora terá uma retomada da autoestima", observou.<p></p><p>Ana Hikari fez um balanço da série e de sua personagem: "A gente está muito feliz porque a temporada está muito bonita e profunda. Conseguimos aprofundar bastante a questão de cada uma nessa temporada. Fica a sensação de felicidade e dever cumprido, mas um luto também. Uma das minhas cenas mais emocionantes foi quando a Tina entrou no restaurante dos pais na segunda temporada. <span></span></p><a name='more'></a>E, agora que a minha personagem sofre de dependência química, eu fui pesquisar isso para evitar qualquer estereótipo. Fui entender esse universo complexo e os vários tipos de tratamento. Eu não esperava encontrar nos grupos a quantidade de amor que há lá. Quis trazer isso para a Tina e fazer uma transformação humanizada. A Tina vai ser obrigada a se enfrentar e enfrentar essas questões", adiantou. <p></p><p>Manoela Aliperti se emocionou ao falar da importância de sua personagem para o público LGBTQIAP+: "Lica abriu caminho para muitas pessoas e isso me deixa feliz. Sou muito grata. O Cao Hamburger teve muita coragem na 'Malhação' e a Lica representa a força, a potência e os diálogos que têm que normatizar isso. A Lica nunca esteve sozinha na 'Malhação'. Encontrei com duas fãs no metrô semana passada, a Carol e a Júlia, e foi uma experiência riquíssima. Todas elas trazem complexidades e me encontrar com elas foi muito bom porque são pessoas que conhecem a história desde o princípio e dizendo como 'Malhação' foi importante para elas viverem o dia a dia delas. Isso para um ator é incrível. Isso só reflete a potência da história que a gente conta. Na série há uma permissão maior por conta da plataforma, mas segue contando a história daquela garota que percebe que para dar alguns passos adiante vai precisar abrir mão de alguns privilégios. Não é um passo fácil, mas necessário. A Lica para mim é muito esse lugar", analisou. </p><p>Daphne Bozaski comentou sobre o arco de Benê e sua parceria com os colegas de cena: "A gente descobriu muito sobre as personagens a cada temporada. Assim como temos memórias das nossas vidas, conseguimos ter memórias das personagens. Vivemos as vidas delas. Lembro tudo o que passei como Benê. No início, eu precisava ver como entrar nas emoções da Benê, mas depois já sabia quais eram. Na terceira temporada, retornou o Bruno Gadiol e retomar essa parceria com ele foi muito bom. É sempre emocionante sentir que a Benê virou um pedaço da Daphne. A gente aprendeu a se despedir e a se encontrar em novos lugares. Foram personagens que mudaram nossas vidas pessoais e profissionais. A gente teve um cuidado muito grande por elas. Independente dos nossos caminhos, uma hora a gente vai se cruzar de novo. Até porque já trabalhei com a Gabi e agora vou trabalhar com a Ana em 'Família é Tudo'", contou. </p><p>Perguntei ao elenco sobre a evolução das personagens e Daphne me contou sobre o quão importante foi contar a história daquela menina que virou mulher diante dos olhos do público: "Muito interessante todo o processo que conheci a Benê. Ainda mais dentro do aspecto autista. Quando isso chegou para mim foi muito importante porque queria falar sobre isso e a sociedade estava querendo ouvir sobre isso. Foi importante trazer essa representatividade. Com as temporadas, fiquei com receio de como ia ser essa personagem na vida adulta. Cada vez que vinha um texto, eu admirava as atitudes dela, suas descobertas com o corpo. Fomos acompanhando os temas. Agora na terceira temporada vejo a Benê em um momento muito bonito. Queria ver a Benê mais inserida na sociedade. Ela como professora de piano ainda estava meio distante. Queria vê-la no mercado de trabalho e agora ela vai porque perde o piano e precisa do dinheiro para comprar um novo piano. Aí ela vai para o mercado da publicidade, que é um meio caótico. Foi importante vê-la amadurecendo ali".</p><p>E Heslaine Vieira analisou a sua Ellen: "As personagens vivem em nós. Já sabemos o olhar, o sentimento, a história. Estamos nos despedindo delas e encontrando um novo ciclo profissional. A gente ficou muito agradecida de ter feito essa história. Lembro até hoje da cena das brigas das personagens na 'Malhação' e como nós mudamos como atrizes desde então. Vou começar a falar com a Ellen de amor Estou muito feliz de ver esse novo ponto de vista. Como que a Ellen, que é tão matemática e precisa, vai viver essas novas desilusões. Para ela é tudo muito novo porque está começando agora um universo que os jovens começam até mais cedo. Vai ser muito interessante assistir porque não tenho ideia como vai ser o contexto na série. Estou muito feliz", finalizou a intérprete. </p><p>A terceira temporada de "As Five" estreia no Globoplay nesta sexta-feira, dia 1º, e o primeiro episódio ficará disponível para não assinantes. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-66284734622482636992024-02-26T22:00:00.001-03:002024-02-26T22:00:00.334-03:00"Betinho - no fio da navalha" mescla entretenimento com boa informação<p> O Globoplay estreou a série "Betinho: No Fio da Navalha" no dia 1º de dezembro de 2023 propositalmente. Afinal, a data representa o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, doença que vitimou Herbert José de Souza no dia 9 de agosto de 1997. A saga do sociólogo e ativista dos direitos humanos é contada de forma delicada e com ótimas interpretações de um elenco bem escalado. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXfTJxN5zyJaLD1F-gmZuZKYlPYh4tfmPyX3N7GsqPWXXI0nl-VZPJAvzv5xMmVZYy533aAFlo05HPijjOnyzrvIwK8Pr1u6aRcL2gCXzXQhf6bN19_Yt3xmzbDga5asA-w-PSMohwyAPIwDN1LzwztR8IlSTKB3NkLS2Cwq3KXFcTuPbx624_j9U2E-0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="481" data-original-width="650" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXfTJxN5zyJaLD1F-gmZuZKYlPYh4tfmPyX3N7GsqPWXXI0nl-VZPJAvzv5xMmVZYy533aAFlo05HPijjOnyzrvIwK8Pr1u6aRcL2gCXzXQhf6bN19_Yt3xmzbDga5asA-w-PSMohwyAPIwDN1LzwztR8IlSTKB3NkLS2Cwq3KXFcTuPbx624_j9U2E-0=w400-h296" width="400" /></a></div><br /><span style="text-align: left;">Herbert de Souza era um homem que sempre tinha pressa. De agir, de ajudar, de transformar vidas, de viver. Um herói brasileiro conhecido por muitos, mas nem sempre reconhecido. A história pessoal do sociólogo e o legado social que contribuiu para o país são as vertentes da série protagonizada por Júlio Andrade e criada por José Júnior, com direção geral de Lipe Binder. O trabalho impressiona principalmente pelo processo de caracterização do ator, feito por Martín Macías Trujillo, que o fez ficar tão parecido com Betinho a ponto de ser visto como um filho real do ativista. </span></div><p></p><p>Em oito episódios, a obra dramatúrgica biográfica retrata a luta de Herbert por grandes causas sociais, em especial o combate à AIDS e à fome, e resgata momentos importantes da vida do homenageado entre os anos 1960 e 1990, intercalando imagens de diferentes fases de Betinho. <span></span></p><a name='more'></a>Na adolescência, é o ator Antonio Haddad, o Marcinho da série "Os Outros", quem interpreta o mineiro de Bocaiúva. Em seu caminho, o ativista enfrentou a AIDS, a ditadura militar, a hemofilia e tantos outros obstáculos pessoais, mas escolheu a fome da população como seu principal inimigo, fundando a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, a maior campanha de solidariedade do Brasil, que completa 30 anos em 2023. A organização também reconhecida pelo Natal Sem Fome, um dos projetos parceiros do "Para Quem Doar" (https://www.paraquemdoar.com.br), plataforma criada pela Globo em abril de 2020 para conectar pessoas com organizações de todas as regiões do país que trabalham para combater e amenizar diferentes impactos sociais na vida da população em situação de risco e vulnerabilidade. <p></p><p>Depois do exílio político de oito anos no exterior, a luta de Betinho por justiça social foi ainda maior. E seu legado e representatividade serviram de inspiração para muitos movimentos sociais, incluindo o AfroReggae, projeto idealizado há três décadas por José Júnior, criador da série, que revela um lado pessoal pouco conhecido do ativista, a partir de uma trama familiar no centro da narrativa, costurada por eventos históricos, como a campanha das Diretas Já. Entre as locações, a trama passeia por lugares simbólicos da trajetória do homenageado, como as ruas da capital paulista e a igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. </p><p>A série contou ainda com a participação ativa da família de Betinho, em especial Daniel Souza, seu filho, um dos consultores e produtor associado da obra. Na produção, é o ator Filipe Bragança quem revive a relação entre o filho e o pai ao interpretar Daniel. A séria traz ainda outros personagens que fizeram parte do convívio do sociólogo, como Dona Maria, mãe do protagonista, interpretada em diferentes fases por Silvia Buarque e Walderez de Barros. Já Ravel Andrade encara uma inusitada irmandade dentro e fora de cena com Julio Andrade: irmãos na vida real, eles contracenam como os também irmãos Chico Mário e Betinho. Outro irmão de Herbert de Souza que ganha destaque na trama é Henfil, cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro, personagem de Humberto Carrão. No campo afetivo, Leandra Leal é Irles Carvalho, primeira mulher do sociólogo e mãe de Daniel; e Julia Shimura é Maria Nakano, sua companheira até o fim da vida e mãe de seu segundo filho, Henrique. </p><p>Outras figuras reais marcam presença na trama, como Atila Roque (Michel Gomes) e Carlos Afonso (Luiz Bertazzo), grandes parceiros de Betinho na luta pelos direitos humanos no IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), fundado em 1981 pelo sociólogo e por Carlos e Marcos Arruda (Higor Campagnaro); Nádia Rebouças (Andréia Horta), publicitária e ativista ssocial com relevante atuaçção ao lado de Betinho na luta contra a miséria; Terezinha Mendes (Sirlea Aleixo), amiga do homenageado e criadora do slogan "Quem Tem Fome, Tem Pressa"; e dois grandes ícones da cultura popular brasileira, Elis Regina (Elá Marinho) e Chico Buarque (Mouhamed Harfouch). </p><p>Criado por José Júnior, com roteiros de Alex Medeiros, Sergio Machado, Armando Praça, George Walker, José Júnior, Manaíra Carneiro e Rafaela Camelo; redação final de Alex Medeiros; direção de Lipe Binder e Julio Andrade; e direção geral de Lipe Binder, a série é produzida pela AfroReggae Audiovisual, em parceria com a Formata Produções e Conteúdo e o Globoplay. Uma produção que mescla entretenimento e muita informação com coesão e delicadeza. Todo mundo deveria ver. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-38906208039646548272024-02-22T15:00:00.001-03:002024-02-22T15:03:56.449-03:00Núcleo de Helena é o que sustenta "Elas por Elas" <p> O remake de "Elas por Elas" está a cerca de dois meses de seu fim. A produção baseada na obra original de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1982, e adaptada por Alessandro Marson e Thereza Falcão, tem sete protagonistas, mas ao longo dos meses foi ficando evidente que a novela era sustentada pelos dramas do núcleo de Helena, interpretada com brilhantismo por Isabel Teixeira. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgquYM4gHAuhWy79YZ5DiYJpPAI18qV7n9-KH1QBgmBsfD8cDTMee2EXePRkqDAXNXSJHt-6OU3suK5irfkoP4c8kHlzUxws4h4ESRMCje6Z_5UkpMdYn0D93FUaeIHxx6aeaDnwB7lUt2nhDPtDuHmbR7-Qa0sUtzoOFCqFGIz5IsNUPNYDeUfKnUnDsE/s1200/403-helena-se-revolta-com-casamento-entre-sergio-e-miriam.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1200" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgquYM4gHAuhWy79YZ5DiYJpPAI18qV7n9-KH1QBgmBsfD8cDTMee2EXePRkqDAXNXSJHt-6OU3suK5irfkoP4c8kHlzUxws4h4ESRMCje6Z_5UkpMdYn0D93FUaeIHxx6aeaDnwB7lUt2nhDPtDuHmbR7-Qa0sUtzoOFCqFGIz5IsNUPNYDeUfKnUnDsE/w400-h234/403-helena-se-revolta-com-casamento-entre-sergio-e-miriam.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;">As outras seis protagonistas até têm conflitos e dramas, mas poucos se mostram realmente convidativos. Já todos os conflitos em cima da família Aranha são dignos de um dramalhão e vêm rendendo bons desdobramentos. Todos os personagens do núcleo enfrentam atualmente um momento caótico, fruto de reviravoltas que explodiram no centésimo capítulo. Vale lembrar que agora o público está acompanhando uma obra inédita porque a trama de 1982 chegou ao fim logo depois que o mistério envolvendo a troca de bebês foi revelado, o que causou uma solução rasa para os dramas na época. </span></div></div><p></p><p>Na obra original, Helena nem pode ser considerada uma vilã de fato. Havia muito mais sutileza em tudo. Agora as tintas são bem mais carregadas e em todos os personagens integrantes da família. Cassiano criou uma troca de bebês na maternidade promovida por Sérgio (antes Mário Lago e agora Marcos Caruso), já que o dono da empresa queria um sucessor e não uma sucessora. <span></span></p><a name='more'></a>Mas há 41 anos não existia ultrassom, portanto, a situação era cabível diante da troca de Ísis e Giovani (Filipe Bragança).O filho de Helena na verdade era de Adriana (Thalita Carauta), enquanto a filha de Adriana era de Helena. Os autores conseguiram criar um contexto em que Sérgio é o pai de Ísis em virtude de uma única relação no passado. Ao invés de serem mãe e filha, agora as inimigas mortais são irmãs, o que também é algo benéfico dramaturgicamente. <p></p><p>E a revelação do laço sanguíneo entre Helena e Ísis promete render o melhor embate da história. Mas o melhor é que várias outras situações de intensa carga dramática já foram expostas e movimentaram o núcleo, como o 'plot' de Giovani não ser o filho biológico da empresária com Jonas (Mateus Solano). A verdade provocou o término do namoro do rapaz com Ísis, que descobriu semana retrasada uma gravidez. Mas vale citar ainda o golpe de Danilo (Erom Cordeiro), que fugiu com dez milhões de dólares da empresa da ricaça e deu dois tiros em Jonas durante uma perseguição, o que causou uma paraplegia no personagem. </p><p> Já na semana passada uma outra virada aconteceu porque Miriam (Paula Cohen) tinha guardado o segredo a respeito da sobrevivência do bebê dado como morto no dia do parto de Helena. Como a criança acabou se recuperando, a então enfermeira fingiu a morte para que o acordo financeiro com Sérgio não fosse desfeito. A vilã ficou com o menino e o criou como tia. O tal herdeiro é Marcos, filho do irmão de Natália (Mariana Santos), que morreu caindo de um penhasco ---- e o responsável por sua morte só será revelado na reta final ou no último capítulo. O rapaz mau-caráter é filho de uma transa de Helena com Bruno. Miriam nunca soube que seu 'sobrinho' era o filho biológico de Helena, mas descobriu quando o reencontrou com o intuito de chantagear Sérgio. E foi exatamente isso que a interesseira fez. Contou ao vilão que seu neto de sangue está vivo e exigiu casar com o ricaço para não ocasionar mais um estrago na família. </p><p>Porém, a chantagem da vilã em breve mudará porque Marcos e Giovani descobriram no capítulo desta quinta-feira que eles foram os bebês trocados na maternidade e o rapaz já inicia um embate com Helena, o que deixa a vilã em uma situação ainda pior porque a desmascara de vez para Jonas, que não é o pai de Marcos. Ou seja, um novo arco dramático se inicia e agora Miriam descobrirá que Sérgio é o pai de Ísis. Uma verdadeira avalanche de descobertas e contra-ataques. </p><p>Todos os acontecimentos citados vêm sustentando o folhetim e beneficiando os atores envolvidos. Marcos Caruso e Paula Cohen estão fazendo uma grande parceria através do embate entre os vilões, enquanto Isabel Teixeira domina a cena com uma personagem que está se encaminhando para um futuro desequilíbrio mental. O núcleo ainda tem a vilania de Cris, defendida com talento por Valentina Herszage, e a sofrência de Giovani e Ísis separados, o casal que destacou desde o início Filipe Bragança e Rayssa Bratillieri. Não há dúvidas que é o melhor de "Elas por Elas". </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-44148989874504691312024-02-20T20:30:00.003-03:002024-02-20T20:47:56.827-03:00Ótima em "Fuzuê", Giovana Cordeiro estava pronta para protagonizar uma novela<p> O sonho de quase todo ator é ter um protagonista para chamar de seu, ao menos uma vez na carreira. Ainda que muitos neguem, é uma ambição natural. Porém, não são poucas as vezes em que um intérprete é colocado para protagonizar uma produção e demonstra despreparo com a trama no ar. Felizmente, não é o caso de "Fuzuê", que está a menos de duas semanas de seu fim. Gustavo Reiz acertou na escolha de Giovana Cordeiro para viver a mocinha de seu primeiro folhetim das sete da Globo. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhlARA0t0rVoVWCb7TWFfdDExW5q82dMYiSMOGC19pPKZy9QPsX18KKdXhWsdPWF9geiO2cnfvp-YlJEQeWf18w4nRUJObYV_ofyacYPD_HCde-oba74G_ieUrCBioUiHcXxHbbPf-uMrmRgYF_G-w7-fH6MZuJ1JtWNnv2eJ0TSpjAihdVPHIR96amI6U" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="800" data-original-width="1200" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhlARA0t0rVoVWCb7TWFfdDExW5q82dMYiSMOGC19pPKZy9QPsX18KKdXhWsdPWF9geiO2cnfvp-YlJEQeWf18w4nRUJObYV_ofyacYPD_HCde-oba74G_ieUrCBioUiHcXxHbbPf-uMrmRgYF_G-w7-fH6MZuJ1JtWNnv2eJ0TSpjAihdVPHIR96amI6U=w400-h266" width="400" /></a></div><br />O autor também é feliz na composição da personagem. Luna não é ingênua, nem idiota e muito menos passiva. É uma mulher que sabe o que quer e não pensa duas vezes antes de ir atrás de seus objetivos. Assim foi a saga em busca de sua mãe, Maria Navalha (Olívia Araújo), onde a protagonista não mediu esforços até achar pistas concretas sobre o seu paradeiro. A procura durou o primeiro mês de novela porque assim que achou a carta da então desaparecida constatou que ela na verdade fugiu atrás do famigerado tesouro cobiçado por Preciosa (Marina Ruy Barbosa). <p></p><p>Giovana está muito segura no papel e empresta seu carisma e sua beleza à personagem. A mocinha era uma das poucas figuras da trama que tinha algumas cenas dramáticas nos meses iniciais, época em que o enredo em quase sua totalidade se resumia a um festival de pastelão ou sequências farsescas. <span></span></p><a name='more'></a>Depois, com as várias mudanças no roteiro por conta de baixa audiência, o drama passou a dominar a narrativa, mas em nada afetou a trajetória da protagonista, que já era sólida.<span></span><br /><p></p><p>A atriz tem boas cenas ao lado da grande Olívia Araújo e repetem a parceria bonita que fizeram durante uma breve participação de Olívia em "Mar do Sertão" ano passado. Já os embates entre Luna e Preciosa destacam Giovana e Marina, que protagonizam sequências atrativas em meio a um enredo monotemático e cansativo. A intérprete também teve química com Nicolas Prattes, mas é uma pena que o casal não tenha sobressaído por conta da ausência de história. Os personagens se apaixonaram subitamente no primeiro capítulo e ficaram juntos logo na primeira semana, o que prejudica o interesse por qualquer par de mocinhos na teledramaturgia, ainda mais quando não há conflitos entre eles. </p><p></p><p>A estreia de Giovana Cordeiro na televisão foi em "Rock Story", de 2016, onde também contracenou com Nicolas Prattes. Era uma personagem pequena. Em 2017, esteve em duas produções: na minissérie "Dois Irmãos" e no sucesso "O Outro Lado do Paraíso", onde viveu Cleo, neta de uma das melhores personagens da trama de Walcyr Carrasco: Mercedes, vivida por Fernanda Montenegro. Em 2019, brilhou como Moana em "Verão 90". Já em 2022 participou apenas do primeiro capítulo do remake de "Pantanal", onde interpretou a prostituta Generosa. Mas foi em 2022 que ganhou sua melhor oportunidade na carreira na já citada "Mar do Sertão", onde roubou a cena na pele da arrebatadora Xaviera. Inicialmente apresentada como uma vilã interesseira, a personagem foi se regenerando até praticamente virar uma quase mocinha da história de Mário Teixeira. Ali ficou claro que merecia uma protagonista. </p><p>E de fato Giovana Cordeiro estava para protagonizar uma novela. A atriz declarou em várias entrevistas que tinha se preparado para a Luna de "Fuzuê" e sabia que o momento chegaria. Chegou e soube aproveitar muito bem. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-57944004210516955272024-02-15T20:50:00.001-03:002024-02-15T20:56:18.828-03:00Tudo sobre a segunda coletiva online de "Família é Tudo", a próxima novela das sete<p> A Globo promoveu na quinta-feira passada, dia 8, a segunda coletiva online de "Família é Tudo", a próxima novela das sete, escrita por Daniel Ortiz e dirigida por Fred Mayrink. Participaram o autor, o diretor e os atores Jayme Matarazzo, Cris Vianna, Thiago Martins, Henrique Barreira, Rafa Kalimann, Daphne Bozaski, Daniel Rangel, Cláudio Torres Gonzaga, Gabriel Godoy, Ramille, Grace Gianoukas, Cristina Pereira, Ramille, Thaila Ayala, Rafael Logam, Mila Carmo, Guilherme Canellas, Caio Giovani, Juliana Paiva e Arlete Salles. Fui um dos convidados e conto neste texto sobre o bate-papo. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh4pMbbcBuWf5EzmB0Rcru2zooImzoiGjLPdQUwCUzAkeylf0ZUMoN2DV9vBsRgxBp4J3jiUR0WJSDxPUZtmuLdpDtrPU85k_Lw2MQj797LVTjy4A_Swq5bEbYiaBmASyOymx2WCoGUgfhxCWD9bemq4165ydUsLMt0-eW3VXd1dMkL3IO1lXyQ9u6qHtg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1979" data-original-width="1979" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh4pMbbcBuWf5EzmB0Rcru2zooImzoiGjLPdQUwCUzAkeylf0ZUMoN2DV9vBsRgxBp4J3jiUR0WJSDxPUZtmuLdpDtrPU85k_Lw2MQj797LVTjy4A_Swq5bEbYiaBmASyOymx2WCoGUgfhxCWD9bemq4165ydUsLMt0-eW3VXd1dMkL3IO1lXyQ9u6qHtg=w400-h400" width="400" /></a></div><br />Arlete Salles estava animada: "É a primeira vez que interpreto duas personagens e são perfis de personalidades totalmente diferentes. Uma é empresária vitoriosa e a outra tem um lado sombrio. É trabalhoso, mas muito prazeroso. Quero agradecer ao autor e ao diretor. Trabalhar com o Fred Mayrink é um sonho. Quero agradecer também a turminha que me abraçou, uma delas a Raquel, da equipe de caracterização e maquiagem. Me sinto muito acolhida, o elenco é muito bacana".<p></p><p>Fred Mayrink agradeceu o carinho de Arlete: "Ela é um resumo da harmonia do nosso trabalho. 'Família é Tudo' tem ingredientes de uma boa novela. Temos núcleos de comédia muito potentes e histórias emocionantes", finalizou o diretor. Já Daniel Ortiz rasgou elogios para a veterana e falou um pouco de sua história: "Arlete representa bem o que é a Frida, essa avó maternal que quer tanto fazer o bem para os netos. Alguns deles são muito mimados pelo dinheiro dela. <span></span></p><a name='more'></a>Consegui escalar o elenco certo. Estou bem animado e seguro com o Fred na equipe. Eu sonhei com uma família que estava presa em um casarão e se unia com uma matriarca em busca de herança. Pensei se esse sonho daria uma novela. E deu. Mas minha família é muito pequena. Sempre quis ter família grande, então botei um pouco na tela um pouco do que queria ter tido. Acredito que seja maravilhoso ter quatro irmãos. Aí botei cinco irmãos com o objetivo de voltar a ter uma família. Estou confiante porque o elenco foi escolhido a dedo".<p></p><p>Juliana Paiva falou sobre sua Electra: "É uma personagem muito densa dramaturgicamente, algo bem diferente emocionalmente do que eu já fiz. Ela fica presa por cinco anos por algo que não fez. Ela pulsa por justiça, pelo resgate de uma vida e pelo amor da vida dela que foi arrancado de sua vida. Tem muitas cenas de desespero de um passado que o público não vai conhecer 100%. Exige muito de mim. Mas há pontos solares em meio a tanta sombra. É uma personagem que vai pegar pelo coração a indústria da justiça porque poderia acontecer com qualquer um. Imagine se fosse com você".</p><p>Ramille analisou sua personagem: "Sou muito família e Andrômeda é uma menina mulher que sonha em ser uma cantora muito famosa, é muito mimada pela mãe e avó. Vive em um castelo de princesa onde nunca ouviu um não. Ela tem certeza que vai ser famosa, mas é péssima cantora. Só que tem o espírito de uma diva. A mãe a incentiva a correr atrás. É uma personagem engraçada porque é ingênua e não faz nada na maldade. Diferente da Melissa, personagem que fiz na série 'Encantado`s', ela é mais sutil e bem mais rica. Fazer uma milionária de São Paulo foi até complicado para mim porque falo rápido e tive que diminuir também meus chiados na fala. Minha primeira novela e estou ansiosa".</p><p>Jayme Matarazzo comentou sobre sua volta aos folhetins, após o êxito de 'Além da Ilusão', onde viveu um padre: "Só um convite que mexesse com meu ânimo que me faria sair de casa agora porque minha segunda filha nasceu. Daniel e Fred são uma dupla que eu amo e fomos muito felizes em 'Haja Coração'. Quando vem esse convite é quase uma chancela que o outro trabalho foi legal. É um personagem difícil, cheio de reviravoltas. Electra e Luca acabam sofrendo um trauma muito grande. Ele com uma tentativa de assassinato e ela passando por uma injustiça. Ele foi supostamente esfaqueado pela namorada e ela garante que não foi ela. Um grande desafio, um elenco delicioso de trabalhar e me senti desafiado. Amo novela, amo esse trabalho longo e temos uma jornada linda pela frente".</p><p>Grace Gianoukas falou sobre sua longeva parceria com Ortiz: "Quando Fred e Daniel me chamam não quero nem saber o que é, eu vou de olhos fechados. Daniel escreve muito bem. E gosto de ser desafiada com 40 anos de carreira. Novela é uma obra aberta, o que nos pega de surpresa até como público. Leda é uma personagem diferente de tudo que já fiz. A vida a magoou um pouco. Ela é pela família e tem vergonha do filho que é um galinha. Ela é muito recatada e é uma das cinco mulheres do personagem do Paulo Tiefenthaler. É uma mãe firme e recatada". </p><p>Cristina Pereira também comentou sobre a parceria com o autor: "É a terceira novela do Daniel que faço. Tive a ousadia de mandar uma mensagem para o Daniel dizendo que gostaria de participar da novela e eu nunca tinha feito isso na minha carreira com os meus 74 anos de vida. E ele me deu uma personagem fixa e estou construindo ela na intuição. É uma alegria muito grande. Ao contrário da Grace, eu sou muito aflita na composição das personagens. Essa mulher que vivo é parecida com minha mãe. Toda personagem ensina algo para gente. Quero agradecer o apoio que Grace sempre me dá, é uma grande atriz. Estou muito feliz".</p><p>Gabriel Godoy fez questão de acrescentar sobre o autor e adiantou sobre seu papel: "Daniel me deu oportunidade de mostrar meu trabalho na tevê aberta. Fui ficando apaixonado pela televisão aberta porque é muito diferente do cinema e do teatro. É tudo muito rápido, uma demanda grande, não tem tempo para você se aprofundar. Daniel me dá caminhos coloridos e caricatos. Gosto demais desse tipo de desafio, mas é exaustivo. O Chicão tem uma coisa da zona leste e até eu encontrar a prosódia fica tudo no mental e ainda estou buscando essa embocadura. Comédia é difícil de fazer, ainda mais no folhetim. O maior desafio desse personagem para mim é ser palmeirense, porque sou corintiano roxo", se divertiu o ator.</p><p>Thaila Ayala expôs sua animação com o retorno aos folhetins: "Estou muito feliz. Queria muito voltar. Já trabalhei com o Fred tempos atrás e é um cara que realmente dirige o ator. Se estou nessa novela é graças ao Dani porque a gente já 'namora' faz um tempo. Muito ansiosa e me divertindo muito. Que delícia poder voltar em uma novela leve e divertida com um personagem desafiador. Me perguntam se minha personagem é mocinha ou vilã e estou tentando dar muita humanidade a ela. Ser atriz no Brasil é fazer novela. Fiz até filmes no exterior, mas em dez anos me perguntavam sempre se eu tinha parado de trabalhar", gargalhou a atriz.</p><p>Rafa Kalimann não escondeu a ansiedade em sua estreia como atriz em novelas: "Veio o teste, eu fiz e me chamaram para fazer a Jéssica. Jayminho está tendo uma troca incrível comigo e ele falou para me divertir. Estou aproveitando. É uma personagem profunda e também tenho trocas incríveis com o Henrique Barreira. É uma mulher calculista e controladora. Está sendo muito gostoso. Estou vivendo a primeira experiência em uma novela e todo mundo está sendo bem generoso comigo. Espero que gostem da Jéssica porque da novela sei que não tem como não gostarem". </p><p>Já Rafael Logam foi sucinto ao falar de seu vilão em comparação ao seu papel na série exibida no Star+: "Hans tem uma grande diferença de caráter com o meu personagem de 'Impuros'". </p><p>Daphne Bozaski se divertiu falando de sua missão na trama: "Um desafio fazer uma personagem de outra nacionalidade, algo que nunca tinha feito. Gosto de compor minhas personagens e veio muito da Benê (de 'Malhação'). Agora a Lupita veio muito do texto do Daniel, que já trouxe muito para mim os caminhos que ele queria para ela. O texto já diz para onde ela vai. Temos uma equipe bacana nessa novela que nos ajuda a construir a personagem. A gente não faz nada sozinho. É um figurino diferente, tons mais laranjas, algo mais vibrante. Tem sido divertido fazer uma personagem que fala espanhol. É uma mulher sonhadora que vê o mundo como uma novela, é muito noveleira. Ela se apaixona pelo personagem do Thiago Martins e a melhor amiga dela, a Shantal, vivida pela Mila, a faz cair na realidade", revelou a atriz. A colega e amiga Mila Carmo complementou: "Estar com a Daphne é um presente. A Lupita é sonhadora e a Shantal vem como uma razão que a coloca em um lugar que ela necessita. As duas se complementam, uma é o alicerce da outra. É tudo muito bonitinho, uma amizade genuína de duas pessoas totalmente diferentes. A trama vai caminhando de uma forma bonita, onde uma vai se apegando na outra. Elas se encontram, se ajudam e se fortalecem. Acabei construindo essa relação também com a Daphne. Viramos amigas também." </p><p>Thiago Martins analisou seu novo personagem: "Júpiter é algo diferente de tudo o que já fiz. Depois que você entra na fábrica de sonhos que é a televisão tudo fica menor e mais intuitivo, mas esse personagem me mostra que não. Mostra que pode ser algo mais teatral também. A referência é o Joey, de 'Friends', então assisti bastante para pesquisar. A relação do Júpiter com os irmãos é ruim, mas é um tipo solar e tem o lado do humor. Acho que será muito divertido. Ótima oportunidade de voltar a fazer televisão depois de 3 anos".</p><p>Daniel Rangel comparou seu novo papel com o da novela em que atuou ano passado: "Guto está sendo um presente. Estou vindo do Júlio, de 'Amor Perfeito', cuja coisa essencial era a oratória, e o Guto mal consegue se comunicar, ou seja, é o oposto disso. Fiquei apaixonado quando li a sinopse e aos poucos o público vai entender os motivos do personagem ser tão tímido. Ele é virgem, um cara mais intelectual, e quando vê a Lupita sua vida muda. Ele não é gago, mas gagueja de nervoso, e vai lutando contra a timidez para conquistá-la. Estou amando trabalhar nessa novela e aprendendo muito. Um desafio. Tem todos os ingredientes para o público se encantar". </p><p>Henrique Barreira comparou seu novo personagem com o da trama de sucesso de 2023: "Em 'Vai na Fé' eu era um estudante de Direito e agora faço o Murilo, um advogado. Apesar de dividirem esse mundo jurídico, são personagens bem diferentes. Fred era mais racional e agora o meu personagem vive um lado passional de um triângulo amoroso com Electra e Luca. Ele tira Electra da prisão e percebe o amor dele, embora curta uma sofrência. Minha parceria com Rafa, Ju e Jayme me impulsionam a ser um ator e uma pessoa melhor. Fico com vontade de descobrir mais esse personagem. Visto roupas que nunca vestiria, falo coisas que nunca falaria. Enfim, está sendo incrível. Estou louco para ver esse triângulo em cena". </p><p>Cris Vianna detalhou seu processo na hora de compor uma personagem: "É uma novela solar que dá vontade de conhecer todos os personagens. Lulu é muito divertida e estou me divertindo muito. Estou experimentando lugares que nunca imaginei que pudesse. Todos os personagens que me chamam para fazer eu sempre penso em que posso contribuir como uma mulher preta. Ela tem uma liberdade que me atrai muito. Trabalhar com a Ramille tem sido ótimo, uma atriz muito talentosa. É algo que nunca fiz antes. E lembro que, depois de uma cena, o Fred me pediu para refazê-la com uns três tons a mais. Eu sou uma mulher cautelosa e tem a ver com minha personalidade. Lulu é o oposto. Estou muito grata". </p><p>Claudio Torres Gonzaga falou sobre seu retorno como ator: "Passei 20 anos na Globo trabalhando como roteirista de comédia e minha volta como ator em uma novela me dá uma sensação de iniciante. Ao mesmo tempo é um lugar que conheço. É muito divertido eu com meus colegas. Não tinha a vivência de ator em novela. Tem sido muito legal. É um personagem cômico, mas tem um conflito dramático com a filha ---- vilã vivida por Ana Hikari ---- que sente vergonha dele".</p><p>Guilherme Canellas demonstrou sua felicidade em seu primeiro papel na tevê: "É louco fingir normalidade diante de tudo. A produção tem um cuidado e uma delicadeza grandes. Ver aqui todos os atores que assisti durante minha adolescência aqui e agora trabalhar com eles é incrível, assim como é incrível estar com meu irmão na trama. Ansioso pela estreia". Já Aleh Silva, seu irmão, acrescentou: "Tem sido incrível contracenar com pessoas tão maravilhosas. No ano passado estreei no teatro junto com o Guilherme e agora começar o ano fazendo uma novela das sete, estreando na televisão, é a realização de um sonho. Até lá vou vivendo e gravando". E Caio Giovani, outro estreante, encerrou: "Felicidade por essa oportunidade e estou abraçando com todas as forças. Agradeço a oportunidade e estou agarrando com todas as forças. Quero muito trocar, aprender e colocar meu nome em jogo. Sentimento de gratidão". </p><p>"Família é Tudo" estreia no dia 4 de março. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-8696996485761673622024-02-13T23:30:00.001-03:002024-02-14T02:02:30.898-03:00Ruan Aguiar ganhou uma merecida oportunidade em "Fuzuê"<p> Há vários atores talentosos buscando uma oportunidade no audiovisual. Infelizmente, muitos não conseguem quebrar a barreira das chamadas 'panelinhas' de autores e diretores, enquanto alguns que atingem o objetivo acabam limitados a pequenas participações sem maior relevância. Por isso é tão bom ver Ruan Aguiar se destacando em "Fuzuê". </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhduEEDRDF5h4350XC42hPlEfl3vlNd7xhMwfX-5QHYC_CdMjRWWB1ciaMNqWjnengIol2zPsnHWDmxi9898jslL0E5m1oGFhsbrJq-edqfdfmNxGqE60aagJJ4vYk4rSzLqdsOolXnUWoikce5-OgHoCC7RyTmuGMdrhDEx5BpYqk1JNow9yt9Ms9s3zw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="619" data-original-width="990" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhduEEDRDF5h4350XC42hPlEfl3vlNd7xhMwfX-5QHYC_CdMjRWWB1ciaMNqWjnengIol2zPsnHWDmxi9898jslL0E5m1oGFhsbrJq-edqfdfmNxGqE60aagJJ4vYk4rSzLqdsOolXnUWoikce5-OgHoCC7RyTmuGMdrhDEx5BpYqk1JNow9yt9Ms9s3zw=w400-h250" width="400" /></a></div><br />A novela das sete da Globo está em seu último mês de exibição e enfrentou inúmeras turbulências. A trama marcou a estreia do competente Gustavo Reiz como autor na emissora, mas a audiência não correspondeu, o que provocou várias mudanças no enredo e a entrada de Ricardo Linhares na supervisão de texto. De fato, a história tem vários defeitos evidentes e quase todos não conseguiram ser consertados. Mas, entre tantas alterações equivocadas, uma mudança deu certo: o crescimento de Merreca.<p></p><p>O bandido que 'comanda' o bairro em que vários personagens moram não tinha muito destaque no início do folhetim. O sujeito mal-encarado fazia aparições pontuais e quase sempre sequestrando alguém. Mas, mesmo com poucas cenas, já ficava perceptível a boa atuação de Ruan Aguiar. <span></span></p><a name='more'></a>Ele aproveitava cada cena e mostrava talento. Também dava para observar que o marginal não era de todo mal. Havia ali um coração bom atrás da casca dura e aterrorizante. <p></p><p>Se o crescimento do personagem já estava previsto pelo autor ou foi fruto das incontáveis mudanças feitas no roteiro, é impossível saber. Porém, valeu muito a pena para a carreira do ator, que vive um divisor de águas. É seu primeiro papel fixo em uma novela, após várias participações, entre elas "Malhação - Vidas Brasileiras", "Verão 90", "Amor de Mãe", "Bom Sucesso", "Jezabel" (Record) e "Um Lugar ao Sol". O último folhetim que contou com sua participação, antes de "Fuzuê", foi "Além da Ilusão", exibida em 2022, onde viveu um colega de cela do protagonista Davi (Rafael Vitti). </p><p>O ator está ótimo na trama das sete e o arco de redenção do personagem tem sido trabalhado de forma convincente, bem diferente do que aconteceu com Heitor (Felipe Simas), que do nada deixou de ser um canalha. As cenas de Ruan com Olívia Araújo (Maria Navalha) são carregadas de emoção e sua parceria com Nicolas Prattes (Miguel) e Giovana Cordeiro (Luna) vem funcionando. Até um par romântico o bandido ganhou, já que agora está em um triângulo amoroso com Soraya (Heslaine Vieira) e Francisco (Michel Joelsas). </p><p>Ruan Aguiar merecia a oportunidade que ganhou em "Fuzuê" há muito tempo. Resta torcer para que novos trabalhos venham e com personagens que façam jus ao seu talento, mais conhecido agora através da novela das sete. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-74588147351978949642024-02-09T23:30:00.002-03:002024-02-10T03:03:14.342-03:00Tudo sobre a primeira coletiva online de "Família é Tudo", a próxima novela das sete <p> A Globo promoveu nesta terça-feira, dia 6, a primeira coletiva online de "Família é Tudo", próxima novela das sete escrita por Daniel Ortiz e dirigida por Fred Mayrink. Participaram o autor, o diretor e os atores Isacque Lopes, Nathalia Dill, Alexandra Richter, Fernando Pavão, Paulo Tifenthaler, Ana Carbatti, Ana Hikari, Jayme Periard, Aisha Moura, Renato Góes, Nina Frosi, Livia Rossy e Lucy Ramos. Fui um dos convidados e conto um pouco sobre o bate-papo. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhJP9lc7qDblwhdhCekQvyew-3S4ucCciZyv54mGMld-I-Dif0ExmXQ3EitmNdFhvNMPdpYsewyCpOEpVJgazmubGXtBfA-0lfJRe08uMMRZAzzMPv6-OMhyq3IL3HL75iU8AhRhwsVtj6806joxVNFZ-buzs2QhVIHxcVSFMfPs2VnuMnaQMUkZ2gQEl0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1700" data-original-width="1700" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhJP9lc7qDblwhdhCekQvyew-3S4ucCciZyv54mGMld-I-Dif0ExmXQ3EitmNdFhvNMPdpYsewyCpOEpVJgazmubGXtBfA-0lfJRe08uMMRZAzzMPv6-OMhyq3IL3HL75iU8AhRhwsVtj6806joxVNFZ-buzs2QhVIHxcVSFMfPs2VnuMnaQMUkZ2gQEl0=w400-h400" width="400" /></a></div><br />Fred Mayrink fez um resumo da trama: "A gente fala de uma novela muito divertida e emocionante escrita por Daniel. Uma família de cinco irmãos de mães diferentes e do mesmo pai e com uma regra que todos deverão cumprir por conta de um testamento. Uma grande aventura, reencontro de amores, reencontro de família. Tem muito romance nas novelas do Daniel, o que acho maravilhoso. Temos uma gravadora na novela que é a Mancini. Teremos vários ritmos e temas diferentes. Um desfile musical que será aberto. É meu quarto trabalho ao lado do Daniel e nos entendemos muito bem. Temos um respeito e admiração mútua. O início de uma aventura que é toda novela", contou o diretor.<p></p><p>Daniel Ortiz explicou o mote central: "Pedro se casou cinco vezes com cinco mulheres diferentes e com cada uma teve um filho. Quando o pai morre misteriosamente as ex-mulheres dele colocaram os filhos como inimigos. Elas se odiavam e impediram os filhos de conviver. Todos os irmãos se odeiam com exceção da Vênus. <span></span></p><a name='more'></a>Quando a avó morre ela deixa um testamento com objetivo de unir esses irmãos. Não é uma novela sobre herança e nem desaparecimento, é uma novela sobre união da família. Os irmãos no fundo se gostam, mas estão magoados uns com os outros. Vênus terá a missão de unir esses irmãos e apaziguar os ânimos. O pai pede para ela antes de morrer para deixar os filhos unidos. Para receber a herança, os irmãos vão ter que morar um ano juntos e trabalhar um ano juntos na gravadora da família. É uma novela um pouco diferente das últimas que eu fiz. 'Haja Coração' era mais comédia e 'Salve-se Quem Puder' de aventura. Essa é de relações familiares. O primeiro nome era 'A Vovó Sumiu' porque sonhei com isso e resolvemos mudar porque a trama não é sobre a vovó, já que ela sumiu, morreu. A novela é sobre a família", contou o autor.<p></p><p>Nathalia Dill comentou como se identifica com o enredo: "A relação dos irmãos é o mais divertido da novela. Me identifico porque também tenho irmãos e temos uma relação intensa. Eu só queria acrescentar que todo mundo amava o nome 'A Vovó Sumiu', mas adorei o novo nome também. Minha relação familiar é muito intensa e não tenho mais meus avós vivos, mas eles foram meus pilares e não eram nada óbvios. Faziam coisas muito loucas e lembro deles serem muito engraçados. A mãe da minha mãe era totalmente doida e vai me dar muita saudade fazendo essa novela pensando nos meus avós porque eram partes muito profundas da minha existência. Ainda são, na verdade. Vou amar sempre". </p><p>Isacque Lopes também abordou sua identificação com a trama: "A gente está achando várias camadas e o que mais deve identificar o público é o fator relacionamento. A novela se passa na zona leste de São Paulo. Durante um ano, os cinco vão ter que morar juntos e cada um tem uma especificidade que o público deve se identificar. Eu também tenho quatro irmãos, sou o quinto irmão, o mais velho. A minha família é grande". </p><p>Alexandra Richter adiantou um pouco sobre sua personagem: "Quando se fala de família estamos falando de tudo porque é no seio familiar onde tudo acontece. Acho que vai dar muito certo. Brenda não é uma personagem cômica e acho isso ótimo porque gosto de alternar entre comédia e drama. É sempre um desafio para uma atriz que se lançou e ficou conhecida na comédia porque a gente recebe esse rótulo e temos que provar o tempo todo que podemos fazer qualquer coisa. É uma personagem que tem várias camadas e guarda um grande mistério. Não sei se é uma vilã ou vilãzona porque em uma obra aberta não é bom quando a gente rotula. As camadas vão surgindo e percebo nessa novela que não há uma mãe igual a outra. Brenda é uma mãe controladora e acho maravilhoso compor essa mulher. Eu e Lucy Ramos, que vive minha nora, começamos a gravar antes do elenco. Estou amando fazer". </p><p>Fernando Pavão falou sobre sua participação: "Meu personagem é um cara que leva uma vida paralela, se mostra apaixonado e dedicado a Vênus, mas não é nada disso. Nada melhor para um ator do que isso. Poder brincar com dois mundos. Meu retorno para a Globo foi um mercado natural, temos que entender esse novo mercado, e meu personagem é muito legal, apesar de ser só uma participação. É um vilão e um mocinho ao mesmo tempo". </p><p>Paulo Tiefenthaler comparou a morte de seu personagem com a do seu pai na vida real: "Meu pai faleceu quando eu tinha de 17 para 18 anos. E ele tinha um prazer de montar a viagem da família, enfim. Por isso me identifico com esse meu papel na trama. Pedro morre no início, mas essa figura importante vai permear toda a novela porque ele fala para a filha ajudar a manter os irmãos juntos. A parte paterna do meu personagem é muito linda e a da relação dele com as ex-mulheres eu ainda estou identificando porque o Daniel está entregando o material aos poucos". </p><p>Ana Carbatti falou sobre a importância da presença de mais atores negros nos elencos: "Ainda temos muito o que caminhar na questão da representatividade. Existe uma mudança em relação ao período que comecei há cerca de 25 anos atrás. As personagens eram bem mais limitadas e o audiovisual não tinha compromisso com a representatividade. Esse movimento é recente, mas uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra. A gente vê mais pessoas negras fazendo personagens reais, mas elas estão aí há muito tempo. Uma coisa é a transformação da sociedade em como a gente tem que lidar com a situação e a outra é a representatividade de ligar a televisão, ir ao cinema e ao teatro e se ver representado ali. Estou fazendo uma personagem que há 20 anos não veríamos: uma socialite negra e rica".</p><p>Renato Góes falou sobre a parceria com sua esposa, Thaila Ayala, que também está na produção: "A gente não contracena, mas pela primeira vez estamos fazendo uma novela juntos. Mas é legal porque mesmo sem se ver tanto a gente se abraça e comemora estar vivendo a mesma coisa. Inventamos um filme para trabalharmos juntos e agora estou muito feliz. Meu personagem é pai de dois filhinhos e eu sou pai de um casal. Com 18 anos fiz minha primeira novela e estou há 19 anos fazendo novela. Minha primeira novela das sete e tem a coisa da leveza e da alegria que passa para os bastidores. Meus últimos personagens tinham um clima mais pesado, forte. Agora o clima é mais leve e estou muito grato e feliz".</p><p>Ana Hikari não escondeu a empolgação: "É minha primeira vilã e estou muito animada. O mote da novela é família e minha vilã tem muito conflito familiar. Muito da maldade dela vem de questões familiares, o que explica a pessoa ser ruim, mas não justifica. Mila é amoral e obstinada. Eu li uma entrevista da Gloria Pires falando que não achava a Raquel de 'Vale Tudo' ruim e, sim, obstinada e amoral. Então peguei essa frase pra mim agora. Ela tem uma relação conturbada com o pai. E gostei de saber que o Claudio Torres Gonzaga interpretará o meu pai porque quando escalam uma atriz asiática normalmente costumam fazer toda a família asiática", observou a atriz. </p><p>Jayme Periard comento usobre o retorno ao canal que o lançou: "O que tem me encantado nesse retorno à Globo, emissora que comecei há muitos anos, é a abordagem de uma relação de pai e filho com muita amorosidade. E que se estende aos netos. Tenho o privilégio de ter feito o pai, o filho e agora fazer o avô na ficção. A possibilidade de estar em um núcleo familiar tem me agradado bastante. Ramon é a representação do afeto. Estou muito confiante neste trabalho". </p><p>Aisha Moura falou sobre a dificuldade de representar uma skatista: "Nunca tinha andado de skate e estou tendo aulas. A missão da personagem é ser campeã e tem sido uma experiência muito diferente para mim. Estou achando muito difícil andar de skate, mas tem sido divertido. É aquele esporte que começa como diversão e vira profissão". O colega Caio Vegatti, seu parceiro de núcleo, acrescentou: "Eu pratiquei skate mais novo e depois fui para o surfe, que é parecido mas machuca menos. Sou um cara muito ligado ao esporte e andar de skate por causa do meu trabalho é um presente. Um clichê falar, mas é isso." Já Conrado Caputo complementou: "Sou o instrutor do núcleo de skate. Em 'Salve-ve Quem Puder' fui o instrutor de Ginástica Artística. E fico pensando para a construção do personagem a minha profissão porque sou professor de teatro. A relação do Eneás com o personagem do Isacque Lopes é o que tenho com os meus alunos. É minha quarta novela com o Daniel Ortiz e todos os personagens foram diferentes um dos outros". </p><p>Nina Frosi resumiu seu papel na trama: "Minha personagem é a melhor amiga da Vênus e muito confidente. Ela dá opinião querendo o melhor da amiga. Trabalha em uma fundação para ajudar jovens carentes. Ela é uma pessoa muito solar e divertida". </p><p>Livia Rossy falou de sua personagem: "Voltar para a Globo nessa novela está sendo muito interessante porque estou sentindo uma energia deliciosa. Fui abraçada e estou muito feliz e grata. Gina é uma mulher apaixonada pelo Matias e o ajuda a dar um golpe na Vênus. É uma participação. Já gravei algumas cenas que ela volta lá para frente e ainda não sei se retorna muito boazinha. Mas ela volta mais humana".</p><p>E Lucy Ramos estava animada com sua vilã: "Estou muito feliz em fazer esse trabalho com o Daniel Ortiz. Os bastidores estão uma delícia. Minha personagem vai ser uma pedra no sapato da Vênus. É capaz de fazer coisas não tão boas... Mas tem outras questões também, muitas camadas. Ela toma remédios que alteram o humor, sua personalidade. Paulina vai fazer de tudo para reconquistar o marido. Estou tratando a personagem com muita verdade. Não gosto de colocá-la na caixinha da vilã. E a sogra é mais mãe dela do que do próprio filho. Alexandra Richter é uma pessoa maravilhosa de trabalhar. O autor falou que as pessoas vão me odiar e estou pronta para isso", finalizou a intérprete. </p><p>"Família é Tudo" tem estreia prevista para o dia 4 de março. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-40422885825585294802024-02-07T20:30:00.000-03:002024-02-07T20:46:06.616-03:00Lucas e Ana Luísa conquistaram o público em "Paraíso Tropical" <p> O Viva reprisou "Paraíso Tropical" em 2021 e a Globo colocou a novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares no "Vale a Pena Ver de Novo" três anos depois. A segunda reprise mostra novamente como a obra é bem estruturada e movimentada. Tudo através de planejados ciclos que se abrem e fecham ao longo das semanas em um esquema de rodízio onde todos os personagens acabam sendo bem aproveitados. E uma das gratas surpresas da trama na época, exibida em 2007, foi o casal formado por Lucas e Ana Luísa. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjv84z70_gO6Ek6uDGCTeSFZKIn6OzpSYbyUnC7gOHflPti9Y_-bjrOsvPfUGBTx93G5uARTJ0_7Z2TtfduebbHAHlitwvIgjb4EvyUr7TzTVU9eJODgL-9fOVc0mXxSpQqvRe73zmXAUE5M-_ivfZB8jAwO-beLWwNxZT_gEQi05IamssoBRIWnfzN56o" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="562" data-original-width="1000" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjv84z70_gO6Ek6uDGCTeSFZKIn6OzpSYbyUnC7gOHflPti9Y_-bjrOsvPfUGBTx93G5uARTJ0_7Z2TtfduebbHAHlitwvIgjb4EvyUr7TzTVU9eJODgL-9fOVc0mXxSpQqvRe73zmXAUE5M-_ivfZB8jAwO-beLWwNxZT_gEQi05IamssoBRIWnfzN56o=w400-h225" width="400" /></a></div><br /><span style="text-align: left;">Interpretados por Rodrigo Veronese e Renée de Vielmond, respectivamente, os personagens só se conheceram após algumas semanas de novela no ar. E a química foi imediata. Isso porque Ana Luísa caiu nas graças do público já no início. A esposa do poderoso Antenor Cavalcante (Tony Ramos) já começa a história sendo enganada pelo marido, que a trai com várias mulheres, incluindo uma amante 'fixa', Fabiana, vivida por Maria Fernanda Cândido. Não foi difícil o telespectador logo se afeiçoar pela ricaça, que esbanja delicadeza e elegância. </span></div><p>O primeiro encontro com Lucas, melhor amigo do mocinho Daniel (Fábio Assunção), se dá, ironicamente, após uma suspeita (correta) que Ana tem sobre a fidelidade do esposo. Os dois se esbarram em uma galeria de arte e a troca de olhares promove o clichê mais comum na teledramaturgia. O jovem se encanta e a milionária fica balançada.<span></span></p><a name='more'></a>No entanto, nada acontece e os personagens passam a integrar o time de desencontrados do enredo. Sempre próximos, mas ao mesmo tempo distantes. "Paraíso Tropical" usa e abusa do recurso ao longo de sua exibição. <p></p><p>Todavia, a situação em torno da avalanche de desencontros não empolga com os protagonistas Daniel (Fábio Assunção) e Paula (Alessandra Negrini), que fracassaram na época. Já com Lucas e Ana sim. De uma certa forma, os dois assumiram o posto de mocinhos do enredo, uma vez que o casal sensação Bebel (Camila Pitanga) e Olavo (Wagner Moura) eram os vilões. E a questão envolvendo a diferença de idade não chegou a ser tratada como tema do folhetim e muito menos causou rejeição no público, que muitas vezes costuma não comprar esse tipo de par até hoje --- há ainda um conservadorismo. </p><p>A construção do par é muito bem desenvolvida pelos autores. Tanto que um dos momentos mais bonitos de Ana Luísa é quando a personagem volta a dirigir, superando o trauma que sofreu com a perda do único filho, vítima de um acidente de carro, onde ela era a motorista. E a superação só ocorre por causa de Lucas, que se acidenta e precisa ser levado para um hospital. Pouco tempo depois, Ana acaba descobrindo a traição de Antenor, graças ao plano de Marion (Vera Holtz), se separa e perde o medo de se envolver com o amado. A música tema ainda é a linda "Carvão", cantada por Ana Carolina. Fica impossível não torcer pelo romance. </p><p>Outra qualidade do casal é a escolha dos intérpretes. Foi a estreia de Rodrigo Veronese na Globo, após algumas participações em novelas da Record e SBT. E a trama marcou o retorno da grande Renée de Vielmond, após 9 anos afastada da televisão. Eram duas caras novas para o público, em meio a tantas escalações repetitivas ---- já eram em 2007 e estão muito piores em 2021. Infelizmente, os dois não viraram figuras mais frequentes nas produções da emissora depois do sucesso. Rodrigo esteve em "Beleza Pura", de 2008, e fez poucas participações posteriores, enquanto Renné voltou a sumir da telinha. É de se lamentar também a saída precoce dos atores da história de Gilberto e Ricardo. Como a novela era baseada em ciclos, o deles se fechou antes da metade do enredo e os dois deixaram a história na semana passada durante o "Vale a Pena Ver de Novo". Ao menos o êxito do par fez com que os dois voltassem na reta final. </p><p>"Paraíso Tropical" é um ótimo folhetim. A reprise no "Vale a Pena Ver de Novo" não tem sido um sucesso, mas tem possibilitado a confirmação de todas as qualidades da história. E uma delas foi o lindo casal Lucas e Ana Luísa. Vale a pena rever. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-86234050027929405152024-02-05T21:50:00.002-03:002024-02-20T21:00:55.630-03:00Humberto Carrão honrou a força de Zé Inocêncio em "Renascer" <p> A primeira fase de "Renascer" chegou ao fim nesta segunda-feira (05/02), após 13 capítulos repletos de emoção, linda fotografia e cenas interpretadas por um elenco que transbordou talento. O remake de Bruno Luperi, baseado no sucesso de Benedito Ruy Barbosa, teve como maior acerto até então o aumento da duração do início da história, que em 1993 teve apenas 4 capítulos. E Humberto Carrão segurou o posto de protagonista com talento. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhB2ldvans8jDEq50wHguGAbTghz9B97szB0DoOtWROEzLAMtW306SGwHwr7QfZEtoFGut2tdn8hT7khvweeit_aO8q6jFwrG8OYBHs8zwxUT_R57cFL8pbUjosMETDw4VbKXgAt9Vpj5KsA4RygQiSFCX-zSmqibeyr3zxx5MhkKcmzgPMrBDxNYDPBdM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhB2ldvans8jDEq50wHguGAbTghz9B97szB0DoOtWROEzLAMtW306SGwHwr7QfZEtoFGut2tdn8hT7khvweeit_aO8q6jFwrG8OYBHs8zwxUT_R57cFL8pbUjosMETDw4VbKXgAt9Vpj5KsA4RygQiSFCX-zSmqibeyr3zxx5MhkKcmzgPMrBDxNYDPBdM=w400-h225" width="400" /></a></div><br />O ator já é conhecido pelo seu bom desempenho em todas as produções que contam com sua presença em cena. Mocinho, vilão, personagens secundários, não importa o papel, Humberto sempre consegue despertar a atenção do telespectador. Apenas citando seus trabalhos mais recentes, o intérprete esteve muito bem na pele de Rafael, um mocinho que passou boa parte de "Todas as Flores" sendo enganado e apenas na segunda parte conseguiu agir. Também mereceu elogios na série "Betinho - no fio da navalha", onde viveu Henfil, irmão do protagonista da série baseada na vida do sociólogo.<p></p><p>A escolha de Humberto para viver Zé Inocêncio foi uma aposta certeira. O personagem, por mais controverso que pareça e com todo respeito ao trabalho do extraordinário Antônio Fagundes, marcou muito mais na primeira fase do que na segunda. <span></span></p><a name='more'></a>Quando o fazendeiro é lembrado a imagem que surge é a de Leonardo Vieira protagonizando a cena mais emblemática da novela, quando Zé crava seu facão na base do jequitibá-rei e faz o pacto com a árvore mais bonita da floresta. A interpretação visceral do ator ficou eternizada, assim como o tom sarcástico que imprimiu ao seu coronelzinho. <p></p><p>A interpretação de Humberto foi muito diferente da de seu colega. O ator optou por algo mais contido, o que já ficou claro na cena do protagonista diante do jequitibá no primeiro capítulo. Também inseriu um ar mais desconfiado ao personagem, que apresentava uma certa ingenuidade há 31 anos. A mudança na composição não prejudicou em nada a potência de Zé Inocêncio e Carrão segurou bem em todos momentos, incluindo os embates com gigantes da atuação como Antônio Calloni (Belarmino) e Enrique Diaz (Firmino). </p><p>A alegria que tomou o coração de Zé Inocêncio assim que conheceu Santinha foi expressada por Humberto de forma tão genuína que a torcida para o casal foi inevitável e vale destacar a química com Duda Santos, a grata surpresa da primeira fase na pele da menina oprimida que vai se transformando depois que conhece seu amor. Já no capítulo de sexta-feira (02/01), que exibiu a morte de Maria Santa após o parto do quarto filho, o ator protagonizou suas melhores cenas. A dor dilacerante do fazendeiro diante do corpo da mulher idolatrada comoveu e teve uma entrega muito sensível de Carrão. </p><p>A morte de Santinha marcou ainda a virada de chave na personalidade de Zé. Aquele sujeito iluminado e feliz se transformou em uma pessoa amarga e sombria. Mais um desafio que o intérprete tirou de letra. A frieza e a grosseria passaram a dominar a vida de Inocêncio, que passou a despertar ranço nos demais personagens e no próprio público. A rejeição ao filho caçula resultou em sequências pesadas e bem interpretadas. </p><p>Hoje, dia 5 de fevereiro, a primorosa primeira fase de "Renascer" chegou ao fim e Humberto Carrão cumpriu seu papel com louvor. Honrou a força de Zé Inocêncio, fez jus ao protagonismo e saiu de cena maior do que entrou. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-42868418039900283332024-02-02T20:30:00.001-03:002024-02-02T20:46:01.508-03:00Elenco engrandeceu primeira fase de "Renascer" <p> O remake do grande sucesso de Benedito Ruy Barbosa estreou na segunda-feira passada, dia 22, e vem impressionando pela qualidade artística da obra agora adaptada por Bruno Luperi e dirigida por Gustavo Fernandez. As imagens estão belíssimas, assim como a fotografia e a captação de cenas. No entanto, o que mais engrandeceu a primeira fase da história, que chega ao fim neste sábado (03/02), foi o elenco. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgvrgUTjgdt-nbIan_Q1PQktIwr3k_K5qD_iLHKuTH2FOay-J7-0-Lc3C_zf3W10bp7aQx9DJnCY0dNbgrhcBknq1On9AYTfRnKQaQHTiwXiaDQeFFogWMToxeP_qZ-4PL0VUgOwBeDLVi-iiNPTdWSR3JqaCabcO452u8ESRq9RreB5UrIpeb3LmcTCdQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgvrgUTjgdt-nbIan_Q1PQktIwr3k_K5qD_iLHKuTH2FOay-J7-0-Lc3C_zf3W10bp7aQx9DJnCY0dNbgrhcBknq1On9AYTfRnKQaQHTiwXiaDQeFFogWMToxeP_qZ-4PL0VUgOwBeDLVi-iiNPTdWSR3JqaCabcO452u8ESRq9RreB5UrIpeb3LmcTCdQ=w400-h225" width="400" /></a></div><p>Logo no primeiro capítulo, o público foi presenteado com a volta de Maria Fernanda Cândido aos folhetins, ainda que em uma participação relâmpago. A atriz estava afastada da teledramaturgia desde "A Força do Querer", exibida em 2017, e ganhou uma personagem que não existia na versão original e foi escrita especialmente para ela: Cândida. A viúva protagonizou um ótimo embate com outro personagem que também foi criado apenas para a primeira fase do remake: Firmino. Interpretado por Enrique Diaz, o coronel tinha um quê de breguice em seu visual, mas metia medo. </p><p>A dona da fazenda enfrentava um período de quase falência e ainda assim não aceitou vender suas terras ao rival, responsável pela morte de seu marido. Pouco tempo depois, a personagem encontrou José Inocêncio (Humberto Carrão) jogado em sua fazenda e muito ferido. <span></span></p><a name='more'></a>A mulher o acolheu e, assim que se recuperou, o rapaz fez uma proposta para ficar com a fazenda. Ela aceitou e sumiu no mundo. A participação da atriz não durou nem dois blocos, o que foi uma pena. Mas Maria Fernanda Cândido abrilhantou a estreia do remake. <p></p>E os outros nomes do time foram tão grandiosos quanto Maria Fernanda e Enrique Diaz. A escolha de Humberto Carrão para viver o protagonista na fase jovem foi um acerto e o ator vem honrando a importância do papel. É nítido que está sentindo prazer em cena. E sua química com Duda Santos, intérprete de Maria Santa, também salta aos olhos. Vale lembrar que a atriz estreou na televisão na fracassada "Travessia", exibida ano passado, e agora ganhou um papel emblemático, ainda que de curta duração. Aproveitou seus momentos em cena e transmitiu toda a pureza e inocência de uma menina que nunca conseguiu sair de casa por conta da violência do pai. <p></p><div>Por sinal, Fábio Lago foi um dos maiores destaques deste início. A sua atuação foi visceral e Venâncio aterrorizou qualquer um apenas através de sua assustadora expressão facial. O pai de Santinha era um tipo que provocava ojeriza no telespectador diante de tudo o que ficava subentendido. Afinal, foi exposto através de detalhes que o jagunço abusou sexualmente de sua filha mais velha (que não aparece na história) e a expulsou de casa quando apareceu grávida, assim como cobiçava Santinha, ao mesmo tempo que tentava controlar seu desejo, o que fazia seu ódio e ciúmes aumentarem. Eram cenas pesadas e interpretadas com entrega. É preciso também aplaudir o trabalho de Belize Pombal, intérprete da esposa de Venâncio e mãe de Santinha. A angústia daquela mulher, que no fundo sabia o que seu marido fez e estava prestes a fazer novamente, comoveu o público. Quitéria tinha o sofrimento no olhar. Que atriz grandiosa! Merece muito mais oportunidades, após sua bem-sucedida estreia na televisão. Uma pena que os personagens tenham saído do enredo sem um final, assim como aconteceu na versão original.</div><div><br /></div><div>Além dos profissionais mencionados, não é justo, nem muito justo e nem justíssimo deixar Antônio Calloni de fora. O ator foi um dos maiores nomes de "Além da Ilusão", novela das seis exibida em 2022, e fez uma deliciosa participação em "Vai na Fé" ano passado. Agora participou de apenas sete capítulos da primeira fase, mas deixou sua marca na pele do temido Belarmino. O intimidador coronel, vivido pelo saudoso José Wilker em 1993, tentou matar José Inocêncio duas vezes e agiu com uma frieza que impressionou. Calloni interpreta qualquer tipo de papel com brilhantismo, mas como vilão sempre se supera. Não foi diferente na atual trama. E entre os talentosos nomes do elenco é preciso citar ainda Quitéria Kelly (Nena), Evaldo Macarrão (Jupará), Adanilo (Deocleciano), Uiliane Lima (Morena), Chico Diaz (Padre Santo) e Edvana Carvalho (Inácia). A menção especial a Juliana Paes também é necessária, pois mais uma vez dominou a cena na pele de Jacutinga, cafetina vivida por Fernanda Montenegro na versão original. Uma missão das mais complicadas diante da possível comparação. A atriz deu um toque diferenciado na composição do papel e fez a personagem ter um tom mais ácido. Suas cenas com Duda Santos eram de uma delicadeza ímpar, especialmente as do parto de Santinha. </div><div><br /></div><div>A primeira fase de "Renascer" em 1993 teve apenas quatro capítulos. Agora são 13 e a segunda será iniciada no dia 5 de fevereiro. O aumento foi um acerto de Bruno Luperi, conhecido por copiar e colar praticamente todo o enredo original, deixando de fazer mudanças necessárias. Ao menos na primeira fase, o neto de Benedito Ruy Barbosa saiu da mesmice e merece elogios. O tempo maior beneficiou a construção dos personagens e o elenco repleto de talentos. Vale lembrar que Boni, todo poderoso da Globo na época, exigiu que o autor encurtasse o início para o público não se apegar demais aos atores e acabar rejeitando a nova fase. Assistindo ao enredo novamente, dá para entender o medo do então diretor de programação.</div>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-64661365151492125632024-01-31T20:50:00.001-03:002024-01-31T20:52:09.628-03:00Duda Santos foi uma grata surpresa de "Renascer"<p> A primeira fase de "Renascer" vem recebendo uma imensidão de elogios e todos são muito justos. Entre os vários acertos está o bem escalado elenco. Há muitos atores experientes e outros mais novatos. Todos vêm brilhando na trama. E um dos maiores êxitos foi a seleção de Duda Santos para viver a mocinha da história de Benedito Ruy Barbosa, adaptada por Bruno Luperi. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjlkuVcp-j6p-h4y2LIaUiSWxfZS1onpOsoQOJJC6LJuP5W666LNKIJ5nGoxFj7Fh4z44AaYYK5uL7o2o3IKsz1CDaKLBq3dYolhTT9fq-4DwKJQYQr_wUGs2v2ZPbZ6EwEZOrSlM4Q9tYjJKjpNxGVRaPZ5mfojnatecknl-PEs9VxzU4tvOp6Xm1_I5Y" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="656" data-original-width="984" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjlkuVcp-j6p-h4y2LIaUiSWxfZS1onpOsoQOJJC6LJuP5W666LNKIJ5nGoxFj7Fh4z44AaYYK5uL7o2o3IKsz1CDaKLBq3dYolhTT9fq-4DwKJQYQr_wUGs2v2ZPbZ6EwEZOrSlM4Q9tYjJKjpNxGVRaPZ5mfojnatecknl-PEs9VxzU4tvOp6Xm1_I5Y=w400-h266" width="400" /></a></div><br />É verdade que Maria Santa é a mocinha apenas da primeira fase, o que é uma pena. O desfecho trágico da personagem é conhecido por todos que acompanharam o enredo em 1993. Mas, mesmo com uma participação breve, é um dos papéis mais marcantes da produção. Por isso qualquer deslize na escolha da atriz prejudicaria o impacto dramático que a figura daquela mulher representa no roteiro. <p></p><p>A ideia de apostar em um novo rosto é sempre válida, embora arriscada em se tratando de um papel central. É necessário um cuidado maior em cima da escalação. E que bom que viram em Duda Santos uma Santinha. A intérprete não está estreando na televisão, mas é apenas seu segundo trabalho. O primeiro foi em "Travessia", novela fracassada de Gloria Perez encerrada em maio do ano passado. <span></span></p><a name='more'></a>O papel da atriz era bem pequeno. Isa pertencia ao núcleo terciário da história e o foco dos conflitos não estava nela e, sim, em seu irmão, viciado em jogos de computador. A sua função era basicamente ser uma escada para os pais, vividos pelo talentosos Ailton Graça e Indira Nascimento. Mas ainda assim ficou perceptível que ali havia um talento pronto para voos maiores. <p></p><p>Agora, em "Renascer", a atriz bate suas asas lindamente e beneficiada pelo vento, que é a força da trama central do enredo. Santinha é uma menina doce, assustada, retraída, pura e que transborda ignorância por conta da criação rígida de um pai opressor e violento, que recebia carta branca da esposa, uma mulher submissa e infeliz. Trancada em casa na maior parte do tempo, a personagem não tinha vivência alguma a ponto de achar que um beijo engravidava. É um papel complicado porque o risco de deixá-lo 'idiotizado' se mostra uma constante. Mas Duda está muito bem. </p><p>As cenas da intérprete ao lado de Belize Pombal e Fábio Lago, intérprete de Quitéria e Venâncio, foram de intensa carga dramática, onde a tensão se fazia presente a todo instante. Era como se uma tragédia familiar fosse acontecer a qualquer minuto. O trio não teve muitas cenas, mas as poucas gravadas deixaram uma marca. Isso porque o crescimento de Maria Santa na história se dá justamente quando os pais saem de cena. Agora a menina ganhou um pouco de conhecimento sobre a vida através de Jacutinga e a parceria de Duda com Juliana Paes deu muito certo. A química da atriz com Humberto Carrão, que vive José Inocêncio, também funcionou, o que anda até raro em se tratando de casal protagonista nos últimos anos.</p><p>O final da primeira fase de "Renascer" vai ao ar no próximo sábado e a cena mais emblemática do fechamento de ciclo é a morte de Santinha, durante o parto do quarto filho com Zé. É uma despedida triste que o público nunca esquece e tem tudo para emocionar novamente. Resta torcer para que a personagem coloque Duda Santos no campo de visão dos demais autores para que novas oportunidades venham. Ela merece. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-41664207192625201132024-01-30T03:30:00.002-03:002024-01-30T03:32:41.499-03:00Antônio Calloni e Enrique Diaz farão falta no remake de "Renascer"<p> O capítulo desta segunda-feira (29/01) fechou o ciclo de dois excelentes personagens da primeira fase de "Renascer", interpretados por atores magníficos. O trágico fim de Firmino e Belarmino resultou em duas sequências de tirar o fôlego, onde a direção somada ao trabalho irretocável dos intérpretes deu o tom necessário para o adeus de dois vilões sanguinários.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipsjAVkHCMQn71POBrI-mWvOBerNdp8UyVqBaNVNAINT1l5asnXfrj3HduxVscu31iUk1UOP6fPcPF4lp7bY5-wef8MAxry1lzUDovFrOdlkcX9-1dTUbBVZ82gtkSuskHT2_wlYoeJL6hjZvKV0VNHi2WtFj5n3lJr1QKS_K9ULgo2_DHXqZzqN6Hv0Q" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="554" data-original-width="985" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipsjAVkHCMQn71POBrI-mWvOBerNdp8UyVqBaNVNAINT1l5asnXfrj3HduxVscu31iUk1UOP6fPcPF4lp7bY5-wef8MAxry1lzUDovFrOdlkcX9-1dTUbBVZ82gtkSuskHT2_wlYoeJL6hjZvKV0VNHi2WtFj5n3lJr1QKS_K9ULgo2_DHXqZzqN6Hv0Q=w400-h225" width="400" /></a></div><p>O personagem vivido por Enrique Diaz não existiu na versão original de 1993, o que só comprovou o quanto Bruno Luperi poderia melhorar a trama de Benedito Ruy Barbosa se realmente quisesse. Um remake não tem a obrigação de ser 100% fiel ao enredo original e mudanças são necessárias, tanto em cima da atualização de termos hoje em dia questionáveis no texto, quanto no dinamismo da história. Mas voltando ao Firmino, o coronel foi um ótimo vilão e protagonizou uma rivalidade com Belarmino que fez toda diferença. </p><p>O vilão protagonizou um embate com Cândida (Maria Fernanda Cândido), outra personagem que não existia há 31 anos, no primeiro capítulo e ficou claro que aquele tipo seria um trunfo para a primeira fase da trama. E realmente foi. Firmino logo rivalizou com Berlarmino e pouco tempo depois virou inimigo de José Inocêncio (Humberto Carrão). <span></span></p><a name='more'></a>Ou seja, movimentou os dois núcleos da primeira fase. E a atuação de Enrique Diaz, dando uma dose de cinismo para seu coronel, provocava risos e uma pitada de medo. Uma boa combinação para um assassino usurpador de terras. <p></p><p>Já Belarmino foi um tipo icônico da versão original por conta do trabalho brilhante do saudoso José Wilker e também pelo bordão: "É justo, é mais do que justo. É justíssimo". Embora a primeira fase de 1993 tenha durado apenas quatro capítulos, a frase entrou para a história. O coronel agora defendido por Antônio Calloni não ficou devendo em nada ao original e ironicamente foi o responsável por um novo bordão, ainda que o antigo tenha permanecido. "Ele me roubou uma carroça e dois burrinhos da melhor qualidade" virou a frase mais emblemática do vilão no remake, em referência ao sumiço de Venâncio (Fábio Lago), que sumiu no mundo com sua esposa levando o 'bem' do patrão. </p><p>Entre as várias qualidades de um bom folhetim, é fato que um embate entre vilões sempre funciona e a razão é simples: não há limites éticos de nenhuma das partes, o que proporciona um leque de ataques e vinganças deliciosamente saborosas na ficção. O céu é o limite para um duelo de canalhas. E que bom que Bruno reservou uma catarse de respeito para o final de ambos. Antes do grande momento vale elogiar Calloni e Humberto Carrão quando José Inocêncio se fingiu de morto e deu um susto no coronel, ao mesmo tempo que adquiriu a fazenda do rival e o alertou que o responsável pela infestação de vassoura de bruxa em sua plantação era Firmino. </p>A informação de Inocêncio fez Belarmino criar uma emboscada aterrorizante para o inimigo e a sequência já é a melhor da novela até o momento. O coronel amarrou Firmino e o enfiou dentro de seu carro conversível. Empurrou o veículo até o estoque de sua safra e derrubou quilos de cacau em cima do sujeito, o matando sufocado. Uma cena que ficará marcada na teledramaturgia. De um impacto impressionante. E que trilha bem escolhida para o momento. Nota dez para a equipe do diretor Gustavo Fernàndez. Mas ainda não tinha acabado. Belarmino entregou sua alma ao diabo para se livrar da praga em sua plantação, mas levou vários tiros de um autor desconhecido. Pareceu até uma recusa do demônio diante da oferta do assassino. O personagem correu para se esconder em seu cacaueiro, mas se viu diante de uma espingarda e antes de levar uma bala na cabeça fez questão de dizer: "É justo, é mais que justo. É justíssimo". <p></p><p>A primeira fase do remake de "Renascer" está melhor que a apresentada na versão original, que já era arrebatadora. Agora com 13 capítulos, a parte inicial vem envolvendo ainda mais o público e o desfecho de Firmino e Belarmino ficará na memória dos telespectadores. Antônio Calloni e Enrique Diaz farão falta.</p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-53581156354177983612024-01-29T23:30:00.001-03:002024-01-31T03:06:58.727-03:00Não existia papel secundário para Jandira Martini <p> O mundo das artes cênicas sofreu mais uma grande perda. Jandira Martini faleceu nesta segunda-feira (29/01), aos 78 anos, após uma batalha de cinco anos contra um câncer de pulmão. A atriz, diretora e produtora teatral era uma das profissionais mais admiradas no meio e interpretou vários personagens marcantes ao longo de sua vida. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgSyp33uTnOg7p_1hUwVJXyRMiwR6WYyYiADkiTEXz-F_fjsIeElm3eIneSuoP_i-MHZkk6-mHV0m-hiTwYg6DMXlU1uyiFIDRmCInDxwPFmqKjzx6_kteQX0WBA4Guw7PZtAKguyolYh3toclzdM-kHCkhxwQfZixtxTgiB3nys9x5pX0ohYGmrPnjdqQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="736" data-original-width="736" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgSyp33uTnOg7p_1hUwVJXyRMiwR6WYyYiADkiTEXz-F_fjsIeElm3eIneSuoP_i-MHZkk6-mHV0m-hiTwYg6DMXlU1uyiFIDRmCInDxwPFmqKjzx6_kteQX0WBA4Guw7PZtAKguyolYh3toclzdM-kHCkhxwQfZixtxTgiB3nys9x5pX0ohYGmrPnjdqQ=w400-h400" width="400" /></a></div><br />A carreira de Jandira começou no teatro no final dos anos 1960 com a peça "Joana D`Arc entre as Chamas". Nos palcos, a trajetória somou mais de 20 peças, entre elas "Sua Excelência o Candidato", "Porca Miséria" e "Operação Abafa". A atriz começou na televisão em 1983 na novela "Braço de Ferro", produzida pela Band. Migrou para a Globo em 1986, onde atuou em "Roda de Fogo". No ano seguinte, ganhou seu primeiro papel de destaque, a ricaça Theodora Abdalla, do sucesso "Sassaricando". <p></p><p>Em 1990, Jandira foi para a TV Manchete, onde atuou como colaboradora de "Ana Raio e Zé Trovão", novela escrita por Marcus Caruso, um de seus melhores amigos e fiel parceiro, e Rita Buzzar. A atriz também fez uma breve participação na trama como Vitória Imperial. <span></span></p><a name='more'></a>Já em 1994, a intérprete foi contratada pelo SBT, onde atuou em "Éramos Seis", o remake de maior sucesso da emissora de Silvio Santos. No ano seguinte, ainda participou de outro folhetim: "Sangue do meu Sangue". Mas o ano de 1996 marcou seu retorno definitivo ao maior canal do país, onde integrou o elenco da série "Brava Gente". <p></p><p>E Jandira viveu seu auge da carreira em 2001 quando foi escalada para interpretar Zoraide, uma espécie de mãe postiça de Jade (Giovanna Antonelli), a mocinha do fenômeno de Gloria Perez. O trabalho da atriz foi elogiado e seu nome passou a ser conhecido pelo grande público. Fez do papel secundário um dos muitos trunfos do enredo. Dois anos depois, em 2003, integrou o elenco de outro grande sucesso: a minissérie "A Casa das Sete Mulheres". Em 2005, foi novamente chamada por Gloria e brilhou na pele de Odaléia, mãe da protagonista Sol (Deborah Secco), em "América". A atriz virou uma das queridinhas da autora, que a escalou para "Amazônia - de Galvez a Chico Mendes", minissérie exibida em 2007, além de mais duas novelas: "Caminho das Índias", de 2009, e "Salve Jorge", de 2012, o último trabalho da veterana na Globo. </p><p>Mas Jandira também esteve com outros autores e se destacou em "Desejo Proibido", folhetim de Walther Negrão, de 2007. Em 2010, viveu um outro grande momento na carreira na pele de madame Gilda, uma vidente boa praça de "Escrito nas Estrelas", deliciosa produção de Elizabeth Jhin. Já em 2011, ganhou a oportunidade de participar de um sucesso de Walcyr Carrasco e deu um show interpretando a sovina Salomé em "Morde & Assopra", personagem que foi ganhando cada vez mais destaque diante da predileção que o escritor sempre teve por atores mais velhos. </p><p>Jandira Martini nunca ganhou uma protagonista ou uma grande vilã. Sempre foi escalada para papeis secundários. Mas o termo nunca existiu para ela. Transformar uma coadjuvante em um dos destaques era sua maior especialidade. Que prazer era vê-la em cena. Sua última aparição na tevê foi em "Viver do Riso", um especial do Canal Viva sobre a história do humor no teatro e na televisão. Uma profissional que estava afastada da teledramaturgia há quase 12 anos e agora sua ausência não será mais preenchida. Que fique em paz. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-70629042474468300022024-01-25T20:30:00.002-03:002024-01-25T21:04:00.381-03:00Belize Pombal e Fábio Lago formam uma dupla visceral em "Renascer" <p> O remake do sucesso de Benedito Ruy Barbosa estreou nesta segunda-feira, dia 22, provocando a melhor das impressões, tanto na beleza das imagens quanto no desempenho do elenco. A primeira fase "Renascer" tem como maior trunfo o talento do time de atores muito bem escalados. Dá gosto de ver a atuação de cada um. E entre os grandes nomes há uma dupla que tem arrebatado desde a primeira aparição: Belize Pombal e Fábio Lago. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgqwgi05rlW3-ASP3n1mSDGPjutdZrV5ZMPzpTd--bSzMwY_3jGRoyyHAMzKQqbt4Vg9uw4Tg2ujnX9OlKVRuKpnhb_djph6D-zo-MQNrvvKLnhnGvobxOcMDchFnc2EZGGbg7k_usxfmtRd7LoHfcweAaleknbWyaorxhULvggd_0RRa6Uaq071Luzoro" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="850" data-original-width="1360" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgqwgi05rlW3-ASP3n1mSDGPjutdZrV5ZMPzpTd--bSzMwY_3jGRoyyHAMzKQqbt4Vg9uw4Tg2ujnX9OlKVRuKpnhb_djph6D-zo-MQNrvvKLnhnGvobxOcMDchFnc2EZGGbg7k_usxfmtRd7LoHfcweAaleknbWyaorxhULvggd_0RRa6Uaq071Luzoro=w400-h250" width="400" /></a></div><br />Os atores estão viscerais em cena. E são cenas difíceis, onde a carga dramática está viva a todo instante. Quitéria e Venâncio são pais de Maria Santa (Duda Santos), grande amor de José Inocêncio (Humberto Carrão), que se encantou pela moça assim que a viu. Mas os pais têm métodos de criação bem diferentes. A mãe é amorosa e compreensiva, enquanto o pai é violento e intimidador. Tanto que por causa dele a filha praticamente vive trancada em casa. E aos poucos foi sendo exposto o motivo de tanta arbitrariedade. <p></p><p>Venâncio estuprou a filha mais velha, que não aparece na história, e a expulsou de casa quando a menina apareceu grávida (e do filho dele). Quitéria nunca perdoou o marido pela atitude, mas nunca teve total certeza sobre o abuso. Está sempre com a desconfiança assombrando sua mente, ainda que no fundo já sinta a verdade. <span></span></p><a name='more'></a>O sujeito sente o mesmo desejo por Santinha e seu ódio aumenta cada vez mais por conta disso. Tanto que na cena exibida no capítulo de ontem, o jagunço deixou claro que precisa se controlar para não 'acontecer de novo', enquanto observava a filha caçula pendurando roupas no varal. É um enredo pesado e repugnante. <p></p><p>Fábio Lago é um excepcional ator e tem grandes atuações no cinema e na televisão. Porém, não costuma ganhar papeis de destaque e não é uma figura frequente em novelas. Seu último folhetim inteiro foi "O Outro Lado do Paraíso", fenômeno de Walcyr Carrasco exibido em 2017, onde brilhou na pele do cabeleireiro Nicácio, uma figura doce e amável. Um perfil oposto ao capanga da primeira fase de "Renascer". Aliás, o intérprete está acostumado a interpretar perfis violentos. Mas ainda assim consegue diferenciar todos, por mais parecidos que sejam os personagens. Não é por acaso que está sobressaindo a cada aparição na nova novela das nove. Venâncio provoca medo e repulsa. </p><p>Já Belize Pombal faz sua estreia em novelas e na televisão aberta. A atriz vive uma das protagonistas da série "Justiça 2", prevista para abril no Globoplay, e ganhou um papel que emociona no remake adaptado por Bruno Luperi. Quitéria carrega a dor e o sofrimento em seu olhar. O horror que aquela mulher passa com o marido é perceptível em todos os instantes graças ao trabalho corporal irretocável da intérprete. Uma mãe que no fundo sabe o que a filha mais velha passou e tenta a todo custo evitar que a mais nova enfrente a mesma desgraça, ao mesmo tempo que se sente de mãos atadas diante da situação que vive. </p><p>A primeira fase de "Renascer" teve 4 capítulos em 1993 e agora terá 13. Mas Fábio Lago e Belize Pombal não ficarão durante todos os capítulos porque Venâncio abandona a filha no prostíbulo de Jacutinga (Juliana Paes) e os dois desaparecem no mundo, o que é uma pena. Mas mesmo diante de uma passagem tão breve, é necessário aplaudir de pé o talento dessa dupla visceral. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-2558378507647262362024-01-23T21:10:00.002-03:002024-01-23T21:10:00.126-03:00"Renascer": o que esperar da nova novela das nove?<p> O imenso sucesso do remake de "Pantanal" fez a Globo encomendar mais um remake a Bruno Luperi, desta vez de "Renascer", novela que marcou o retorno de Benedito Ruy Barbosa à emissora em 1993, após o fenômeno de "Pantanal" na Rede Manchete em 1990. E o folhetim na época chegou a marcar 60 pontos na líder, consagrando o autor. Nada é por acaso. O intuito da empresa é repetir o êxito do remake copiado e colado pelo neto do escritor em 2022. A novela estreou nesta segunda-feira, dia 22, em clima de superprodução. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgsrB4E1O3EUuP1so9lEGDypSaNr8704e3quQmX7Ke4etMCsWv2Qry3FIQFDMxaV-QBuvS-e4rDYuUMAels5LpVwj0KZREB85VjHtv4o0nCPR6m_HrBFCtPD1VXue_isWDP1j8m0lkfYbVByamdpDlayLFpVQH4moOGUEr3PPW28IZ8e7ouFtsRNq9XvLU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="941" data-original-width="1920" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgsrB4E1O3EUuP1so9lEGDypSaNr8704e3quQmX7Ke4etMCsWv2Qry3FIQFDMxaV-QBuvS-e4rDYuUMAels5LpVwj0KZREB85VjHtv4o0nCPR6m_HrBFCtPD1VXue_isWDP1j8m0lkfYbVByamdpDlayLFpVQH4moOGUEr3PPW28IZ8e7ouFtsRNq9XvLU=w400-h196" width="400" /></a></div><br />Na vastidão das plantações de cacau, que um homem sem posses e sozinho no mundo finca seu destino aos pés de um jequitibá ---- o maior que já havia encontrado em toda sua vida. E tendo a natureza exuberante da região como testemunha, entre lendas e mistérios --- ele renasce --- e estabelece um pacto que o acompanhará ao longo de toda sua trajetória. Assim começa "Renascer" com a saga de José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira), um homem obstinado e destemido, que carrega consigo a coragem e a vontade de se tornar alguém na vida. <p></p><p>Após o pacto com Jequitibá, José Inocêncio fica conhecido como uma figura mítica ao se tornar o fazendeiro mais bem-sucedido da região por seus êxitos como produtor de cacau. Ainda jovem, ele conquista o amor de Maria Santa (Duda Santos). <span></span></p><a name='more'></a>A arrebatadora paixão entre os dois gera quatro filhos: José Augusto (Renan Monteiro), José Bento (Marcello Melo Jr), José Venâncio (Rodrigo Simas) e o caçula, João Pedro (Juan Paiva), o único que não teve a oportunidade de conviver com a mãe, que morre ao dar à luz ao caçula. A fatalidade provoca a revolta em José Inocêncio, que culpa Pedro pela morte de seu grande amor.<p></p><p>A indiferença e a mágoa marcam a relação entre o patriarca e o caçula ao longo da vida. Como se não bastasse o passado, anos mais tarde, a chegada da misteriosa Mariana (Theresa Fonseca) colocará à prova todas essas emoções quando pai e filho se apaixonam pela mesma mulher. A situação faz renascer sentimentos que estavam adormecidos ou que até então eram desconhecidos para ambos. </p><p>A primeira fase é marcada pela frase emblemática dita pelo protagonista no primeiro capítulo: "Enquanto meu facão estiver encravado aos seus pés, nem eu e nem você haveremos de morrer... nem de morte matada... nem de morte morrida!". No encontro com o jequitibá-rei, José Inocêncio planta seu próprio destino. A história começa no início dos anos 1990 na região cacaueira de Ilhéus, no Sul da Bahia. O encantamento pela árvore conhecida como a 'gigante da floresta' é tão emblemático que o forasteiro não percebe a aproximação de jagunços. Sem pertences, eles traz apenas uma garrafa de vidro com um diabinho em seu interior. A figura, no entanto, não é notada pelos homens contratados pelo coronel Firmino (Enrique Diaz), que acusam de invasor daquelas terras. Como punição, Zé é pendurado de cabeça para baixo em uma árvore e tenta, em vão, se defender e é despelado aos poucos, e abandonado para morrer. </p><p>Até que é surpreendido pela aparição de um anjo: o mascate Rachid (Gabriel Sater/Almir Sater) que salva o futuro 'coronelzinho' na primeira das muitas tocais que ele irá enfrentar em sua jornada. O episódio não deixa apenas cicatrizes pelo corpo. Ao sobreviver, ele ganha a fama de 'homem que tem o corpo fechado para a morte'. A sorte não costuma desamparar José Inocêncio e ele ainda cruza com pessoas em seu caminho que farão toda diferença. Cândida (Maria Fernanda Cândido em uma participação relâmpago) é uma delas. Viúva de um fazendeiro da região, é ele quem se depara com o jovem muito ferido em sua fazenda sem fazer ideia da identidade do rapaz. A conexão entre os dois acontece no momento em que Inácia vê o estado deplorável daquele que está entre a vida e a morte e o ajuda. Após recobrar a consciência, o jovem forasteiro faz uma proposta a Cândida e anuncia que está disposto a ficar com a fazenda para torná-la produtiva novamente. Ainda que incrédula sobre a ideia e a execução dos planos, a viúva decide seguir sua intuição. Entrega a fazenda para José Inocêncio e segue rumo a paradeiro desconhecido. Quem fica ao lado do futuro coronel é Inácia (Edvana Carvalho), a cozinheira da fazenda, que acompanhará toda a trajetória dele, na alegria e na tristeza, ao longo de todos os anos seguintes. Pilar da família Inocêncio também vai ajudá-lo a se livrar dos perigos e das tocaias com suas premonições. </p><p>A capacidade de conquistar admiradores e o respeito por onde passa é mais um dos dons de José Inocêncio como Deocleciano (Adanilo/Jackson Antunes), seu fiel escudeiro e confidente. Braço-direito e um dos primeiros funcionários na fazenda Jequitibá-Rei, ele ajuda o 'coronelzinho' a construir seu império ainda na primeira fase da novela. Ao lado de sua mulher Morena (Uiliana Lima/Ana Cecília Costa), Deocleciano será padrinho de João Pedro, o filho caçula de Inocêncio, que terá todo o acolhimento do casal desde o nascimento. </p><p>Se por um lado a legião de parceiros é grande, por outro, os inimigos não dão trégua. De olho nas terras que pertenciam a Cândida, Belarmino (Antônio Calloni) e Firmino (Enrique Diaz), coronéis que dominam a região pelo poder e violência, não estão dispostos a dividir o espaço e a venda do cacau com o forasteiro. Belarmino enriqueceu nos tempos áureos do cacau, mas com o avanço da vassoura-de-bruxa nas roças, vê seu patrimônio desmoronar. E quando ele tenta se livrar de seu maior desafeto armando uma tocaia, a vingança surge de forma inesperada. O golpe de mestre de José Inocêncio, que arremata as terras de Belarmino, trará consequências no futuro quando a neta dele, Mariana, aparecer para tentar retomar o que pertencia ao avô. </p><p>À medida que começa os primeiros passos para se estabelecer como produtor de cacau e já de posse das terras que pertenciam a Cândida, José também conquista o respeito e admiração dos moradores da região. E o amor à primeira vista surge quando ele a Maria Santa se veem pela primeira vez. Santinha, como também é conhecida, vive sob as rédeas do pai, Venâncio (Fabio Lago), capataz de Belarmino, e da submissão da mãe Quitéria (Beliza Pombal). </p><p>É justamente no dia em que Maria Santa recebe autorização do pai para acompanhar o cortejo do Bumba meu Boi que ela se apaixona perdidamente por aquele que será seu único e primeiro amor. A partir do encontro com José Inocêncio, a vida de Santinha mudará completamente. Inocente e sem a experiência com relacionamentos anteriores, Maria Santa acreditará que engravidou depois de beijar o coronelzinho. O mal-entendido vai gerar uma reviravolta quando ela for abandonada pelos pais na porte da 'casa das damas', de propriedade de Jacutinga (Juliana Paes). Além de se tornar uma segunda mãe para a jovem, protegendo e orientado Santinha, Jacutinga atuará ainda como cupido no romance, promovendo o casamento de Maria Santa e José em sua própria casa e com as bênçãos de padre Santo (Chico Diaz). Mulher de grande sabedoria, ela terá papel fundamental na construção desta família e será parteira dos quatro filhos do casal. </p><p>A segunda fase da novela será iniciada após 13 capítulos. Os anos passaram e a vida para alguns parou no tempo enquanto para outros levou a outros rumos. Após 35 anos, desde que o jovem José Inocêncio fincou seu facão aos pés do Jequitibá-Rei e hoje, um fazendeiro bem-sucedido, o protagonista prosperou nos negócios, mas estagnou na sua vida pessoal. Desde a morte de Maria Santa após das à luz a João Pedro, ele se fechou para a vida e há muito tempo desconhece a alegria de viver. Na fazenda, Zé se ocupa com o trabalho nas roças e o investimento no sistema de agrofloresta através da 'cabruca' para produção de um cultivo de cacau sustentável. Na lida, ele conta com o apoio de Deocleciano, e em casa, com a lealdade de Inácia. </p><p>Dos quatro filhos, o caçula é o único que nunca saiu da fazenda nem tem formação profissional. Os demais foram estudar na capital ainda jovens e repletos de oportunidades se formaram 'doutores' às custas do dinheiro do pai, que desde sempre arcou com todas as despesas. Zé Augusto é médico, Zé Bento, advogado, e Zé Venâncio, publicitário. Se para João Pedro foram negadas as chances de se tornar alguém na vida, o jovem não desperdiçou seu talento ao canalizar suas energias na produção do cacau. É um conhecedor daquelas terras e herdou o talento do pai com o manejo do fruto, algo que faz de forma muito competente. Talvez a única conexão existente entre pai e filho. João Pedro sente enorme orgulho do pai e vive para agradá-lo com o intuito de ter a mínima atenção. </p><p>A situação começa a mudar quando João Pedro conhece Mariana, a jovem misteriosa recém-chegada a casa de Jacutinga. O encantamento é imediato. A beleza e o jeito faceiro da moça atingem o rapaz de jeito, que não demora para fazer uma proposta a Mariana: levá-la para morar na fazenda de seu pai. Era o que ela mais desejava. Mariana é neta de Belarmino e Nena (Quitéria Kelly), que a criou com base no ódio que acumulou ao longo dos anos por ter perdido as terras da família para Inocêncio. A chegada de Mariana à fazenda Jequitibá Rei dará início a mais um conflito entre pai e filho, que se apaixonam pela mesma mulher. Astuta, ela seduz José Inocêncio, que decide oficializar a união com a jovem para surpresa de todos e grande tristeza de João Pedro. A chegada da garota muda o cotidiano da fazenda e impacta a vida de vários personagens. Mas a verdadeira intenção dela ninguém sabe. </p><p>Preocupados com o futuro, os filhos mais velhos do fazendeiro decidem se aproximar do pai e voltar para Ilhéus. Zé Augusto, recém separado, enfrenta problemas na área profissional com a ameaça de ter o registro médico caçado. Zé Bento vive com dívidas acumuladas e está longe de ser um advogado bem-sucedido. Além de ser sustentado pelo pai, é dependente financeiramente da namorada, Kika (Juliane Araújo), também formada em Direito. Dos irmãos, Zé Venâncio, o terceiro na linha de sucessão, foi o que melhor soube aproveitar as oportunidades. Sócio de uma agência de publicidade, tem uma carreira estabelecida. Mas na vida pessoal, o casamento com Eliana (Sophie Charlotte) está em crise. As sucessivas discussões, as crises de ciúmes e as traições de Venâncio indicam que o relacionamento dos dois não tem futuro principalmente quando o publicitário se apaixona por Buba (Gabriela Medeiros), uma mulher bem-sucedida que sonha em formar família. </p><p>Se a presença de Mariana é novidade na vida dos Inocêncio, a rivalidade com o coronel Egídio Coutinho (Vladimir Brichta) atravessa gerações. Egídio é filho único de Firmino e herdou do pai além das roças de cacau, o dom para negociar as produções de outros fazendeiros da região como atravessador. O coronel vive com sua mulher, Iolanda, mas conhecida por todos como Dona Patroa (Camila Morgado). Apesar de submissa e temente ao marido, ela não tem dúvidas em relação ao caráter dele, conhece bem o homem com quem se casou há muitos anos, sofrendo com suas grosserias e infidelidade. </p><p>Há também outros personagens marcantes na segunda fase, como Tião Galinha (Irandhir Santos). Em busca de um pedaço de terra para chamar de seu --- e da chance de viver dignamente e longe da miséria --- um homem sonhador aparece na cidade. É na zona cacaueira de Ilhéus, que ele e sua mulher Joana (Alice Carvalho) tentam um recomeço. Os caminhos do catador de caranguejo se cruzam com os de Padre Santo (Chico Diaz) e Pastor Lívio (Breno da Matta) na estrada. os dois acolhem a família e conseguem ainda que o coronel Egídio empregue o casal, Tião e Joaninha, em sua fazenda. </p><p>A fama de José Inocêncio logo chega aos ouvidos de Tião, que fica deslumbrado ao saber que o coronel tem a proteção de um diabinho guardado dentro de uma garrafa, que além de fechar o corpo pra morte, o ajudou a enriquecer com a produção dos cacaueiros da fazenda. A partir daí, Tião desenvolve uma ideia fixa: quer criar o seu próprio diabinho. E quem seria capaz de ensinar a receita do sucesso? O único que detém o segredo. Do encontro com José Inocêncio, conhecido por ser um dos maiores contadores de 'causos' do Sul da Bahia, Tião vira Tião Galinha quando resolve seguir à risca os conselhos de Zé para espanto geral. Mesmo virando chacota para todos, ele não desistirá de seus sonhos. </p><p>A cidade de Ilhéus, no Sul da Bahia, região em que a história central é retratada, foi o cenário escolhido para as gravações iniciais em outubro de 2023 em cenas que serão vistas nas duas fases da novela. Ao longo de três semanas, uma equipe formada por 200 profissionais --- entre elenco, direção, produção e profissionais locais --- auxiliou nos trabalhos para as gravações das sequências que se passam no centro histórico de Ilhéus como o tradicional restaurante Vesúvio e a Casa de Cultura Jorge Amado para a segunda fase. Já as fazendas produtoras de cacau da região também serviram de cenário para a maioria das cenas gravadas na região. A Lagoa Encantada com seu grande espelho d`água e as cachoeiras desta região conhecida como a 'Véu de Noiva' ajudaram a contar a história de José Inocêncio (Humberto Carrão) e seus companheiros Deocleciano (Adanilo) e Jupará (Evaldo Macarrão) com o carregamento das sacas de cacau, que é embarcado nos barcos dos anos 1990. E em Uruçuca, município de Ilhéus, foram gravadas as cenas nas plantações de Inocêncio na segunda fase da trama. </p><p>A abertura de "Renascer" é embalada pelo clássico "Lua Soberana", em uma versão repaginada e com as interpretações das baianas Luedji Luna e Xênia França. A produção musical é assinada por Victor Pozas, Rafael Langoni e Rafael Luperi. O remake é reescrito por Bruno Luperi, baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa, com direção artística de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Alexandre Macedo, Walter Carvalho, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.</p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-13893511210235933852024-01-20T00:00:00.003-03:002024-01-20T02:30:51.974-03:00Após início turbulento, "Terra e Paixão" chega ao fim como um grande sucesso<p> O começo não foi fácil. A missão de Walcyr Carrasco era reerguer a audiência do horário nobre da Globo, após o completo fiasco de "Travessia", que afundou a ótima média conquistada pelo remake de "Pantanal". Conhecido como o 'coringa' da emissora, o autor costuma fazer o impossível e sempre consegue entregar um sucesso. Pois não foi diferente com "Terra e Paixão", que estreou em maio de 2023 e chegou ao fim nesta sexta-feira, dia 19, após 221 capítulos, um número impressionante para os dias de hoje. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR9z3KLQhtasdqTfporXMUh7M_Z7WCXK_M1izYx2bGNma0i8eWfqUaBy8TGE45Ru4KgqW0QzEiQDK1fi_iBD6GQE4dFo11oy_aQHyKY05NhR7c3RZB-OmpBRka7UzMOsOpPHERrDqsvDJMDtnqqJNKD80FmK-Q81rWGLLK_LJvCpKgIuzx-MjDRCkw9HU/s2646/tPAIX%C3%83Or1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2646" data-original-width="2646" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR9z3KLQhtasdqTfporXMUh7M_Z7WCXK_M1izYx2bGNma0i8eWfqUaBy8TGE45Ru4KgqW0QzEiQDK1fi_iBD6GQE4dFo11oy_aQHyKY05NhR7c3RZB-OmpBRka7UzMOsOpPHERrDqsvDJMDtnqqJNKD80FmK-Q81rWGLLK_LJvCpKgIuzx-MjDRCkw9HU/w400-h400/tPAIX%C3%83Or1.jpg" width="400" /></a></div><p>A história não teve um caminho tranquilo. Como a trama era longa, Walcyr optou por um início mais lento e longe dos atropelos que muitos folhetins recentes fazem para causar a sensação de agilidade. A estratégia foi inteligente e o começo se mostrou muito bem estruturado em cima da saga de Aline (Barbara Reis), que logo no primeiro capítulo viu seu marido ser assassinado a mando de Antônio La Selva (Tony Ramos), poderoso empresário do agronegócio que fez fortuna através do desmatamento de florestas e tomando terras de pequenos produtores. </p><p>Porém, após uma estreia repleta de adrenalina, o folhetim 'amornou' diante da falta de embates diretos entre mocinha e vilão e também por conta de um dilema amoroso envolvendo a protagonista. Logo na primeira semana, Caio (Cauã Reymond) se declarou para a protagonista e não houve construção alguma do sentimento. Foi algo súbito. <span></span></p><a name='more'></a>E já está mais do que comprovado que todo casal de mocinhos que se apaixona subitamente logo no início de uma novela não cai nas graças do público. Para piorar, Aline se encantou do nada por Daniel (Johnny Massaro), irmão de Caio, e foi algo recíproco. Se a relação com Caio estava mal desenvolvida, a com Daniel ficou muito mais rasa. Não deu para comprar aquele amor todo entre os dois. E ainda tinha Jonatas (Paulo Lessa), melhor amigo da personagem, que também era caidinho por ela. <div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjOkpkdQOChX1QenyUMCosIr4Jy4m0DfMda9ZPjB_PCvbCg3kIl0azzO4065PW6bZfK-hCeXleFzRQ8s5hfawUaLi6RJ3V1dgq_-HaZGRe5XVEc5S80Lq814B8rKSYM3VYK02TRzOVZZOdiTa5axedqP3QN4jo9QdnxbAGR_FQr_pNL7Eqodd8yHU6WLe4" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="619" data-original-width="990" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjOkpkdQOChX1QenyUMCosIr4Jy4m0DfMda9ZPjB_PCvbCg3kIl0azzO4065PW6bZfK-hCeXleFzRQ8s5hfawUaLi6RJ3V1dgq_-HaZGRe5XVEc5S80Lq814B8rKSYM3VYK02TRzOVZZOdiTa5axedqP3QN4jo9QdnxbAGR_FQr_pNL7Eqodd8yHU6WLe4" width="320" /></a></div><p>O enredo ter focado no quadrilátero amoroso da mocinha causou rejeição do telespectador e a audiência não reagia. Os números já eram melhores que o do fracasso anterior, mas ainda bem longe do que a Globo almejava. E todos sabem que o autor é conhecido pelas mudanças que faz em prol da aceitação do público. Walcyr não fica quieto diante de uma reprovação popular e sempre arranja um jeito de reverter a situação. Vale lembrar que a morte de Daniel estava prevista na sinopse da novela, mas só aconteceria perto do capítulo 100. <span></span>A solução encontrada pelo escritor foi a antecipação da tragédia. E deu certo. Antes da catarse acontecer, no entanto, foi preparado um barraco familiar envolvendo a família La Selva, que logo se mostrou um dos maiores trunfos do roteiro. Caio, graças ao falecimento de Cândida (Susana Vieira), descobriu o passado de prostituição da madrasta e também soube que Ademir (Charles Fricks) não era tio de Daniel e, sim, seu pai. O caos dramático mobilizou a audiência e a sequência em que o filho mais amado de Irene (Gloria Pires) saiu de casa e morreu em um 'acidente' de carro rendeu o primeiro recorde de audiência da novela. Era a resposta que Carrasco queria. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiT_5KxxjAMghnNrILZ08l2LkKo2VNM0uBt_gPKB7ZFfwxlRhionCfsXQfjKoSp97EFZKcogOsHvyjoTtDo_f9qwOunN8WLAZIb1AizSJi12k_WTxjO6kTeicav3LcXcs_NCXGualbFs7sLIKNgfOAtUUoekJbstoXtNwqIEgVzRF_7BNlm5YXXzMwWomI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiT_5KxxjAMghnNrILZ08l2LkKo2VNM0uBt_gPKB7ZFfwxlRhionCfsXQfjKoSp97EFZKcogOsHvyjoTtDo_f9qwOunN8WLAZIb1AizSJi12k_WTxjO6kTeicav3LcXcs_NCXGualbFs7sLIKNgfOAtUUoekJbstoXtNwqIEgVzRF_7BNlm5YXXzMwWomI" width="320" /></a></div><br />A partir daquela virada, a novela tomou um novo rumo. A trama de Aline perdeu o protagonismo e o foco passou a ser os dramas da família La Selva. Após a morte de Daniel, Irene ganhou potência cênica e se revelou uma vilã digna de Gloria Pires, assim como Antônio, que foi ficando cada vez maior em cena. O mistério em torno da 'morte' de Agatha (Eliane Giardini), grande amor da vida do vilão, recebeu contornos que despertaram a atenção dos telespectadores, assim como o enigma em torno do desequilíbrio psicológico de Petra (Debora Ozório), que vivia a base de remédios tarja preta. Aos poucos, foi sendo revelado que a morta estava viva e que a filha caçula dos vilões tinha sido vítima de um abuso sexual quando criança. Os conflitos bem estruturados dominaram a narrativa e o crescimento da audiência virou uma constante. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhOpB6Us8zlKI34zBL9CnfpPHKPxIRJ7VvMhP_X2glQok4pMuQ7bNvg7s39iJVFiO5Wl6xbZBPyhIc69COSGuqeQK00tzDLbqkcCCnbpkljdwum3f5at2sp70bHYzEn9wDduIvGJkdH7aI3o8hMWmzqbMocLMO_j2lBl-ErsZx1uUIKhQpZNuy-THB5n9k" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="466" data-original-width="700" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhOpB6Us8zlKI34zBL9CnfpPHKPxIRJ7VvMhP_X2glQok4pMuQ7bNvg7s39iJVFiO5Wl6xbZBPyhIc69COSGuqeQK00tzDLbqkcCCnbpkljdwum3f5at2sp70bHYzEn9wDduIvGJkdH7aI3o8hMWmzqbMocLMO_j2lBl-ErsZx1uUIKhQpZNuy-THB5n9k" width="320" /></a></div><br />No entanto, Walcyr enfrentava um período difícil. Além dos contratempos iniciais em seu enredo, o autor precisou operar a catarata e pouco tempo depois fraturou o fêmur, que o fez ficar internado por vários dias. A solução foi chamar Thelma Guedes, autora que trabalhou com ele nos fenômenos "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea" como colaboradora. E a parceria novamente deu certo. Thelma virou coautora de "Terra e Paixão" e foi vital para a condução da novela enquanto Carrasco estava impossibilitado de escrever. O escritor falava as ideias e sua amiga botava no papel. Mesmo após a recuperação do titular, a escritora seguiu na equipe até o final e a harmonia foi total. E deu para ver o estilo de Thelma através dos vários sequestros que aconteceram ao longo da obra desde a sua entrada. A própria chegada de Agatha em Nova Primavera resultou no rapto da vilã pouco tempo depois, graças a um plano de Irene. Aliás, a entrada de Eliane Giardini foi a melhor coisa da novela. Em sua quarta parceria com o autor, a veterana foi valorizada do início ao fim de sua luxuosa participação. Foram 98 capítulos intensos. A personagem, que se mostrava injustiçada e sofrida no começo, se revelou um diabo encarnado e caiu nas graças do público com suas maldades e seus chás perturbadores. A rivalidade entre as vilãs renovou o fôlego do enredo e destacou o talento de Eliane e Gloria Pires. Também sobressaiu a genialidade de Tony Ramos graças ao triângulo amoroso formado por três gigantes da teledramaturgia representando três vilões repletos de carisma. A valorização do trio reforçou o compromisso que Walcyr tem em destacar atores mais experientes, principalmente diante de um período em que o etarismo transborda na teledramaturgia. Nos demais folhetins atuais, fica visível como só os jovens são protagonistas ou têm cenas de maior importância. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg3vrfYRneNl5_-RZgCndQ-y_FPoD51ntstiiUmF9EMoWaQqlH3yku70wW0ceOd2CiqGp76IWJGSf6v0YGdvHOSuvKsR9fOxkLH98ZG7wgTSRCwW3613jbWwFg-aLQuvdHc_luhH37vFzeS0y1rG4PsrxR7twqkFvihuO9i8DMUIaPvrgkLV_KYFm76wws" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="512" data-original-width="768" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg3vrfYRneNl5_-RZgCndQ-y_FPoD51ntstiiUmF9EMoWaQqlH3yku70wW0ceOd2CiqGp76IWJGSf6v0YGdvHOSuvKsR9fOxkLH98ZG7wgTSRCwW3613jbWwFg-aLQuvdHc_luhH37vFzeS0y1rG4PsrxR7twqkFvihuO9i8DMUIaPvrgkLV_KYFm76wws" width="320" /></a></div><br />E a trama das nove também teve muitos outros acertos. A saga de Lucinda (Débora Falabella) foi a melhor desenvolvida do enredo e a personagem logo despertou atenção diante do casamento abusivo que enfrentava, com direito a fortes cenas de violência doméstica. Alcoólatra e violento, Andrade (Ângelo Antônio) humilhava constantemente a esposa e deixava o filho do casal, Cristian (Felipe Melquíades), em constante estágio de alerta. Para culminar, assediava a cunhada, Anely (Tatá Werneck). O arco dramático de Lucinda teve um desdobramento crível e escapou da armadilha da repetição. O drama não andou em círculos, o que era um risco. O marido foi preso mais de uma vez e a esposa foi criando coragem aos poucos para denunciá-lo. A cena em que Lucinda fez o exame de corpo de delito marcou a libertação daquela mulher, que depois se abriu para o amor com Marino e passou a ter a vida feliz que tanto sonhava. A química de Débora com Leandro Lima era visível, assim como a sintonia com o pequeno Felipe Melquíades. E vale destacar a parceria da atriz com Tatá, que protagonizou várias sequências dramáticas pela primeira vez na carreira graças ao trabalho lindo das duas. A cumplicidade das irmãs emocionava e na reta final a intensidade ficou ainda maior por conta do atentado sofrido por Lucinda, que levou um tiro na cabeça a mando de Antônio em uma das cenas mais impactantes do roteiro. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEih-mAfuNRarKb-9tB43z9uOdFQNaInkiQ7v9e9EamJfNpjWcjDt7Hpi9CER_ENhyFGoM8Ti68bkc5etLE_5GywO9wYbXkMS6EGPVaB4IKfM7RhETXahOO8rZ4y4w52_2FYjbQbiRJGJhq8yvnhR_ri-wdQ5FpbSDZZkBwfOU76yQRISEMgARamGXHMfwI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="576" data-original-width="924" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEih-mAfuNRarKb-9tB43z9uOdFQNaInkiQ7v9e9EamJfNpjWcjDt7Hpi9CER_ENhyFGoM8Ti68bkc5etLE_5GywO9wYbXkMS6EGPVaB4IKfM7RhETXahOO8rZ4y4w52_2FYjbQbiRJGJhq8yvnhR_ri-wdQ5FpbSDZZkBwfOU76yQRISEMgARamGXHMfwI" width="320" /></a></div><br />O núcleo do bordel também deu certo e caiu no gosto popular. A luxuosa participação de Susana Vieira nos primeiros capítulos deveria ter sido maior, mas vários outros nomes se destacaram, como Valéria Barcellos (Luana), Marcio Tadeu Lima (Zezinho), Thati Lopes (Berenice), Alexandra Richter (Nice) e Diego Martins (Kelvin). Aliás, Diego ganhou cada vez mais importância na história graças ao casal formado com Amaury Lorenzo. As duas maiores revelações do enredo viraram a sensação de "Terra e Paixão". A química entre os dois explodiu logo na primeira cena juntos e toda a construção do amor entre os personagens merece elogios. Até porque Ramiro era o capanga de Antônio e matou diversas pessoas a mando do vilão, incluindo tentativas de assassinato contra Aline. Mas Kelvin também não era uma pessoa íntegra. O atendente do bar aplicou um golpe contra Luana e sempre tentava levar vantagens em cima dos outros. Ainda ensinou seu 'crush' a chantagear a Irene. Esse foi o maior atrativo do par. Pela primeira vez na teledramaturgia houve um romance gay com ambos perfis de caráter duvidoso. E Ramiro ainda era homofóbico, ou seja, não se aceitava por conta da sua criação. Somente depois de muito tempo e a inserção de uma terapia com Marta (Kika Kalache em uma ótima participação) --- psicóloga que também auxiliou Petra ---- que o matador conseguiu mudar. E Walcyr conseguiu fazer o povão torcer muito por esse amor, algo que precisa ser louvado diante de um país ainda tão conservador e preconceituoso. Os dois ainda protagonizaram uma cena de beijo que entrou para a história porque não teve nada de selinho demorado e, sim, um beijo de verdade. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEinNi9vawhV2erYiUGPOWVqKzem0BryZogy2MG1gl2xCZlYbXNJdq0XNRkYdYKYSJNVGfBWdXj2x9ah4pt089Hk8RKVWydUiRZFbk9cxsaWSDA4k1XhTM66YdBKUdTA5N784jQLVbYYPYSVR9jDpEyfUp-U5ujGeQd9GaerqPKT9pDSfvbCs1pfPdR5hiM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="506" data-original-width="900" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEinNi9vawhV2erYiUGPOWVqKzem0BryZogy2MG1gl2xCZlYbXNJdq0XNRkYdYKYSJNVGfBWdXj2x9ah4pt089Hk8RKVWydUiRZFbk9cxsaWSDA4k1XhTM66YdBKUdTA5N784jQLVbYYPYSVR9jDpEyfUp-U5ujGeQd9GaerqPKT9pDSfvbCs1pfPdR5hiM" width="320" /></a></div><br />É preciso citar também a coragem do autor na tentativa de criar um triângulo lésbico na trama. Mara (Renata Gaspar), Menah (Camilla Damião) e Nina (Kizi Vaz) tiveram um início bastante promissor e com tudo para render. Mas, segundo vários sites de notícias, houve uma ordem da cúpula da Globo, liderada por Amauri Soares, para que o destaque do casal fosse diminuído. As duas praticamente sumiram do enredo. Mas Renata fez uma reclamação pública no X, antigo Twitter, sobre o desaparecimento das personagens e graças a isso Walcyr e Thelma compraram a briga e passaram a escrever cenas lindas das duas. Infelizmente, o triângulo não tinha mais tempo de ser explorado, mas a relação da irmã de Jonatas com a caminhoneira ganhou relevância e com direito a várias cenas de beijo. O pedido de casamento que Menah fez a Mara rendeu um beijão digno de qualquer casal hetero. É até meio absurdo esse tipo de observação, mas ainda necessária diante da diferença de tratamento que as relações sempre tiveram nos folhetins. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiAeW-JFKoIK4GfsTxrsqpWdS2lx_1KorMwmocGdLi5cuXIe3eZkZC29dgX4izRU44xVWoqyN58VqHKL9AZqaoVsl-tNHJZde2IAsPGvopVHqNjHEoZT1NZpqjFLUVPRF-ZwtCSbNRtbR3FK2oTpajGxAQpvAYo84WE39m5HYJmYGamdT9z3YwPVQjTpqU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiAeW-JFKoIK4GfsTxrsqpWdS2lx_1KorMwmocGdLi5cuXIe3eZkZC29dgX4izRU44xVWoqyN58VqHKL9AZqaoVsl-tNHJZde2IAsPGvopVHqNjHEoZT1NZpqjFLUVPRF-ZwtCSbNRtbR3FK2oTpajGxAQpvAYo84WE39m5HYJmYGamdT9z3YwPVQjTpqU" width="320" /></a></div><br />Além dos êxitos já mencionados sobre a novela, não é justo deixar de fora o sucesso de Anely e Luigi. Tatá Werneck e Rainer Cadete formaram uma divertida dupla e o italiano 171 foi o responsável por duas participações que, apesar de breves, engrandeceram a história: Grace Gianoukas e Claudia Raia. A primeira interpretou a falsa mãe de Luigi e a segunda sua mãe verdadeira. Ambas protagonizaram sequências impagáveis. E vários outros atores merecem menção, como Agatha Moreira, que brilhou como Graça. A personagem teve um crível arco de redenção, o que destacou o desempenho da atriz, que transbordou química com Paulo Lessa. Ângelo Antônio esteve assustador na fase violenta de Andrade e emocionou nos momentos de arrependimento do personagem. Rafael Vitti esteve muito bem na pele do íntegro Hélio; Inez Viana deu um show como Angelina e ganhou um destaque que nunca teve na televisão; Flávio Bauraqui emocionou como Gentil; Daniel Munduruku se mostrou uma grata surpresa como o Pajé Jurecê; Leandro Lima ótimo como Marino ---- um papel com bem mais relevância que o Levi (de "Pantanal") ----; e Tatiana Tibúrcio roubou a cena como a desbocada Dona Jussara. Já a participação de Eriberto Leão vivendo o abusador Dirceu foi curta, mas marcante. Vale citar ainda Bruna Aiiso como Laurita; Rafael Gualandi como Enzo; Samir Murad como Dr. Silvério; Claudio Gabriel como Tadeu; Leona Cavalli como Gladys; Charles Fricks como Ademir; Letícia Laranja como Flor e o trio mirim que teve desenvoltura de sobra: Felipe Melquíades, Matheus Assis (João) e Maria Carolina Basílio (Rosa). Até mesmo o bebê Bryan Robert precisa ser citado porque Danielzinho foi um show à parte. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgdThN5eUu_QRTZ1TBjytbMJF02nxlk9pK4iI0vJ3P0sao_txm7PythMkwrr5v1I9lf6ueRwrHB6g5QQcSPCPrD3_GTyD9kxyxvfWMEBbBqxgHrjAiCq0sqxO6-TIJcdlUi14AC8lSSCiGcfiZ8jY9AUmLYh71RoNrt_KU04N7OMFaACaq-un1X_cxneGE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgdThN5eUu_QRTZ1TBjytbMJF02nxlk9pK4iI0vJ3P0sao_txm7PythMkwrr5v1I9lf6ueRwrHB6g5QQcSPCPrD3_GTyD9kxyxvfWMEBbBqxgHrjAiCq0sqxO6-TIJcdlUi14AC8lSSCiGcfiZ8jY9AUmLYh71RoNrt_KU04N7OMFaACaq-un1X_cxneGE" width="320" /></a></div><br />No entanto, a novela também teve erros incontestáveis. A saga da Aline não empolgou e andou em círculos ao longo dos meses. A mocinha sempre era ameaçada por Antônio, enfrentava o vilão, acabava sofrendo alguma consequência grave (prisão, incêndio da plantação e perda das terras) e depois o ciclo vicioso recomeçava. Barbara Reis esteve incrível e mostrou que estava preparada, sim, para uma protagonista. Mas o enredo não ajudou. Também não deu para engolir a redenção de Andrade. Espancador de mulher não merece final feliz, ainda que todo mundo tenha o direito a uma segunda chance. A situação não repetiu o grave equívoco de "O Outro Lado do Paraíso" (2017), quando Gael (Sérgio Guizé) foi transformado quase em um herói no final, e Walcyr ao menos aprendeu a lição, mas não precisava. Outro problema visível foi a perseguição exaustiva de Tadeu a Anely. O contexto envolvendo a Rainha Delícia divertiu no começo, mas depois perdeu a graça. Muito tempo de cena perdido em uma sucessão de bobagens. Ao invés de ter focado nisso, daria para criar um enredo interessante para Odilon, que ficou avulso no roteiro depois que Anely se juntou a Luigi. Jonathan Azevedo foi sendo empurrado para vários núcleos até parar no bordel. A trama envolvendo Yandara (Rafaela Cocal) também merecia mais destaque, enquanto a entrada na reta final de Natercinho (Daniel Rocha) pouco acrescentou. </div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjfmbm3VbGcl-53w9euKlQ1_Ee2bUzoF-rYOzavV28fA_9S2IApciK-cIbMI-IkDc7yzwiFbn6oH7D5c1bX5o3o4yPkwKKwL6RdcHcGGuVd8ORIghXKfBHe3aCznHNeiczIvFFcsce5CD0ARYtozs9eezAGpKHCAJaXG-NVuz4q9cazq-SQlzZCYxjUqDw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="483" data-original-width="859" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjfmbm3VbGcl-53w9euKlQ1_Ee2bUzoF-rYOzavV28fA_9S2IApciK-cIbMI-IkDc7yzwiFbn6oH7D5c1bX5o3o4yPkwKKwL6RdcHcGGuVd8ORIghXKfBHe3aCznHNeiczIvFFcsce5CD0ARYtozs9eezAGpKHCAJaXG-NVuz4q9cazq-SQlzZCYxjUqDw" width="320" /></a></div><br /><span style="text-align: left;">Já os últimos momentos do enredo renderam boas cenas. O ponto negativo fica em cima da fuga da Irene, depois de ter sequestrado Danielzinho, que beirou o absurdo já que a vilã estava desarmada diante de vários policiais. Mas as demais sequências merecem aplausos, vide a impactante fuga de Antônio La Selva, que resultou no assassinato de todos os policiais que faziam a escolta do vilão. E o último capítulo foi bem amarrado e sem correria. Todos os personagens tiveram seus finais e o primeiro bloco foi repleto de ação com o casamento de Aline e Caio, enquanto Antônio ameaçava Kelvin no lado de fora da igreja, para o desespero de Ramiro. Pouco tempo depois a mocinha entrou em trabalho de parto e foi com o marido ao hospital. O paralelo entre o nascimento dos gêmeos e o assassinato do grande vilão da trama foi uma boa saída dos autores. Até porque a vida representou o sopro de esperança diante da morte do sujeito que fez tão mal a todos na cidade e justamente pelas mãos do capanga que tanto humilhou ao longo dos anos. </span></div></div><div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjLB-mBAsLaEf3U0qGSW6rBrBeCkypPFEGA7GiYGrk93ocNAPNdA0rA8CdBqUFdVDu4v-FJ1CeEzg8fWRdNR4iBI-88z25r_TcOrs5DjAjLjO5ZC4Anmcl0axw5rFsrhUv0Kkw0WFxwg-WA8EqSS659D3Y6A1N7Lk7AH_FeZGQt31pkIZTR0_nGHjVfKAc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="503" data-original-width="893" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjLB-mBAsLaEf3U0qGSW6rBrBeCkypPFEGA7GiYGrk93ocNAPNdA0rA8CdBqUFdVDu4v-FJ1CeEzg8fWRdNR4iBI-88z25r_TcOrs5DjAjLjO5ZC4Anmcl0axw5rFsrhUv0Kkw0WFxwg-WA8EqSS659D3Y6A1N7Lk7AH_FeZGQt31pkIZTR0_nGHjVfKAc" width="320" /></a></div><br />O ponto alto do último capítulo foi o fim do mistério do assassinato de Agatha. A vilã teve um final apoteótico, digno de sua participação, e já tinha sido desvendado que Irene tinha dado os três tiros na rival, que agonizava na escada. Mas quem empurrou ainda era dúvida. Só que no final das contas, até o envenenamento provocado por Angelina foi criminoso. Ao contrário do que disse em seu depoimento, a governanta não trocou as xícaras. Ela botou veneno para Agatha tomar, mas a vilã logo sentiu o gosto e foi correndo pegar o antídoto. E na escada estava Gentil, que a empurrou. Um plot twist que não foi vazado pela imprensa, fazendo jus a vários finais do Walcyr que surpreendem o público, vide César (Antônio Fagundes) com Félix (Mateus Solano) em "Amor à Vida", Angel (Camila Queiroz) matando Alex (Rodrigo Lombardi) em "Verdades Secretas" e Josiane (Agatha Moreira) demoníaca em "A Dona do Pedaço". A troca de risadas entre Angelina e Gentil encerrou o enigma com chave de ouro. Vale lembrar que os dois eram os únicos que sabiam que Agatha estava na prisão e não morta durante os anos que ficou sumida. Ou seja, um novo segredo guardado a sete chaves pela dupla. <p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEirq7nzve3Ti9xmPF9DKSYZiUkbyPyUoFfk8iRPsgRwfiqNZRDf_GLDGDV15luD5e3qFqcdgLtRCnZ5U5aM4JODpleddwsYBnSDyiPxRNCeKM28QyeKvbD3M2e1mvMKQ7qQ40_mCxzAw2ekeUCmrIxjoLG77V8i72JWuHyMuRmoXTJr4lSFBnfqVPrv07c" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="533" data-original-width="947" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEirq7nzve3Ti9xmPF9DKSYZiUkbyPyUoFfk8iRPsgRwfiqNZRDf_GLDGDV15luD5e3qFqcdgLtRCnZ5U5aM4JODpleddwsYBnSDyiPxRNCeKM28QyeKvbD3M2e1mvMKQ7qQ40_mCxzAw2ekeUCmrIxjoLG77V8i72JWuHyMuRmoXTJr4lSFBnfqVPrv07c" width="320" /></a></div><br />E o destaque do casal Kelvin e Ramiro saltou aos olhos no último capítulo. O ex-capanga acabou na cadeia por ter matado Antônio, além de seus outros crimes, mas o casal se beijou na hora da prisão, quando Ramiro pediu Kelvin em casamento na cadeia e depois quando se casaram diante de todos os amigos, com direito ao buquê caindo nas mãos de Luana. Por falar em casal homoafetivo, impagável a sugestão do autor com o possível futuro casal formado por Tadeu e Enzo. Anely e Luigi seguiram dando golpes sem qualquer sucesso e Graça engravidou de Jonatas, que seguiu paraplégico, o que foi importante para mostrar que PCDs também podem ter uma vida feliz e normal. Vale destacar ainda o final de Irene, rica e plena ao lado de um milionário interpretado por Rodrigo Lombardi. E com um filho adotado. Mas a dúvida permaneceu: adotado mesmo ou roubado? Já a última cena foi um show de Michel Teló cantando a música de abertura da trama diante de todo o elenco. A ausência de Chitãozinho, Xororó e Ana Castela, os intérpretes originais, foi sentida. Também fez falta ao menos uma cena de Aline colhendo em suas terras, mas o momento em que os mocinhos devolveram as terras que Antônio roubou aos povos originários através do pajé primou pela delicadeza. Daniel Munduruku, Barbara Reis e Cauã Reymond emocionaram. E a sequência final com Jurecê citando uma mensagem dos Deuses encerrou a história de uma forma esperançosa.<p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgcIRj3ZevBupLLXVlqBQC2zGUYGGo7pu8mFrfDKnZ1lHprcyJ2IdgvYp84JhQX7zlJjU8rYYPM-ba16njIgWrwC5oe4Ev4QsZfDDtcW0lr7ymJvWX2WWY62r6D30m16Q2qPQN1sJE8KrWRe6Nnm36Kj7fB-HeCtDphpCUxzUOoJXMrXle7PbI5xfjoJuo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="512" data-original-width="911" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgcIRj3ZevBupLLXVlqBQC2zGUYGGo7pu8mFrfDKnZ1lHprcyJ2IdgvYp84JhQX7zlJjU8rYYPM-ba16njIgWrwC5oe4Ev4QsZfDDtcW0lr7ymJvWX2WWY62r6D30m16Q2qPQN1sJE8KrWRe6Nnm36Kj7fB-HeCtDphpCUxzUOoJXMrXle7PbI5xfjoJuo" width="320" /></a></div><br />"Terra e Paixão" chega ao fim como mais um sucesso de Walcyr Carrasco. O título de salvador da Globo segue em seu colo. A novela ultrapassou a barreira dos 30 pontos todos os dias das duas últimas semanas e terminou com média geral de 27 pontos, três a mais que o fracasso de "Travessia". Os mesmos três pontos a mais que o fenômeno "Vai na Fé", de Rosane Svartman, conseguiu reerguer do fiasco "Cara e Coragem" na faixa das sete. O público comprou a história ao longo do tempo e a repercussão foi das mais positivas. O enredo cumpriu o que prometeu e fechou seu ciclo com um recado claro: o povo quer ver atores veteranos em posição de destaque e uma trama que não tenha vergonha de mergulhar no dramalhão de um bom folhetim. <p></p></div>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-23837842960573491932024-01-19T20:00:00.004-03:002024-01-19T20:12:05.598-03:00Capítulo 100 de "Elas por Elas" apresenta sequência de tirar o fôlego<p> A atual novela das seis, baseada na obra original de Cassiano Gabus Mendes, escrita em 1982, segue com baixos índices de audiência. E dificilmente o cenário irá mudar. A Globo cometeu um erro crasso colocando o remake de uma novela que foi exibida às sete e tem todas as características do horário em plena faixa das 18h e agora tem que enfrentar as consequências. Mas a releitura de Alessandro Marson e Thereza Falcão vem se mostrando uma obra agradável e agora uma nova fase acaba de ser iniciada. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhs5HzR2ofSmSEeCfkQ23Rt4J4EiGQrSAuv_VXubvrOSavXxJdG2Oj0jeXEgAzaIJcfczXBOMqUrR1O4g2vht4GUzKhV8nROsyhBel8lL4Awd35_bb0XW2BLCkQmf3_fkJc4qK2ra5J4HlXYlFrX80WgTbRrzOMOXIExgK3vGNf07bAqfeeZiFyXa-wG1A" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="528" data-original-width="938" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhs5HzR2ofSmSEeCfkQ23Rt4J4EiGQrSAuv_VXubvrOSavXxJdG2Oj0jeXEgAzaIJcfczXBOMqUrR1O4g2vht4GUzKhV8nROsyhBel8lL4Awd35_bb0XW2BLCkQmf3_fkJc4qK2ra5J4HlXYlFrX80WgTbRrzOMOXIExgK3vGNf07bAqfeeZiFyXa-wG1A=w400-h225" width="400" /></a></div><br />A produção original não teve nem um terço dos acontecimentos da atual. Era muito mais lenta e Helena, vivida na época por Aracy Balabanian, passava longe de ser uma vilã, de fato. Os grandes conflitos do enredo só foram resolvidos no último capítulo, o que impediu a exibição dos desdobramentos das situações. A identidade real da Patinha, a revelação do mistério da morte de Bruno e a verdade sobre a troca dos bebês só foram expostos no último dia, o que deixou tudo raso. <p></p><p>No remake, os autores tiveram a preocupação de aproveitar bem os 'plots'. Tanto que Taís (Kesia) já revelou a Lara (Deborah Secco) que era a amante de Átila (Sergio Guizé) na semana passada e agora a farsa sobre a troca dos bebês foi revelada no gancho do capítulo exibido nesta quinta-feira (18) e desmembrado hoje, dia do centésimo capítulo. Vale lembrar que na versão original Ísis (Rayssa Bratillieri) era filha de Helena (Isabel Teixeira) e, não irmã, como é na nova versão. <span></span></p><a name='more'></a>A motivação de Sérgio (Mário Lago) foi querer um neto para assumir os negócios da família e não uma mulher. Alvo crível porque não existia ultrassom. Hoje em dia não seria mais cabível em um roteiro. Então houve a adaptação claramente copiada de "Por Amor", sucesso de Manoel Carlos de 1997. O bebê de Helena morreu no parto e por conta de complicações a personagem não poderia mais engravidar. Então, Sérgio (Marcos Caruso) pagou Miriam (Paula Cohen) para realizar a troca. <p></p><p>O drama envolvendo a família de Helena sempre foi o maior trunfo da releitura. Tanto que os demais enredos até hoje não despertam tanta atenção, com exceção do romance de Lara e Mário (Lázaro Ramos). Portanto, era previsível que a revelação de toda farsa resultaria em uma catarse bastante aguardada, o que de fato aconteceu. O capítulo desta sexta-feira rendeu um conjunto de boas cenas, o que valorizou todos os atores do núcleo. O desespero de Giovani diante da verdade sobre sua origem foi demonstrado por um competente Filipe Bragança, que segurou bem o drama do personagem. E a chegada do rapaz ao apartamento da mãe, levando Miriam pelo braço e obrigando a enfermeira a contar tudo, proporcionou a melhor sequência do enredo até o momento. </p><p>A situação foi composta quase que por uma orquestra sinfônica de sentimentos. A cinismo de Miriam, a tristeza de Sérgio, o grito de Helena, o desespero de Jonas, a dor de Giovani e o choque de Ísis. Tudo formou um conjunto de boas atuações que teria ainda mais impacto se a cena tivesse sido exibida sem cortes. Infelizmente, hoje em dia a direção de teledramaturgia criou um novo estilo que dilui os momentos de maior intensidade porque insere cenas de núcleos paralelos durante uma determinada catarse para manter a atenção do público durante o capítulo inteiro. Muitas vezes não é necessário. Mas, apesar das interrupções inoportunas, o momento honrou a importância daquela revelação. </p><p>Isabel Teixeira é o maior destaque da novela e não foi diferente durante a aguardada cena. O berro de Helena diante da confirmação de seu pai sobre o crime cometido fez jus ao coração dilacerado de uma mãe. E que acerto o crescimento de Marcos Caruso na trama, diante de um etarismo cada vez maior na teledramaturgia. É a primeira vez que o veterano vive um vilão, ainda que seu personagem tenha traços de humanidade. O olhar do ator demonstrou o sofrimento que o todo poderoso empresário estava sentindo diante da ruína de seu castelo de areia. Também é preciso elogiar Rayssa Bratillieri e Filipe Bragança, que vêm formando uma boa dupla desde o começo da história. Além de Paula Cohen, que mudou o inicial tom histriônico de Miriam ao longo dos meses, e Mateus Solano. </p><p>"Elas por Elas" a partir de agora inicia uma fase inédita. Os autores declararam no podcast do "Novelíssimas" que até o capítulo 100 o enredo era sobre a causa e de agora até o final será sobre consequência. Por tudo o que foi visto no capítulo desta sexta, o que está por vir parece promissor. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-44146330020297191622024-01-15T21:10:00.004-03:002024-01-15T21:12:31.873-03:00Gloria Pires: dose tripla de talento <p> A atual novela das nove está em sua última semana de exibição. "Terra e Paixão" foi um sucesso de Walcyr Carrasco e Thelma Guedes e um dos acertos da trama foi o destaque dado a Gloria Pires na pele da vilã Irene. Mas o público tem o privilégio de vê-la em dose tripla na Globo graças a duas reprises de outros trabalhos bem-sucedidos da veterana: "Mulheres de Areia" e "Paraíso Tropical". O melhor é que são três papeis totalmente distintos, o que destaca ainda mais o talento da intérprete. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgnxaeJZyjzwsTjn4DFKMq1QbF4LITKJEMfuwngSbpW6dEHPHhf060xrMzgeGh9tJfOKeMQb8bhi3On4Rr-Y9tTKjZxHn8QOW4xaqsJhq-TzNUBcQuAkLou9LPqubVUinclNFt_EnxKNTOr2zDjqq3HXpYYomh3ObpyjpuBi2i5bP6nysZ274ZV1e6Cmsc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="555" data-original-width="987" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgnxaeJZyjzwsTjn4DFKMq1QbF4LITKJEMfuwngSbpW6dEHPHhf060xrMzgeGh9tJfOKeMQb8bhi3On4Rr-Y9tTKjZxHn8QOW4xaqsJhq-TzNUBcQuAkLou9LPqubVUinclNFt_EnxKNTOr2zDjqq3HXpYYomh3ObpyjpuBi2i5bP6nysZ274ZV1e6Cmsc=w400-h225" width="400" /></a></div><br />O momento de, com o perdão do trocadilho irresistível, maior glória da carreira da atriz foi em 1993 com o remake de "Mulheres de Areia". A reprise vem fazendo sucesso no início das tardes da Globo, o que comprova a potência da história da saudosa Ivani Ribeiro. As gêmeas Ruth e Raquel foram um divisor de águas na carreira de Gloria Pires. A mocinha ingênua e a vilã cínica foram interpretadas com tanto brilhantismo que viraram referência em todas as produções posteriores que abordaram o clichê de irmãos gêmeos. A intérprete esteve tão bem que conseguiu demonstrar sem maiores dificuldades quando uma irmã fingia se passar pela outra, o que não deixa de ser uma interpretação dentro da intepretação. <p></p><p>Já em "Terra e Paixão" é um privilégio ver Gloria vivendo um dos papeis de maior destaque da novela e repetindo pela quinta vez a parceria bem-sucedida com Tony Ramos. E a novidade é ver a dupla representando um casal de vilões assassinos. <span></span></p><a name='more'></a>A atriz dominou a cena logo no começo, mas ao longo dos meses foi ganhando cada vez mais importância e ficando ainda mais à vontade. Irene começou como uma vilã mais contida e aos poucos foi soltando suas garras até se firmar como uma mulher mergulhada na racionalidade depois da morte de seu filho predileto, provocada por ela mesma em uma armadilha cruel do destino. <p></p><p>Embora tenha sempre a frieza e o pragmatismo como características, a personagem vem perdendo a sanidade na reta final depois que seu segredo foi exposto a Antônio, que resultou em mais uma expulsão de casa. Sem rumo, Irene pensa mais em Danielzinho e o sequestra, mesmo sabendo que o menino não é filho de Daniel (Jhonny Massaro). É um desdobramento crível para uma poderosa mulher que está a cada instante mais encurralada. Uma vilã que teve várias fases e em todas a atriz correspondeu em cena, o que honrou a importância da personagem que tem um dos finais mais aguardados.</p><p>E "Paraíso Tropical" começou a ser reprisada recentemente no "Vale a Pena Ver de Novo". Neste início, Lúcia não tem muita relevância. Até causa a falsa sensação de uma desvalorização da atriz. Mas não é o caso. A personagem vai crescendo ao longo dos meses até virar uma das mais importantes por conta do seu relacionamento com Antenor Cavalcante, interpretado por Tony Ramos. É a única mulher que enfrenta o poderoso empresário e com isso o deixa perdidamente apaixonado, a ponto de deixar no passado sua conduta lastimável de traições em todos os relacionamentos. A química de Gloria e Tony mais uma vez deu certo e o casal caiu nas graças do público na época. E as cenas da intérprete com Débora Duarte e Reginaldo Faria, que vivem os pais de Lúcia, aquecem o coração. A cumplicidade familiar é transmitida de forma natural. </p><p>Gloria Pires não é uma atriz de emendar vários trabalhos na televisão porque seus papeis costumam marcar e há a necessidade de uma pausa maior. Por isso é tão atípico vê-la em três novelas ao mesmo tempo na maior emissora do país. E são três trabalhos que despertaram o carinho da atriz que não tem uma legião de fãs por acaso. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3993810379067770849.post-84828130400401979792024-01-12T20:55:00.001-03:002024-01-12T20:55:50.814-03:00Tudo sobre a coletiva online da segunda fase de "Renascer", a próxima novela das nove<p> A Globo promoveu nesta terça-feira, dia 9, a coletiva virtual da segunda fase do remake de "Renascer". Participaram o autor Bruno Luperi e os atores Marcos Palmeira, Matheus Nachtergaele, Camila Morgado, Juan Paiva, Vladimir Brichta, Pedro Neschling, Alice Carvalho, Marcello Melo Jr, Rodrigo Simas, Sophie Charlotte, Ana Cecília Costa, Chico Diaz, Renan Monteiro, Juliane Araújo, Theresa Fonseca, Samantha Jones, Gabriela Medeiros, Jackson Antunes, Mell Muzillo, Livia Silva e Juan Queiroz. Fui um dos convidados e conto sobre o que rolou no bate-papo.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtsKy8OAPzZGyxOwP-Ull84W5LqFkZN4ghhnYfBdAwQsRpTzK9_3l8Cyhgl9AZhW_uiYeAwDP0wpaiSYh1LRD0Jk8Ebr9WNYrr_jJrx_FGpNsTjc3x3mzQ4bX9PyElPsHj43zQbvoIGZTdRxg_DbxjCHmRTiDDWKqkRGQMpaGgRcaMfAddrzjhvu4ClXA/s2112/renascer1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2112" data-original-width="2112" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtsKy8OAPzZGyxOwP-Ull84W5LqFkZN4ghhnYfBdAwQsRpTzK9_3l8Cyhgl9AZhW_uiYeAwDP0wpaiSYh1LRD0Jk8Ebr9WNYrr_jJrx_FGpNsTjc3x3mzQ4bX9PyElPsHj43zQbvoIGZTdRxg_DbxjCHmRTiDDWKqkRGQMpaGgRcaMfAddrzjhvu4ClXA/w400-h400/renascer1.jpg" width="400" /></a></div><p>Bruno Luperi falou sobre as críticas que recebeu sobre não fazer alterações em 'Pantanal' e se faria a mesma coisa em 'Renascer': "Mexer em um clássico da teledramaturgia brasileira é como escalar um time para a seleção brasileira e todos reclamam do técnico da seleção. Se isso acontece, é porque o trabalho está bem feito. Pantanal e Renascer foram as duas obras primas do meu avô e me resumo ao meu lugar. Minha proposta não é recriar. Sou um cara que respeita o trabalho que me precede. Não estou aqui para reinventar a roda. Minha função em 'Pantanal' foi muito bem aceita. Fui xingado no Twitter por ter matado a Madeleine e considero isso um elogio porque as pessoas queriam ver mais a personagem. Renascer foi transformado em 30 anos, mas minha função é parecer que nada foi feito. Então se parecer isso é porque foi algo bem feito. E trazer a Buba como uma mulher trans e não como uma intersexo, como na original, traz agora uma matriz de discussões que era impossíveis lá atrás. E espero que a nova versão instigue as pessoas a verem a original no Globoplay. E se quiserem me xingar no Twitter, me xinguem", declarou. </p><p>Sophie Charlotte comentou sobre a nova composição de seu papel: "Não falei com a Patrícia Pillar ainda, mas assisti trechos no Globoplay da primeira versão e a expectativa é muito diferente das outras que eu tive com remake porque eu já fiz o remake de 'O Rebu' e 'Ti Ti Ti'. Fiquei emocionada e surpresa com esse projeto e a homenagem ao Benedito Ruy Barbosa. <span></span></p><a name='more'></a>Eliana se transforma bastante na passagem de tempo de uma versão e outra. Me senti livre para poder criar uma nova Eliana e fazer uma leitura divertida e sagaz. Estou muito animada em trabalhar com tantos atores que admiro", finalizou.<p></p><p>Chico Diaz falou sobre seu personagem na trama: "Na minha primeira infância eu estudei em colégios católicos. Viver o padre Santo é uma oportunidade de reviver um universo que muito me interessa. É importante eu, como intérprete, ser uma ferramenta para trazer um universo místico. Li livros e me preparei vendo a primeira versão, além de ter acompanhado muito o padre Júlio Lancelloti. Tem sido uma experiência de muita humildade. O padre Santo representa a passagem de tempo de uma fase para outra. Tem me preocupado em decorar bem a palavra e a forma como ser pensada", analisou.</p><p>Rodrigo Simas comentou sobre a intenção de seu personagem: "Todo mundo se identifica com relações familiares. José Venâncio faz de tudo para agradar o pai, mas é dificultado pela distância e falta de carinho dele. É uma família despedaçada que ele tenta montar de novo. A dificuldade se exemplifica na relação com os irmãos, com a sua mulher, enfim, me sinto feliz em fazer parte disso. Vejo essa relação do Venâncio em querer dar orgulho pro pai", observou. </p><p>Juan Paiva não escondeu a animação com o remake: "Estou muito feliz em dar vida ao João Pedro. É um cara de muita força que é dada pela mãe. É pé no chão, pé na terra. A relação com o pai é de um embate, mas que não atrapalha a relação com o respeito. Ele tá sempre buscando um carinho do pai, mas é rejeitado. Com o José Bento, o João Pedro não se á muito bem, mas com o José Venâncio é algo melhor. É um personagem que não pode compartilhar suas dores com a família. Um cara muito especial e deveria ser olhado por esse pai com mais cautela, ele é o espelho do pai". </p><p>Renan Monteiro comentou brevemente sobre a família principal do enredo: "Falar de família é um tema muito interessante no Brasil porque a maioria dos filhos são criadas pela mãe e na novela são pelo pai. É interessante esse amor fragmentado. José Augusto ser instrumento disso é um privilégio pra mim e falar de amor é muito bacana". </p><p>Marcello Melo Jr analisou a índole de seu personagem: "Vejo o José Bento como o sentimento contrário o das famílias afetivas. Ele tem respeito pelo pai, mas lida com tudo de uma forma diferente. Ele destoa da relação com a família. Cria uma individualidade e está sempre querendo se dar bem. Cada irmão tem uma personalidade muito diferente. E todos têm em comum uma admiração e um respeito pelo pai. Mas o meu personagem é o mais interesseiro". </p><p>Juliane Araújo observou sobre a importância da novela que marcou época: "Em 'Renascer' cabem muitos Brasis. Teve uma cena do Tião Galinha que eu chorei poro uns dez minutos. Por mais que a gente tenha assistido a versão de 1993, tem um imaginário do público. É muito lindo fazer parte disso. Minha personagem não está inserida no cenário da Bahia, mas transita muito. Kika está encantada com Ilhéus. É um lugar que nenhum brasileiro passa ileso. Acho que vai ser um grande sucesso". </p><p>Pedro Neschiling falou sobre o privilégio de estar no elenco: "'Renascer' é um marco para qualquer um que gosta de novela. Pra gente participar disso e contar uma história da década de 1990 sob a ótica de 2024 é uma honra. Um elenco brilhantemente escolhido e é uma honra pra mim depois de dez anos sem fazer novela. Já falaram tão bem que nem tenho muito o que acrescentar."</p><p>Theresa Fonseca contou sobre o desafio de interpretar um tipo difícil como Mariana: "'Renascer' é a novela favorita da minha família. Quando falei para eles que faria essa novela todos acharam que erra uma grande mentira. E quando viram que era verdade falaram que tenho que fazer muito bem, o que me deixou com ainda mais pressão. Meu tio já viu a primeira versão seis vezes pelo Globoplay. É uma honra fazer a Mariana. Ela é complexa. Me sinto bem amparada pelos meus colegas e pela direção. Mariana chega em um jogo já estabelecido e quando ela entra mexe em tudo quando se apaixona perdidamente tanto pelo pai quanto pelo filho. Uma personagem que busca aprovação o tempo todo. É uma personagem que todos os personagens têm uma visão julgadora dela".</p><p>Samantha Jones está animada com sua personagem: "Eu sou baiana e morei em Ilhéus. É uma novela que está no imaginário popular. Poder contar uma história de um lugar de onde eu vim é um presente que não tive até hoje. Conheço muita gente que se parece com minha personagem. Foi um presente muito bonito. É uma obra que está no coração de muita gente que amo e estou muito feliz".</p><p>Gabriela Medeiros comentou sobre a releitura da Buba: "Tive muitas conversas com o Bruno Luperi. Buba é intensa por si só. Ela nasceu através das minhas poesias, dos meus desenhos. É uma personagem muito complexa. Tive trocas com a Maria Luísa Mendonça e ela me aconselhou seguir pelo caminho da doçura. Estou muito feliz de fazer esse projeto e é muito importante pra minha via. Sei que vai mudar minha vida. Um projeto transformador. Espero que as pessoas recebam a Buba de braços abertos porque ela é apaixonante". </p><p>Marcos Palmeira falou do desafio de viver mais um protagonista de Benedito Ruy Barbosa: "Eu não fui rever a obra, mas fiquei muito feliz pela confiança depois do remake de 'Pantanal'. Nas novelas do Benedito as coisas aconteceram para mim. Não é refazer uma história, é trazer novas camadas. Quando a gente faz uma obra aberta, a gente vai fazendo e sem saber para onde atirar. Mas agora com uma obra que a gente já sabe para onde vai facilita. O que salva o José Inocêncio é a invasão a uma terra abandonada. Aquele abandono vira salvação. E o filho espelhado é o mais rejeitado. Estou muito feliz. O astral está maravilhoso. Um elenco muito querido. Uma novela que a gente começou sem floreio, a gente foi direto na dramaturgia. Viver agora o pai do personagem que eu fiz em 1993 não tem preço. Recontar é reviver isso".</p><p>Jackson Antunes esbanjou simpatia na coletiva: "'A emoção que tive de 30 anos atrás é a mesma agora. Estou em um estágio de encantamento. Meu personagem é a dose de amor que o José Inocêncio não dá para o João Pedro. É um tio que todo mundo gostaria de ter, um pai que todo mundo gostaria de ser. Um personagem encantado do seu Benedito Ruy Barbosa. A gente vai pegar essa obra prima e adaptar para os dias de hoje. Eu fiz o Damião em 1993 e agora é o Xamã. Uma alegria contracenar com jovens atores e ver a entrega deles". </p><p>Vladimir Brichta foi sincero sobre sua presença em 'Renascer': "Não imaginei que fosse fazer novela tão cedo, não estava nos meus planos. Mas quando soube que fariam 'Renascer' de novo... Eu estava no teatro em 1993 quando a novela estava no ar e me impactou de forma gigantesca. Muito feliz de poder contar essa nova versão da trama. Eu conheço esse indivíduo, conheço esse ambiente, o que me dá mais naturalidade. Herson Capri fez o personagem na primeira versão e falei para ele o quanto eu estava honrado. A qualidade da novela melhora quando a gente foge dos maniqueísmos. Essa classificação de vilão eu discordo um pouco. Ele é perverso, explora mão de obra. Um cara execrável. Adoro o personagem, mas não daria bom dia a ele. Representa um Brasil antigo, arcaico."</p><p>Matheus Nachtergaele analisou seu longo tempo fora dos folhetins: "Faz dez anos que não faço uma novela e basicamente porque faço muito cinema, muito teatro e muitas séries. 'Renascer' é uma oportunidade de fazer uma novela de altíssima qualidade de texto. Olha para um lado tem o Chico Diaz, para o outro tem o Jackson Antunes, o Marcos Palmeira, enfim. O personagem foi defendido pelo Nelson Xavier na primeira versão e foi um dos responsáveis pela minha formação. Isso me motivou a aceitar o papel. Eu só fiz quatro novelas na vida, uma em cada horário e todas de muita qualidade. 'Cordel Encantado' às seis, 'Da Cor do Pecado' às sete, 'América' às nove e 'Saramandaia' às onze. Norberto é um tipo comum. Um comerciante afável, um fofoqueiro que vai servir como um cronista. Estou tentando respeitar o sotaque baiano. Ele carrega uma cordialidade e um humor".</p><p>Ana Cecília Costa se emocionou quando lembrou da colega que viveu sua personagem em 1993: "Regina Dourado abriu o caminho e estou seguindo. Nos deixou muito cedo essa atriz maravilhosa baiana. Uma atuação artística ao mesmo tempo com uma comunicação popular. Vai ser a minha Morena, claro, com meu repertório e minha história. Mas honrando Regina sempre. Fiz questão de assistir a muitas cenas dela. Me sinto emocionada e honrada em estar ocupando esse espaço e estar inserida neste projeto. Minha primeira vez em um trabalho rural, meu irmão planta cacau e sou baiana também. É uma novela muito masculina".</p><p>Camila Morgado comentou sobre a nova roupagem da Dona Patroa: "Eu sou amiga da Eliane Giardini. Fui tão bem recebida por ela em 'A Casa as Sete Mulheres', minha primeira personagem na tv. Quando soube que faria a Dona Patroa, que foi da Eliane na primeira versão, eu liguei pra ela pra pedir a bênção. Nós trocamos palavras lindas. Eu não vi 'Renascer'. Vi um pouco agora no Globoplay. Mas não quis ficar muito presa ao que a Eliane fez. Porque estamos em 2023 e como seria essa Dona Patroa hoje? Ela passou por algumas mudanças. É uma personagem muito caseira e normalmente não me chamam para personagens assim. Gostei de me verem agora de um outro jeito. O marido, Egídio, é um pervertido. Então ela sofre assédio moral, psicológico. É importante colocarmos isso. A Dona Patroa agora virá como uma cristã fervorosa. Ela acredita que pela questão da fé vai conseguir mudar o marido. Terá uma visão bem dogmática sobre as questões religiosas. Aos poucos ela vai tendo uma visão mais progressista, o que marcará a virada dessa mulher". </p><p>Mell Muzillo falou brevemente sobre sua personagem: "Ritinha é um presente. Uma menina ingênua, mas muito sagaz e esperta. Estou ao lado de pessoas que admiro". Já Alice Carvalho comentou sobre sua estreia na televisão: "Acabo de sair de uma obra fechada que foi 'Guerreiros do Sol'. E agora vou para uma obra aberta e estou empolgada em como isso me trará como experiência. E estou ao lado da minha inspiração que é Irandhir Santos. Uma responsabilidade muito grande porque nunca vou conseguir chegar no resultado que Teresa Seiblitz chegou. Estou indo devagarinho. Muito concentrada e sabendo do tamanho da responsabilidade que tenho".</p><p>Livia Silva falou sobre seu primeiro trabalho na TV ser no remake: "Estou muito feliz de ter recebido esse presente que foi a Teca. Na primeira versão quem fez foi a Paloma Duarte e é uma responsabilidade grande. Teca perdeu a família muito cedo e vai pingando em lares de adoção até viver nas ruas do Rio de Janeiro até que aprende a fazer das ruas o lar dela. Tem consciência de que aquele lugar em que está não é o que a pertence. Fiquei apaixonada pela Teca da Paloma, mas fiz uma Teca mais contemporânea. Adotei gírias de 2024, enfim. É minha primeira novela e tudo isso é novo pra mim, Estou honrada e feliz". </p><p>Juan Queiroz comentou sobre sua estreia em novelas: "É delicioso estar no meio de tantas pessoas que admiro. Acompanho esse elenco, vejo os filmes, estudo as pessoas que estão nesse projeto comigo. É uma realização. Pitoco é um cara apaixonado. Um garoto que faz o que le pode fazer em um ambiente que está inserido, mas não deixa de ser a beleza nas coisas e se apaixona pela Teca. E os dois se distanciam desse amor romântico. É muito bom olhar pra Livia no set e saber o que ela está pensando. Estar com gente que confio. E é minha primeira novela. Está sendo maravilhoso". </p><p>O remake de "Renascer" estreia no dia 22 de janeiro. </p>Sérgio Santoshttp://www.blogger.com/profile/08618403814260942496noreply@blogger.com12