domingo, 31 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os destaques do ano

Após cinco retrospectivas relembrando os artistas que deixaram saudades, os casais do ano, as melhores cenas e as melhores atrizes e atores de 2017, chegou a hora de listar os destaques do ano que passou. A última retrô do blog é sobre as produções que mais marcaram ao longo desses doze meses e foram vários trabalhos admiráveis que merecem menção. Vamos a eles.






"A Força do Querer".
Após o fracasso de "A Lei do Amor" e da instabilidade do horário nobre desde o fiasco de "Babilônia", a Globo estava temerosa em torno do futuro de sua faixa mais importante. Porém, Glória Perez chegou e exibiu sua melhor novela da carreira. A trama fez um imenso sucesso e teve uma média geral de 36 pontos, empatada com "Amor à Vida", última novela de grande êxito do horário pós-"Avenida Brasil". Com exceção de Fiuk, o elenco foi muito bem escalado e os personagens caíram no gosto do público, assim como os conflitos muito bem desenvolvidos pela autora em torno de Bibi Perigosa, Jeiza, Zeca, Ritinha, Silvana, Ivan e companhia. A abordagem do vício em jogos e da transexualidade foi precisa, assim como o foco em torno do trabalho da Policia Militar. Claro que defeitos ocorreram e o último capítulo ficou corrido demais, porém, o saldo final foi excelente. Destaque para a direção de Rogério Gomes e desempenhos de Juliana Paes, Paolla Oliveira, Elizângela, Isis Valverde, Marco Pigossi, entre outros.




"Novo Mundo".
A primeira novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão como autores titulares não poderia ter sido melhor. A trama das seis encantou o público e fez um merecido sucesso de público e crítica, mesclando acontecimentos históricos e personagens que fizeram parte de momentos importantes do Brasil com perfis e dramas tipicamente folhetinescos. O resultado foi uma produção caprichadíssima e repleta de grandes cenas, incluindo momentos de lutas coreografadas e batalhas empolgantes. Vinícius Coimbra dirigiu a trama brilhantemente e Letícia Colin deu show como Leopoldina, assim como Caio Castro de Dom Pedro, Felipe Camargo de José Bonifácio, entre outros. Isabelle Drummond e Chay Suede formaram um lindo casal de mocinhos, enquanto Vivianne Pasmanter, Guilherme Piva e Ingrid Guimarães divertiram com Germana, Licurgo e Elvira. Merece o Emmy Internacional em 2018. 

sábado, 30 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

Com mais de noventa cenas na retrospectiva de melhores sequências da televisão, é óbvio que não faltou ator talentoso na telinha. Portanto, é mais do que necessário listar as melhores atrizes e os melhores atores do ano que está perto do seu fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas, minisséries e séries. Vamos a eles:



Melhores Atrizes:




1- Juliana Paes.
Após uma participação visceral em "Dois Irmãos", onde emocionou vivendo Zana na segunda fase, Juliana viveu o auge da sua carreira na pele da Bibi Perigosa em "A Força do Querer". Glória Perez lhe deu seu melhor papel da carreira e a atriz se entregou do primeiro ao último capítulo, protagonizando uma sucessão de cenas complicadas dramaticamente. Fantástica.





2- Letícia Colin.
A atriz também viveu seu melhor momento na carreira na pele da cativante Princesa Leopoldina em "Novo Mundo". Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão não poderiam ter escolhido uma intérprete melhor. Letícia imprimiu um sotaque delicioso para a personagem e seu jeito doce deixou um perfil histórico apaixonante, se transformando em um dos grandes trunfos da novela das seis. Tanto que a princesa teve até um final feliz, ao contrário do que aconteceu na vida real, sofrendo nas mãos de Dom Pedro. Os escritores optaram em acabar a trama antes da sucessão de desgraças, deixando um fim 'aberto', em virtude do sucesso da personagem. Que grande momento Letícia viveu. Um divisor de águas.



sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: as melhores cenas do ano

Mais um ano está chegando ao fim e novamente o telespectador foi presenteado com várias cenas grandiosas da nossa teledramaturgia. Momentos marcantes de novelas, minisséries e séries emocionaram, impactaram ou divertiram o telespectador ao longo de 2017. E muitas sequências merecem menção, relembrando o show dos atores, a competência da direção e o talento dos escritores. Vamos a elas.





Zana se despede dos filhos, mas só deixa Yaqub ir embora em "Dois Irmãos":
A preferência da mãe passional, na trama escrita por Maria Camargo, adaptada da obra de Milton Hatoum, foi sacramentada nessa marcante cena, destacando o talento dramático de Juliana Paes, que emocionou com o olhar, expondo o sentimento doentio daquela mulher. Muito antes de surgir da Bibi em "A Força do Querer", outro tipo cego de amor que a intérprete viveu.




Zana e Halim discutem feio em "Dois Irmãos":
O casal principal da trama tinha uma linda história de amor, mas tudo começou a ruir com o nascimento dos gêmeos. O amor exagerado que Zana tinha por Omar era a principal razão para todas as brigas e essa discussão se deu logo após uma transa do par, destacando Antônio Calloni e Juliana Paes na segunda fase do enredo. Os dois brilharam em cenas complicadas e que continham nudez.



quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os melhores casais do ano

Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o De Olho Nos Detalhes também engloba outras categorias nas listas de retrospectivas. E um dos diferenciais do meu modesto espaço é listar os melhores pares românticos das tramas. Em 2017 tivemos casais apaixonantes em vários horários e vale citar todos os romances da ficção que apaixonaram o público, promovendo um festival de 'shippagem' (termo usado na junção dos nomes dos pares). Vamos a eles.





Jeiza e Zeca ("A Força do Querer"):
O sucesso de Glória Perez teve muitos casais convidativos e o de maior destaque do enredo era, sem dúvida, protagonizado pelo marrento e pela policial militar, que também era lutadora de MMA. A autora nem esperava tamanho êxito do par, aumentando o destaque do romance e atrasando o envolvimento dela com Caio (Rodrigo Lombardi). A química entre Marco Pigossi e Paolla Oliveira foi gigantesca e as cenas deles sempre soltavam faísca.




 Anna e Joaquim ("Novo Mundo"):
Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão aproveitaram a química entre Chay Suede e Isabelle Drummond na primeira fase de "A Lei do Amor", os transformando em mocinhos da irretocável novela das seis, que fez um merecido sucesso de público e crítica. O valente Joaquim e a empoderada Anna Millman formaram um lindo par e a sintonia entre eles era visível o tempo todo, protagonizando sempre cenas delicadas e típicas de romances água com açúcar das 18h.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os piores do ano

A retrospectivas no fim de cada ano são comuns e esse blog já tem a tradição de apresentá-las em partes. Após a triste lista de grandes perdas do meio artístico em 2017, chegou a hora das listas de melhores, piores, casais, atores e cenas.  Começando, como sempre, pela seleção do que teve de pior no ano que passou. Infelizmente, muitas produções deixaram a desejar e decepcionaram, enquanto outras já eram problemas anunciados... Então, vamos a eles.





"A Lei do Amor":
A primeira novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari no horário nobre da Globo estava cercada de expectativas. Afinal, a dupla vinha das bem-sucedidas "Ti Ti Ti" e "Sangue Bom", excelentes novelas das sete. Só que o resultado foi o pior possível. A primeira fase foi ótima e o início da segunda despertou interesse, mas, em virtude da baixa audiência, a trama começou a ser retalhada, matando personagens e inserindo outros, expondo ainda a fragilidade do roteiro, que não tinha estrutura para durar tantos meses. O elenco era maravilhoso e merece elogios, destacando Vera Holtz, Cláudia Abreu, Gianecchini, Cláudia Raia, Grazi Massafera, Tarcísio Meira, entre outros. Entretanto, os conflitos se mostraram frágeis e o desenvolvimento foi catastrófico, incluindo a equivocada direção de Denise Saraceni. O saldo final foi uma média de audiência baixa e uma história mutilada. Pena.




"Malhação - Pro Dia Nascer Feliz":
Era a chance de Emanuel Jacobina se redimir, após a totalmente equivocada "Malhação - Seu Lugar no Mundo". Afinal, o autor ganhou de presente da Globo o poder de escrever duas temporadas seguidas. E nem assim aproveitou. A trama foi um pouco melhor que a anterior, mas repetiu todos os problemas vistos antes, como personagens rasos, conflitos forçados e mudança súbita de personalidades em prol supostos novos dramas. Até os casais foram insossos, não salvando um sequer. A rivalidade entre Bárbara (Bárbara França) e Joana (Aline Dias) era um dos poucos atrativos, mas nem isso foi conduzido bem. A repetição das brigas cansou e no final, do nada, elas viraram melhores amigas. Decepcionante.


terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2017 conseguiu ser ainda pior que o de 2016. Afinal, a crise segue preocupante e, para piorar, uma onda de ódio tomou conta principalmente das redes sociais, havendo uma assustadora leva de intolerância, racismo e todo tipo de preconceito, sobrando até para exposições de museus. Além de tudo isso, infelizmente, o Brasil perdeu muitas figuras queridas e talentosas, que deixaram o cenário artístico mais triste. É hora de lembrar dessas perdas.





Russo (1931 - 2017):
O querido assistente de palco do saudoso Chacrinha e uma das figuras mais lembradas nos bastidores da Globo faleceu em janeiro, vítima de uma embolia pulmonar, aos 85 anos. Amava tanto o seu trabalho que não se conformava com a aposentadoria que a emissora lhe ofereceu, fazendo questão de dizer que estava apto para voltar. Infelizmente, não estava.






Vida Alves (1928 - 2017):
Pioneira na televisão brasileira, a atriz protagonizou o primeiro beijo gay em novelas em 1963 e era uma profissional respeitada por todos. Em 1995 se tornou presidente do Museu da TV, preservando a memória dos pioneiros da televisão através de imagens de arquivos, vídeos e fotos. Faleceu em janeiro, aos 88 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos.


segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Feliz Natal!


Quero desejar aos leitores um Natal cheio de paz, saúde, luz e realizações. Agradeço a presença constante de todos no blog. Não só aqueles que comentam os textos, como também os que apenas leem as postagens. Esse espaço (bem simples, por sinal) não existiria sem vocês e foi criado exatamente para isso. Não recebo ajuda de ninguém para mantê-lo e conto só com os que acessam essa página mesmo. Que o espírito natalino se mantenha vivo sempre, pois nunca precisamos tanto dele quanto nos últimos tempos. Felicidades a todos!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Está na hora da nova geração da "Escolinha do Professor Raimundo" chegar ao fim

O remake da "Escolinha do Professor Raimundo" foi uma ideia genial de Bruno Mazzeo, estreando com o pé direito no Viva e na Globo em 2015. O sucesso, tanto no canal a cabo quanto no aberto, foi imediato. O público matou as saudades de tanto perfis marcantes através de composições quase perfeitas de novos atores escolhidos a dedo, homenageando os veteranos que fizeram parte desse humorístico consagrado por tantos anos. A segunda temporada, exibida em 2016, se mostrou tão acertada quanto a primeira, funcionando novamente. Porém, a terceira, já desperta dúvidas em torno do desgaste do programa.


Com direção de Cininha de Paula e redação final de Péricles Barros e Marcelo Saback, a terceira temporada estreou no Viva em setembro e na Globo no final de novembro. O elenco segue o mesmo, mas com duas ausências: Fernanda Souza não conseguiu conciliar sua agenda para viver pela terceira vez a adolescente Tati (perfil original de Heloísa Périssé) e Otaviano Costa precisou sair por causa do seu trabalho na rádio Globo. Ela não foi substituída, mas o Ptolomeu (nerd interpretado originalmente por Nizo Netto) acabou ficando com Bruno Garcia. A outra novidade foi a entrada de Marco Luque vivendo o Nerso da Capitinga, personagem clássico de Pedro Bismarck.

Essas três situações já despertam atenção. Afinal, os atores da 'nova escolinha' são sempre muito requisitado em novelas, ou seja, acabam tendo a imagem superexposta. E a saída de dois deles prova que está ficando complicado conciliar trabalhos.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

"Deus Salve o Rei": o que esperar da próxima novela das sete?

A missão da próxima novela das sete da Globo é difícil porque manter os elevados índices de audiência de "Pega Pega" é quase impossível. Isso porque a trama que está chegando ao fim é um caso atípico. Superou as nove produções antecessoras, obtendo uma média que não era vista desde o fenômeno "Cheias de Charme", em 2012 ---- ainda que a repercussão seja nula e a história de Cláudia Souto não faça jus a esses números. Mas, se conseguir ao menos não derrubar em mais de dois pontos já é um mérito. E a proposta do novo folhetim é ousada para a faixa.


Ao contrário da atual produção, que aposta em tudo o que o horário das sete costuma ter, o enredo de Daniel Adjafre (que estreia como autor solo) é medieval, abordando reinos e romances entre plebeus e nobres. Apresentar uma novela de época nessa faixa é incomum e a última tentativa fracassou (vide o fiasco de "Bang Bang" em 2005). Entretanto, o capricho de "Deus Salve o Rei" é impressionante e as chamadas ---- assim como o clipe que pode ser visto aqui ---- prometem uma história clássica, repleta de cenas de ação e efeitos especiais. A música tema da trama também conquista facilmente através da voz doce de Aurora, cantando "Scarborouch Fair".

A premissa se baseia no acordo entre os fictícios reinos de Artena e Montemor. O primeiro é rico em água e o segundo em minério de ferro. Em troca do fornecimento de água de Artena, Montemor oferece minério. Tudo segue em paz por anos, mas o acordo acaba abalado com a morte de Crisélia (Rosamaria Murtinho), rainha de Montemor, avó de Afonso (Romulo Estrela). O íntegro rei Augusto (Marco Nanini), pai da maquiavélica Catarina (Bruna Marquezine), tentará manter a paz, mas a filha será o maior empecilho.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

"Malhação - Viva a Diferença" trata temas importantes com propriedade e competência

Além do ótimo elenco, personagens ricos e boa condução do enredo, Cao Hamburger vem acertando em outro ponto com a sua deliciosa "Malhação - Viva a Diferença": a abordagem cuidadosa de vários temas importantes. Racismo, gravidez na adolescência, autismo, uso de drogas, alcoolismo, abuso sexual, direitos humanos, assexualidade, problemas de uma escola pública, automutilação, enfim, não faltam situações exploradas ao longo da temporada, sempre tendo perfis complexos como protagonistas dos mesmos.


Não é fácil inserir tantas temáticas em um enredo ficcional sem parecer gratuito ou forçado, mas o autor vem conseguindo com louvor. Todos os dramas estão inseridos no contexto, complementando os conflitos da trama e deixando os personagens ainda mais cativantes, despertando atenção de quem assiste. A primeira situação abordada foi a gravidez na adolescência, através de Keyla (Gabriela Medvedoski), que pariu em pleno metrô de São Paulo, implicando na aproximação das cinco protagonistas.

Os problemas da menina em criar um filho sem pai e em época escolar foram o foco do começo da temporada, servindo para reforçar cada vez mais o elo do quinteto central, uma vez que todas ajudavam nos cuidados com o pequeno Tonico. Aos poucos, essa dificuldade de Keyla foi cedendo espaço para outras, que eram inseridas com o intuito de destacar outros personagens.

domingo, 17 de dezembro de 2017

"Dança dos Famosos" segue com fôlego de sobra

A décima quarta temporada da "Dança dos Famosos" estreou em 13 de agosto e chegou ao fim neste domingo, 17 de dezembro. O quadro segue como o maior trunfo do "Domingão do Faustão" e até 'rendeu' um bom programa para Xuxa na Record, através do "Dancing Brasil", um formato comprado pela Record bem semelhante ao da Globo, aproveitando o sucesso que a disputa faz na concorrente há doze anos. A atual edição teve algumas peculiaridades e controvérsias, mas não deixou de ser atrativa.


Rafael Zulu, Adriane Galisteu, Lucas Veloso, Mariana Xavier, Raul Gazolla, Baby do Brasil, Thiago Pereira, Maria Joana, Nicolas Prattes, Isabella Santoni, Joaquim Xavier e Cris Vianna foram os escolhidos para a disputa e foi uma boa seleção. O estranho foi a ausência de Baby, que participou apenas de uma rodada e depois declarou um problema no joelho e não voltou mais. Nem na repescagem. Isso nunca tinha acontecido no programa. Normalmente havia uma desclassificação imediata caso alguém se machucasse, mas a cantora parecia nem saber o que tinha e por isso deram um prazo para o retorno na repescagem. Só que não ocorreu.

Já com os demais a disputa fluiu normalmente e Lucas Veloso despontou como favorito logo na primeira rodada. Sua presença na final foi justa e esperada, pois o ator fez grandes apresentações ao longo dos meses. Seu único problema era o excesso de caras e bocas em alguns momentos, mas na dança era irretocável. Maria Joana, no entanto, começou apagada e com performances apenas corretas. Mas, aos poucos, foi evoluindo até virar uma das fortes candidatas ao título. Não por acaso acabou merecidamente classificada para a final, após muitas apresentações excelentes.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Volta triunfal de Clara promove cenas emocionantes e arrepiantes em "O Outro Lado do Paraíso"

Há menos de três meses no ar, "O Outro Lado do Paraíso" já pode ser considerada um imenso sucesso e mais um êxito para a carreira de Walcyr Carrasco. A novela da Globo chegou a marcar 40 pontos na última segunda-feira (11/12) e 42 na terça, com picos de 44. Índices impressionantes, sendo a primeira vez que um folhetim das nove supera os 40 pontos em sua oitava semana desde "Avenida Brasil". "A Força do Querer" só conseguiu esse índice na décima sétima semana e "Amor à Vida" ---- os dois grandes sucessos pós-fenômeno de João Emanuel Carneiro ---- na décima terceira. E a atual produção tem feito por merecer números tão elevados.


A trama arrebatou o público a partir da virada de fase, uma vez que o telespectador aguardava esse momento desde o início da história, após ter acompanhado os vilões se dando bem e humilhando os bonzinhos por mais de trinta capítulos. A fuga de Clara (Bianca Bin) fez a audiência saltar de 30 para 36 pontos e desde então só sobe. As razões são muitas, começando pela retomada da protagonista, que agora é milionária e ainda conta com um fiel escudeiro pronto para ajudá-la em tudo, o íntegro Patrick (Thiago Fragoso). O inferno no hospício passou e a fuga foi de tirar o fôlego. Mas, se essa sequência primou pelos vários acertos e a grandiosa direção da equipe de Mauro Mendonça Filho, a volta triunfal da verdadeira dona das cobiçadas esmeraldas conseguiu ser ainda melhor.

A mudança no visual da mocinha, comprando roupas ao som de "Weird Fishes" (Radiohead), expôs o início da vida da nova rica e esse clichê nunca se esgota. Várias novelas, séries e filmes já apresentaram cenas semelhantes e raramente o resultado é ruim. A parceria da mocinha com seu advogado também já desperta atenção, evidenciando a química entre Bianca Bin e Thiago Fragoso, prometendo um excelente casal nos próximos meses.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Maria Pia e Malagueta formam o melhor casal de "Pega Pega"

Difícil ter torcido ou se interessado por algum casal de "Pega Pega". Claudia Souto não foi feliz na construção dos casais de sua novela e os dois principais ---- Julio (Thiago Martins) e Antônia (Vanessa Giácomo), e Eric (Mateus Solano) e Luiza (Camila Queiroz) ---- são insossos e irritantes. Inicialmente, a autora ao menos tinha acertado com os ótimos Agnaldo (João Baldasserini) e Sandra Helena (Nanda Costa). Porém, ao longo dos meses, o par perdeu relevância e somente ela teve um bom espaço no enredo. A única relação que despertou interesse foi mesmo a de Maria Pia (Mariana Santos) e Malagueta (Marcelo Serrado).


Os dois têm desvios de caráter, mas não são vilões. São imperfeitos. E sofrem com baixa autoestima. Ela sempre foi uma mulher mais gordinha e depositava suas frustrações na comida, principalmente quando Erick a rejeitava, após inúmeras investidas sem sucesso. Ele, por sua vez, sempre sofreu com a rejeição do pai e um dos objetivos do ambicioso roubo de 40 milhões de dólares do Carioca Palace foi justamente provar para Timóteo (Cacá Amaral) que podia ser um criminoso tão habilidoso quanto ele. Embora transbordem arrogância diante dos demais, não passam de dois infelizes.

São perfis bem construídos pela autora em meio a tantos outros repletos de dramas rasos e gratuitos. Após flagrar Malagueta roubando o hotel, Maria Pia o fotografou e usou as imagens para chantageá-lo, exigindo que a ajudasse a conquistar Eric. Aos poucos, ambos foram se aproximando e ele acabou se apaixonando. Ela, mais resistente, demorou em descobrir que também sentia algo pelo cúmplice.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Desgastado, "The Voice Brasil" apresentou sua pior temporada em 2017

A sexta temporada no "The Voice Brasil" estreou no final de setembro. O reality musical já virou um sucesso consagrado da Globo, firmando sua presença na grade sempre a partir do segundo semestre. A emissora trouxe o formato original holandês para o país em 2012 e desde então a audiência realmente costuma corresponder. Entretanto, é inegável o claro sinal de desgaste da atração, principalmente na atual temporada, que é a pior de todas até agora, lamentavelmente.


Na tentativa de sair da mesmice (e também porque o formato original impõe mudança pelo menos a cada dois anos nos técnicos), Boninho transferiu Cláudia Leitte para o "The Voice Kids" e trouxe Ivete Sangalo da versão infantil para substitui-la. Michel Teló, Lulu Santos e Carlinhos Brown seguiram no programa. A troca não surtiu efeito algum e ainda acabou prejudicando o "Kids", pois Ivete era um dos grandes atrativos, sempre protagonizando momentos deliciosos com as crianças.

Na versão adulta, Ivete se mostrou mais técnica e fez observações pertinentes. No entanto, a mudança deveria ser sido total ou então de pelo menos três. Mas não trazendo técnico da versão infantil e, sim, convidando novos cantores. É necessária uma reformulação de verdade. Afinal, já são seis temporadas. Lulu e Carlinhos, por exemplo, nem têm mais o que dizer sobre as apresentações. Todos os comentários parecem repetitivos.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Entre justos vencedores, "APCA" valorizou merecidamente "A Força do Querer" e "Sob Pressão"

Após um polêmico "Melhores do Ano", rendendo discussões em cima do merecimento de alguns vencedores da premiação do "Domingão do Faustão", a "APCA" (Associação Paulista de Críticos de Arte) elegeu os melhores de 2017 na Televisão em sete categorias, durante uma reunião realizada na noite desta segunda-feira (11/12). A cerimônia de entrega será realizada no primeiro semestre de 2018, durante a 61° edição do evento, que também premia os melhores em Teatro, Artes Visuais, Música Popular, Literatura, Dança, Cinema, entre outros.


"A Força do Querer" ganhou merecidamente como Melhor Novela, pois seu sucesso é incontestável e honrou o melhor trabalho de Glória Perez. Inspirada, a autora presenteou o telespectador com uma história envolvente e repleta de bons personagens, além do elenco ter sido muito bem escalado. Porém, três concorrentes da categoria também fizeram jus ao prêmio. "Novo Mundo" foi uma primorosa novela das seis e mereceu os aplausos de público e crítica, mesclando a história do Brasil com uma deliciosa ficção, que contou até com piratas e muitas cenas de aventura. "Rock Story", apesar da barriga da metade pro final, se mostrou uma ótima trama das sete e "Malhação - Viva a Diferença" (embora não seja novela) vem colhendo elogio atrás de elogio com honras. Só a fraca "Os Dias Eram Assim" que não merecia ter concorrido, pois foi uma decepção.

"Sob Pressão" faturou o troféu de Melhor Série/Minissérie e não poderia ser diferente. A história derivada do filme homônimo, baseada no livro "Sob Pressão - A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro", dirigida por Andrucha Waddington, impressionou pelo realismo e conseguiu superar o longa. O enredo retratou a precariedade da saúde pública do país com precisão, mesclando com ótimos conflitos em torno de excelentes personagens e um elenco de peso.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Eva Todor era uma atriz querida e amada por todos

Faleceu em casa, por volta das 8h50 deste domingo (10/12), Eva Todor, aos 98 anos. A atriz não resistiu a uma pneumonia e enfrentava o Mal de Parkinson há alguns anos. Ela estava afastada das novelas desde "Salve Jorge", em 2012, quando fez uma pequena participação na trama de Glória Perez. Sua última aparição pública foi em novembro de 2014, quando recebeu uma merecida homenagem de colegas no Teatro Leblon. Era uma figura amada por todos. Com mais de 80 anos de carreira, a veterana será sempre lembrada como a avó que todos queriam ter.


Filha de uma estilista e de um comerciante de tecidos, Eva era húngara e iniciou a carreira artística ainda menina, chegando a dançar na Ópera Real de Budapeste. Estreou como atriz na peça "Quanto Vale Uma Mulher", em 1934, e deslanchou de vez através do teatro de revista. Em 1940, já tinha sua própria Companhia de Teatro chamada "Eva e Seus Artistas" e ganhou até Getúlio Vargas como admirador, facilitando o processo para conseguir a identidade nacional. Em 1950, ganhou um programa na TV Tupi, cujo título era "As Aventuras de Eva". Sua veia cômica ganhou mais força na atração e viria a ser uma de suas maiores características ao longo da trajetória televisiva.

A primeira novela que contou com a intérprete foi "E Nós Aonde Vamos?", da Tupi, em 1970. Depois, em 1975, chegou a participar da versão censurada de "Roque Santeiro", vivendo Ambrosina Abelha, mas a personagem não voltou na trama clássica que teve Regina Duarte como Porcina. Sua grande estreia na teledramaturgia foi em "Locomotivas", história de Cassiano Gabus Mendes, onde viveu a inesquecível Kiki Blanche, fazendo um imenso sucesso em 1977.

domingo, 10 de dezembro de 2017

"Melhores do Ano" de 2017 deveria ter se chamado "Melhores de A Força do Querer"

O fim do ano vai chegando e com ele as tradicionais premiações elegendo quem mais se destacou na televisão. O "Melhores do Ano", do "Domingão do Faustão", já é um dos eventos 'clássicos' de encerramento e, óbvio, só seleciona produções da Globo. Como são só três indicações por categoria, quase sempre há esquecimentos imperdoáveis. Entretanto, nos últimos anos, houve uma certa justiça nas seleções, priorizando os realmente merecedores, com raras exceções. Mas, em 2017, muitas escolhas provocaram um inevitável incômodo.


Em virtude do imenso sucesso de "A Força do Querer", a novela de Glória Perez dominou todas as indicações. Vale lembrar que isso é algo normal e aconteceu algo semelhante com "Avenida Brasil" e "Amor à Vida", outros grandes êxitos da faixa nobre da Globo. O problema é que o ano teve mais novelas ótimas e também com elencos dignos de muito reconhecimento. O quase total esquecimento de "Novo Mundo", por exemplo, é absurdo. O folhetim das seis teve uma excelente audiência, atores brilhantes e repercussão alta. O mesmo ocorre com "Malhação - Viva a Diferença", conseguindo índices não obtidos na faixa há dez anos. Já "Rock Story" não teve índices estrondosos e nem gerou burburinho, mas também merecia o lembrança.

A categoria Revelação, por exemplo, foi uma das mais controversas, repetindo uma polêmica já vista em anos anteriores, selecionando ator que não é revelação de fato. As atrizes foram Carol Duarte, Karla Karenina e Vitória Strada. As três são talentosas, isso não se discute. Todavia, Karla brilhou como Dita em "A Força do Querer", mas estreou na televisão na "Escolinha do Professor Raimundo", em 1995. Também esteve ótima em "Morde & Assopra", novela exibida em 2011. Ou seja, nem deveria estar ali.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Fernanda Rodrigues fez uma ótima participação em "O Outro Lado do Paraíso"

Embora não aparente, Fernanda Rodrigues tem 38 anos. Ainda com cara de menina, a atriz já pode ser considerada uma veterana na televisão. Ela estreou aos 11 anos na inesquecível "Vamp" (1991), novela de sucesso de Antônio Calmon, vivendo a espevitada Isabel. Desde então, passou a emendar uma produção atrás da outra na Globo, passando por "Deus nos Acuda" (1992), "A Viagem" (1994), "Malhação" (1996/1997), "Zazá" (1997), "Corpo Dourado" (1998), "Vila Madalena" (1999), "Aquarela do Brasil" (2000), "Estrela Guia" (2001) e assim por diante. Ou seja, cresceu diante do telespectador.


E seu rosto angelical lhe rendeu inúmeras personagens doces e gentis. Mas as adolescentes rebeldes também fizeram parte de seu currículo, ainda que tenham virado meninas centradas no fim. Sua única mau-caráter foi a Stelinha, na fracassada "Negócio da China", em 2008. Por isso mesmo a sua participação em "O Outro Lado do Paraíso" se mostrou tão boa e surpreendente. Além de ter marcado seu retorno aos folhetins, após dois anos ---- esteve na primorosa "Sete Vidas", interpretando Virgínia, em 2015 ----, é a primeira novela das nove que ela participa e o perfil é praticamente uma demônia.

Fabiana é a neta de Beatriz (Nathalia Timberg), grande mentora de Clara (Bianca Bin), que conheceu a mocinha em um hospício tenebroso, isolado em uma ilha, convivendo com a protagonista por dez anos. A elegante senhora foi internada no manicômio justamente pela neta, sendo vítima de um golpe da víbora, que ficou com toda a fortuna da avó.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Fernanda Torres e Alexandre Nero formaram uma dupla divertida em "Filhos da Pátria"

Infelizmente, "Filhos da Pátria" foi um fracasso de audiência. E muito por culpa da própria Globo, que resolveu apostar na fraca e desinteressante "Cidade Proibida" para ir ao ar após a novela das nove. A série não teve um bom retorno de audiência, derrubando a média em mais de 15 pontos (chegou a mais de 20 na época de "A Força do Querer"). Ou seja, a série de Bruno Mazzeo (co-criada com Alexandre Machado) acabou herdando baixos números e indo ao ar tarde para um formato de humor. Porém, a produção foi repleta de qualidades e uma delas foi a dupla formada por Fernanda Torres e Alexandre Nero.


Foi a primeira vez que os atores trabalharam juntos e o resultado não poderia ter sido melhor. Mazzeo criou ótimos perfis para os dois, que aproveitaram as possibilidades em todas as cenas. A trama abordou com um delicioso humor crítico o 'nascimento' do famoso jeitinho brasileiro, logo após a Independência do Brasil. E para isso usou a família de classe média da época, liderada por Geraldo Bulhosa (Nero), um funcionário público medroso, e Maria Teresa (Fernanda), sua deslumbrada esposa que sempre sonhou em ser rica, invejando a irmã refinada desde sempre. Eles ainda são pais do folgado Geraldinho (Johnny Massaro) e da empoderada Catarina (Lara Tremouroux).

Desde o primeiro episódio fica claro o ótimo entrosamento da dupla, que protagoniza uma sucessão de momentos hilários. O interessante do humor do casal é a diferença evidente de comportamento, pois Geraldo sempre foi um sujeito conformado com sua vidinha medíocre, enquanto a esposa nunca aceitou a condição deles.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Abuso sexual é tratado de forma corajosa em "Malhação", destacando o talento de Talita Younan

Após tantos elogios seguidos e vários acertos constatados, seria possível elogiar mais uma vez a atual temporada de "Malhação"? A resposta é sim. Cao Hamburger está, com o perdão do trocadilho, fazendo a diferença. O autor vem abordando temas muito importantes e um dos mais difíceis de serem explorados ganhou destaque com o drama de K1: o abuso sexual. E Talita Younan está aproveitando a chance para mostrar seu talento.


K1 sempre foi a venenosa da turma e praticou muito bullying com vários colegas, incluindo Benê (Daphne Bozaski). No entanto, a menina sempre teve um lado mais humano e até inocente, principalmente nos momentos de conversa com K2 (Carol Macedo) ou quando tentava escapar das investidas mais pesadas de MB (Vinicius Wester). Foram muitas cenas hilárias e outras mais vilanescas ao longo da trama; mas, recentemente, a curva dramática começou a mudar. A garota passou a chorar escondido e fazia questão de se isolar. Era o primeiro sinal do abuso.

A personagem até se reaproximou de Keyla (Gabriela Medvedovski), que formava o trio K1, K2 e K3 no passado, antes da filha de Roney (Lúcio Mauro Filho) engravidar e formar as 'five'. Foi a partir dessa aproximação que o público teve maior conhecimento do drama que a menina enfrentava.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

"Tempo de Amar" e "Pega Pega" têm uma semelhança: os mocinhos insuportáveis

Criar mocinhas atrativas tem sido um dos maiores desafios para os autores. Afinal, os vilões sempre tiveram mais elementos para arrebatar o público, até porque movem o enredo. E elaborar bons mocinhos consegue ser ainda mais complicado por várias razões. No entanto, muitos escritores têm conseguido vencer essas dificuldades. Mas, atualmente, Alcides Nogueira, em "Tempo de Amar", e Cláudia Souto, em "Pega Pega", demonstram que fracassaram na missão.


O autor da atual novela das seis criou um tipo apático, sonso e totalmente idiota. Inácio (Bruno Cabrerizo) e Maria Vitória (Vitória Strada) se apaixonaram subitamente no primeiro capítulo da trama e logo decidiram se casar. Porém, uma sucessão de desgraças separou o par. Ele foi tentar um emprego melhor no Rio de Janeiro, mas, pouco depois de sair de Portugal, acabou assaltado e golpeado na cabeça, ficando cego. Foi encontrado por Lucinda (Andreia Horta), vilã que passou a manipulá-lo de todas as formas.

O rapaz acreditou piamente em tudo o que a nova 'amiga' lhe disse sobre Maria Vitória, garantindo que ela havia se casado e colocado o filho deles para ser criado pelo seu novo marido. Apesar disso, ainda tentou descobrir algo mais procurando seu grande parceiro, o vendedor Geraldo (Jackson Antunes), sem sucesso. Com o tempo, Inácio acabou voltando a enxergar e não demorou para pedir Lucinda em casamento.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Taís Araújo fará falta no "Saia Justa"

O "Saia Justa" é um dos programas mais antigos do GNT e obtém uma ótima audiência desde a estreia, em 2002. O formato do canal a cabo já contou com várias formações ao longo dos anos. Desde 2013 a atração é comandada por Astrid Fontenelle e a apresentadora formou um ótimo quarteto com Bárbara Gancia, Maria Ribeiro e Mônica Martelli. Infelizmente, Maria e Bárbara foram retiradas sem maiores explicações no início de 2017. A primeira foi demitida e a segunda virou repórter. Taís Araújo e Pitty foram chamadas para substituí-las. As duas se agregaram bem e o novo time também funcionou. Porém, agora, Taís é mais uma baixa no 'elenco'.


Ao contrário das duas colegas, a atriz não foi demitida ou 'realocada' pelo canal. Ela simplesmente não pode mais conciliar sua presença no sofá com o reinício das gravações da série "Mister Brau", da Globo, e com o retorno da sua peça, "O Topo da Montanha" ---- os dois trabalhos, por sinal, são protagonizados ao lado do marido, Lázaro Ramos. Então, sua saída se mostrou inevitável e aconteceu na quarta passada (30/11), em um especial do programa, realizado em São Paulo, no teatro Opus, com a presença de uma animada plateia, além das participações de Cláudia Raia e Monica Iozzi.

Foi uma despedida triste, emocionando todas e principalmente Mônica Martelli, com quem Taís teve uma maior ligação no formato. Inclusive, um dos temas da atração acabou sendo justamente a dificuldade de abandonar algo que gosta muito para poder realizar outro objetivo. Monica Iozzi lembrou a sua saída do "Vídeo Show", onde fazia um grande sucesso ao lado de Otaviano Costa.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Reprise de "Por Amor" no Viva prova que a sociedade evoluiu em 20 anos

O machismo é um mal que nunca será extinto, ainda mais em uma sociedade marcada por tantos anos pela patriarcalidade como a brasileira. Entretanto, é inegável que houve (e vem havendo) uma evolução. Hoje em dia, situações comuns no passado não são mais vistas com normalidade e há veículos de sobra para expor indignação. Em alguns casos, há um certo exagero em se tratando da ficção, por exemplo. Se exige demais para um produção ficcional. Mas, é preciso ressaltar que também são feitas críticas pertinentes. Tanto que muita coisa mudou. E a reprise de "Por Amor" no Viva é a maior prova de como o machismo era visto como algo natural e aceitável.


O clássico de Manoel Carlos, um de seus maiores e mais aclamados sucessos de 1997 ---- cuja estreia completou 20 anos em outubro ----, vem sendo reexibido pela segunda vez no canal a cabo, repetindo o êxito nos números de audiência. É um folhetim maravilhoso que o público não cansa de ver. O dramalhão criado pelo talentoso escritor prima pelo visível conjunto de qualidades. Contudo, atualmente, tem sido possível observar todo o contexto absurdo que cercou Marcelo (Fábio Assunção), o filho queridinho da inesquecível vilã Branca Letícia de Barros Motta (Susana Vieira).

O personagem é considerado o 'galã' da história, sendo disputado constantemente por duas mulheres: Maria Eduarda (Gabriela Duarte) e Laura (Vivianne Pasmanter). Porém, todas as suas atitudes são dignas de um vilão de folhetim e na época não houve qualquer estranhamento. Arrogante, mimado e agressivo, o rapaz nunca respeitou ninguém e jamais aceitou ter suas vontades contrariadas.