segunda-feira, 30 de abril de 2018

"Estrelas" saiu de cena desgastado e sem deixar saudades

O "Estrelas" estreou em abril de 2006 com Angélica recebendo convidados em um sofá e conversando sobre amenidades. Parecia uma versão vespertina do inesquecível programa noturno da Hebe, exibido no SBT. Porém, pouco tempo depois tudo mudou. A apresentadora começou a frequentar lugares diversos, levando convidados famosos e papeando com eles. Assim ficou estabelecido o formato da atração, que chegou ao fim neste sábado (28/04), após 12 anos no ar.


O término do programa parecia cada vez mais próximo. Os sinais de desgaste ficaram transparentes à medida que a produção tentava sair da mesmice, sem sucesso. O caso se agravou no ano passado, quando houve até uma tentativa de mudança no título. O "Estrelas" virou "Estrelas Solidárias". As entrevistas relativamente curtas com os convidados saíram de cena, cedendo lugar para campanhas de ajuda a pessoas necessitadas, incluindo ONGs, asilos, enfim. Ou seja, virou uma atração assistencialista, mas sem dinheiro envolvido. A ajuda era dada através de trabalhos manuais de Angélica e suas "estrelas" famosas. Sem casa nova, reforma ou prêmios.

Não funcionou. Com todo respeito que a causa merece, as situações mostradas só pareciam interessantes para quem estava participando. Quem assistia logo se entediava. Agatha Moreira, Giovanna Lancellotti e Tony Ramos foram alguns dos participantes do formato, se emocionando com a vida e a rotina das pessoas que ajudavam momentaneamente.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Ótimo como vilão, Ricardo Pereira convence na pele de Virgílio em "Deus Salve o Rei"

É sempre bom tirar um ator da sua zona de conforto. Após muitos anos vivendo vários personagens íntegros e justos, Ricardo Pereira ganhou a oportunidade de interpretar um ótimo vilão em "Deus Salve o Rei", atual novela das sete da Globo. E o ator vem defendendo bem um tipo com boas doses de maldade, que se revelou assim que foi traído por Amália (Marina Ruy Bardosa) na trama de Daniel Adjafre, dirigida por Fabrício Mamberti.


Virgílio era noivo da mocinha da história e parecia ser um sujeito honesto. Porém, a chegada de Afonso (Rômulo Estrela) mexeu com Amália e desde então o personagem se transformou em uma pessoa amarga e odiosa. Essa mudança foi bastante crível e até justificada, pois a mulher que ele amava o trocou por outro, que simplesmente "arruinou" todos os seus planos de uma família feliz com a plebeia. Um clichê que deixou o perfil mais denso.

O comerciante, então, assumiu o posto de vilão da novela, usando até os poderes de uma bruxa (Brice - Bia Arantes) para reconquistar a ex e enfrentando Afonso. Ricardo Pereira vem se destacando, transmitindo todo o ressentimento do personagem (impulsionado pelo ódio) sempre que surge em cena.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

"Carcereiros" tem qualidade e uma boa proposta, mas cansa com o tempo

Após dois adiamentos e o lançamento da produção no aplicativo Globo Play, em junho de 2017 ---- os 12 episódios foram disponibilizados com bastante antecedência ----, a Globo finalmente estreou "Carcereiros, nesta quinta-feira (26/04), série coproduzida com a Gullane Filmes e escrita por Fernando Bonassi, Marçal Aquino e  Dennison Ramalho (com colaboração de Marcelo Staroubinas). Dirigida por José Eduardo Belmonte, a trama é protagonizada por Rodrigo Lombardi e aborda a dura vida dos agentes penitenciários do país.


A série teve problemas sérios antes de ir ao ar. Domingos Montagner era o ator escolhido para interpretar o protagonista, mas morreu afogado no Rio São Francisco, enquanto gravava "Velho Chico" (2016). A morte chocou o Brasil e a tragédia jamais será esquecida. Então, após o choque, a produção escalou Rodrigo para substituí-lo. As gravações foram feitas sem problemas e finalizadas. Entretanto, não puderam estrear por causa de uma sucessão de rebeliões violentas em presídios do Espírito Santo e do Norte do país. A emissora não achou apropriado.

Passado esse período de horror, outro empecilho foi observado: o ator já estava em "A Força do Querer" (interpretando o advogado Caio) e, para não abusar de sua imagem, o adiamento novamente se fez necessário. A saída da Globo foi, como mencionado inicialmente, lançar a série completa em sua plataforma de streaming.

terça-feira, 24 de abril de 2018

"Onde Nascem os Fortes" tem tudo para honrar a faixa das onze

"Amar, odiar, perdoar. Até onde vai a sua força?". A pergunta sempre presente nas chamadas de "Onde Nascem os Fortes" já deixava clara a intenção da nova trama das onze da Globo: provocar o público através de uma premissa irresistível. Afinal, o ser humano é repleto de camadas muitas vezes difíceis de decifrar, principalmente diante de adversidades. A história que começa a ser contada explora a saga da corajosa Maria (Alice Wegmann), que não mede esforços para encontrar seu irmão gêmeo, o provocador Nonato (Marco Pigossi). E o primeiro capítulo conseguiu apresentar essa intenção com louvor.


George Moura e Sérgio Goldenberg são autores que já viraram "experts" na faixa das 23h. Responsáveis pelas irretocáveis "O Canto da Sereia" (2013), "Amores Roubados" (2014) e "O Rebu" (2014), os dois sabem aproveitar toda a liberdade do horário mais tardio e a dupla ainda segue com a competente direção de José Luiz Villamarim e fotografia de Walter Carvalho, outros profissionais que também fizeram parte das produções mencionadas. Tendo como base o "currículo recente" deles, portanto, a chance da atual trama ser ótima é bastante alta.

Gravada no sertão da Paraíba, a "supersérie" tem o sertão como um dos seus alicerces. Segundo os escritores, é o protagonista do enredo que contracena sem ser filmado. E pela primeira vez a Globo exibirá uma novela (embora insista em não chamar mais assim na faixa das onze) já quase finalizada.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Eliane Giardini é um dos ótimos nomes de "O Outro Lado do Paraíso"

A panelinha dos autores, como já foi dito aqui inúmeras vezes, é algo natural. Todo escritor tem predileção por certos nomes e evidencia sempre em seus folhetins. Eliane Giardini entrou no ''time" de Walcyr Carrasco em 2013, na primeira novela das nove dele: "Amor à Vida". Porém, não foi uma experiência muito feliz. Ordália era mãe de Bruno (Malvino Salvador), mocinho do enredo, e acabou aparecendo bem menos do que deveria. Foi uma figurante de luxo. Um desperdício de talento.


Ou seja, parecia que o autor não a chamaria tão cedo. Felizmente, um lego engano. Em 2016, Walcyr a escalou para "Êta Mundo Bom!" e conseguiu se redimir com louvor. Deu para a atriz um dos melhores e mais importantes perfis do enredo: a milionária Anastácia, mãe de Candinho (Sérgio Guizé), o protagonista do sucesso das 18h. Eliane protagonizou grandes cenas ao longo da novela e emocionou no momento mais aguardado e sensível da trama, quando a ricaça reencontrou seu filho perdido, após tanto procurá-lo.

Agora, em "O Outro Lado do Paraíso", o autor novamente presenteou a intérprete com um excelente papel. Nádia é uma vilã cômica deliciosa, provocando ódio pelos absurdos preconceituosos que profere, ao mesmo tempo divertindo com sua total falta de noção e histeria. A personagem sempre foi um dos destaques da trama das nove, dirigida por Mauro Mendonça Filho, protagonizando um núcleo que tem o racismo e o machismo como foco.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

"BBB 18" acertou em cheio na escolha dos participantes

O "BBB 18" teve a missão de apagar a péssima imagem do "BBB 17", que esteve cercado de polêmicas, entre elas a parcialidade descarada do apresentador, a conduta deprimente de um participante que acabou expulso e a consagração do jogo de uma menina mimada e egoísta. Embora as interferências parciais e desnecessárias de Tiago Leifert tenham se mantido, a décima oitava edição se mostrou um bom reality e acertou em cheio na seleção dos participantes.


Finalmente houve uma ótima escolha de jogadores, valorizando a diversidade e a pluralidade de temperamentos. Tanto que pela primeira vez o "BBB" não teve um participante considerado "planta" (apelido dado ao irrelevante ou passivo). Todos tiveram importância em determinado momento do jogo, deixando o reality bem movimentado, independente das eliminações. Isso porque nenhum eliminado chegou a fazer muita falta, em virtude da constante mudança de rumo na disputa.

Logo no início, a intelectual Mara esteve presente tentando combinar votos e fazendo intrigas. Foi a primeira eliminada, pois faltou sutileza em seu jogo. Mas teve uma boa presença. Já Jaqueline foi uma das poucas que protagonizou um barraco no programa, justamente quando estava no paredão. Mahmoud afirmou que ela tinha lhe prometido a imunidade caso fosse anjo e a participante se irritou quando soube pela fofoca de Ana Paula.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

"Tá no Ar" - a TV na TV" homenageia o humor nacional e fecha mais uma temporada de forma brilhante

O "Tá no Ar - a TV na TV" encerrou sua quinta temporada nesta terça-feira (17/04) e não poderia ter fechado mais um ciclo de forma melhor. Marcelo Adnet, Marcius Melhem e Maurício Farias resolveram prestar uma merecida homenagem a todos os programas humorísticos do país, incluindo vários clássicos do passado e contando ainda com luxuosas participações especiais. Apesar do curto tempo de atração, houve espaço suficiente para todos receberem justos aplausos.


A já tradicional sátira aos absurdos da programação televisiva e aos próprios telespectadores foi deixada de lado por um só dia. Mas nem assim o formato deixou de ser engraçado. A diferença acabou sendo a mescla com momentos de pura nostalgia e emoção. Ney Latorraca, Cristina Pereira, Eliézer Motta, Tom Cavalcante, Berta Loran, Renato Aragão e Agildo Ribeiro foram algumas das grandiosas participações especiais que engrandeceram esse último programa do ano.

Ney incorporou o inesquecível Barbosa, da "TV Pirata", em uma hilária paródia da loja de eletrodomésticos: "O Barbosa enlouqueceu". Eliézer reviveu o querido Seu Batista, personagem presente em "Viva o Gordo" e "Escolinha do Professor Raimundo".

terça-feira, 17 de abril de 2018

Com personagens rasos e conflitos superficiais, "Malhação - Vidas Brasileiras" parece "Telecurso 2000"

Há pouco mais de um mês no ar, "Malhação - Vidas Brasileiras" ainda não disse a que veio. Com a dura missão de substituir a impecável "Malhação - Viva a Diferença", de Cao Hamburger, a atual temporada não tem conseguido chegar nem perto da anterior. Até mesmo a música de abertura da trama sugere uma espécie de promessa que nunca é cumprida. "Põe Fé Que Já É", de Arnaldo Antunes, tem uma expressão na letra, repetida várias vezes, que caiu como ironia para o enredo: "Agora vai". Mas será que vai mesmo? Até agora não foi.


A história de Patrícia Moretzohn vem se mostrando pouco envolvente e repleta de perfis rasos, cujos conflitos caem na superficialidade em virtude da falta de desenvolvimento dos mesmos. É a primeira vez que uma temporada de "Malhação" é baseada em um formato de fora, a produção canadense "30 Vies" ---- que teve 660 capítulos ----, e a nova proposta parece não ter sido uma boa ideia. O formato original consiste no rodízio de protagonistas, mudando o foco a cada 15 dias e tendo a professora como personagem principal, funcionando como uma mediadora de dramas. Mas essa solução simplesmente não vem funcionando até agora.

Não há construção de qualquer enredo e tudo parece jogado para o público. O erro começou logo no primeiro capítulo, quando exibiram uma bela homenagem dos alunos ao trabalho de Gabriela (Camila Morgado). A cena foi bonita, mas não teve a dose de emoção necessária simplesmente porque ninguém sabia ainda como era a relação dessa professora com seus "filhos postiços".

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Escalado para melhorar "Deus Salve o Rei", Ricardo Linhares não tem nenhum sucesso para chamar de seu

A atual novela das sete da Globo não vem dando os resultados de audiência que a emissora almejava. Afinal, houve um grande investimento em "Deus Salve o Rei" e uma campanha que nenhuma outra novela teve. Porém, a trama está longe de ser um fracasso. Tem alcançado em torno de 25 pontos no Ibope, cerca de 3 pontos a menos que o sucesso "Pega Pega" e praticamente o mesmo índice da elogiada "Rock Story". A verdade que é o caso da insossa novela sobre o roubo ao Carioca Palace foi uma exceção. O ''normal'' é a faixa atingir mesmo os números que o enredo medieval vem dando ou então uns 2 pontos a mais quando o folhetim está com muito êxito. Porém, já começaram a intervir no roteiro de Daniel Adjafre, dirigido por Fabrício Mamberti.


Alguns capítulos foram reescritos para dar mais dinamismo no enredo, procurando focar apenas nos conflitos de Amália (Marina Ruy Barbosa), Afonso (Rômulo Estrela), Catarina (Bruna Marquezine), Rodolfo (Johnny Massaro) e Lucrécia (Tatá Werneck), dispensando o foco em situações paralelas. Até então eram mudanças aparentemente pontuais e até naturais, pois a história da novela realmente carece de maiores acontecimentos e muitas vezes se mostra modorrenta. Não é uma trama ruim, mas apresenta problemas no desenvolvimento, expondo uma ausência de dramas convidativos. Bastaria uma alteração em torno do núcleo central, promovendo mais viradas.

No entanto, a situação se mostrou mais ''grave'' do que se imaginava. Isso porque Silvio de Abreu (responsável pelo setor de teledramaturgia da Globo) colocou Ricardo Linhares para interferir em "Deus Salve o Rei" e não se sabe o quanto que o escritor mexerá no roteiro de Adjafre. O grande mistério nisso tudo é a insistência em selecionar Ricardo para "salvar" folhetins problemáticos.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Paula é a jogadora mais sensata e equilibrada do "BBB 18"

O "Big Brother Brasil" está em plena reta final e a décima oitava edição do reality cumpriu bem sua missão de entreter o público com um jogo movimentado. A seleção dos participantes se mostrou inspirada e pela primeira vez não houve jogador irrelevante (o popular "planta"). Todos tiveram importância e momentos de destaque, tanto positivamente quanto negativamente. Foi uma disputa boa de se acompanhar. E a pessoa mais sensata do "BBB 18" atende pelo nome de Paula.


Inicialmente, a participante parecia ser apenas mais uma mulher linda com o intuito de aparecer no programa , implicando em futuras tentativas de ser atriz ou apresentadora. Afinal, quase todas participantes com esse ''biotipo'' têm esse plano, sonhando em se tornar uma nova Grazi Massafera ou Sabrina Sato, ignorando o fato de ambas terem sido meras exceções ao longo de 18 edições. Ganhar o jogo é o de menos. Mas Paula calou a boca de quem achava isso. 

A jogadora foi se mostrando aos poucos, expondo uma visão que melhorava a cada dia. Ela simplesmente começou a "ler o jogo" como se estivesse assistindo de casa, analisando com precisão as atitudes dos adversários e criando boas alianças ao longo das semanas. Raramente errava a conjuntura dos paredões e como os votos seriam articulados.

terça-feira, 10 de abril de 2018

"Onde Nascem os Fortes": o que esperar da próxima trama das onze?

Em 2017, a Globo decidiu parar de chamar as produções das 23h de novela, adotando o termo "supersérie". O objetivo é vender melhor no mercado internacional, pois, algumas novelas da faixa, que já são curtas (cerca de 60 capítulos), foram condensadas ainda mais para o exterior. Porém, não poderia ter escolhido o momento pior. Afinal, "Os Dias Eram Assim" foi uma decepção e se arrastou ao longo dos meses com um enredo limitado e repetitivo. Não teve nada de super e nem de série. Todavia, em 2018, isso parece ter mudado. "Onde Nascem os Fortes" tem potencial.


Os autores que escrevem a trama têm um excelente currículo e justamente com enredos destinados a faixas mais tardias. George Moura e Sérgio Goldenberg produziram a elogiada "O Canto da Sereia" em 2013 e a primorosa "Amores Roubados" em 2014, duas minisséries que prenderam a atenção do público mesclando suspense e drama. A dupla ainda escreveu o excelente remake de "O Rebu", em 2014, resultando em uma novela repleta de empolgantes enigmas e personagens sombrios. Três produções irretocáveis. Eles também repetem a parceria com o ótimo José Luiz Villamarim e o competente Walter Carvalho como diretores. Ou seja, a possibilidade de um novo acerto é bem grande.

E o enredo é dos mais interessantes. Uma história cheia de amores impossíveis, ódio e perdão, que se passa no sertão nordestino, em um território onde, às vezes, quem vence é o mais forte e não a lei. A saga de Maria (Alice Wegmann) norteia a trama.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Ótimo como Afonso em "Deus Salve o Rei", Rômulo Estrela prova que está pronto para novos protagonistas

Tempos atrás, a Globo adotava um esquema de 'descanso de imagem' no seu elenco. Ou seja, atores que concluíam o trabalho em um novela raramente emendavam em outra. Porém, já há alguns anos isso acabou em virtude da economia. Afinal, ter vários atores recebendo sem trabalhar é bastante custoso. Então, agora quase todos vivem sendo requisitados para várias séries e folhetins, independente de imagem 'desgastada'. O resultado, obviamente, é um certo cansaço do público em ver sempre os mesmos rostos no ar. Por isso é importante a aposta em caras novas e ver Rômulo Estrela protagonizando "Deus Salve o Rei" pode ser enquadrado nesse exemplo.


Claro que ele não é um rosto novo. Estreou fazendo uma pequena participação em "Da Cor do Pecado", em 2004, na Globo, e fez várias novelas da Record ---- "Essas Mulheres" (2005), "Os Mutantes" (2008), "Bela, a feia" (2010), "Rei Davi" (2012) e "Balacobaco" (2012). Porém, o ator já estava merecendo um papel de maior importância desde que voltou para a Globo em "Além do Horizonte", problemática novela das sete exibida em 2013. Após bons desempenhos em produções da emissora dos bispos, ele conseguiu mostrar talento nas pouquíssimas cenas que fez nessa trama. E a certeza de sua capacidade se deu em "Além do Tempo", em 2015, quando viveu o interesseiro Roberto nas duas fases do primoroso folhetim de Elizabeth Jhin.

Um ano depois, Rômulo também se destacou em "Liberdade, Liberdade", mesmo em mais um papel pequeno. Era o assustador Gaspar, temido traficante de escravos na obra de Mário Teixeira. E em 2017, o ator brilhou na pele do Chalaça, fiel escudeiro de Dom Pedro, em "Novo Mundo", escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão. Era outro coadjuvante, mas nem isso impediu o intérprete de se destacar.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

"The Voice Kids" precisa urgentemente rever seus critérios de seleção

Não resta a menor dúvida que o "The Voice Kids" é o maior acerto da programação vespertina dominical da Globo dos últimos anos. O reality musical virou a melhor opção para o público, fazendo um merecido sucesso e superando até a versão adulta, já bastante desgastada. A terceira temporada, inclusive, conseguiu ficar ainda melhor com a ótima e divertida sintonia entre Carlinhos Brown, Cláudia Leitte, Simone e Simaria. Porém, um problema que já era perceptível nas duas edições passadas ficou bem mais explícito agora: o critério para a seleção dos participantes.


A regra para se inscrever na atração é ter no mínimo 9 e no máximo 15 anos, pois o "The Voice Brasil" aceita inscrições a partir dos 16 anos. Porém, desde a primeira temporada do Kids fica evidente a injustiça desse critério. Um menino ou uma menina de 15 anos, por exemplo, não pode mais ser chamado de criança. Já é um adolescente, cujo corpo está mudando, assim como a voz, que começa a engrossar e ficar bem mais potente. Portanto, é óbvio que um candidato nessa idade terá vantagem contra um adversário de 9 ou 10. É uma criança disputando com um adolescente. Até mesmo a questão da afinação fica incomparável.

Ou seja, a disputa acaba ficando entre a fofura de uns e a potência vocal de outros. O resultado disso, infelizmente, tem sido um festival de injustiças. Tanto o adolescente quanto a criança são prejudicados. Esse debate foi levantado com mais ênfase em virtude da semifinal, exibida no último domingo (01/04), quando o público votou em Mariah Yohana para a grande final, contrariando a escolha de Carlinhos Brown, que escolheu Talita Cipriano.

terça-feira, 3 de abril de 2018

A valorização dos atores veteranos e o lindo casamento de Josafá e Mercedes em "O Outro Lado do Paraíso"

Não é todo autor que dá o devido valor aos atores que fazem parte da teledramaturgia e da história da televisão brasileira. Muitos acabam ganhando coadjuvantes sem muita função e raramente têm um bom destaque. "Deus Salve o Rei", atual trama das sete da Globo, por exemplo, reflete essa desvalorização. São poucos intérpretes mais experientes e os poucos que tinham morreram ou sumiram da história, como Rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho) e Rei Augusto (Marco Nanini). Já o "O Outro Lado do Paraíso" expõe justamente o contrário: a experiência é constantemente valorizada.


Walcyr Carrasco é um escritor que sempre procurou dar destaque aos veteranos em seus folhetins e o atual é mais um exemplo. É até impressionante a quantidade de medalhões da teledramaturgia escalados para essa produção e com perfis de importância. Nesta segunda-feira (02/04), por sinal, foi ao ar o casamento de Mercedes e Josafá. O casal de 'velhinhos turrões' sempre foi um dos pontos altos da trama, destacando o brilhantismo de Fernanda Montenegro e Lima Duarte, figuras tão raras em novelas.

E o casório não tinha como não emocionar o público. Após muitas brigas (resultando em cenas divertidas), os dois finalmente resolveram fazer uma cerimônia, partindo da vidente o pedido de casamento, logo depois que a mesma descobriu pela filha, Diva (Bel Kutner), que estava viúva há um bom tempo.