sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Marco Pigossi se destaca com a virada de Dante em "A Regra do Jogo"

A missão de Marco Pigossi não era nada fácil: interpretar um policial passivo, alheio a todos os acontecimentos da novela. Ou seja, um investigador que era facilmente feito de trouxa por todo mundo. Porém, apesar do ingrato perfil, o ator conseguiu mais uma vez mostrar o seu talento e pôde se destacar ainda mais nesta semana de "A Regra do Jogo", a partir do momento que o seu personagem finalmente descobriu que Romero Rômulo (Alexandre Nero) é membro da facção.


Dante passou a trama inteira sendo enganado e não conseguindo ver o que estava diante de seus olhos. Mesmo constantemente alertado por Juliano (Cauã Reymond) e Belisa (Bruna Linzmeyer), o policial se negava a acreditar em várias evidências a respeito da facção, inclusive a respeito de Orlando (Eduardo Moscovis). João Emanuel Carneiro abusou da paciência do telespectador e demorou demais para fazer um dos principais mocinhos da trama acordar. Mas, apesar de toda a demora, é preciso ressaltar que Marco protagonizou várias cenas boas.

O ator fez muitas sequências ótimas com Cauã, Bruna, Carolina Dieckmann (Lara), José de Abreu (Gibson), Renata Sorrah (Nora), Du Moscovis, entre outros. Só que o grande momento do intérprete na novela veio mesmo com a aguardada cena da descoberta do policial, que flagra o pai de conchavo com Tio (Jackson Antunes).

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

"Big Brother Brasil 16" tem boa seleção de participantes e ótimo início

A décima sexta edição do "Big Brother Brasil" estreou no dia 19 de janeiro, depois das duas semanas de exibição de "Ligações Perigosas" ----- um acerto da emissora, pois não precisou mudar o horário da produção, prejudicando o público da minissérie. E a nova temporada tem se mostrado bastante atrativa, após uma estreia promissora, onde a seleção dos perfis foi feita de forma competente, procurando priorizar uma imensa diversidade de pessoas.


Ficou bastante evidente a preocupação da equipe de escolher participantes fora dos 'padrões' do programa, com algumas poucas exceções, obviamente. E a presença de Pedro Bial foi vital para isso, uma vez que o jornalista participou da seleção pela primeira vez. O apresentador fez questão de analisar os perfis juntamente com a produção, participando ativamente das escolhas. Com mais de uma semana de programa no ar, pode-se constatar que ele fez a diferença.

Os participantes foram muito bem selecionados e o grupo já está rendendo boas dinâmicas na casa. Adélia, Daniel, Maria Cláudia, Ronan, Ana Paula, Tamiel, Harumi (já eliminada), Alan, Juliana, Laércio, Renan e Munik têm personalidades muito distintas, o que favorece o surgimento de interessantes conflitos. Até porque vários deles têm conteúdo, proporcionando conversas atrativas.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

"Escolinha do Professor Raimundo" e "The Voice Kids" fizeram uma ótima dobradinha nas tardes de domingo

Uma das gratas surpresas da Globo em 2016 foi a estreia do "The Voice Kids". O programa começou a ser exibido no primeiro domingo do ano e já mostrou a que veio, com repletas de crianças talentosas mostrando capacidade vocal. E a atração acabou formando uma boa dupla com a reprise do especial em homenagem ao, até hoje lembrado, sucesso da "Escolinha do Professor Raimundo", lançado em novembro no Canal Viva. Os dois produtos fizeram muito bem para a grade vespertina da Globo aos domingos.


A faixa, antes ocupada pelo "Esquenta!" ---- que entrou de férias ----, mantinha uma média de 10 a 12 pontos. A reprise da "Nova Escolinha" chegou a alavancar para 16 pontos, enquanto o "The Voice Kids" chegou a 18. E, ao longo dos domingos, esses índices não se modificaram muito, mantendo o horário em alta. Ou seja, a estratégia da Globo deu muito certo e as atrações, apesar de completamente distintas, acabaram sendo benéficas uma para a outra. A boa dobradinha, aliás, fez lembrar a época em que o "The Voice Brasil" e o "Amor & Sexo" eram exibidos em sequência, durante todas as noites de quinta-feira, obtendo o mesmo êxito.

A nova geração da "Escolinha do Professor Raimundo" chegou ao fim no último domingo (24/01), após sete semanas no ar. A emissora reprisou os cinco episódios já exibidos no Viva entre novembro e dezembro, e ainda colocou dois inéditos no ar, reservados justamente com esse objetivo. A Globo e o canal a cabo entraram em um acordo e fizeram uma produção em conjunto, assim como já haviam feito na época do ótimo especial do "Sai de Baixo", em 2013.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Na pele da cativante Stelinha, Glória Menezes rouba a cena em "Totalmente Demais"

Ela estava longe das novelas há quase sete anos. A sua última personagem foi a ingênua Irene, na ótima "A Favorita", em 2008. Depois chegou a 'interpretar' a si mesmo em "Cama de Gato" (2010), em uma rápida participação, e esteve no último capítulo de "Joia Rara" (2013), vivendo a Pérola na fase adulta em uma breve cena final. Desconsiderando a área de folhetins, a atriz esteve também na série "Louco por Elas", onde brilhou com a sua carismática Violeta. Agora, Glória Menezes está de volta em "Totalmente Demais" ---- a atual e deliciosa novela das sete da Globo ----, na pele de uma cativante, irônica e refinada socialite.


A personagem entrou na trama no dia 1º de janeiro, ou seja, dois meses após a estreia do folhetim de Rosane Svartman e Paulo Halm. Stelinha Carneiro de Alcântara é mãe de Arthur (Fábio Assunção) e vive da mesada que ele lhe dá. Ela estava morando em Paris e voltou graças ao apelo do filho, que lhe incumbiu a difícil missão de educar Eliza (Marina Ruy Barbosa), para que a menina possa ganhar o famigerado concurso que tem o nome da novela. A perua topou o desafio, mas só porque soube da aposta do agenciador de modelos com Carolina (Juliana Paes) ---- se a garota não ganhar, ele perde a sua agência Excalibur.

A chegada da atriz deixou a trama ainda mais atrativa e movimentou o enredo, que ganhou novo fôlego. E não demorou muito para Glória roubar a cena. As tiradas geniais da personagem, fruto do perspicaz texto dos autores, e o seu total desprezo por pobres, são impagáveis, proporcionando uma sucessão de ótimas cenas cômicas.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Debochado, "Tá no Ar: a TV na TV" mantém todas as qualidades na terceira temporada

Após duas temporadas muito bem-sucedidas, o "Tá no Ar: a TV na TV" estreou a sua terceira na última terça-feira (19/01), logo depois do "Big Brother Brasil 16". O programa, roteirizado por Marcius Melhem, Marcelo Adnet e equipe, dirigido por Maurício Farias, se mostrou mais uma vez um excelente humorístico, onde ninguém escapa das piadas certeiras. A programação das emissoras e os comerciais continuam sendo alvos da atração, que debocha de tudo e todos; mas o espaço para paródias e esquetes, nem sempre ligadas ao mundo televisivo, segue existindo.


Os pouco mais de trinta minutos de programa passam muito rápido em virtude da quantidade de sátiras, quase todas com menos de um minuto no ar. Fica claro o quanto que o formato é trabalhoso, mas toda a dificuldade se mostra válida com o ótimo resultado alcançado. A estreia contou com vários momentos impagáveis e o de maior destaque foi a imitação do apelativo e constrangedor "Você na TV", apresentado por João Klebber na Rede TV!. Marcelo Adnet não imitou o apresentador, mas copiou todos os 'hábitos' que o mesmo tem de fazer o telespectador de bobo, aguçando a curiosidade em torno de algo inútil ou tosco.

O "Te Prendi na TV" foi hilário e todo o suspense feito em cima do que tinha dentro de uma caixa resultou em outra caixa, que só seria aberta semana que vem. O mais curioso é que a sátira nada mais fez do que mostrar a atração como ela realmente é. Ou seja, nem houve exagero ou tons acima, o que só comprova que a televisão muitas vezes produz formatos que já são uma piada pronta.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

"Êta Mundo Bom!" tem estreia promissora e traz de volta o humor rasgado ao horário das seis

Após a mediana "Sete Pecados",  a popular "Caras & Bocas" e o universo de dinossauros e robôs em "Morde & Assopra" no horário das sete; a estreia bem-sucedida no horário nobre com a eternizada "Amor à Vida"; o ótimo remake de "Gabriela" e o fenômeno "Verdades Secretas" na faixa das onze, Walcyr Carrasco voltou para o horário das seis, que o consagrou na Globo com os sucessos "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea". "Êta Mundo Bom!", sua nova produção, estreou nesta segunda-feira (18/01), substituindo a excelente "Além do Tempo", de Elizabeth Jhin.


A missão do autor não é nada simples, afinal, ele precisa manter a qualidade da faixa, após a impecável "Sete Vidas" e a elogiada trama recém terminada, que ousou com uma passagem de tempo de 120 anos. Porém, Walcyr tem boas chances de manter o nível, principalmente depois do ótimo e envolvente primeiro capítulo apresentado. Com a direção de Jorge Fernando e um elenco repleto de bons nomes, a nova novela teve um início movimentado e seu enredo está repleto de situações clássicas de um bom folhetim.

Ambientada na capital e no interior de São Paulo, em 1940, a história é inspirada no conhecido conto "Cândido ou o otimismo", de Voltaire, e na versão do clássico para o cinema brasileiro, cujo título foi "Candinho", protagonizado pelo grande e saudoso Mazzaropi, em 1954. O tom caipira da trama vem justamente dessa homenagem do autor.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Produção caprichada, grandiosas interpretações e enredo instigante foram as marcas de "Ligações Perigosas"

A Globo, já há muito tempo, vem inaugurando a sua grade, na área da teledramaturgia, da melhor forma possível a cada ano. "O Brado Retumbante", em 2012, "O Canto da Sereia", em 2013, "Amores Roubados", em 2014, e "Felizes para sempre?", em 2015, comprovam isso mais recentemente. As três minisséries foram grandiosas e mereceram os elogios que receberam na respectiva época. Agora, mais uma produção entrou para esse seleto 'time'. "Ligações Perigosas" foi outro produto repleto de qualidades e chegou ao fim nesta última sexta feira (15/01), completando dez capítulos primorosos.


Escrita por Manuela Dias, e dirigida com maestria por Vinícius Coimbra e Denise Saraceni, a minissérie foi uma adaptação do clássico francês "Les Liaisons Dangereuses", escrito por Chordelos de Laclos, em 1782. O roteiro já teve inúmeras adaptações teatrais e originou 11 versões para o cinema. Portanto, o que não falta é obra para comparar com a versão televisiva feita pela Globo. E o enredo, apesar de ter sido criado no século XVIII, se mostra atemporal, despertando ainda o mesmo interesse e provocando as mesmas perturbações causadas pelos dramas, nada leves, protagonizados pelos personagens. O texto, inclusive, é fascinante.

A frieza e a sedução são as grandes protagonistas da história, que foi brilhantemente adaptada na produção recém-terminada. Manuela Dias soube aproveitar muito bem o tempo maior para contar a trama, uma vez que nos filmes e nas peças tudo precisa ser exposto em menos de três horas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Com proposta ousada e trama clássica, "Além do Tempo" foi a melhor novela de Elizabeth Jhin

Após ter escrito três folhetins na faixa das seis (a boa "Eterna Magia", a irregular "Escrito nas Estrelas" e a fraca "Amor Eterno Amor"), Elizabeth Jhin fechou o ciclo de sua quarta e melhor novela até agora. "Além do Tempo" chegou ao fim nesta sexta-feira (15/01), apresentando um desfecho lindo, onde todos os personagens confraternizaram em uma bela festa, com todos felizes e evoluídos, após tantos sofrimentos e mágoas. A trama, dirigida com competência por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos, foi excelente e conseguiu substituir a primorosa "Sete Vidas" da melhor forma possível, mantendo a qualidade do horário e obtendo uma média geral de 20 pontos (um a mais que a anterior).


A história era baseada na reencarnação, abordando o espiritismo, tema que a autora já havia retratado em suas duas novelas anteriores. O enredo se tratava de um dramalhão clássico, onde todos os clichês folhetinescos eram usados sem qualquer vergonha. Porém, Elizabeth ousou e entrou para a história da teledramaturgia contando sua trama em duas fases distintas, onde cada uma teve início, meio e fim. A primeira foi ambientada no século XIX, por volta de 1895, e a outra contada em 2015, com todos os perfis reencarnados, com os mesmos nomes, em uma cidade fictícia do Sul. Nunca antes um folhetim sobre vidas passadas havia apresentado o roteiro dessa forma inovadora.

Foi uma novela 'duas em uma'. Uma de época, com desenvolvimento impecável, figurino caprichado e enredo envolvente. E outra contemporânea, com um início um pouco lento, cuja quebra de ritmo pôde ser claramente sentida, mas que ganhou fôlego perto da reta final, conseguindo se mostrar tão atrativa quanto a anterior.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache tiveram uma grandiosa parceria em "Além do Tempo"

"Além do Tempo" chega ao fim nesta sexta (15/01) e foram muitas as qualidades do melhor trabalho de Elizabeth Jhin, dirigido por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos. A novela fecha seu ciclo cumprindo sua missão muito bem e um dos vários acertos da produção foi a parceria de Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache. As grandes atrizes protagonizaram inúmeras cenas juntas e brilharam em todas, fazendo jus ao que se espera delas.


Emília di Fiori e Vitória Castellini eram inimigas mortais na primeira fase da trama, ambientada no século XIX, e a rivalidade moveu todo o enredo desenvolvido por volta de 1895. A Condessa nunca aprovou o romance de seu filho Bernardo (Felipe Camargo) com a 'nora' e nutria um ódio ferrenho pela saltimbancos apelidada de Alegra. Tentou até matá-la duas vezes: provocando um 'acidente' de coche ---- mas acabou quase matando o próprio filho, que estava no veículo no lugar da noiva ---- e incendiando a taberna onde a humilde mulher morava.

As atrizes foram muito exigidas e vivenciaram vários embates com extrema competência. As inimigas não conseguiam conviver e nem mesmo Lívia (Alinne Moraes) conseguiu promover a paz entre elas. Tanto que em uma das últimas cenas da primeira fase, as rivais não se perdoaram, mesmo diante dos apelos da mocinha, e continuaram travando uma guerra de ódio.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Patrícia Pillar, Selton Mello, Alice Wegmann e Marjorie Estiano se destacam em "Ligações Perigosas"

O capricho da produção de "Ligações Perigosas" pôde ser visto logo no primeiro capítulo e a adaptação da instigante história do escritor francês Chordelos de Laclos, do século XVIII, foi um grande acerto. A autora Manuela Dias tem conduzido muito bem a minissérie, brilhantemente dirigida por Vinícius Coimbra e Denise Saraceni. Mas, além de todos os pontos positivos mencionados, é preciso citar a acertada escalação do elenco. E, de todos os ótimos nomes no time, quatro vêm se destacando desde a estreia: Patrícia Pillar, Selton Mello, Alice Wegmann e Marjorie Estiano.


O trio central não poderia ter intérpretes melhores, uma vez que Augusto, Isabel e Mariana couberam perfeitamente para Selton, Patrícia e Marjorie. Na adaptação mais famosa do roteiro, no cinema, os perfis foram destinados a John Malkovich, Glenn Close e Michelle Pfeifer. Ou seja, a responsabilidade na escalação para a minissérie era grande. Mas a equipe acertou em cheio. O mesmo vale para a escolha de Alice para viver a inicialmente pura Cecília. São personagens riquíssimos e os quatro vêm protagonizando grandes cenas, sendo muito exigidos desde o primeiro capítulo.

A sedução e o poder de manipulação de Isabel e Augusto expõem o quanto são calculistas, assim como a pureza e a doçura de Mariana e Cecília evidenciam a inocência das duas. São dois predadores que vão para cima das duas vulneráveis presas, sem qualquer compaixão. Todos os desdobramentos são perturbadores e repletos de tensão psicológica, que sempre norteiam os momentos dos personagens.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

"Êta Mundo Bom!": o que esperar da próxima novela das seis?

A nova novela das seis terá a missão de manter a qualidade da faixa depois da excelente "Além do Tempo", que também herdou essa responsabilidade, pois entrou no lugar da impecável "Sete Vidas". Com o título de "Êta Mundo Bom!", a novela de Walcyr Carrasco tem boas chances de manter o nível, apresentando para o público uma história bem humorada, leve e com boas doses de drama. Pelo menos as chamadas se mostram bem promissoras, assim como o clipe de 16 minutos --- que você pode conferir aqui.


O autor foi consagrado como o 'Rei das 18h'. Afinal, foi o responsável pelos maiores sucessos relativamente recentes da faixa, vide "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea". E o novo folhetim de Walcyr tem todos os elementos já vistos nessas três produções citadas, incluindo vários atores que fizeram parte das mesmas. Após ousar com o fenômeno "Verdades Secretas", às 23h, exibida em 2015, o escritor resolveu voltar ao gênero que tanto se especializou. Repetindo ainda a bem-sucedida parceria com Jorge Fernando, diretor que coordenou várias novelas suas.

A nova trama é inspirada no filme "Candinho" (o título do folhetim inicialmente seria esse, inclusive), estrelado por Mazzaropi, cujo roteiro é baseado no conto "Cândido" (ou "O Otimismo"), de Voltaire ----- a maior citação da obra é "Tudo o que acontece é para o melhor nesse melhor dos mundos".

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Eduardo Moscovis pôde mostrar seu talento nos momentos finais de Orlando em "A Regra do Jogo"

Foram longos dez anos longe das novelas. O último folhetim que contou com o talento de Eduardo Moscovis foi "Alma Gêmea", fenômeno de audiência escrito por Walcyr Carrasco em 2005, onde interpretou o mocinho Rafael. Durante este período de 'afastamento', o ator fez uma participação em um episódio de "As Cariocas" (2010) e protagonizou duas séries: "Louco por Elas" (2012/2013), na Globo, e "Questão de Família" (2014/2015), no canal a cabo GNT. Até que finalmente ele voltou aos folhetins em "A Regra do Jogo", onde pôde ser visto desde setembro, na pele do canalha Orlando.


Inicialmente, o vilão escrito por João Emanuel Carneiro parecia promissor. Irônico, dissimulado e extremamente ambicioso, o personagem aparentava ser um dos melhores da facção criminosa que move o roteiro. Entretanto, o perfil ---- que na sinopse era um homossexual enrustido, mas cuja sexualidade foi alterada por receio da rejeição do público ---- foi perdendo a importância. Todo o atrativo início, que consistia em sua aproximação da família de Gibson (José de Abreu), se diluiu com o tempo e a situação ficou estagnada e repetitiva. Ou seja, a frustração pelo subaproveitamento do ator, ainda mais levando em conta os dez anos que o mesmo ficou longe das novelas, começou a se fazer presente.

Mas o autor se redimiu quando houve a esperada revelação do Pai em "A Regra do Jogo". Obviamente, o José de Abreu passou a ter o triplo de destaque que tinha quando seu personagem foi exposto, no capítulo 93, como o maior vilão da história. Só que Eduardo Moscovis foi beneficiado juntamente com ele.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Brilhando na pele da íntegra Gema, Louise Cardoso ganhou um ótimo papel em "Além do Tempo"

Ela tem mais de 30 filmes e mais de 30 participações em televisão. Louise Cardoso é uma profissional que honra o ofício de atriz e finalmente está sendo valorizada como merece na atual novela das seis, "Além do Tempo", que está em plena reta final. Após um longo período ganhando apenas figurações de luxo em folhetins, a intérprete ganhou de Elizabeth Jhin a íntegra Gema e tem correspondido à altura desde então.


A personagem, na primeira fase, era a melhor amiga de Emília (Ana Beatriz Nogueira) e mãe de Pedro (Emílio Dantas) e Anita (Letícia Persiles). Ela estava sempre pronta para apoiar a fiel companheira e ajudou a criar Lívia (Alinne Moraes). O papel desde o início teve uma boa importância para a história e as cenas eram quase sempre dramáticas. Gema ainda teve um lindo romance com Raul (Val Perré), ex-escravo que tinha um filho chamado Chico (João Gabriel D`Aleluia) ---- e o garoto considerava a namorada do pai uma verdadeira mãe.

A atriz conseguiu se destacar em vários momentos e foi bastante exigida, principalmente na reta final da trama ambientada no século XIX. A relação de Gema e Raul, aliás, despertava a fúria do racista Pedro e o casal não teve um final feliz no encerramento da primeira fase ---- terminaram separados e o preconceito foi o vitorioso.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

"Ligações Perigosas" estreia com imagens cinematográficas, trama provocativa e grande elenco

"De todas as ligações entre um homem e uma mulher, a mais perigosa é o amor." Foi com a frase citada que o convidativo teaser de "Ligações Perigosas" começou a ser veiculado em dezembro de 2015. A minissérie estreou nesta segunda-feira (04/01), um mês depois das primeiras chamadas, e o primeiro capítulo caprichado já mostrou o nível de qualidade desta produção ---- escrita por Manuela Dias e dirigida por Vinícius Coimbra e Denise Saraceni ----, marcando o início da nova safra de teledramaturgia da Globo em 2016.


A trama é inspirada no livro do escritor francês Chordelos de Laclos ---- "Les Liaisons Dangereuses" (1782) ---- , encenado em inúmeras peças teatrais e adaptado 11 vezes para o cinema, cujo filme de maior sucesso foi o exibido em 1988, protagonizado por Glenn Close, John Malkovich e Michelle Pfeifer. Agora, na primeira adaptação da história para a televisão, os atores centrais são Patrícia Pillar, Selton Mello (longe da TV desde 2011) e Marjorie Estiano, que interpretam Isabel, Augusto e Mariana, respectivamente. Os jogos de sedução dominam todo o enredo, recheado de sensualidade e suspense. A amoralidade se mistura com boas doses de crueldade e também um pouco de ingenuidade, que move quase sempre as vítimas.

Isabel e Augusto são completamente amorais e vivem uma relação perversa, onde o prazer em seduzir terceiros, arruinando as vidas alheias, serve de combustível para o relacionamento doentio. Sedutores, os dois procuram manipular de todas as formas a sociedade em que habitam.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O que a televisão reserva para o telespectador em 2016?

O ano será complicado para as emissoras em 2016. Além do período de recessão do país, forçando uma redução de custos, haverá ainda um sério problema com as grades, principalmente da Globo. Afinal, é ano de eleições (prefeito e vereador) e Olimpíadas. Ou seja, constantes interrupções da programação serão rotineiras. Entretanto, apesar de tudo isso, muitas produções parecem bastante promissoras. Já outras nem tanto. Vamos a elas:





"Ligações Perigosas".
Tem tudo para ser a produção mais caprichada de 2016. As atrativas chamadas mostraram que uma grandiosa minissérie estaria a caminho e o primeiro capítulo ---- que estreou nesta segunda (04/01) ---- confirmou a expectativa. A trama é baseada no clássico da literatura francesa, de Choderlos de Laclos, de 1782, que já foi adaptado 11 vezes para o cinema, incluindo o filme de sucesso protagonizado por Glenn Close, Michelle Pfeiffer e John Malkovich. A minissérie de Manuela Dias, dirigida por Denise Saraceni e Vinícius Coimbra, estreou com uma fotografia primorosa, um figurino de encher os olhos e um elenco de primeira. As cenas da estreia chamaram a atenção.




"The Voice Kids".
Após quatro temporadas bem-sucedidas do "The Voice Brasil" (sendo que a terceira e a quarta apresentaram uma clara queda de nível, incluindo o desgaste por causa da permanência dos mesmos jurados), o reality musical estreou a sua versão 'júnior' neste domingo (03/01), às 14h. A temporada infantil conta com Ivete Sangalo, Vitor e Léo, e mantém o Carlinhos Brown no time de jurados, assim como Tiago Leifert na apresentação. O programa teve um bom início ---- repleto e crianças carismáticas e talentosas, além de ótimas escolhas de repertório ---- e, pelo que foi visto, tem tudo para superar a versão adulta.